A Escola de Alexandria foi um importante centro de estudos fundado no Egito após a morte de Alexandre Magno, onde destacados intelectuais como Euclides, Arquimedes e Ptolomeu fizeram contribuições fundamentais para o desenvolvimento da matemática, mecânica e astronomia.
A Escola de Alexandria foi um importante centro de estudos fundado no Egito após a morte de Alexandre Magno, onde destacados intelectuais como Euclides, Arquimedes e Ptolomeu fizeram contribuições fundamentais para o desenvolvimento da matemática, mecânica e astronomia.
A Escola de Alexandria foi um importante centro de estudos fundado no Egito após a morte de Alexandre Magno, onde destacados intelectuais como Euclides, Arquimedes e Ptolomeu fizeram contribuições fundamentais para o desenvolvimento da matemática, mecânica e astronomia.
Em 338 a.C., quando a Grécia foi conquistada pelos
macedônios, teve início o período conhecido como helenismo. Ao expandir as fronteiras do Império, Alexandre Magno levou a cultura grega para pontos distantes, ao mesmo tempo que abriu caminho para as influências orientais no Ocidente. Após a morte de Alexandre e a divisão do império, foi fundado em Alexandria, na foz do Nilo, um avançado centro de estudos formado por escolas de diversas ciências, um museu e a famosa biblioteca, que por muitos séculos atraiu intelectuais proeminentes de vários locais do mundo antigo.
EUCLIDES: GEOMETRIA
Na escola de Alexandria, logo de início destacou-se a
contribuição de Euclides, que, de 320 a 260 a.C., fundou e dirigiu a escola de matemática. Com a obra Elementos, sistematizou o conhecimento teórico, dando-lhe os fundamentos ao estabelecer os princípios da geometria, os conceitos primitivos e os postulados. Os conceitos primitivos são o ponto, a reta e o plano, que não se definem, enquanto os postulados são enunciados que devem ser aceitos sem demonstração, por exemplo: “uma linha reta pode ser traçada de um ponto para outro ponto qualquer”. Tais princípios constituem o ponto de partida sobre o qual se constrói o edifício teórico de qualquer demonstração. A MECÂNICA DE ARQUIMEDES
A mecânica foi outra ciência que se desenvolveu no centro
cultural de Alexandria. Suas bases foram estabelecidas por Arquimedes (287-212 a. C.), nascido na Sicília, mas que teria passado um tempo em Alexandria. A fama de Arquimedes nos remete a acontecimentos interessantes, embora muito deles envoltos em lenda. Para defender Siracusa, quando assediada pelos romanos, Arquimedes teria construído engenhos mecânicos (catapultas) para lançar pedras e também incendiado navios por meio de um sistema de lentes de grande alcance. Ao descobrir o princípio da hidrostática (lei do empuxo), Arquimedes passou da dimensão puramente técnica ou prática para a especulação teórica e científica, que lhe permitiu descobrir princípios fundamentais da mecânica. Redigiu um tratado de estática, formulou a lei de equilíbrio das alavancas e fez estudos sobre o centro de gravidade dos corpos. Galileu viu em Arquimedes o único cientista verdadeiro da Grécia, ao revelar aspectos fundamentais da experimentação moderna: medidas sistemáticas, determinação da influência de cada fator que atua no fenômeno e enunciado do resultado sob a forma de lei geral.
PTOLOMEU E O GEOCENTRISMO
Uma das últimas grandes personalidades de Alexandria, já no
século II da era cristã, foi a do matemático, geômetra e astrônomo Cláudio Ptolomeu. Sua obra Almagesto representa o mais importante referencial da astronomia geocêntrica da Antiguidade, que exerceria influência durante toda a Idade Média até ser contestada por Copérnico e Galileu. Após o século II d.C., o centro de Alexandria sofre inevitável estagnação, sobretudo devido a sucessivos saques à biblioteca e ao museu, bem como aos incêndios que apenas anteciparam sua destruição total no século V. No entanto, não devemos superestimar a utilização de instrumentos na fase de investigação e a aplicação prática das ciências, levadas a efeito por Arquimedes e outros sábios atuantes em Alexandria. Elas constituem exceção na produção científica grega, que era mais voltada para a especulação racional e desvinculada da técnica, tendência que haveria de prevalecer durante a Idade Média.