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Escola Municipal

Componente Curricular: Língua Portuguesa


Professor(a): Erica Viqueti
Aluno (a):

Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das nossas ideias. Deve ser
claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.

É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, depois o
desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes
e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve também conter contra-argumentos, de forma a não
permitir uma interpretação duvidosa. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo que
responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da opinião.

Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: a introdução, na qual é


apresentada a ideia principal ou tese; o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a
ideia principal; e a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de
diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatísticos, pesquisas, causas
socioeconômicas ou culturais, depoimentos – enfim, tudo que possa demonstrar o ponto de
vista defendido pelo autor tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
solução/proposta ou uma síntese. Deve-se utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar
variedade padrão da língua. A linguagem utilizada normalmente é impessoal e objetiva.

Também estudaremos o emprego da linguagem formal e informal.

Linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas
gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras. Já a linguagem informal ou coloquial
representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista
e despreocupada com as normas gramaticais.

Texto: A cultura da amizade

A amizade tem sido eleita por pensadores e artistas de diversos tempos como uma das
coisas mais importantes da vida. Há quem lhe atribua importância maior que a do amor. Em
nosso mundo contemporâneo não faltam produções escritas ou audiovisuais que coloquem a
amizade no mais alto patamar. Porém, tanto nas produções de tempos passados como nas de
tempos atuais, a amizade é tratada como um ideal, no sentido de que é algo difícil de ser obtido.

Na Antiguidade Clássica, Cícero já apontava a existência daqueles que suprimem a


amizade de suas vidas ao comentar que os que assim o faziam pareciam-no privar o mundo do
sol. Se há um amplo reconhecimento de sua importância, por que a amizade é vista e
apresentada como algo difícil e raro?

Montaigne, em suas reflexões, oferece alguns elementos que nos permitem abordar melhor
a questão. Ao apresentar a amizade como um tipo de relacionamento no qual se busca uma
intimidade sem reservas, Montaigne põe foco em um aspecto das relações pessoais que, se foi
complexo em seu tempo, seguramente é problemático na sociedade ocidental contemporânea.

É uma característica de seus dias atuais o crescente individualismo, que alguns


pensadores preferem qualificar como narcisista. Vive-se em um ambiente no qual, mais do que
ser, é preciso parecer. A criação da atividade de consultor de imagem nos dá uma dimensão da
separação cada vez maior entre o que efetivamente somos e a imagem que buscamos (ou
precisamos) transmitir. A nossa aparência não busca refletir o que somos mas, em uma inversão
de significado de “imagem”, é ela quem nos define para os outros. Em tal contexto, como construir
intimidade? E, em consequência, como cultivar amizades?

Se tem sido benéfico para o sistema econômico, o individualismo narcisista tem


transformado, no plano das relações pessoais, campos aráveis em terras arenosas.

Milhares de anos atrás, a humanidade foi desafiada e deu uma resposta e um salto
qualitativo ao aprender a cultivar a terra. Hoje o novo desafio é colocado e, novamente, a
alternativa pode estar no desenvolvimento do cultivo, da cultura e da amizade.

Guia do Estudante – Redação Vestibular 2008. São Paulo: 2008.

Entendendo o texto

01 – O texto dissertativo apresenta três partes essenciais: uma introdução, na qual é exposta a
tese ou a ideia principal que resume o ponto de vista do autor acerca do tema; o desenvolvimento,
constituído pelos parágrafos que explicam e fundamentam a tese; e a conclusão. Numere os
parágrafos do texto em estudo e identifique:

a) O parágrafo em que é feita a introdução do texto;

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b) Os parágrafos que constituem o desenvolvimento do texto;

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c) O(s) parágrafo(s)de conclusão;

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02 – Releia o parágrafo em que é feita a introdução do texto. Qual é a tese defendida pelo autor?

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03 – O desenvolvimento é formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente em


cada parágrafo é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada argumento pode ser
desenvolvido por meio de procedimentos como:

Comparação – Exemplificação – Apresentação de dados estatísticos – oposição ou contraste –


relação de causa e efeito – citação

Reconheça no desenvolvimento do texto o parágrafo em que é feito o uso de:

Comparação: ___________________________________________________________________

Citação: _______________________________________________________________________

Oposição ou contraste: ___________________________________________________________

04- Explique o título do texto.

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05 – Observe a linguagem do texto.
a) Que tempo e modos verbais são predominantes?
( ) Tempo presente/modo indicativo
( ) Tempo futuro/modo subjuntivo

b) Qual é a variedade linguística empregada?


( ) Formal
( ) Informal

06- Em “A nossa aparência não busca refletir o que somos mas, em uma inversão de significado
de “imagem”, é ela quem nos define para outros.” A parte destacada indica que o foco narrativo
está em:
( ) Primeira pessoa
( ) Terceira pessoa

07- Leia este trecho do conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe:

    Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto,
bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um
caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com
toda a certeza, não sonho. Mas amanhã posso morrer e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu
espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem
comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas consequências,
tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e destruíram. No entanto, não tentarei
esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror — mas, em muitas
pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotescos.

Edgar Allan Poe


Disponível em: http://criptopage.caixapreta.org/secao/contos/contos_gatopreto.

ATIVIDADES

O texto “O gato preto” é um conto de terror. Entre outras características desse gênero,
estão o suspense e a impressão de que algo está prestes a acontecer. Inspire-se nesse texto e
construa um breve conto de terror composto de introdução, conflito, clímax e desfecho. Se
preferir, você poderá aproveitar as ideias do trecho lido de “O gato preto”.

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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Leia o texto abaixo para responder às questões 1 a 5.

         O CARROCEIRO EM APUROS


     Uma carroça, por descuido do carroceiro, achava-se certa vez atolada em um pântano horrível.
O homem gritava, ralhava, aguilhoava e chicoteava os seus bois; dobravam estes de esforço,
porém nada conseguiam; o pegajoso barro prendia as rodas. O carroceiro pôs-se então a suplicar
a Deus e aos santos, fez-lhes promessas de esmolas, de oferendas, se lhe safassem o carro do
perigo. Então ouviu uma voz que dizia: O céu vai lhe ajudar: Faça o seguinte: pegue a enxada,
desprenda a lama das rodas, examine onde mais sólido está o chão; cave e limpe esse maldito
barro, empurre as rodas; agora toque seus bois. Ótimo! Veja lá o seu carro como vai andando...
Cuidado com outros atoleiros! Vendo feito o milagre o carroceiro ajoelhou-se, agradecido. Então a
voz se lhe fez de novo ouvir: Tens razão de agradecer, pois ficaste sabendo que o céu sempre
ajuda a quem se ajuda a si próprio.
Moral da história: Nos lances da vida aproveitemos a força e a inteligência que Deus nos
concedeu, quem por indolente ou por desacoroçoado (desanimado) cruzar os braços, não conte
com milagres que o salvem.
             In: Fábulas e contos. Disponível em: http://bit.l/2551Rlp. Acesso em: maio / 2019..

ATIVIDADES

QUESTÃO 1 - Durante o tempo em que a carroça ficou atolada, qual foi a primeira atitude do
carroceiro para desprendê-la?
A )   Ajoelhou-se e ficou muito desanimado.
B )   Fez promessas de esmolas e oferendas.
C )   Pegou a enxada e começou a retirar o barro.
D )   Tratou muito mal os bois que puxavam a carroça.

QUESTÃO 2 - O personagem suplica a Deus quando:


A )   desprendeu a carroça e sabia que tinha mais atoleiros pela frente.
B )   examinou que o barro era muito pegajoso e o pântano horrível.
C )   percebeu que seus bois não conseguiriam desatolar a carroça.
D )   teve a certeza de que seus bois não conseguiram sair do atoleiro.

QUESTÃO 3 – De acordo com o texto, a ajuda dada pelos céus deixou o carroceiro:
A )   agradecido.
B )   atento.
C )   esforçado.
D )   inteligente.
QUESTÃO 4 – No trecho: “Uma carroça, por descuido do carroceiro, achava-se certa vez atolada
em um pântano horrível”, a expressão destacada indica:
A )   certeza.
B )   modo.
C )   opinião.
D )   tempo.

QUESTÃO 5 – Na frase: “Dobravam estes de esforço, porém nada conseguiam...”, a palavra


sublinhada substitui.
A )   bois.
B )   braços.
C )   lances.
D )   santos.

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