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Sistema de Gestão Ambiental

Discentes:
Introdução

• Medidas isoladas não são o bastante para enfrentar desafios ambientais


do século XXI: É preciso formular uma política integrada, dando conta de
todos os impactos decorrentes das atividades econômicas da
organização. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• O Sistema de Gestão Ambiental (SGA), conceito que designa um conjunto
de ações administrativas e operacionais que visam a evitar os efeitos
negativos sobre a natureza. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Como a gestão ambiental evoluiu dentro das empresas partindo de
soluções pontuais para sistemas complexos. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• Ainda hoje, nem todas as empresas abraçam a sustentabilidade como


componente fundamental da gestão. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Pelo contrário: Muitas implantam soluções precárias, respondendo apenas
as demandas mais urgentes. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Por isso, é comum encontrar empresas que se dizem “verdes”, mas,
fazem pouco para diminuir seu impacto ambiental. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• Segundo Barbieri, as empresas dispõem de três passos para cuidar da


natureza: Controle de poluição, prevenção de poluição e abordagem
estratégica. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Primeiro passo: Controle de poluição:
Nesse primeiro momento, não há uma preocupação genuína com a
natureza, mas sim a necessidade de responder às demandas sociais e às
obrigações impostas por leis. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
Em vez de apresentar um conjunto articulado de medidas, busca-se
apenas executar ações isoladas, reduzindo o descarte de poluentes na
natureza e procedendo alterações sutis no modelo de produção. (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• As organizações costumam lançar mão de recursos tecnológicos para


aliviar os efeitos negativos de seus processos e produtos sobre o meio
ambiente. Para isso, elas contam com dois tipos de tecnologias: (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)
 a) Tecnologia de remediação; (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
 b) Tecnologia end of pipe control (controle no final do processo). (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• a) Tecnologia de remediação:
Algumas empresas só dispõem de tecnologias ambientais de remediação,
pois não se antecipam aos problemas. Seus cuidados ecológicos se limitam
a correção: uma vez ocorrido um acidente ambiental, é acionado um
procedimento para diminuir os danos. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
Existem situações que as técnicas de remediação é a melhor saída. É o
caso, por exemplo, do chamado plantio direto, utilizado para combater a
degradação do solo. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• b) Tecnologia de controle no final do processo:


Essa tecnologia implanta dispositivos que detém a poluição antes que ela
seja liberada na natureza. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
Porém as empresas devem utilizar equipamentos sofisticados como filtros
e estações de tratamento, afim de evitar que seus resíduos se espalhem,
algumas fábricas transformam gases e líquidos poluentes em resíduos
sólidos. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
O descarte final desses dejetos devem seguir as regras criadas pelo órgão
ambiental competente e depende de sua aprovação. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)

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Medidas isoladas para o meio ambiente

• Segundo passo: Prevenção de poluição:


Empresas vêm assumindo uma postura proativa, fazendo mais do que
simplesmente controlar os estragos provocados. Elas modificam radicalmente
os seus processos, evitando a poluição antes que ela seja gerada. (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)
Por isso, essas organizações preferem usar materiais e fontes de energia
mais eficientes, promovendo reduções drásticas na quantidade final de
resíduos. Mesmo assim, ainda é preciso conciliar prevenção e controle de
poluição, pois ainda assim a produção deixa algumas sobras que devem ser
tratadas e descartadas pelo modelo de Controle no final do processo. (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)
Apesar disso, a prevenção é muito vantajosa, pois reduz gastos com
materiais, energia e descarte, diminuindo significativamente os custos com
tratamento de dejetos. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011) 9
Medidas isoladas para o meio ambiente

• Terceiro passo: Abordagem estratégica:


Principal evolução ambiental nas empresas é alcançado quando a gestão
percebe que a sustentabilidade pode integrar o planejamento estratégico da
empresa. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
A organização aprende a tirar vantagens comerciais por meio de um
posicionamento ecologicamente correto. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)
Com o aumento de clientes preocupados com o meio ambiente, o cuidado
com a natureza está se convertendo em lucratividade e investimentos
(marketing verde). (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Relatório de Sustentabilidade da Petrobras

• Nossa estratégia de sustentabilidade baseia-se no firme compromisso de


acelerar a descarbonização de nossa companhia e de atuar sempre de
forma ética e transparente, com segurança em nossas operações e
respeito às pessoas e ao meio ambiente. (Petrobras.com.2021)
• Temos a ambição de atingir a neutralidade das emissões de gases de
efeito estufa (net zero) das operações sob nosso controle. Essas ações
incluem, principalmente: redução da queima de gás natural em tocha,
reinjeção de CO2, ganhos de eficiência energética e controle de perdas
nas operações. (Petrobras.com.2021)

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Relatório de Sustentabilidade da Petrobras

• Também adotamos boas práticas operacionais e de gestão, e desenvolvemos


estudos que contribuem para o conhecimento e proteção da biodiversidade em
todos os biomas que atuamos. (Petrobras.com.2021)
• No âmbito deste compromisso, nós aderimos à três metas:
 Aplicar a hierarquia da mitigação: prevenir, mitigar, recuperar e compensar
impactos à biodiversidade ao longo do ciclo de vida dos empreendimentos;
(Petrobras.com.2021)
 Desenvolver e incentivar estudos, projetos de pesquisa, tecnologia e inovação,
que contribuam para a conservação da biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos; (Petrobras.com.2021)
 Conhecer a diversidade biológica das áreas de atuação da empresa e, sempre
que possível, monitorar e mensurar impactos e dependências.
(Petrobras.com.2021)
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Conceito de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA)

• Evidentemente, medidas pontuais de controle e prevenção de poluição


têm seu mérito; contudo, elas não podem formar uma gestão ambiental
sólida. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Foi só na década de 1990 que se inaugurou um novo modelo de
administração das questões ambientais, o chamado Sistema de Gestão
Ambiental. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Conceito SGA

• Designa a articulação de funções administrativas e operacionais para


amenizar ou impedir impactos negativos das atividades econômicas sobre
a natureza. Mais do que soluções pontuais, um SGA pressupõe um nível
de sistematização maior, incluindo a criação de normas, objetivos e o
monitoramento contínuo. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Além disso, a responsabilidade pela gestão ambiental não fica
concentrada nas mãos de departamentos específicos, ela passa a integrar
o rol de preocupações de toda a organização, envolvendo diferentes
setores. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Conceito SGA

• De forma geral, pode-se dizer que o objetivo principal de um SGA é


melhorar o desempenho econômico e ambiental da organização,
reduzindo a demanda por recursos e aumentando a produtividade. (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Além de melhorar a performance, o SGA também constrói uma boa
imagem da empresa perante o público, quando uma empresa recebe uma
certificação ambiental, por exemplo, ela demonstra à sociedade que sua
política ambiental não é “só fachada”. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• A implantação de um SGA mantém as atividades da empresa dentro da
legalidade, evitando multas e ações judiciais. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)

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Certificação do SGA

• Autoavaliações são declarações emitidas pela própria empresa,


certificando sua conduta ambiental. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• A empresa obtém uma confirmação por partes interessadas como
clientes, fornecedores ou vendedores atestam a eficácia do seu SGA, o
que confere maior credibilidade à autoavaliação. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)
• A empresa obtém uma confirmação da autodeclaração por organização
externa quando uma entidade de terceira parte aprova seu sistema de
gestão ambiental e confirma a eficiência das medidas tomadas. (CURI,
Denise. Gestão Ambiental.2011)

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Certificação do SGA

• A certificação ou o registro do SGA por uma organização externa não é


um processo que possa ser realizado dentro dos muros da empresa; ela
precisa seguir a cartilha proposta por uma norma e se submeter à
avaliação de um órgão credenciador (INMETRO) para obter a certificação.
(CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)
• Organismo normalizador (ABNT) é aquele responsável por ditar as regras
que orientarão as práticas empresariais. A ISO é um exemplo
internacional de entidade normalizadora, pois cria diretrizes para inúmeras
atividades da gestão empresarial. (CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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ISO 14001

• A ISO 14001 faz parte de um conjunto de normas que fazem parte da série
14000. Ela é a primeira das normas, que fixa as especificações para a
certificação e avaliação de um SGA de uma organização. (Bachmann, Vanessa.
SGAA. 2015).
Ela trata de assuntos específicos ligados ao meio ambiente, como:
• A identificação dos aspectos e impactos ambientais; A criação de objetivos e
metas e a exigência em firmar um compromisso em cumprir as legislações
aplicáveis. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• Não estarão previstos na norma os padrões ambientais que devem ser
alcançados, e sim a exigência do cumprimento da legislação aplicável, que
contém os padrões que deverão ser seguidos. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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ISO 14001

• A norma ISO 14001 orienta o gerenciamento das atividades e dos


aspectos ambientais decorrentes de processos, produtos e serviços das
organizações. Algumas de suas características são a proatividade e a
abrangência. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• Ser proativo implica ter foco na ação em lugar da reação a comandos e
políticas de controle do passado. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• Já a característica da abrangência reflete no envolvimento de todos os
membros da organização na proteção ambiental, levando em conta
clientes, funcionários, fornecedores, companhias de seguros, ONGs,
acionistas e sociedade. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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Fonte: amblegis Fonte: Gratispng

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Etapas
• O SGA visa implantar um programa de melhoria contínua, semelhante ao
ciclo conhecido como PCDA (Plan, Do, Check, Act). Ou seja, é preciso
planejar, executar e depois verificar a eficiência do rumo tomado para
então reestruturar o plano de ação. (CURI, Denise. Gestão
Ambiental.2011)

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Importância

Através do SGA a organização obtém:


• Melhores oportunidades de negócios;
• Melhora a imagem e administração de recursos energéticos e materiais;
• Vantagens competitivas de negócio e marketing;
• Reduz acidentes ambientais;
• Redução de emissões de poluentes e resíduos;
• Reduz gastos desnecessários ;
• Cumpre com a Legislação Ambiental.
(CURI, Denise. Gestão Ambiental.2011)

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A situação das empresas no Brasil

• No Brasil, observa-se que uma quantidade grande de empresas está, no


momento, demonstrando preocupações e investindo em seu desempenho
ambiental, com interesse em preservar o nome da companhia e
resguardá-la de problemas. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• Outras empresas estão procurando atingir melhor desempenho por uma
necessidade expressa pelos seus clientes, essencialmente nos de
produtos de exportação. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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A situação das empresas no Brasil

• Podemos, assim, separar as empresas em quatro categorias:


 a) As que nada fazem com relação ao meio ambiente, já que suas
atividades geram poucos impactos. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
 b) As que pouco atuam, apesar de gerarem impactos, limitando-se a
tentar cumprir os padrões mínimos da legislação. (Bachmann, Vanessa.
SGAA. 2015).
 c) As que procuram ter uma atuação mais significativa, possuindo uma
área dedicada a tratar das questões ambientais da empresa e seguem,
quase sempre, os padrões corporativos. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
 d) As que estão procurando obter certificação, segundo normas
ambientais, para seu Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14.001).
(Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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Exemplo – Faber Castell

• Conhecida empresa produtora de material para escrever, desenhar e


pintar (lápis); (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• Possui uma fábrica em São Carlos (SP) e 10.000 hectares de Pinus,
plantados em Prata (MG); (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• A empresa já apresentava um bom desempenho ambiental antes de se
interessar pela certificação ISO 14001, não tendo tido necessidade de
realizar grandes modificações em seus processos industriais. (Bachmann,
Vanessa. SGAA. 2015).
• Ela produz lápis com madeira certificada, seguindo rígidos padrões
ambientais desde o plantio até a colheita, procurando obter boas parcerias
com fornecedores. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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Exemplo – Faber Castell

• Para implantar um Sistema de Gestão Ambiental, foi realizado um intenso


trabalho de verificação da legislação aplicável, e a identificação dos
aspectos e impactos relacionados às suas atividades. (Bachmann, Vanessa.
SGAA. 2015).
• A grande preocupação da empresa tem sido de não acumular passivos
ambientais, fazendo a destinação imediata dos resíduos gerados ou
reciclando-os. (Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).
• A certificação pela norma ISO 14001 ocorreu em fevereiro de 2003.
(Bachmann, Vanessa. SGAA. 2015).

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Referências

• Livro impresso (Biblioteca)


Autor(a): Denise Curi
Título: Gestão Ambiental
Ano: 2011
• livro.php (uniasselvi.com.br)
• https://
api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/25fdf098-34f5-4608-b7fa-17d60b2de47
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