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Introdução
A integração da tecnologia na área da saúde tem sido uma revolução marcante, transformando radicalmente a forma como
abordamos o tratamento de feridas e a aplicação de técnicas de curativos e coberturas. Este avanço representa um marco
significativo na busca pela excelência no cuidado ao paciente, otimização de recursos e melhoria na qualidade de vida.
No âmbito da saúde, as técnicas de curativo e cobertura desempenham um papel crucial, indo muito além de simples procedimentos.
Elas são a linha de frente no cuidado de feridas cirúrgicas, traumáticas ou crônicas, desempenhando um papel determinante na
aceleração da cicatrização, prevenção de infecções e promoção da recuperação. No entanto, tradicionalmente, essas práticas eram
guiadas principalmente pela experiência clínica e pelo conhecimento empírico.
Ao longo da evolução da medicina, testemunhamos um notável desenvolvimento nas técnicas de curativo utilizadas, a diversificação
de tipos de coberturas de curativo disponíveis e uma crescente variedade de curativos. A interseção entre tecnologia e saúde tem sido
um catalisador fundamental dessas mudanças.
Neste contexto, a tecnologia trouxe avanços substanciais nas técnicas de curativo e cobertura. Desde a criação de curativos
inteligentes que monitoram continuamente o estado da ferida até a utilização de materiais biomédicos de última geração, a
tecnologia está redefinindo o cenário da saúde. Essas inovações têm impactado positivamente a precisão dos tratamentos, a
personalização dos cuidados e a eficácia dos procedimentos.
Este trabalho tem como objetivo principal analisar o impacto da tecnologia na evolução das técnicas de curativo e cobertura na área
da saúde. Serão explorados os benefícios dessas transformações tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
Desenvolvimento
A Evolução do Tratamento de Feridas
A história do tratamento de feridas é uma narrativa fascinante que demonstra como a ciência, a tecnologia e a prática médica se
combinaram ao longo do tempo para melhorar a recuperação de pacientes. Desde tempos antigos, a preocupação com o cuidado da
pele e a preservação de suas funções têm sido uma busca constante pela melhora, proporcionando uma recuperação mais rápida,
confortável e esteticamente agradável, além de reduzir infecções e complicações para garantir a segurança do paciente. No entanto,
somente com os avanços científicos dos séculos 20 e 21 foi possível o desenvolvimento de novas técnicas e parâmetros de qualidade
na saúde. A partir das décadas de 1930, o cuidado com feridas e com a pele passou a ser incorporado pela enfermagem. Em meados
da década de 90 se iniciou a produção científica nacional acerca do tema, proporcionando um maior entendimento sobre métodos de
tratamento e prevenção das lesões cutâneas. Os curativos se tornaram cada vez mais complexos e isso levou ao desenvolvimento de
materiais mais avançados, práticas mais baseadas em evidências e abordagens mais eficazes no tratamento e prevenção de feridas,
beneficiando tanto pacientes quanto profissionais de saúde.
A pele é o maior órgão do corpo humano e se modifica conforme o local e as necessidades do organismo, servindo de interface
dinâmica entre o corpo e o meio que ele habita(GAMBA; PETRI; COSTA, 2016). Dividida em duas camadas, a epiderme e a derme,
a pele proporciona proteção mecânica e contra a luz, imunovigilância, metabolização de nutrientes,etc. Enquanto a epiderme tem
como função principal a proteção mecânica, a derme promove a sustentação e suporte dos tecidos. O tecido adiposo, apesar de não
fazer parte da pele, tem uma íntima relação com ela, respondendo de forma parecida aos estímulos e processo patoló-
gicos. (ELDER, 2011). Ao ser lesionada, a pele inicia imediatamente o processo de reparo, passando pela fase inflamatória, onde
ocorre a ativação do sistema de coagulação, o desbridamento da ferida e defesa contra as bactérias; fase proliferativa ou
regenerativa, onde há aformação do tecido de granulação e aumento datividade mitótica dos fibroblastos (produtores de colágeno); e
fase reparativa, onde as fibras colágenas estão maturas e o tecido formado é remodelado, levando ao aumento da sua resistência
(GAMBA; PETRI; COSTA, 2016). As feridas podem ser classificadas como agudas (súbitas e de curta duração, como queimaduras),
crônicas (evolução lenta, como as lesões por pressão) ou cirúrgicas (GAMBA; PETRI; COS-
TA, 2016).
3. Desenvolvimento
A história do tratamento de feridas é uma narrativa fascinante que demonstra como a ciência, a tecnologia e a prática médica se
combinaram ao longo do tempo para melhorar a recuperação de pacientes. Desde tempos antigos, a preocupação com o cuidado da
pele e a preservação de suas funções tem sido uma busca constante por melhorias. Esta incrível evolução vai desde práticas
empíricas e crenças antigas até a aplicação de métodos baseados em evidências científicas avançadas nos dias de hoje. No entanto,
somente com os avanços científicos dos séculos 20 e 21 foi possível o desenvolvimento de novas técnicas e parâmetros de qualidade
na saúde. A partir das décadas de 1930, o cuidado com feridas e com a pele passou a ser incorporado pela enfermagem. Em meados
da década de 90 se iniciou a produção científica nacional acerca do tema, proporcionando um maior entendimento sobre métodos de
tratamento e prevenção das lesões cutâneas. Os curativos se tornaram cada vez mais complexos e isso levou ao desenvolvimento de
materiais mais avançados, práticas mais baseadas em evidências e abordagens mais eficazes no tratamento e prevenção de feridas,
beneficiando tanto pacientes quanto profissionais de saúde.
Nas civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos, os tratamentos para feridas eram frequentemente baseados em
conhecimentos empíricos e rituais. Extratos de plantas, mel, gordura animal e até mesmo teias de aranha eram aplicados às lesões
com a esperança de acelerar a cicatrização. As feridas geralmente eram mantidas descobertas, como se a própria natureza pudesse
curá-las.
Com a influência de Hipócrates, no século IV a.C., observações científicas começaram a moldar o tratamento de feridas. Hipócrates
recomendava a lavagem de feridas com vinho ou vinagre e a manutenção da secura após o procedimento. Ele também distinguiu
entre cicatrização por primeira e segunda intenção, compreendendo a importância da proximidade das bordas da pele para a
cicatrização adequada.
Na Idade Média, muitos mitos e crenças persistiram, levando a práticas que, em retrospectiva, parecem estranhas. No entanto,
houve tentativas de desenvolver ligaduras e suturas, e a higiene começou a ser valorizada.
Com o Renascimento, o conhecimento sobre a anatomia humana se expandiu, e a assepsia tornou-se uma preocupação importante.
A descoberta dos princípios microbianos por Pasteur e Lister no século XIX revolucionou o controle de infecções.
No século XX, os avanços na medicina, como a descoberta dos antibióticos, transformaram o tratamento de feridas infeccionadas.
Surgiram materiais modernos, como gaze esterilizada e curativos medicamentosos, tornando os cuidados com feridas mais eficazes.
Hoje, a pesquisa e a tecnologia permitiram o desenvolvimento de curativos inteligentes que monitoram o ambiente da ferida e
liberam medicamentos conforme necessário. Os curativos e coberturas são personalizados para atender às necessidades individuais
de cada indivíduo.
A pele é o maior órgão do corpo humano e se modifica conforme o local e as necessidades do organismo, servindo de interface
dinâmica entre o corpo e o meio que ele habita (GAMBA; PETRI; COSTA, 2016). Dividida em duas camadas, a epiderme e a derme,
a pele proporciona proteção mecânica e contra a luz, imunovigilância, metabolização de nutrientes, etc. Enquanto a epiderme tem
como função principal a proteção mecânica, a derme promove a sustentação e suporte dos tecidos. O tecido adiposo, apesar de não
fazer parte da pele, tem uma íntima relação com ela, respondendo de forma parecida aos estímulos e processos patológicos (ELDER,
2011).
Ao ser lesionada, a pele inicia imediatamente o processo de reparo, passando pela fase inflamatória, onde ocorre a ativação do
sistema de coagulação, o desbridamento da ferida e defesa contra as bactérias; fase proliferativa ou regenerativa, onde há a
formação do tecido de granulação e aumento da atividade mitótica dos fibroblastos (produtores de colágeno); e fase reparativa, onde
as fibras colágenas estão maduras e o tecido formado é remodelado, levando ao aumento da sua resistência.
Na Antiguidade, civilizações como os egípcios, gregos e romanos baseavam seus tratamentos
de feridas em conhecimentos empíricos, muitas vezes recorrendo a substâncias como mel,
plantas e até teias de aranha. Acreditava-se que manter as feridas descobertas permitiria que a
natureza agisse na cura.
Na Idade Média, embora mitos e crenças persistissem, houve esforços para desenvolver
ligaduras e suturas, e a higiene começou a ganhar importância.
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**Introdução**
O cuidado com a saúde humana é uma constante evolução que reflete os avanços da ciência e
da tecnologia ao longo do tempo. Entre os diversos aspectos que compõem a busca por
tratamentos mais eficazes e eficientes, destaca-se o campo da Tecnologia em Saúde, que
desempenha um papel fundamental na promoção da qualidade de vida e na melhoria dos
processos de recuperação de pacientes.
Dentro desse contexto, este trabalho propõe uma investigação profunda e abrangente sobre a
intersecção da tecnologia em saúde com um elemento essencial do corpo humano: a pele. A
pele, como o maior órgão do corpo, desempenha um papel crucial na proteção, regulação e
interação do organismo com o ambiente externo. No entanto, quando essa barreira natural é
comprometida por feridas ou lesões, o tratamento adequado torna-se essencial para a
recuperação do paciente.
Portanto, este estudo visa fornecer uma visão abrangente das tecnologias em saúde aplicadas
a técnicas de curativos e coberturas, destacando sua importância na promoção da qualidade
de vida dos pacientes e no avanço contínuo da medicina. Através da análise dessa evolução e
das inovações tecnológicas, este trabalho busca contribuir para o conhecimento e o
aprimoramento das práticas de tratamento de feridas e lesões cutâneas, enfatizando o impacto
positivo dessas tecnologias tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes.