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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA

Na pele da Tilápia

LETICIA AMARAL SIMÕES DA SILVA


MARCO HÄRTER LEÃO
RAFAELA MEDEIROS AMARAL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
O PROCEDIMENTO 4
REDE DE PESQUISA 5
BENEFÍCIOS 6
TÉCNICA DE PROCESSAMENTO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
REFERÊNCIAS 10
INTRODUÇÃO

Primeira vez foi usado a pele de tilápia na reconstrução do canal vaginal de


uma paciente transexual

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade


Federal do Ceará, em parceria com o Instituto de Apoio ao queimado, de Fortaleza

10 mulheres com Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser anteriormente


foram submetidas ao tratamento de neovagina
O PROCEDIMENTO

Operação mais simples, rápida e menos invasiva

Leonardo Bezerra "o epitélio da tilápia funciona como um


arcabouço e suporte para o desenvolvimento do epitélio vaginal"
garantiria as dimensões, funcionalidades e elasticidade adequadas

O procedimento é similar ao realizadio em pacientes com Síndrome de Rokitansky

Coloca-se um molde acrílico envolto da pele de tilápia dentro do canal vaginal. O colágeno
da tilápia se desconstrói e as moléculas "quebradas" se incorporam ao tecido. Após isso, as
células presentes no canal vaginal se diferenciam em outros e formam o epitélio vaginal.
O PROCEDIMENTO
REDE DE PESQUISA

Iniciou com o cirurgião plástico Edmar Maciel e Marcelo Borges (professor da


faculdade de Medicina de Olinda);

Inicialmente houve o interesse na pele de tilápia devido ao seu potencial em tratar


queimados por ser rica em colágeno;

A linha de pesquisa em 2019, contava com 189 colaboradores;


REDE DE PESQUISA

O material biológico utilizado pelos pesquisadores é fornecido pelo banco de peles de


tilápia da UFC, construído pela empresa Biotec Solução Ambiental com patrocínio da Enel,
distribuidora de energia do Ceará;

Toda pele fornecida, antes da aplicação nos pacientes, passa por um rigoroso processo de
limpeza, descontaminação e esterilização nos laboratórios da UFG.
BENEFÍCIOS
Segundo Moraes, líder da pesquisa com pele de tilápia desde 2015. Até hoje
não houve nenhum caso de rejeição

300 pacientes já haviam sido tratados para queimadura com o uso da pele do
animal, 30 deles crianças, dentre todas as operaçoes não tiveram casos de
infecção

Foco do Ministério da Saúde, estuda sua implementação no Sistema Único


de Saúde (SUS)
BENEFÍCIOS
Sulfadizina de prata - Pomada antimicrobiana e sicatrizante utilizada no
tratamento de queimaduras

Trocas diárias dos curativos com intervalos mais longos, diminuindo o


incômodo dos pacientes

Redução nos custos


.
Diminuição no tempo de cicatrização

Atenuamento da dor na troca dos curativos biológico


TÉCNICA DE PROCESSAMENTO
TÉCNICA DE PROCESSAMENTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar do procedimento cirúrgico não ser algo novo, em 2019, o material


utilizado foi diferente e inovador. A princípio encontraríamos o uso, por exemplo,
de membrana amniótica (da placenta), ou material sintético (látex). Porém, com o
estudo dos benefícios da pele de tilápia uma nova opção surgiu, que pode se
mostrar mais econômica e benéfica, graças a seus efeitos cicatrizantes e as
técnicas de processamento aplicadas.
REFERÊNCIAS
Revista:
JONES, Frances. Na pele da tilápia. FAPESP 280, 70–73 (2019). Acessado em 06 de setembro
de 2022. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/na-pele-da-tilapia/

Projeto:
Construção e implantação de irradiador industrial multipropósito de Co-60 (nº 97/07136-0);
Modalidade Programa Equipamentos Multiusuários; Pesquisador responsável Leonardo Gondim
de Andrade e Silva (Ipen); Investimento R$ 1.868.012,76.
Artigos Científicos:
MORAES, M. O. et al. Study of tensiometric properties, microbiological and collagen content in
nile tilapia skin submitted to different sterilization methods. Cell and Tissue Banking. v. 19, ed. 3,
p. 373-82. set. 2018.

BEZERRA L. R. P. S. et al. Tilapia skin fish: A new biological graft in gynecology. Revista de
Medicina da UFC. v. 58. n. 2. 2018.

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