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Proposta -Tema: Os desafios para legitimar o papel social do funk no Brasil

TEXTOS MOTIVADORES
Texto I
“Pra quem não conhece o funk
é com muito prazer
que eu me apresento agora pra você.
Eu sou a voz do morro
o grito da Favela
sou a liberdade em becos e vielas.
Sou da sua raça,
sou da sua cor,
sou o som da massa,
sou o funk eu sou." (MCs Dollores e Galo)

Texto II
Na manhã desta quinta-feira (29), o cantor de funk MC Maneirinho fez um post no Instagram em que mostrou uma intimação
que recebeu na justiça. “Estou sendo acusado de apologia ao crime. (...) Não posso ser vítima dessa covardia que estão querendo
fazer comigo e outros funkeiros. Já não basta tudo que eu tive que passar durante todos esses anos.”
E continuou: “Cantei no Brasil todo, levo alegria para muita gente todo os dias e, o principal, gero empregos para muitos. Mais
uma vez peço, nos ajudem. Essa covardia não pode acontecer. Preciso da ajuda de vocês para vencer mais uma batalha. Vim da
favela, eu não li e nem assisti a nossa realidade, mas playboy interpretando o que acontece na favela concorre ao Oscar. E nós
sofremos essa covardia. Por favor, nos ajudem”. Na intimação, o MC foi intimado a comparecer à Delegacia de Combate às
Drogas no Rio.
MC Maneirinho é intimado pelo crime de apologia ao crime: “Vítima dessa covardia”.
ISTOÉ, 2020. Disponível em: https://istoe.com.br/mc-maneirinho-e-intimado-pelo-crime-de-apologia-ao-crime-vitima-dessa-
covardia/. Acesso em: 02 jun. 2022.

Texto III
Mas o funk é contraditório e tira proveito até mesmo dos estereótipos e de tudo aquilo que se acumula como “lixo” e “vulgar” na
cultura moderna. Uma breve análise de sua curta existência no Brasil mostra dois aspectos importantes. Primeiro, o funk evidencia
como a juventude negra e favelada reinventa-se criativamente com os escassos recursos disponíveis, subvertendo, muitas vezes,
as representações que insistem em situá-la como baixa e perigosa. Além disso, a crítica ao funk escancara a maneira pela qual a
sociedade brasileira renova seu racismo e preconceito de classe camuflados pela retórica ocidental do “bom gosto estético''.

LOPES, Adriana Carvalho; FACINA, Adriana. Cidade do funk: expressões da diáspora negra nas favelas cariocas. VI Encontro de
Estudos multidisciplinares em cultura, Salvador, 2010.

Texto IV
Proposta -Tema: Qual o seu rolê em SP?
TEXTOS MOTIVADORES
Texto I
Quem frequenta o CCSP?
Visitar o Centro Cultural São Paulo (também conhecido como Centro Cultural Vergueiro, ou ainda CCSP) me traz uma série de
lembranças. Estudos pré-vestibular nas mesas externas, vários shows assistidos na sala Adoniran Barbosa (sempre com a dúvida
de sentar perto da banda ou assistir o show de cima, na arquibancada) ou meditação sentada no chão frio dos pisos expositivos.
A primeira vez que fui ao CCSP foi em 2015, para comprar o ingresso de um show que aconteceria semanas depois, no
mesmo lugar. Enquanto subia a rampa da saída da estação Vergueiro, logo minha visão foi tomada por diferentes manifestações
artísticas. A quantidade de arte e de diferentes personalidades que dividiam o mesmo espaço foi o que me motivou a continuar a
visitar o CCSP nos anos seguintes, certa de que toda vez que eu passasse por lá, me sentiria acolhida.
O foco dos estudantes é algo que chama atenção nas mesas da biblioteca ou na área próxima à rampa do metrô Vergueiro,
assim como a dança. O silêncio dos espaços expositivos é tomado por ritmos musicais diversos quando se aproxima do chamado
corredor da dança: do hip-hop em pequenas caixas de som potentes, passando pelo samba e o tango nos alto-falantes de
celulares. Não é incomum vermos “rodinhas” de adolescentes e casais treinando seus passos refletidos nos vidros, que separam o
corredor de salas do setor administrativo do CCSP e da famosa sala Adoniran Barbosa.
As amigas Tamires, Stella e Lívia encontraram um canto para ensaiar seus passos. O motivo que as leva ao centro cultural é o
mesmo de outros jovens que lotam o CCSP, principalmente aos finais de semana: o k-pop. O pop coreano de grupos como BTS e
Blackpink são imitados por adolescentes, às vezes, de forma despretensiosa. Stella conta que uma vez viu a área aberta do
centro cultural com uma multidão de pessoas dançando músicas diversas. Perguntei a elas se isso não atrapalha os grupos, mas
Lívia acredita que isso facilita a amizade entre eles. “Os grupos aqui são divididos, mas quando é pra ajudar um ao outro, ou
quando toca alguma música que reconhece, a gente se junta. Fazemos amizade por causa disso.”

Legenda da foto: O K-pop é o principal estilo que se escuta nas caixas de som que os visitantes levam ao CCSP (Foto: Bianca
Muniz – Audiovisual / Jornalismo Júnior)
Adaptado de: MUNIZ, Bianca. Quem frequenta o CCSP?. Jornalismo Júnior. Disponível em:
http://jornalismojunior.com.br/quem-frequenta-o-ccsp/ Acesso em: 02 jul 2022.

Texto II
“Sexta Free – Batalha Racional” é o nome do rolê e acontece desde 2011 na Avenida Paulista. Começou com o coletivo Kush
Crew em 2010, uma galera que rimava, fazia freestyle e curtia rap, claro. Mas quando a Kush pensou em fazer um duelo eles
quiseram fazer diferente. Batalha de sangue já existia em São Paulo, então eles puxaram a ideia da rinha de conhecimento, que
começou lá no Rio de Janeiro. “Então a partir daí rolou a ‘Sexta Free – Batalha Racional’, toda sexta-feira às 21h. Batalha de
sangue é da hora, tá ligado? É da hora você tirar um barato com o outro, só que uma base pro MC é o conhecimento. Então a
gente pensou: uma batalha do conhecimento vai puxar vários temas e vai ativar o intelecto do MC. É isso que a gente quer”, conta
Rafael Smoke, da Kush Crew.
Adaptado de: SARTORI, Hugo. Demos um rolê por 5 batalhas de rap em SP para sacar as dinâmicas de cada uma.Vai dar pé.
Disponível em: http://vaidape.com.br/2017/03/5-batalhas-de-rap-em-sp/ Acesso em: 02 jul 2022.

PROPOSTA DE REDAÇÃO
No texto apresentado, a universitária Bianca Muniz, fala sobre o espaço que frequentava ao longo de sua adolescência, o
CCSP. Ela relata a sua experiência e conta também o que viu no retorno a esse lugar, que é um espaço em que vários jovens e
adolescentes vão diariamente. Já o segundo texto trata de jovens que se reúnem em uma roda de rima na Avenida Paulista, para
testar seus conhecimentos e fazer arte nas batalhas. Os dois textos têm uma coisa em comum: a apresentação de lugares da
cidade onde adolescentes e jovens se encontram e exploram seus interesses. Ter um espaço seguro e legal onde podemos estar
com os nossos amigos para conversar, escrever, dançar e até cantar é muito importante. Tem algum lugar que você gosta de ir
sempre com seus amigos? Nesta atividade, propomos que você escreva sobre um lugar de São Paulo que gosta de frequentar e
que é importante pra você. Você pode escrever um relato, uma música, um

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