Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
1ª PARTE
PARA MERECERMOS A EXPANSÃO DA OBRA DIVINA, PRECISAMOS FORMAR UM AMBIENTE ESPIRITUAL ADEQUADO E CORRIGIR O
NOSSO SONEN
1
A- Defina uma grande meta de dedicação, possuindo sempre um Sonen forte e grande
Hoje, estamos nos empenhando nas dedicações baseadas no slogan: “Salvar cem pessoas – praticar o Johrei – tornar-se uma pessoa
que salva outras pessoas”. (N.T. este slogan pertence à Diretriz da Igreja do Japão) Entretanto, muitas pessoas vivem achando que é
muito difícil fazer difusão, que é difícil ministrar Johrei nas pessoas, não é mesmo? Quem não pensa assim, levante a mão por favor.
Um, dois... só duas pessoas não acham difícil, não é? Então, o restante acha que é realmente difícil, certo? Por isso, é preciso
imediatamente mudar esta idéia. Todos aqui estão na mesma situação que Meishu-Sama cita naquele Ensinamento “escravos das
tumbas?”(leia o Ensinamento no final desta apostila) . Todos ainda continuam presos às suas velhas experiências, seus antigos
costumes, fazendo deles as algemas de seus braços, de suas pernas e pensam: “nem que o mundo vire de cabeça para baixo, numa
Casa de Johrei ou Casa de Difusão é impossível encaminhar cem pessoas em um ano”. Esse pensamento fica martelando a cabeça
das pessoas. Em primeiro lugar, é preciso destruir este tipo de Sonen. Meishu-Sama nos ensinou: “Se quiserem crescer, se
desenvolver, o mais importante é sempre pensar fortemente: “QUERO CRESCER, QUERO PROGREDIR””. Ou seja, Meishu-Sama
estava querendo dizer para nunca pensar que as coisas são impossíveis. Mas as pessoas sempre pensam que algo é impossível, é
difícil, isto é, elas não estão sendo obedientes às palavras de Meishu-Sama. Os senhores precisam querer crescer, querer se
desenvolver. Isso é muito importante, entenderam?
Quando eu recebo o plano anual de difusão dos Chefes de Igreja, dou uma olhada nas metas de dedicação e no seu conteúdo.
Lendo, o conteúdo é maravilhoso: “Pretendo trazer de volta para a Igreja trinta por cento dos membros afastados; quero fazer
entrevista individual com dez pessoas por dia”. São objetivos claros de empenho, mas quando se fala sobre a meta do donativo e a
previsão de formação de novos membros, os números são menores do que o ano anterior. Comparo e analiso as discrepâncias entre
as metas de dedicação e os objetivos de empenho, e pergunto ao Chefe e Igreja:
Qual dos dois é o verdadeiro? Você não quer fazer nada. Certo?
Não é isso, Reverendo. Simplesmente copiei o plano do ano passado...
Ah, então, me apresente um plano digno para este ano. Se você entregasse este plano para Meishu-Sama, com metas tão
insignificantes, com certeza, Ele lhe tiraria o título de Ministro.
Ah, com certeza... se fosse Meishu-Sama ...
Ué, por acaso você acha que Meishu-Sama não o está observando? Só porque Meishu-Sama ascendeu ao Mundo Divino, você acha
que Ele não está mais aqui? Meishu-Sama disse que bastaria dizer o Seu nome, que Ele sempre estaria onde estivéssemos. Ele está
aqui. Meishu-Sama está aqui do nosso lado, nos olhando, nos protegendo!
Obra Divina significa assumir o firme compromisso com Meishu-Sama de receber a Sua Divina Luz e levar à frente as dedicações. Se
pensarmos da seguinte forma: “Bem, como no ano passado não consegui grandes resultados, este ano não dá para esperar tantas
coisas assim...”, estaremos pensando de forma humana, fazendo cálculos baseados no pensamento materialista do homem. Como
só acreditamos na força humana, é lógico que nunca triunfaremos. Quando a força de Deus se faz presente, não dá para saber o que
pode acontecer. Quem nunca vivenciou isso, não consegue compreender. Por isso, mesmo dedicando por longo tempo, a quem
nunca aconteceu uma vez sequer, não consegue entender.
As metas precisam ser grandes, definidas com um Sonen forte, e precisamos preservar neste Sonen. Manter o Sonen grande, forte e
por muito tempo. Este é um ponto muitíssimo importante para podermos nos engajar nas dedicações.
O ser humano tem uma certa tendência de, sem perceber, deixar de praticar a “Obra Divina”, e passa a praticar a “Obra Humana”.
“Obra Divina” e “Obra Humana” são duas coisas totalmente diferentes. O primeiro ponto é: quando vamos fazer “Obra Divina”, o
mais importante é definir uma meta e pensar: “Quero ganhar a permissão de fazer isto; de alguma forma, preciso fazer isto”. No
caso da “Obra Humana”, as coisas são diferentes, pois você acaba definindo as suas metas de acordo com a sua própria capacidade.
Se existem diferenças entre as metas, é lógico que haverá também diferenças no esforço empregado para alcançá-las. Eu, desde
jovem, sempre defino para mim metas impossíveis aos olhos humanos. Logicamente, sei que só com a minha capacidade nunca vou
conseguir alcançar a meta, por isso, sempre me vejo na situação de pedir ajuda a Meishu-Sama, aos meus antepassados e também a
todos os membros da Igreja. E vejo que, até hoje, venho sendo ajudado por todos eles.
Materializar o sentimento
A- O importante é materializar sempre o seu sentimento
Analisando os relatórios das Igrejas, observo que várias unidades estão recebendo muitas graças, mas o número de novos membros
é muito pequeno. Se eu pergunto a alguém o porquê, a resposta mais freqüente é: “Novos membros? Na minha Igreja é difícil”. É
importante tomar a forte decisão de desafiar, pensar no que precisa se esforçar. Infelizmente, isso quase não consta em nenhum
ligar do Plano de Trabalho. Não está claro como vai se empenhar para conseguir alcançar a meta de encaminhamento, como
conseguir atrair novos membros. Por quê? A verdade é que ninguém tem autoconfiança.
Senhores, gostaria que pensassem bem no que vou dizer. Meishu-Sama nos ensinou que é muito importante materializar nosso
sentimento, seja ele o amor, a gratidão. Ele disse claramente “Tem que materializar o seu sentimento de gratidão”. Se assim o
fizerem, vão deixar registrada concretamente a sua sinceridade na fé. Quando o sentimento toma a forma de matéria, ele também
se apresenta na forma de números. Não estou, absolutamente, dizendo que basta correr atrás de números.
No caso de novos membros, por exemplo, se pensarem que basta reunir o maior número possível de novos membros, aí sim, é
correr atrás de números. Número é simplesmente a forma tomada pelos resultados na hora em que estes se apresentam. Seguindo
esta linha de pensamento, o mais importante de tudo é saber qual o empenho que está sendo feito para encaminhar as pessoas à
fé. Certa vez, eu ouvi a seguinte frase: “Se não definir metas concretas para o empenho no encaminhamento de novos membros, a
dedicação não é completa”. Concordo plenamente com esta afirmação. No caso do encaminhamento, é necessário definir metas
concretas.
Quando fazia difusão pioneira, o elevado número de pessoas que consegui encaminhar começou a partir do momento em que
encaminhei a primeira pessoa. Andava pela cidade, batendo de porta em porta, e sempre levando um “não”. Depois de muitas
tentativas fracassadas, comecei a pensar mais, buscando uma forma de poder merecer alguém para encaminhar. Foi assim que fui
aprendendo sozinho a encaminhar. Depois de aprender com as amargas experiências adquiridas com os fracassos é que consegui
uma grande autoconfiança, chegando a conseguir encaminhar 80% das pessoas que eram apresentadas a mim. Como experimentei
vários fracassos e lutei para ultrapassá-los, consigo compreender o quanto é difícil também para os membros encaminhar alguém, e
é ainda, por isso que sei quais os meios para encaminhar as pessoas.
É preciso ter como meta encaminhar as pessoas, uma por uma, para poder criá-las de forma que cada uma delas possa também
encaminhar mais outra pessoa no espaço de um ano.
3
Mais um ponto: gostaria que todos procurassem vivificar o máximo o slogan da nossa Diretriz “Salvar cem pessoas – praticar o Johrei
– tornar-se uma pessoa que salva outras pessoas”. Não importa se cada um demorar um ano para conseguir praticar isto. Quem
conseguir em um mês, melhor ainda. Meio ano também não tem problema. O importante é tentar conversar, encontrar cem
pessoas.
Eu sempre estou tentando dizer às pessoas: “Quem vive dizendo que não consegue encaminhar ninguém, não consegue nem trazer
uma pessoa para a Igreja, é porque, na verdade, não está tentando encaminhar ou não quer encaminhar”. Se assumir o
compromisso, orando, pedindo a Meishu-Sama, e tentar praticar, verá que as coisas começam a andar bem mais facilmente do que
se imaginava. A desculpa de que “É porque é Brasil, por isso que consegue, mas como aqui é Japão, não consegue”, não tem nada a
ver.
Eu também, no início, quando tinha 24 anos, japonês, sozinho, sem nenhum companheiro, sem Imagem da Luz Divina, sem nenhum
Ensinamento em português, passava de casa em casa, batia à porta e perguntava: “Será que não tem ninguém doente a quem eu
possa ajudar?” Batia em dez casas, e nas dez casas, a resposta era a mesma: “Sai daqui, macaco japonês!” Isso foi há mais de 30
anos atrás. Ligava a televisão e todo dia só passavam filmes produzidos pelos Estados Unidos sobre a Segunda Guerra Mundial,
mostrando os soldados japoneses atirando nos americanos pelas costas, etc. Esta era a impressão que as pessoas tinham dos
japoneses. Fora os filmes, a televisão mostrava um japonês puxando um “jinriquixá” (tipo de carroça puxada por um homem),
transportando uma gueixa. Aí, os brasileiros me perguntavam: “Ei, no Japão não existem carros?”
No Rio de Janeiro as pessoas achavam que todo japonês é desumano e traiçoeiro. Foi em meio a este ambiente que fiz difusão
pioneira. Ninguém queria dar ouvidos a um japonês. Eu ia a dez casas e todas as dez batiam a porta na minha cara. Aí, eu começava
a pensar: “Bem, aqui deve ter cachorro; melhor não bater aqui”, e ia para a casa vizinha. “Hum, aqui não deve ter ninguém”, e
desistia de apertar a campanhia. Foi assim que fui criando dentro de mim mil desculpas para não mais bater à porta das casas.
Acabou a coragem. Fui até um parque e fiquei andando para lá e para cá, sem rumo. O dia escureceu e, finalmente, resolvi me abrir
com Meishu-Sama: “Meishu-Sama, mil perdões! Por favor, eu preciso de coragem, me dê coragem, Meishu-Sama!” Renovei o meu
sentimento e, no dia seguinte, mais uma vez bati à porta de dez casas, mas, novamente, todas as dez pessoas bateram a porta na
minha cara. Já não estava agüentando mais ... No terceiro dia, parei na quinta casa. No quarto dia, logo na primeira casa, recebi um
“não” e desisti por ali mesmo.
Mas eu pensei: “Ficar andando de um lado para o outro sem rumo certo, não adianta nada. Desse jeito, não vou desenvolver!” E
continuei a bater de porta em porta, até que, quando estava perto da centésima casa, fui parar na residência de uma senhora, que
foi logo dizendo: “Eu tenho um amigo que é japonês. Você é japonês?” Como eu não tinha palavras para responder, fiquei calado.
Então, ela me convidou para entrar, serviu chá e biscoitos. Como eu estava com fome, tomei o chá e comi os biscoitos. Ela me
perguntou: “O que você veio fazer aqui?” Respondi: “Na verdade, eu vim aqui para curar as doenças através do Johrei ...”, “Ah, se for
isso, eu quero receber!” E ela recebeu o Johrei mais facilmente do que eu imaginava. E eu me perguntava: “Até agora, noventa e
tantas pessoas disseram “não” para mim. Por que, só agora, perto da centésima pessoa, é que aparece alguém que recebe o Johrei
tão facilmente assim?” A resposta é uma só: até merecer me encontrar com a pessoa que tivesse afinidade comigo, tive que me
encontrar antes com quase cem outras que não tinham. Este ponto é muito importante.
Força de Vontade
A- Procure ser “o melhor” em pelo menos uma coisa
Todo Responsável, seja ele chefe de Igreja, chefe de Casa de Difusão, ou chefe de Casa de Reunião, precisa ser melhor do que os
membros em pelo menos uma coisa. Se ele não tiver nada que o diferencie dos membros, não há motivo algum que o torne
merecedor do título de responsável da unidade. É preciso tornar-se uma pessoa que os membros tenham orgulho de dizer: “Aqui
não existe outra pessoa que seja mais amada do que o nosso ministro”; “Não há ninguém com mais força no Johrei do que o nosso
responsável”; “O nosso ministro escuta os problemas das pessoas, mais do que qualquer outro”; “Ninguém sabe mais Ensinamentos
do que Chefe de Igreja”; “Ninguém vibra mais em fazer difusão do que o nosso ministro”; “Ninguém é mais humilde do que o nosso
Chefe de Igreja”. Resumindo: é preciso que cada um crie para si algo que o faça superar qualquer um, que não perca para ninguém.
Se assim não o fizer, vai acabar perdendo a condição de ser chefe de Igreja, chefe de Difusão, etc. Um outro exemplo é se tornar um
responsável que seja o número um em vivificar as pessoas.
4
menos, a condição básica para sermos um ministro com espírito pastoral de verdade. Em primeiro lugar, precisamos ter esta
consciência; se não tomarmos esta firme decisão, nunca seremos vistos como ministro.
D- Quando fazemos algo de corpo e alma, nós nos encontramos com Deus
Quando ministramos Johrei com um grande Sonen, os milagres acontecem. Sabem o porquê? Se não temos Sonen grande, nossa
alma fica reduzida ao tamanho de um grão de areia e ficamos só pensando: “Não dá, não tem jeito, não tenho mesmo permissão de
crescer, vai ser muito difícil encaminhar esta pessoa; aquele vice-presidente da Igreja vive dizendo que é fácil, mas não é bem
assim...” ‘E lógico que com este pensamento não estará transmitindo nenhuma Luz para a pessoa. Basta tentar fazer que consegue!
Meishu-Sama disse: “O homem depende do seu pensamento (Sonen)”. Temos que ter Sonen forte!
Como definimos metas e objetivos inconscientes, acabamos nos sentindo pressionados. “Como no ano passado eu encaminhei dez
pessoas, então, este ano, tenho que colocar o objetivo de encaminhar quinze pessoas”. Se pensarmos assim, realmente acabamos
nos sufocando sozinhos. Temos que tirar este peso. “Se no ano passado encaminhei dez, então, neste ano, vou encaminhar cem!”
Temos que pensar e registrar isso num papel. Escrevam “100” no papel e fiquem olhando para ele: “Hum, até que tive muita
coragem de colocar uma meta assim ...” , e fiquem pensando, olhando ...: “Mas eu fiz um compromisso com Meishu-Sama. Este é o
meu compromisso!” , e tomem a firme decisão: “Preciso ganhar merecimento para poder alcançar este objetivo!” Quando os
senhores forem diante do Altar e orarem desta forma, fervorosamente, Deus vai lhes dar sabedoria, Luz e força.
Quando nos propomos, de corpo e alma, a fazer algo difícil ou alguma dedicação que achamos impossível para nossa capacidade, aí
sim, nos encontramos com Deus. É nessa hora que confirmamos pela primeira vez que tudo aquilo que Meishu-Sama diz é Verdade
Absoluta, é esta autoconfiança que ganhamos. É exatamente esta autoconfiança que a maioria dos ministros perderam nesta s
últimas décadas. No passado, os ministros tinham mais confiança para poderem falar sobre os seus sonhos. Não era assim? Os
ministros pioneiros faziam tudo da cabeça deles, às vezes até contavam “cascatas”. Mas eles ganhavam graças, não ganhavam? Já
passamos dos sessenta anos de fundação da Igreja e gostaria de trazer de volta este tipo de Igreja da época dos pioneiros. Mas
temos que retornar ao sentimento inicial que eles possuíam naquela época. E, para isso, a força individual não basta. Como sabemos
que a força individual não é suficiente não é suficiente, então, temos que orar do fundo do coração, pedindo a ajuda de Deus e
Meishu-Sama.
Um outro ponto é que cada um precisa mudar o seu interior. Para isso, tem que quebrar a casca, esforçar-se para criar um novo
“eu”, corrigir as falhas, se houver, lutar para eliminar o gá e o apego. Uma outra coisa é ganhar a cooperação dos membros de sua
unidade; sem eles, não dá para fazer a Obra Divina avançar. Se os senhores criarem um Sonen “Gostaria que todos cooperassem
comigo, eu queria fazer junto com eles!”, verão que serão envoltos por um grande elo de harmonia.
3ª PARTE
CRIAR PESSOAS ÚTEIS À OBRA DIVINA É O CAMINHO DA EXPANSÃO
A base para se formar elemento humano
A- O encontro com Deus é que cria santas colunas
Quando alguém vem me dizer que quer receber a graça, que quer fazer com que outras pessoas também recebam graças, eu
respondo: “Por mais que você faça aquelas dedicações que você gosta de fazer, que são fáceis de fazer, na hora que você quer fazer,
nada disso adianta, pois elas não o fazem crescer. Não é só porque está dedicando que vai estar conseguindo quebrar a sua casca,
pois se você só dedicar naquilo que á fácil, não há aprimoramento, não há crescimento nenhum, não nasce aquela verdadeira alegria
de poder estar dedicando. Por outro lado, quando você faz aquele donativo bem no momento mais difícil da sua vida, com uma
quantia que ninguém costuma fazer, que qualquer um que soubesse do valor, se assustaria, e até mesmo você não está acreditando
que está fazendo tamanho donativo, aí sim, pela primeira vez na sua vida, você vai sentir milímetro por milímetro o que é
ultrapassar uma dificuldade, ganhar uma graça e experimentar uma alegria até hoje nunca vivida. Quem consegue praticar isso,
realmente, realmente, torna-se alguém que consegue pela primeira vez se encontrar com Deus. Além disso, vai ganhar a firme
confirmação de que Meishu-Sama é o verdadeiro Messias, de que se todos os Seus Ensinamentos forem cumpridos
obedientemente, todos serão salvos infalivelmente. Este é o verdadeiro encontro com Deus”.
Na maioria dos casos, mesmo tendo encaminhado a pessoa à fé, não quer dizer que os senhores já fizeram com que ela se
encontrasse com Deus. Isso porque os senhores próprios ainda não se encontraram com Deus.
Se, por acaso, os senhores fizeram o máximo de donativo, acham que vão passar por dificuldade? Eu não acho assim ... Ao invés de
dizerem: “Você quer ser salvo? Se quiser ser salvo, ofereça tudo como donativo!” , orientem da seguinte forma: “Olha, eu quero que
você receba a salvação de Deus. Meishu-Sama diz que as pessoas que são úteis a Deus, são protegidas por Ele. Agora eu pergunto:
como fazer para ser útil a Deus? O que você pode oferecer?” Na verdade, é difícil alguém encaminhar uma pessoa da noite para o
dia. Também quase não há tempo disponível para ministrar bastante Johrei em outras pessoas, se afinal, ela não for integrante da
Igreja: então, só vai restar o donativo. “Tente fazer o donativo!” É assim que deve ser dito. “Ah, mas eu não tenho dinheiro ...” , se
5
responderem assim, digam com firmeza: “O desafio de se despojar de uma coisa que não tem, requer esforço, e daí, advém a
graça!”
Observem bem as pessoas que se comprometem a fazer o donativo. A partir do momento em que fizeram o firme compromisso com
Deus, seus olhos parecem se transformar. Eles ficam mais vivos, mais bonitos e mostram claramente que eliminaram o apego. Nasce
dentro do coração dessa pessoa uma sensação de satisfação, como que querendo nos dizer: “Ah, agora sim, estou sendo útil a
Deus!”
Por outro lado, quando dizemos do fundo da nossa alma: “Meishu-Sama, por favor, me utilize!”, a partir deste momento, os nossos
antepassados também começam a trabalhar com muita alegria. Sabem por quê? Porque eles querem que nós trabalhemos. Quanto
mais úteis nós formos a Meishu-Sama, mais os nossos antepassados serão salvos no Mundo Espiritual. Se somos úteis, ganhamos
força, os antepassados ficam felizes, conseguimos eliminar o nosso apego, ganhamos a consciência de que estamos sendo úteis,
ficamos mais leves e sentimos mais gratidão pela nossa dedicação; tudo isso é “graça”. Mas quando recebemos alguma outra graça,
é que nos encontramos com Deus! Quando esta alegria começar a contagiar as outras pessoas, aí sim, podemos dizer que nos
tornamos verdadeiras “santas colunas”.
6
Isso é difícil, não é? Afinal, nós estamos com a maior vontade de querer encaminhar logo a pessoa, de dizer: “Você tem que se
tornar membro!”, mas não: é preciso ter paciência; podemos desejar, mas não podemos dizê-lo!
Sabe o que você precisa para receber graças? No momento, como freqüentador, você só pode fazer donativo. Mas, se ministrar
Johrei em dez pessoas, é o mesmo que receber 10 Johrei, e então você recebe a graça.
E como eu faço para poder ministrar Johrei?
Se receber o Ohikari, pode ministrar Johrei
E para receber o Ohikari?
É só vir participar da entrevista que vou marcar para você!
Quando o freqüentador vem no dia da entrevista, pergunto:
Por que você quer receber o Ohikari?
Bem, ouvi dizer que recebendo o Ohikari a gente recebe muitas graças também...
Quem recebe a Luz Divina, passa a atuar do lado de Deus, salvando as pessoas; é errado pensar que vai receber o Ohikari pensando
em você mesmo! Volte no mês que vem!
Se, por acaso, alguém responde: “Mais do que ficar esperando tanto tempo na fila para receber Johrei, é muito mais rápido ser
membro e ministrar Johrei em outras pessoas, pois ao mesmo tempo, também estarei recebendo graças”, eu respondo:
“Reprovada! Volte mês que vem!
Entretanto, se alguém me responde: “Eu quero fazer alguma coisa pela humanidade. Não importa o que aconteça comigo, eu quero
é salvar as outras pessoas, por isso, quero ser útil de alguma forma. Por favor, me deixe receber o Ohikari”, eu respondo: “Assim
está bom: aprovado!”
Então, esta pessoa que é aprovada na minha entrevista, no dia seguinte, começa a espalhar para todo mundo: “Olha, se você quer
ser aprovado é só dizer que não está pensando em você, e sim, que só quer ser útil a Deus. Diga que mesmo que você tenha que se
sacrificar, não tem importância, pois quer de qualquer maneira ser útil à humanidade, às pessoas, enfim, quer servir o máximo a
Deus. Dessa maneira, será aprovado com certeza!”
Depois disso, todo mundo que vinha para a entrevista, dava sempre a mesma resposta. Aí, eu perguntava: Ah, verdade? Então você
quer ser útil, certo? Não é mentira, né?
Não, não é mentira não!
Ah, é? Você sabia que para se tornar útil de verdade existem três dedicações básicas? A primeira é ministrar 10 Johrei por dia, a
segunda é encaminhar uma pessoa por mês, e a terceira é fazer dez por cento do que recebe de donativo. Consegue praticar tudo
isso?
Bem, sobre o dízimo, eu preciso falar com o meu marido ...
Então, está reprovada. Volte no mês que vem!
Na época em que eu era Chefe de Igreja no Brasil, só outorgava o Ohikari às pessoas que conseguiam fazer o dízimo, pelo menos,
durante três meses seguidos. O motivo é que isso faz com que os novos membros já adquiram o costume de fazer o donativo
corretamente.
Quer dizer: para se tornar membro, era preciso PRATICAR O DÍZIMO, ENCAMINHAR UMA PESSOA POR MÊS e MINISTRAR 10 JOHREI
POR DIA. Mas existem aquelas pessoas que vêm dizer:
Mas, reverendo, eu sou muito ocupada, não dá para cumprir todas estas tarefas...
No que você é tão ocupada?
No serviço!
Ah, serviço? Então, você está ocupada ganhando dinheiro? Por isso não tem tempo para ministrar 10 Johrei?
Só consigo ministrar três Johrei por dia...
Neste caso, então faça vinte por cento de donativo! Esta diferença vai cobrir a parte que falta na ministração do Johrei. Não tem
tempo de encaminhar as pessoas? Então, passe a fazer trinta por cento de donativo.
É desta forma que vamos formando os novos membros, ensinando o que é fundamental para que tenham uma postura digna de
quem é útil a Deus.
Só depois de freqüentar um rigoroso curso de iniciação e no final se tornar realmente uma pessoa útil a Deus, é que se pode dizer
que ganhou a permissão para ingressar na Fé. Por isso, o empenho para acompanhar o freqüentador até ele receber o Ohikari não é
tarefa fácil. Mesmo assim, quem encaminhou este novo membro está consciente de que, mesmo que de início não o consiga, este
novo membro precisa encaminhar uma pessoa por mês; quem o encaminhou vai buscar uma maneira para conseguir isso nem que
leve um ano. Conduzir durante um ano, um membro para que ele consiga encaminhar pelo menos uma pessoa por mês, é que é
formar elemento útil a Deus. Os novos membros, quando sentem que estão sendo úteis a Deus, passam a ganhar Luz,força e
sabedoria de Deus e, por si só, vão se encaminhando ao lugar de honra da fé. Não vai ser preciso ficar indicando o caminho “é por
aqui, não é por aí” ou coisa parecida. Basta, desde o início, fazermos deles pessoas úteis a Deus. Isso é fundamental pra formar
elemento humano.
7
Mesmo que estas pessoas fiquem o dia inteiro dentro da Igreja, elas não estão acumulando virtudes, e sim, máculas. Não é nada
bom.
O terceiro é: “Ele já eliminou ou não o seu egoísmo e apego?” Em outras palavras seria: “Até que ponto ele já se tornou obediente?”
O quarto é: “Ele possui um grande Sonen?” Possuir um grande Sonen significa querer progredir, querer encaminhar, vibrar com a
dedicação. Será que ele possui um grande Sonen em relação à prática de difusão? Ele precisa ter sempre um grande e forte Sonen.
O que é preciso fazer é sempre ter em mente estes quatros pontos na hora que for falar com algum membro: a) Como vai o seu
sentimento de gratidão? Quando acontece alguma coisa, sempre pensa de forma positiva? b) Está sendo útil a Deus? c) Como vai o
seu apego e egoísmo? d) Que tipo de Sonen possui? Se descobrir algum ponto em que está deficiente, então, tente orientá-lo.
Geralmente, aquele que conseguir preencher estes quatro pontos, está aprovado para ser um bom missionário. Errado está quem
apresenta um membro para se tornar missionário, mesmo que este membro nunca tenha encaminhado ninguém. Só se torna
missionário aquele que encaminhou pelo menos uma pessoa. Não adiante ter só teoria, pois isso não encaminha ninguém.
B- Se você tem vontade de formar elemento humano, você próprio também será formado
Você já orientou sobre fé e a pessoa prometeu que vai se empenhar. Tente, então, esquecê-la um pouco, já que pela lógica, ela deve
ter entendido tudo o que você disse. Você vai perceber que, no terceiro milênio, ela já está desistindo da dedicação. Há, também,
aqueles que desistem logo no primeiro mês. Para formar uma pessoa que pratique a fé de forma plena, é muito importante um
acompanhamento continuado. Para que todos nós, ministros e reverendos, chegássemos aonde chegamos, quantos membros
vieram nos dando força? Quantos ministros e reverendos veteranos vieram cuidando de nós? Já pararam para pensar nisso? Todos
nós também fomos criados por alguém.
Assim, fazer difusão e colocar amor nas coisas. E, ter amor é ter paciência, saber suportar as coisas, ter fibra, ser perseverante,
confirmar as coisas, esperar o tempo certo e saber perdoar as pessoas. O mais importante de tudo isso é possuir um grande amor.
Quem não quer formar outras pessoas, também não se forma. A partir do momento em que empenhar a vida para que a pessoa que
você está formando chegue até um determinado ponto, você também estará sendo formado. E, se você não se formar, não crescer,
não conseguirá formar os outros. Então, terá que buscar, aprender, ganhar o crescimento espiritual. É na repetição deste ciclo que
as coisas evoluem.
8
Todos os supervisores e ministros de plantão durante todo o aprimoramento, entrevistam cada um dos duzentos participantes. Se
assim não for feito, não dá para transmitir aos participantes o ardor da fé que precisa ser passado. Já houve ocasiões em que o
reverendo de plantão entoou a oração Zenguen Sandji em frente ao Templo junto com todos os participantes à uma hora da
madrugada, oferecendo o mais puro donativo de gratidão de todo o grupo, rogando a Meishu-Sama para serem úteis a Ele! É
através do acúmulo de esforços como estes que se recebem as graças. Só o fato de, na frente do Altar, fazer o compromisso com
Meishu-Sama , faz com que as pessoas recebam maravilhosos milagres.
Por exemplo: chegou uma pessoa ao Solo Sagrado que tinha o corpo todo coberto de verrugas há vários anos. Participando de um
desses aprimoramentos, milagrosamente, todas as verrugas desapareceram. Houve uma outra que chegou andando de cadeira de
rodas, e saiu andando com suas próprias pernas; pessoas que não enxergavam e passaram a enxergar... Toda semana há milagres
como estes.
Cada participante, depois de ver em Guarapiranga os outros membros cuidando uns dos outros, cada um buscando o seu
crescimento espiritual e as respostas para o seu problema, procurando ser úteis a Deus e se empenhando ao máximo, ao retornar à
sua unidade, já está motivando o bastante para se esforçar em se tornar um missionário em potencial.
APÊNDICE
Ensinamento de Meishu-Sama
ESCRAVO DAS TUMBAS?
Quem ler este título poderá achá-lo bastante esquisito mas, ao proceder à leitura do texto, por certo, concordará perfeitamente.
Gostaria de falar a respeito das pessoas que acham gratificante preservar as velhas ideologias e a cultura que cheiram a mofo, das
quais não conseguem desvencilhar-se. É do conhecimento de todos que o homem não consegue se desfazer tão facilmente das
tradições e costumes mantidos por seus ancestrais. É a essas pessoas que chamo de “escravos das tumbas”. Hoje em dia, quando
tudo progride, aqueles que possuem tal tipo de pensamento são retrógrados, e a realidade mostra claramente que são uns
derrotados. A América do Norte e a Inglaterra são um exemplo ampliado dessa situação.
Não é necessário dizer que a consolidação do progresso e do poderio da América do Norte, atual líder do mundo, pode ser
realmente considerada um espetáculo do século. A origem disso está no extraordinário pensamento progressista do povo
americano, que adota, irrestritamente, qualquer coisa que seja nova e superior. Contrariamente, o forte pensamento conservador
tem causado empecilhos à Inglaterra, embora ela o considere até como motivo de orgulho. Ao observamos a cidade de Londres, é
razoável que exista a beleza tradicional. Mas a ausência da arquitetura das modernas metrópoles, reflete a situação atual de toda a
Inglaterra. Conseqüentemente, tendo em vista a pujança dessa nação há cerca de meio século atrás, temos a impressão de um
atavismo sem-par. Outrora, dominando os sete mares, e controlando grande número de colônias, a Inglaterra auferia uma enorme
renda sem precisar trabalhar. Creio que não é somente o povo inglês que amargura as lembranças do passado.
Como dá para se depreender dos exemplos que acabei de citar, é muito clara a diferença entre o país que é “dominado pela tumba”,
e o que não é.
Outros países, no ocidente, como o Egito, a Grécia, a Pérsia, a Espanha, Portugal e no oriente, como a Índia, a China e a Coréia,
vieram tendo o mesmo destino. O motivo disso reside na incapacidade de despertar das recordações dos áureos tempos, o que
atrapalhou a concepção progressista e, em conseqüência, enfraqueceu aqueles países. Por isso, a História nos mostra muito bem o
quanto este conceito “escravizados pelas tumbas” é catastrófico. Mesmo em se tratando de religião, não é exceção à regra. E,
dentro desse fato, o que é bem marcante, é o budismo. Na Índia, o berço do budismo, existem atualmente trezentos mil fiéis, o que
representa um fiel para cada mil habitantes. Na realidade, é o mesmo que ele tivesse se extinguindo. Na China, dizem que quase não
existe nem sombra do budismo e, no Japão, ele está por um fio.
A seguir, vem o cristianismo, cujo apogeu se deu na Idade Média. Ele possuía até o poder de julgar, de forma que é fácil imaginar os
demais poderes que ele detinha. Tendo sofrido as influências da Ciência, hoje, como todos sabem, existem apenas como uma forma.
Pelos fatos citados, não é preciso dizer que todas as culturas tem se transformado com o correr do tempo. A teoria de Bergson sobre
a transformação de todas as coisas, deve se referir a isso. Conseqüentemente, conforme, os processos históricos , podemos
compreender claramente que a lei da evolução determina a queda do obsoleto e o avanço do novo.
Neste sentido, somente com o surgimento de uma ideologia capaz de assumir a liderança de uma época, é que a civilização evolui. E,
para isso, torna-se necessária uma religião de grandiosidade histórica. E, neste caso, afirmo que a nossa Igreja Messiânica Mundial é
9
a que mais se enquadra neste requisito. Obviamente, a comprovação dessa verdade são as nossas atividades de salvação que
estamos realizando da forma mais ampla possível. Vou me omitir na enumeração de cada uma delas, mas vendo a realidade,
poderão compreender imediatamente. Isto porque, trata-se de atividades que até hoje ninguém empreendeu. Tenho sempre dito
que se alguém já tomou iniciativa em relação a uma determinada tarefa, eu deixo encarregado daquilo que ele começou. O que
pretendo é a formação de uma nova cultura e tenho convicção de que esta é a missão que recebi de Deus.
Logicamente, o ponto fundamental é que estou atuando sob influência de um pensamento que não é “dominado pelas tumbas”.
(Jornal Eiko nº 209 – 20 de maio de 1953)
10