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Vertedouros de superfície

Capítulo 3 – Capacidade de descarga


Cláudio Krüger | claudio.kruger@ufpr.br
Vertedouros livres x controlados
Vertedouros de superfície
livre
com comportas

UHE Fundão UHE Samuel


Vertedouros livres x controlados

Vertedouros livres Vertedouros com comportas


vantagens vantagens
operação automática mais flexível
construção mais simples menor área alagada
desvantagens desvantagens
maior largura perigo de galgamento
maior área inundada possibilidade de avaria
mecânica nas
comportas
Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)
Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
A vazão que escoa em um vertedouro livre é:

𝑄 = 𝑐 𝐿 𝐻 3/2 , onde:

c = coeficiente de descarga;
L = largura “efetiva” do fluxo (sem pilares, se houver)
H = carga hidráulica sobre a crista (pode ser diferente da carga de projeto)

Coeficiente de descarga: é função da geometria do vertedouro, principalmente a altura


(P) e carga de projeto (H0). Precisa ser corrigido quando o paramento de montante é
inclinado (z ≠ 0) e quando a carga é diferente da carga de projeto (c = f(H/H0) ).

Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)


Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
Para cargas diferentes da carga de projeto, c = f(H/H0)

Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)


Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
Coeficiente de descarga para paramento vertical: Design of Small Dams, p. 370

Atenção: gráfico em
unidades inglesas!
C = 0,552 C0

Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)


Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
Coeficiente de descarga para paramento inclinado: Design of Small Dams, p. 371

45o
Capacidade de descarga
Coeficiente de descarga para cargas diferentes da carga de projeto: Design of Small Dams, p. 371
Capacidade de descarga
Influência dos pilares e ombreiras
Qualquer interferência no fluxo do vertedouro provocará redução da capacidade de descarga
É necessário descontar a largura dos pilares da largura total do vertedouro e ainda a influência
da forma dos pilares e ombreiras no fluxo.
Se L’ é a largura total do vertedouro e L é a largura “efetiva” do fluxo (descontando a largura dos
N pilares),
𝐿 = 𝐿′ − 2(𝑁 𝐾𝑝 + 𝐾𝑎 ) H
onde:
H = carga
Kp = coeficiente de contração dos pilares
Ka = coeficiente de contração das ombreiras
Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)
Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
Influência dos pilares e ombreiras
Qualquer interferência no fluxo do vertedouro provocará redução da capacidade de descarga

Separação do escoamento, vórtices,


perdas de energia

Engenharia de Recursos Hídricos (TH026)


Engenharia Civil/UFPR
Capacidade de descarga
Influência dos pilares e ombreiras
Kp = coeficiente de contração dos pilares: depende da forma do “nariz” do pilar
Ka = coeficiente de contração das ombreiras: depende do material e forma das seções adjacentes
(concreto, enrocamento, etc.)

nariz do pilar
Capacidade de descarga
Influência dos pilares e ombreiras
Kp = coeficiente de contração dos pilares: depende da forma do “nariz” do pilar
Ka = coeficiente de contração das ombreiras: depende do material e forma das seções adjacentes
(concreto, enrocamento, etc.)

concreto

enrocamento
nariz do pilar
H/H0

US Army Corps of Engineers


Hydraulic Design Criteria (HDC)
https://tinyurl.com/HDC-DHS

Kp
US Army Corps of Engineers
Hydraulic Design Criteria (HDC)
https://tinyurl.com/HDC-DHS
US Army Corps of Engineers
Hydraulic Design Criteria (HDC)
https://tinyurl.com/HDC-DHS
Capacidade de descarga
Descarga para abertura parcial de comportas (vertedouro controlado)
Considera-se escoamento através de orifício:

2 3/2 3/2
𝑄 = 3 2𝑔 𝑐 𝐿 (𝐻1 − 𝐻2 )

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