APONTAMENTOS DE CONTABILIDADE AMBIENTAL

1. Sociedade e Meio Ambiente - Preocupações ambientais

1.1 Relação entre a Sociedade e a Natureza

Essa relação diz respeito às formas pelas quais as acções humanas transformam
o meio natural e utilizam-se deste para o seu desenvolvimento. Ademais, diz respeito
também à forma pela qual as composições naturais – seres vivos, relevo, clima e recursos
naturais – interferem nas dinâmicas sociais.

1.2 Importância do meio ambiente para a Sociedade

Preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta e de todos os
seres vivos que moram nele. A ecologia é a ciência que estuda as relações entre os seres
vivos e os meios onde vivem. Os seres humanos só conseguem sobreviver graças à
natureza.

1.3 O Impacto da sociedade sobre a natureza

Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar
a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição,
mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito
estufa e destruição de habitats.

1.4 Importância do ambiente para a nossa qualidade de vida

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
colectividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras e presentes gerações.

1.5 A Importância da natureza para o ser humano

A biodiversidade contribui para diferentes aspectos da saúde humana. Além
de ser importante para a alimentação e segurança hídrica, ela fornece recursos medicinais
(animais, plantas e fungos) e princípios activos para fabricação de fármacos e cosméticos,
entre outros produtos, e regula a qualidade do ar que respiramos.

1.5.1 O Impacto social da natureza

Uma mudança positiva e significativa que lida com um desafio social premente.
Criar impacto social é o resultado de um conjunto deliberado de actividades com uma
meta que corresponde a essa definição.

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2. A informação contabilística relacionada aos impactos ambientais.
(em actualização)

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3. Conceitos e Elementos das Demonstrações Financeiras da Contabilidade

Ambiental

Conceitos da Contabilidade Ambiental

A Contabilidade Ambiental é o conjunto de práticas que usa princípios tradicionais de
contabilidade e finanças para calcular os custos que as decisões empresariais terão sobre o
meio ambiente. O conceito de Contabilidade Ambiental, pode ser definido também como um
ramo da contabilidade que lida com actividades, métodos, sistemas, registos, análises e
relatórios que vão além de interesses financeiros, pois sua preocupação está ligada à
Responsabilidade Social, no relacionamento com a comunidade e na sustentabilidade.

Os princípios e práticas contábalisticos ambientais são utilizados principalmente pelas

organizações para equilibrar suas motivações econômicas com o meio ambiente do entorno
comunitário. Por exemplo, uma empresa antes de optar por fechar uma fábrica e terceirizar a
função para uma organização estrangeira, ela pode usar a contabilidade ambiental para
determinar os efeitos a curto e longo prazo da decisão, como o desemprego na região da
planta. Por isso, a Contabilidade Ambiental é muitas vezes defendida como componente da
Responsabilidade Social Empresarial (RSE).

Este tipo de contabilidade permite que tomadores de decisão vejam exactamente onde
recursos naturais são utilizados para, então, localizarem áreas que lhes permitem reduzir a
quantidade de materiais desperdiçados.

Nesse sentido,  a responsabilidade social do contabilista ambiental é propôr modelos que

incentivem empresas a trabalharem com uma gestão muito mais voltada ao meio ambiente.
Além disso, claro, os profissionais especializados em Contabilidade Ambiental
disponibilizam informações financeiras sobre condições ambientais que impactam
o Balanço Patrimonial da empresa.

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Elementos das Demonstrações Financeiras da Contabilidade Ambiental

3.1 Activo ambiental

O termo “activo” é bem conhecido para quem trabalha com contabilidade. Estamos
falando do activo ambiental, que são os insumos empregados, disponibilizados e já
adquiridos por uma instituição com a finalidade de recuperar o meio ambiente, preservar o
mesmo e controlar seu impacto.

3.1.1 Caracteristicas dos activos ambientais

Activos ambientais são os bens e direitos mensuráveis monetariamente de
propriedade dos empreendimentos que representam benefícios presentes e/ou futuros,
os recursos das empresas para a preservação, minimização e recuperação
das características e da qualidade ambiental

3.2 Passivo ambiental

Passivo ambiental, na contabilidade ambiental, está em contraposição ao
activo ambiental. Passivos ambientais são os danos causados ao meio ambiente
representados pelas obrigações e responsabilidades sociais das empresas com os
aspectos ambientais de suas actividades.

3.2.1 Prejuizos que advêm do passivo ambiental para a empresa

Uma empresa gera um passivo ambiental quando, por meio das suas actividades,
agride de algum modo ou acção o meio ambiente. Se a organização não implanta
nenhum projecto para reverter tais prejuízos, poderá sofrer multas ou ter que arcar com
indemnizações.

3.2.2 Divisão do passivo ambiental

O passivo ambiental, assim como qualquer passivo, está dividido em capital de
terceiros e capital próprio, constituindo assim as origens dos recursos da empresa.

3.2.3 Mensuração e reconhecimento dos passivos ambientais

Os passivos ambientais devem ser reconhecidos contabilisticamente, porque todos
os compromissos que impliquem em provável consumo de recursos futuros para fazer
face às obrigações decorrentes de questões ambientais devem ser contabilizados.

3.2.3.1 Reconhecimento Para Ferreira, Chagas e Bessa (2005, p. 05), seu reconhecimento não é
uma tarefa fácil: O reconhecimento dos custos ambientais pela Contabilidade está sendo uma
tarefa demorada a ser assumida pelas empresas, devido aos diversos factores: altos custos,
inexistência de legislação ambiental, os movimentos populares, atenção aos anseios dos
consumidores. As empresas se deparam com os altos custos ambientais para efectuar o
reconhecimento desse passivo, com isso fica bem mais complicado poder identificá-lo.

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Sendo assim, as empresas podem até terem a aspiração de distinguir o passivo ambiental, mais
encontram obstáculos nesse processo.

De acordo com Bergamini Junior (1998, p. 06), o reconhecimento do passivo ambiental deve ser
feito quando existir obrigação, ou seja, Passivo ambiental deve ser reconhecido quando existe
uma obrigação por parte da empresa que incorreu em um custo ambiental ainda não
desembolsado, desde que atenda ao critério de reconhecimento como uma obrigação.

Portanto, esse tipo de passivo é definido como sendo uma obrigação presente da empresa que
surgiu de eventos passados. O reconhecimento de um passivo ambiental, quanto ao seu
surgimento, deve se dá quando uma entidade através de suas atividades danifica a natureza ou
até mesmo quando a mesma se utiliza da natureza para a fabricação de seus produtos. Ainda
Bergamini Junior (1998, p. 06) afirma que pode existir outra forma de reconhecimento de um
passivo ambiental: O passivo ambiental deve ser reconhecido nos relatórios financeiros se é de
ocorrência provável e pode ser razoavelmente estimado, existindo vários padrões de
contingências que devem ser usados para caracterizar o que seria um evento de ocorrência
provável. No que diz respeito ao seu reconhecimento nos registros contábeis, o passivo
ambiental deve estar registrado nos relatórios para a administração, caso a empresa tenha em
suas atividades o acontecimento presumível da utilização de matéria prima, sendo informado
aos gestores o quanto e como a empresa está avaliando seu passivo ambiental.

3.3 Diferença entre activo e passivo ambiental

Como vimos, o passivo ambiental refere-se aos custos a serem pagos para recuperação
dos danos causados à natureza. O activo ambiental representa todos os investimentos
realizados com o objectivo de controlar ou amenizar os impactos causados ao meio
ambiente.

3.4 Custo ambiental

Segundo Ribeiro; Gonçalves; Lima, custos ambientais são os consumos de recursos
ocorridos na área de produção, mas voltados especificamente ao controle e
preservação ambiental. Assim, todos os insumos inseridos no processo operacional que
tenham por objetivos precisos a eliminação/redução de poluentes.

3.5 Receita ambiental

Receita Ambiental. Receita Ambiental é o acréscimo de benefícios econômicos durante o
período contabilistico na forma de entrada de activos ou decréscimo de exigibilidade. Esses
factos geradores revertem em acréscimo do patrimônio liquido.

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3.6 Gasto ambiental

Custos e despesas ambientais são gastos (consumo de activos) aplicados directa ou
indirectamente no sistema de gerenciamento ambiental do processo produtivo e em
actividades ecológicas da empresa.
3.7 Perdas ambientais
São aquelas que não proporcionarão benefício para a empresa, ou seja, serão gastos
utilizados para cobrir acidentes ou questões imprevistas relacionadas ao meio ambiente.

4. Balanço Patrimonial Ambiental.

De maneira geral, o O Balanço Social é uma forma de a empresa prestar contas à
sociedade da sua gestão econômico-social, especialmente focando em seu
relacionamento com a comunidade. Portanto, ele apresenta o resultado da organização
com relação à responsabilidade social.

Conforme procuramos esclarecer até aqui, a Contabilidade Ambiental procura fazer com
que o sistema econômico da empresa tenha uma relação saudável com o meio
ambiente. Com isso, a organização consegue, por meio do Balanço Social, apresentar o
seu lado social.

Dizemos que o Balanço Social surgiu para cobrir uma necessidade da contabilidade, que
em um primeiro momento era responsável por informações de cunho financeiro, econômico
e patrimonial apenas. Sendo assim, o Balanço Social passou a atender aos anseios por
informações mais voltadas para as esferas social e ecológica.

Importante ressaltar que o Balanço Social não é apenas saber como fazer um relatório
social com as acções sociais apoiadas pela empresa. Muito mais do que isso, o Balanço
Social de uma empresa  está relacionado ao Planeamento Estratégico. Isso porque, cada
vez mais, existe uma preocupação com investimento em acções de Responsabilidade
Social Empresarial (RSE) como doações para organizações sociais na comunidade,
investimento em acções de benefício para os funcionários , protecção ao meio ambiente
etc. E é no planeamento que a empresa define suas estratégias.

Quando falamos em planeamento, temos que lembrar que além do Estratégico (foco em
longo prazo) existem o Táctico (médio prazo) e o Organizacional (curto prazo). O Balanço
Social está ligado a todos eles, já que as acções de responsabilidade social empresarial
devem estar previstas nos três níveis. Estes (três niveis de planeamento) devem ir ao
encontro do Orçamento Empresarial. , também elaboramos um material que apresenta essa
relação.

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5. Demonstração do Resultado Ambiental.

5.1 Conceitos
A Demonstração do Resultado do exercício demonstra as mudanças que incidiram com os
recursos que a empresa arrecadou (receitas) e com os que gastaram (custo e despesas).
Segundo Ribeiro (2005, p. 365) “A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um
relatório contabilistico destinado a evidenciar a composição do resultado formado em
determinado período de operações da entidade”. As receitas contraídas por uma empresa
não precisam necessariamente munir de actividades operacionais, pode também surgir de
actividades não operacionais.

Para Braga (2012, p. 77 e 78) A demonstração do resultado do exercício deve apresentar o

resumo das variações positivas (receitas e ganhos) e negativas (custos, despesas e
perdas), ocorridas em determinado período de tempo, normalmente no exercício social, em
função da exploração das actividades operacionais da empresa. Mediante os resultados
apresentados na DRE, pode ser apresentada a posição econômica da empresa, ou seja, se
ela está gerando lucros ou prejuízos, já que é evidenciado o resultado do exercício a qual o
demonstrativo se refere.

Segundo Ribeiro (2005, p. 365) Essa demonstração, observado o princípio da competência,

evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as
receitas, e os correspondentes custos e despesas (NBC T 3). Por meio dessa
demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no
desenvolvimento de suas atividades durante determinado período, geralmente igual a um
ano. A Demonstração do resultado do exercício evidencia os recursos arrecadados pelas
empresas e as destinações feitas com esses recursos. É um relatório muito importante para
analisar as gastos efetuados e planejar que despesas podem ser cortadas, quando é
necessário e quando os gestores desejam reduzir custos.

5.2 Controles Internos

A organização dos procedimentos realizados pela empresa é um fator que influência bastante no
trabalho realizado pelo auditor. A organização e a boa administração, não apenas são importantes
para que a empresa se desenvolva e cresça financeiramente, mas também para facilitar o trabalho
do contador que fará a escrituração dos fatos contábeis e elaborar os demonstrativos, assim como a
do auditor que verificará se os dados e números que estão nos relatórios contábeis condizem com a
realidade. Nesse contexto, os processos que a empresa adota na sua rotina, para melhorar suas
tarefas, promover a eficiência em todos os setores da organização, são de grande importância, esses
procedimentos são chamados controles internos.

Junior (2012, p. 79) descreve que “O controle interno compreende o plano de organização e todos
os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a
exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas”. Ou seja,

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os controles internos vão além do setor de contabilidade e financeiro, ele compreende todos os
setores, sendo processos que auxiliem na organização e bom andamento das atividades de todos os
colaboradores.

Na visão de Lins (2012, p. 213) O controle interno pode ser definido com um processo integrado e
operado pela empresa como um todo, com a intenção de fornecer razoável segurança tanto às
atividades administrativas quanto às operacionais, de forma a diminuir as possibilidades de desvios
de ativos, desobediência às normas internas, bem como de erros não intencionais. São instrumentos
de gestão que permitem avaliar e verificar os processos dentro de uma empresa, bem como,
auxiliam na projeção, observação e direção dos acontecimentos, auxiliando na tomada de decisões.

O Institut Français dês Experts Comptables (apud CREPALDI, 2012, p. 415) define: Controle Interno é
formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos adotados internamente
pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados fornecidos pela
Contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da direção. Os controles
internos permitem que as diretrizes e objetivos da empresa sejam cumpridos por parte de todos os
colaboradores, evitando ao máximo os erros e facilitando a descoberta de fraudes.

Segundo Junior (2012, p. 79-80) os objetivos do controle interno são: - Obtenção de informação
adequada - Estimulação do respeito e da obediência às políticas da administração - Proteção dos
ativos - Promoção da eficiência e eficácia. Os controles internos são de fundamental importância
para as empresas, pois auxiliam na projeção de resultados e ajudam a evitar problemas, já que
todos os caminhos necessários para realização de qualquer atividade da empresa fica registrada e
assim, fica mais fácil encontrar o erro e solucioná-lo rapidamente.

5.3 Metodologia
Todos os trabalhos de pesquisas surgem devido alguma dúvida a respeito de determinado
assunto. A metodologia, aborda os aspectos utilizados para que os objetivos da pesquisa
sejam alcançados.

Neste caso a metodologia foi baseada na Autora Vergara (2013), classificando esta
pesquisa como explicativa, aplicada, bibliográfica, estudo de caso e documental.

5.4 Apresentação dos Resultados

Os fatores ambientais influenciam na vida de todos, porém, as empresas por estarem usufruindo de
recursos naturais em escalas maiores do que as pessoas físicas, possuem uma responsabilidade
maior em relação ao cuidado com a natureza. Uma empresa que se preocupa com o meio ambiente
é bem-vista pela sociedade, principalmente por seus clientes. Infelizmente, ainda existe muita
relutância por parte dos empresários para prestarem esse tipo de serviço a sua comunidade ou até
mesmo para cumprir as normas e obrigações vigentes as suas atividades, principalmente pelo fato
de que é necessário empregar recursos para isso se tornar possível, assim como, o retorno
financeiro nem sempre é o desejado e demora mais do que se espera para acontecer. Para facilitar o
trabalho dos gestores na administração dos recursos empregados e recebidos com atividades que

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influenciam o meio ambiente é de extrema importância que se tenha, além dos demonstrativos
contábeis obrigatórios, demonstrativos ambientais que apresentem os recursos envolvidos nessas
atividades. Para responder os objetivos propostos nesse trabalho de pesquisa, foi necessário, buscar
auxílio em bibliografias que discutiam os conteúdos a serem trabalhados nesta pesquisa, para
agregar conhecimento e tornar-se possível elaborar os demonstrativos da empresa em questão. A
empresa de vendas de insumos agrícolas, situada na cidade de Ajuricaba/RS, atualmente possui
escrituração contábil regular, porém não classifica os eventos ambientais e nem possui
demonstrativos específicos para análise dos resultados ambientais. Entre os objetivos deste trabalho
estava analisar documentos e demonstrativos necessários para elaboração dos demonstrativos
contábeis ambientais, para responder a esse objetivo foi necessário deslocar-se até o escritório que
realiza a escrituração da empresa em questão, onde obteve-se acesso a todas as informações
contábeis e fiscais necessárias para realização desse trabalho. Para responder este objetivo, foi
usado como base os eventos que aconteceram no mês de dezembro de 2014. Inicialmente foram
abertas todas as notas de vendas realizadas no mês proposto, sendo analisado o estoque de cada
uma delas e separando aquelas onde foram vendidas agrotóxicos, já que esses produtos agridem o
meio ambiente e por estarem com relação direto a natureza, serviram de base para cálculos
necessários, assim como foram classificados como as receitas ambientais. Quanto às notas que
possuíam agrotóxicos como produtos de vendas, não possuíam outros produtos junto a elas, não
sendo necessário segmentar o valor delas. Com as informações dessas notas foi realizado um
relatório onde pode-se constatar o valor total dessas e assim foi calculado a proporção de vendas de
agrotóxicos com relação ao total de vendas do mês de dezembro de 2014, sendo essa de 21,235%.
Após essas constatações, foi iniciada uma análise do razão da conta Caixa do mês de dezembro de
2014. Essa atividade foi necessária, pois precisava-se saber quais as despesas ambientais que foram
pagas no mês proposto, bem como qual seria o saldo da conta Caixa no Balanço Patrimonial
Ambiental. Após isso, foi analisado cada um dos lançamentos (sendo mais de 300 no total) para
saber quais desses possuíam ligação direta ou indireta com as atividades ambientais. Com relação
aos valores que entraram no caixa, em função das vendas de agrotóxicos, foram utilizados no razão
ambiental somente aqueles relativos as vendas de agrotóxicos no mês de dezembro, já que esse foi
o mês usado de base para o presente trabalho. Quanto aos pagamentos, no mês de dezembro,
aconteceram poucos gastos relativos ao meio ambiente de maneira direta, foram apenas algumas
despesas que são necessárias para a realização das atividades da empresa, portanto necessárias
também para as vendas de agrotóxicos como energia elétrica; combustíveis e lubrificantes;
processamento de dados; água e esgoto; telefone, fax, internet; taxas e licenças (pagamento do
CREA) e serviços contábeis. Aos valores pagos por essas despesas, foi aplicado a proporção das
vendas de agrotóxicos (21,235%) e esses resultados foram levados para o razão ambiental e suas
contrapartidas (o valor debitado) foram lançadas em razonetes respectivos a cada conta para
posteriormente serem utilizados para elaboração do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE)
Ambiental. Posteriormente, foi iniciada a elaboração da DRE Ambiental, iniciando pelas receitas,
onde foram usados os valores encontrados na verificação das notas de vendas para a composição da
Receita Operacional. Nas deduções foram utilizados os valores dos impostos, utilizando um
percentual com base na proporção do total de vendas de agrotóxicos no mês de dezembro de 2014
para o total de vendas no ano de 2014, chegando assim a Receita Líquida , que é o mesmo valor do

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Lucro Bruto, já que os agrotóxicos que foram comprados em dezembro de 2014, não foram
vendidos nesse mesmo mês. As contas referente as provisões do Departamento Pessoal (Salários e
Ordenados; Férias e 1/3 Férias; INSS; FGTS, Pró-labore), foi calculado o percentual de 21,235% sobre
a provisão realizada no mês de dezembro de 2014, sendo que a contrapartida foi lançada no
Balanço Patrimonial Ambiental. As demais despesas, foram as já citadas acima, que foram pagas no
mês de dezembro, sendo que a contrapartida se encontra na conta Caixa do Balanço. Como o
resultado da DRE foi positivo (a empresa obteve Lucros Acumulados), a Contribuição Social e o
Imposto de Renda foram calculados usando a proporção das vendas de agrotóxicos em dezembro de
2014 em relação ao ano todo de 2014. O Lucro Líquido do Exercício foi levado ao Balanço
Patrimonial Ambiental. Primeiramente, para elaboração do Balanço Patrimonial Ambiental, foi
buscado o saldo do Razão da conta Caixa, sendo esse as Receitas com a venda de agrotóxicos menos
as despesas pagas em função dessa atividade. Na conta Duplicatas a receber foi usado o valor das
vendas de agrotóxicas realizadas a prazo. Para se chegar ao valor do Estoque de mercadorias, foram
analisadas todas as notas de compras realizadas no mês de dezembro e o valor que se encontra
nessa conta, se refere a única compra de agrotóxico realizada nesse período, sendo sua
contrapartida a conta de Fornecedores, já que essa compra foi obtida a vista. Para se chegar ao
valor do Ativo Imobilizado foi pensado que a empresa necessita desses imobilizados para realizar as
vendas de Agrotóxicos, sendo assim, normalmente as empresas adquirem o seu Patrimônio usando
o Capital empregado pelos sócios, ou seja, o Capital Social. Sobre o valor do Capital Social foi
aplicado o percentual das vendas de agrotóxicos (21,235%, sendo o resultado de R$76.440,29) e
esse valor foi usado como base para ser o valor total do Ativo Imobilizado, por tanto, foi feito uma
proporção de cada bem, sobre esse valor, para que o total de todos eles resultasse nessa soma,
sendo assim, esse valor está debitado no Ativo Imobilizado e creditado no Capital Social. Para as
depreciações também foi usado a proporção das vendas, sendo o valor debitado na conta de
despesa que se encontra na DRE e o crédito nas Contas que formam o grupo Depreciação
Acumulada. Os valores referentes às Obrigações (Trabalhistas, Sociais, Tributárias) e o Pró-labore a
pagar foram obtidos aplicando o percentual de 21,235% e são os mesmos valores que se encontram
debitando na DRE, fechando assim o débito e o crédito. O valor da conta Lucros Acumulados se
refere ao resultado obtido na DRE. Com a elaboração dos demonstrativos contábeis ambientais,
pode-se perceber, que a empresa obtém lucros com a venda de agrotóxicos, ou seja, ela consegue
arrecadar recursos financeiros com produtos que agridem o meio ambiente, por isso é de grande
importância que seus gestores pensem em maneiras de reduzir os impactos causados pelo uso de
agrotóxicos, já que a empresa tem grande relação com o consumo por parte dos agricultores. Os
demonstrativos ambientais são de extrema importância para empresas como a que foi utilizada pelo
estudo em questão, pois auxilia os gestores na administração dos recursos empregados e recebidos
em prol ou em decorrência do impacto causado a natureza.

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