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Curso: Edificações
Turma: 20212.01101.1
Disciplina: Geografia I
Solos, Degradação e
Técnicas de conservação
Fortaleza-CE
1. Erosão e perda dos solos
Causas:
Erosão Hídrica = É a Erosão originada por intermédio da ação da água que se dá a partir da
desagregação do solo principiada tanto pelo impacto das chuvas, que dependendo de sua
proporção, provocam desprendimentos da camada superior do solo pela energia das gotas
precipitadas, quando sua superfície não apresenta vegetação, gerando infiltrações que deixam
o solo saturado e dissipa seus sedimentos, logo propiciando o carregamento destes, quanto
por enxurradas e deslizamentos ocasionado pelo transporte das águas que escorrem em sua
superfície, onde os segmentos do solo podem ser removidos e arrastados pela fluxo hídrico
quando suas partículas se encontram dissociadas e dissipadas pelas correntes pluviais,
desgastando o solo. A erosão hídrica pode ser fragmentada em: Laminar, Sulcos e Voçorocas.
Sulcos e Voçorocas: classificadas também como formas lineares de erosão, cujo são
resultadas de irregularidades no solo pelo escoamento hídrico concentrado por enxurradas em
certas localidades, onde iniciam-se como sulcos e, se não forem controlados, podem vir a
ficarem mais profundos e evoluírem para voçorocas, assemelhando-se a “rachaduras”
alastradas pela superfície da terra.
Erosão Eólica = É a Erosão originada por intermédio da ação dos ventos na superfície,
principalmente de regiões desérticas e locais desprovidos de vegetação, que se dá a partir do
vento que possui pequenas partículas de água que ao se chocarem com as massas superficiais
do solo, retiram partículas menores juntamente com finos sedimentos das formações do solo e
os transportam para outros locais, modificando gradativamente tais ambientes e causando
com o passar dos anos a degradação gradual do solo. A erosão Eólica pode ser dividida em:
Corrosão, Abrasão, Eólico e Deflação.
Corrosão: consiste no processo de desgaste nas regiões superficiais do solo por intermédio do
impacto de partículas presentes no vento nas superfícies, causando desagregação nestas e
esculpindo-as com as mais diversas formas no relevo.
Eólica: consiste no processo de erosão que é ocasionado pelo depósitos de sedimentos a partir
das ações das correntes eólicas, tendo como exemplo principal os ambientes praianos.
Deflação: consiste no processo erosivo que se realiza a partir do transporte dos sedimentos
mais finos do solo para outras localidades, restando apenas materiais rochosos naquele
ambiente.
Erosão por Gravidade = erosão originada por intermédio da ação da gravidade em regiões de
grandes altitudes, principalmente em áreas montanhosas onde o relevo é bastante inclinado,
facilitando a movimentação e o deslizamento de rochas e sedimentos de sua estrutura.
Erosão por Processos Químicos = erosão originada por intermédio de diversos processos
químicos presentes no solo e nos fatores de seu ambiente em que o afeta, podendo
exemplificar-se as condições climáticas do local que provocam mudanças na temperatura
juntamente com a sensação térmica daquele ambiente, tornando-o mais quente ou mais frio,
envolvendo os processos químicos que ocorrem nas superfícies internas e externas das rochas
e em suas formações.
Aração: atividade humana de exploração do solo que pode vir a acelerar o processo de erosão
de tal forma que consiste basicamente em um conjunto de técnicas que reviram as camadas
do solo, invertendo-as de modo que rompem sua estrutura para fins agrícolas de produção,
onde se não houver um certo preparo para um manejo do solo de forma saudável para elevar
sua permeabilidade e propiciar armazenamento de oxigênio e água, pode permitir o processo
de desgaste por erosão hídrica, causando a perda do solo daquele ambiente.
Consequências:
Causas:
O processo de contaminação dos solos por agrotóxicos se dá a partir da exposição das
regiões superficiais deste a certas quantidades de produtos para atividades antrópicas de
fins agrícolas, objetivando o controle de pragas e ervas daninhas em zonas ligadas ao
plantio e colheita, visando promover maior produtividade agrícola, podendo ser
denominados também como pesticidas e herbicidas, sendo muitos destes com grande
caráter tóxico ao meio ambiente, considerados agentes de processos químicos, físicos e
biológicos de acordo com o Ministério de Meio Ambiente (Brasil, 2018). Tal processo de
agressão as zonas superficiais da terra se dá por intermédio da infiltração de substâncias
químicas a partir de certas concentrações, devido ao manuseio incorreto destes produtos
através de sua aplicação direta e descarte incorreto de recipientes de produtos poluentes
com propriedades de certo grau de toxicidade, ou relacionada aos elementos químicos que
compõem certas pesticidas que podem vir a serem absorvidos pela zona superficial da
terra, aos quais podem alterar sua composição e contaminar o solo, juntamente com a
cobertura vegetal da região, deixando o território infértil e inapropriado para a atividade
humana, sendo esta contaminação maléfica tanto pelo fato da possibilidade dos produtos
gerados pelo terreno infectado serem ingeridos e causarem alterações na saúde, quanto
pelos impactos ambientais por degradação química devido ao acúmulo de substâncias e
materiais com caráter nocivo, logo, os primórdios deste processo de poluição do solo
podem ser definidos então, como qualquer alteração provocada nas suas características
pela ação de produtos químicos, resíduos sólidos ou líquidos, que prejudicam o uso do
solo ou o torne prejudicial ao ser humano e outros organismos, de acordo com o
pensamento de Lemos e Musafir (2014).
Consequências:
Apesar do objetivo relacionado a proteção para as regiões de cultivo voltados para
beneficiar a economia, dependo de sua utilização, podem causar diversos problemas para
a fauna e flora local, além de resultarem em diversos danos para a produção e saúde
humana de modo que, alguns agrotóxicos não são de caráter biodegradável, de tal forma
que tendem a permanecerem nas zonas superficiais da terra por um período de tempo
maior, onde depois de aplicados, podem se agregar ao solo por apresentarem semelhanças
com seus nutrientes, contaminando-o por causa do aumento de sua fragilidade e,
sucessivamente, danificando as formas vegetais presentes, ocasionando severos
problemas prejudiciais as atividades do meio natural do local, e resultando na redução da
fertilidade do solo por meio do sobrecarregamento de substâncias nocivas graças a sua
alteração, tornando-o mais improdutivo ao longo do tempo, aumentando o custo da
manutenção, impedindo a implantação de plantações agrícolas, a contaminação do curso
das águas e rios do local devido ao escoamento da superfície de locais infectados,
diminuindo sua vegetação pelo fato da inapropriação dos solos para seu crescimento,
desequilibrando as relações ecológicas estabelecidas entre os seres do local por causa do
auto nível de toxicidade dos produtos químicos, desencadeando na morte das formas de
vida vegetal e animal, além do fato da contaminação dos alimentos gerados nestas regiões
de cultivo, que causam graves problemas de saúde ao serem consumidos.
Propostas de Solução:
1- Reflorestamento
Esse método consiste em uma das práticas consideradas mais eficazes perante a
contaminação das zonas superficiais por agrotóxicos, de modo que possui caráter
vegetativo, na qual visa ampliar a cobertura vegetal do local afetado para a
recuperação de sua vegetação nativa gradativamente, restabelecendo seu equilíbrio
natural de modo que, em relação às regiões superficiais infectadas por pesticidas e
herbicidas, proporcionam tanto a remoção destas substâncias por intermédio do
processo de volatização para a atmosfera, quanto por auxiliar na decomposição
biológica e química pela matéria orgânica presente nas estruturas vegetais, como
ainda pode ocorrer com absorção pelas raízes das plantas e outros organismos
presentes, de modo que o recobrimento vegetal além de aumentar a proteção das
regiões superficiais que estavam anteriormente fragilizadas e inibir o fluxo das águas
por escoamento (enxurradas), fornece nutrientes e elementos minerais que auxiliam
na manutenção de suas regiões superficiais, favorecendo a recuperação da fertilidade
e o crescimento da flora do local, ademais, também proporcionando maior retenção
na umidade e na infiltração da água assim, reestabelecendo o ambiente dos solos de
forma sustentável. O método de reflorestamento como forma de conservação dos
solos deve ser realizado a partir da efetuação de um plano para realmente se tornar
eficaz. Primeiramente, deve-se realizar um estudo relacionado as condições naturais
de biodiversidade do local atuais e anteriores a contaminação desde o solo, fauna e
flora nativa. Sucessivamente, deve-se escolher as espécies vegetais as quais serão
implantadas no local, de tal modo que se recomenda a introdução de espécies nativas
ou espécies que possuam rapidez em seu crescimento desde que sejam compatíveis
com as características do clima e que possam germinar naquela determinada região,
para que logo, inicie-se a preparação do solo para o plantio a partir de operações de
revolvimento das zonas superficiais voltadas para a linha de cultivo, optando pela
utilização de técnicas de plantio menos invasivas e mais conservacionistas com a
utilização de sementes ou pela inserção de mudas já preparadas, podendo variar de
acordo com as condições do ambiente, onde pode ser realizado em períodos mais
chuvosos em regiões mais áridas e pode-se utilizar sementes mais, e enfim, para que
ocorra de forma contínua e sem interrupções, necessita-se da implantação de um
projeto de proteção para a área em desenvolvimento para o após do tal processo
contra pragas, sem a utilização de agrotóxicos nocivos, optando-se por pôr em prática
a utilização de produtos biodegradáveis como biopesticidas e métodos sustentáveis,
como o controle de biológico de pragas, que visa no combate das criaturas pestilentas
por intermédio de seus predadores naturais, evitando assim, a recontaminação das
zonas superficiais da terra, juntamente com seus organismos que vivem em seu
território, deixando-o mais saudável e, para fins agrícolas, mais fértil e próprio para o
cultivo com meios biologicamente ecológicos, promovendo uma utilização mais
consciente.
3. Desertificação
Causas:
O processo de desertificação dos solos pode ser conceituado como a extrema degradação
de terras situadas em regiões áridas e semiáridas, onde pode ocorrer tanto por atuações
humanas como por variações climáticas. O processo de degradação da superfície da terra
por desertificação se dá a partir da redução dos recursos hídricos de tal modo que o
potencial de evaporação destes territórios é mais elevado que a quantidade média de
precipitação local, resultando na escassez da água, na diminuição da cobertura da
vegetação nativa e na pauperização dos solos, deixando-os mais vulneráveis a ações
externas e consequentemente contribuindo para a aceleração do processo de
desertificação, contribuindo para que suas áreas se assemelhem a regiões desérticas,
podendo ser originadas tanto ações naturais devido a escassez dos recursos hídricos
juntamente com as condições climáticas caracterizadas por serem quentes e secas,
promovendo a atenuação da capacidade de retenção de água, quanto pelas ações
antrópicas com a prática de desmatamento e queimadas agregadas ao desenvolvimento
de atividades relacionadas à exploração agrícola, a atividades de agropecuária, ao
esgotamento dos recursos naturais e o uso indevido do solo, assim, eliminando
gradualmente a fertilidade das zonas superficiais.
Consequências:
As regiões propícias à desertificação são áreas que sofrem com a escassez de água,
principalmente por receberem pouca precipitação, como as áreas do semiárido, que
apresentam baixíssimo índice de chuva anual, impactando demasiadamente regiões que
sofrem com o acentuado processo de desertificação pela escassez hídrica, afetando
mutuamente a natureza e os seres humanos pela perda da capacidade de regeneração
natural das regiões superficiais da terra resultantes do desgaste excessivo, tornando-o
impróprio, assim, possuindo impactos tanto ambientais quanto ligados a atividade
humana. Os impactos ambientais provenientes da degradação por desertificação são
refletidas diretamente na eliminação da biodiversidade, de modo que impossibilita o
desenvolvimento da fauna e flora pelo desaparecimento da biomassa e à extrema
salinização, deixando o solo empobrecido e a região desprovida de água, desequilibrando
a relação entre espécies. Os impactos antrópicos provindos da desertificação se dão a
partir do fato do aumento da população mundial demandar maior produção de alimentos,
em consequência há a necessidade de se produzir mais e buscar novas áreas de produção.
A introdução de atividades de agropecuária e da monocultura em áreas sensíveis ao
processo de desertificação acrescentadas ao uso indevido dos solos possibilitam o
aceleramento de tais processos por intermédio do mau e intenso manuseio das áreas
superficiais da terra, diminuindo sua capacidade de cultivo por infertilidade, resultando na
perda de regiões agricultáveis. Os impactos sociais têm se traduzido em mudanças
significativas que se manifestam na perda da capacidade produtiva dos grupos familiares,
principalmente das populações mais pobres, que recorrem à utilização dos recursos
naturais em prol da subsistência e da sobrevivência. Deste modo, as regiões do semiárido
são regiões que constantemente têm a cobertura vegetal retirada para a produção de
carvão e de queimadas para plantio de produtos para subsistência familiar. Outro fator
importante é a utilização dos recursos hídricos para a irrigação de grandes lavouras, com
o barramento parcial dos cursos dos rios e canais fluviais para a captação de água, o que
ocasiona a diminuição das águas no solo e nos lençóis freáticos.
Propostas de Solução:
1- Barragens Subterrâneas
Esse método consiste em uma das práticas de caráter mecânico. Baseia-se em captar e
armazenar a água acumulada das zonas superficiais diretamente para o interior dos
solos através de um canal localizado no sentido do escoamento das águas, de tal modo
que impossibilita seu empobrecimento por desertificação pois permite o aumento da
umidade nos solos e seus nutrientes por uma maior duração de tempo, além de
também existir a presença de um sangradouro, implantado para eliminar o excesso de
armazenamento das águas em caso de inundação, sendo vantajosa para as regiões
áridas e semiáridas de modo que reduz a predisposição da volatilidade dos recursos
hídricos resultando em maior perduração da fertilidade nos solos para o cultivo e
fortalecimento da cobertura vegetal, promovendo assim a implantação de um sistema
sustentável que beneficia tanto para atividades agrícolas quanto para o equilíbrio para
a salubridade das zonas superficiais da terra. A inserção de barragens subterrâneas
para a mitigação do avanço da desertificação se dá a partir de um planejamento para
sua inserção, relacionada a determinação e estudos topográficos do território de
acordo com a estrutura das barragens, divididas para exercerem funções relacionadas
a captação de água agregada para o plantio, principiando-se na construção de
camalhões que simulam “canais” com propriedades impermeáveis no interior do solo
de maneira transversal, sendo contrária ao sentido do escoamento do fluxo das águas,
onde são escavadas valas até que se encontre a camada impermeável do território,
para que em seguida, sejam retirados todos os materiais que possam servir de
obstáculos para a cobertura da barragem, onde será implantada uma lona dentro de
toda extensão desta abertura de modo que não haja a perda de água no subsolo,
precavendo-se do surgimento de bolsas de ar em seu revestimento, sucessivamente,
deve-se iniciar o processo de fechamento da fenda, separar o material sedimentar
retirado em uma porção para finalizar a cobertura da fissura e outra para preencher as
paredes do camalhão, onde em seguida, este será forrado pela lona em sua parte
superior, onde será finalizado com acabamento, recobrindo toda a sua região exposta
com as porções de sedimentos do solo retirados anteriormente, deixando um
espaçamento para a introdução do sangradouro. As barragens subterrâneas tendem a
funcionar de acordo com o acúmulo progressivo das águas pluviais no território,
fazendo com que os lençóis freáticos ganhem mais volume, auxiliando e aumentando
o acesso das partes radiculares das plantas e as zonas superficiais do solo. Se caso
houver um excesso de água perante o limite da sua capacidade de armazenamento, a
quantidade excessiva será encaminhada para os espaços dos sangradouros e será
expelida. Nesse viés, nota-se que as barragens subterrâneas são favoráveis para a
manutenção e conservação dos nutrientes e o acesso de água dos solos,
desfavorecendo chances de perda por desertificação, de modo que mantém a
capacidade hídrica da localidade, permitindo a subsistência de sua cobertura vegetal e
tornando-se favorável a agricultura aliada a sustentabilidade, reduzindo riscos de
fracassos no cultivo.
2- Sistemas Agroflorestais
Esse método consiste em uma das práticas de caráter vegetativo, na qual possui como
objetivo promover a salubridade dos solos e sua manutenção por intermédio da
implantação da cobertura vegetal de forma em que baseiam-se na intervenção menos
invasiva, prezando pelo respeito ao tempo de desenvolvimento das vegetações na qual
exista o estabelecimento de um sistema de preservação dos recursos naturais sem
prejudicar a produção agrícola, cujo seu cultivo torna-se de caráter ecológico,
caracterizado por integrar maior biodiversidade nos territórios, onde perante os
processos de desertificação, promovem maior fertilidade as zonas superficiais da terra
como auxiliam na disponibilidade e no relacionamento de reciclagem de nutrientes
pelas estruturas das plantas, de modo que a variedade de espécies implementadas
aumentam a quantidade de matéria orgânica e a presença radicular das árvores,
suscitando em melhorias na infiltração de água nos solos, permitindo fontes nutricionais
mais diversificadas e em maior escala, tornando-se um sistema que concilia atividades
agrícolas e conservação da biodiversidade natural de maneira totalmente sustentável.
Para que haja a realização do manejo agroflorestal de forma eficaz, deve-se realizar
primeiramente uma análise da dinâmica entre fauna e flora do local, a fim de que estas
não sejam prejudicadas durante a realização do processo, em que serão combinadas as
plantas locais e outras espécies previamente determinadas para a inserção de seu cultivo
em consórcio, para que haja o aproveitamento de espécies nativas em prol da
funcionalidade do território, promovendo a estipulação de relações cooperativas entre
elas formando uma sucessão natural, tornando-as úteis ao processo, cujo as estruturas
vegetais vindas de consórcios estejam relacionadas a substituição de outras espécies
com a mesma função, permitindo-se tanto a utilização de mudas quanto a de sementes,
plantando-se todas no mesmo período, mas respeitando o desenvolvimento individual
de cada uma das espécies no seu tempo, necessitando-se da realização do preparo da
área por capina seletiva e poda. As técnicas relacionadas a capina seletiva tendem a
retirar apenas as espécies que já realizaram seus ofícios durante o processo de sucessão
natural e podem ser substituídas por outras, de modo que as plantas descartadas sejam
depositadas sobre o solo para exercerem o papel de matéria orgânica, já o processo de
podagem visa potencializar a produção de nutrientes e energia pela sucessão ecológica
anterior, podando-se as estruturas arboríferas pré-existentes para a utilização de seu
material nutricional e energético durante a intervenção agroflorestal. Após a execução
de tais atividades, deve-se determinar as áreas para a inserção dos canteiros
agroflorestais, onde serão inseridas as mudas de consórcio ou sementes, cujo
recomenda-se que estes localizem-se na direção perpendicular ao sol para maior
recebimento de luz solar nas plantas e sejam implantados de acordo com o declive do
terreno, facilitando seu manejo, onde estes são recobertos mesmo antes do plantio por
grande quantidade de material vegetal, facilitando na rapidez do crescimento das
estruturas vegetais. Após a delimitação do seu espaço, deve-se raspar delicadamente
com o auxílio de utensílios agrícolas, o material separado pela capina seletiva sobre o
território dos canteiros, o dividindo para ser utilizado posteriormente, em seguida, é
necessário realizar-se ações no solo superficial demarcado dos canteiros para deixá-lo
mais avulso e mantendo suas extremidades mais elevadas que o espaço do centro,
podendo-se colocar troncos de árvores em suas margens, para que a água e os nutrientes
orgânicos sejam direcionados justamente para o ponto médio dos canteiros, logo após
esse manejo no local, será realizado o processo de cultivo e plantio, onde serão
instituídas as espécies de acordo com um mapeamento do espaço de acordo com a
tipologia das plantas, para que sejam plantadas primeiro as espécies que exigem maior
revolvimento do solo, em seguida as espécies arboríferas, seguidamente, as espécies
manivas e propágulos, e finalmente, as sementes de outras espécies, de forma que estas
não prejudiquem umas às outras, mas preservando a ideia de diversidade no local.
Devem ocupar nichos ecológicos distintos em função da variabilidade, simulando a
organização de um sistema florestal, podendo assim, ser finalizada com a colocação de
folhas e estruturas vegetais provenientes da própria natureza local sobre a superfície do
solo, cobrindo-a para auxiliar em seu aproveitamento. Sendo assim, a implantação dos
sistemas agroflorestais torna-se vantajosa tanto para as atividades antrópicas de
agricultura por não prejudicar a colheita e também por utilizar principalmente técnica
manuais, sendo de baixo custo, quanto para o impedimento da instauração do processo
de desertificação, por sempre estar fornecendo nutrientes de forma cíclica pela presença
da cobertura vegetal e fornecimento de material orgânico, protegendo a zona superficial
da terra contra agentes externos e regulando o fluxo de água no local para a manutenção
das plantas, impedindo seu empobrecimento através de processos ecológicos.