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Ana Margarida Ferreira e Raquel Vilaça

Coordenação
SANTOS ROCHA,
ARQUEOLOGIA E TERRITÓRIOS DA FIGUEIRA DA FOZ

Coordenação
Ana Margarida Ferreira e Raquel Vilaça

Livro do Colóquio
realizado na Figueira da Foz, de 21 a 23 de novembro de 2019

Figueira da Foz | Coimbra


2021
SANTOS ROCHA, ARQUEOLOGIA E TERRITÓRIOS DA FIGUEIRA DA FOZ

FICHA TÉCNICA

Título
Santos Rocha, Arqueologia e Territórios da Figueira da Foz

Edição
Município da Figueira da Foz | Departamento de Cultura e Turismo
Universidade de Coimbra | Faculdade de Letras | Instituto de Arqueologia

Coordenação
Ana Margarida Ferreira e Raquel Vilaça

Coleção
Conimbriga Anexos 7

Revisão e Edição de Texto


Anabela Bento

Design
Ana Teresa Lopes e Eduardo Oliveira

Impressão
Prodimprensa, C.R.L.

Tiragem
600 Exemplares

ISBN
978-989-8903-48-8

Depósito Legal
482980/21

Figueira da Foz | Coimbra


2021

O rigor e as opiniões expressas nos textos, assim como o respeito pelos princípios éticos inerentes à investigação, são da exclusiva
responsabilidade dos autores. Alguns dos autores não seguem a norma ortográfica - A.O. 90
SANTOS ROCHA, ARQUEOLOGIA E TERRITÓRIOS DA FIGUEIRA DA FOZ

ÍNDICE

8-9 Mensagem do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz


Carlos Monteiro

10 - 15 Apresentação de um colóquio e um livro por Santos Rocha


Ana Margarida Ferreira e Raquel Vilaça

16 - 43 Hacer arqueología: investigación, difusión y defensa del rigor e independencia disciplinar


Doing archaeology: research, dissemination and defense of accuracy and disciplinary independence
Gonzalo Ruiz Zapatero

44 - 61 Considerações sobre o papel da Geologia e seus atores no universo arqueológico de António


dos Santos Rocha
Thoughts on the role of Geology and its actors in the archaeological universe of António dos
Santos Rocha
Pedro Miguel Callapez, José Manuel Brandão, Miguel de Carvalho, Pedro Alexandre Dinis,
Ricardo Jorge Pimentel, José M. Soares Pinto, Rodrigo Pinto, Pedro Santarém Andrade, Luís
Manuel Simões, Fernando Carlos Lopes e Elsa Carvalho Gomes

62 - 75 Entre cortesia e partilha científica: as moldagens arqueológicas oferecidas por Nery Delgado
ao Museu Municipal da Figueira da Foz (1894)
Between courtesy and scientific sharing: the archaelogical casts offered by Nery Delgado to the
Figueira da Foz Municipal Museum (1894)
José Manuel Brandão

76 - 95 Santos Rocha, arqueólogo de corpo inteiro e, portanto, também protector dos monumentos
megalíticos da Figueira da Foz
Santos Rocha, fully fledged archaeologist and therefore also protector of the megalithic monuments
of Figueira da Foz
Raquel Vilaça e Ana Margarida Ferreira

96 - 109 O Dólmen do Cabeço dos Moinhos (Serra da Boa Viagem, Figueira da Foz): contributo para
o estudo das práticas funerárias pré-históricas do Centro de Portugal
The Megalithic Monument of the Cabeço dos Moinhos (Serra da Boa Viagem, Figueira da Foz):
contributions to the study of prehistoric funerary practices of the Centre of Portugal
Ana M. S. Bettencourt, Ana Maria Silva, Cláudia Costa, Sofia Tereso e Carlos S. Cruz

110 - 127 Os ocupantes dos monumentos megalíticos da região da Figueira da Foz escavados por Santos
Rocha: o que os seus restos ósseos nos revelam
The occupants of the megalithic monuments of the region of Figueira da Foz excavated by Santos
Rocha: what their bones reveal us
Ana Maria Silva
SANTOS ROCHA, ARQUEOLOGIA E TERRITÓRIOS DA FIGUEIRA DA FOZ

128 - 137 Contributo para o estudo da ocupação pré-histórica da Figueira da Foz: a “Estação Humana
do Arneiro”
Contribution to the study of the prehistoric occupation of Figueira da Foz: the “Estação Humana
do Arneiro”
Carlos E. F. Batista e Ana M. S. Bettencourt

138 - 149 Um punhal de cobre esquecido, um sítio (re)encontrado: Loriga (Alhadas de Baixo, Figueira
da Foz)
A forgotten copper dagger, a (re)discovered site: Loriga (Alhadas de Baixo, Figueira da Foz)
Ana Rita Pereira, Carlo Bottaini e Raquel Vilaça

150 - 161 Contributos para o estudo do depósito metálico de Espite (Ourém)


Contributions to the study of the Espite metallic hoard (Ourém)
Pietro Musso Mack, Xosé-Lois Armada e Raquel Vilaça

162 - 175 Os Cacos. Sempre os Cacos... Notas sobre a produção de cerâmica em Santa Olaia na Idade
do Ferro
Revisiting Potsherds, time after time... Remarks about pottery production at Santa Olaia during
the Iron Age
Sara Oliveira Almeida, Maria Isabel Prudêncio, Rosa Marques, Maria Isabel Dias e Dulce Russo

176 - 191 Sobre as mais antigas mós circulares rotativas no ocidente da Península Ibérica: os trabalhos
de Santos Rocha nos povoados da Idade do Ferro do baixo Mondego (Santa Olaia e Crasto
de Tavarede)
On the most ancient rotary querns in the westernmost area of the Iberian Peninsula: the evidence
from Santos Rocha excavations at the lower Mondego River valley Iron Age settlements (Santa Olaia
and Crasto de Tavarede)
Carlos Fabião

192 - 201 A fauna de Santa Olaia: estudo do material osteológico recolhido na intervenção arqueológica
de emergência de 1993-1994
Santa Olaia’s fauna: study of the osteological material collected in the emergency archaeological
intervention of 1993-1994
Rodrigo Pinto

202 - 213 Elementos para o estudo da ocupação romana na foz do Mondego


Elements for the study of roman occupation at the mouth of Mondego
Marco Penajoia

214 - 233 Um farol romano na foz do rio Mondego?


A roman lighthouse at the mouth of the river Mondego?
Vasco Gil Mantas

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234 - 243 O contributo da fotogrametria na arqueologia: o caso de estudo da muralha nascente do forte
de Santa Catarina (Figueira da Foz, Portugal)
The contribution of photogrammetry in archaeology: the case study of the east wall of Santa Catarina
fort (Figueira da Foz, Portugal)
Bruno Freitas e Marco Penajoia

244 - 255 A exploração da mina de carvão do Cabo Mondego: breve apontamento sobre um património
degradado
The exploration of the Cape Mondego coalmine: a brief note on a degraded heritage
José M. Soares Pinto, Pedro Miguel Callapez, José Manuel Brandão e Rodrigo Pinto

256 - 267 Sobre a importância da ocorrência de celestite no Cabo Mondego: singularidade, importância
científica e implicações materiais
On the importance of celestite occurrence in Cabo Mondego (Jurassic, West Portugal): uniqueness,
scientific importance and material implications
Ricardo Jorge Pimentel, José M. Soares Pinto, José Manuel Brandão, Pedro Miguel Callapez e
Rodrigo Pinto

268 - 277 Do Cabo Mondego à Estação CP – António da Silva Guimarães e a Linha do Americano
From Mondego Cape to the railway station – António da Silva Guimarães and the “Americano” railway
Inês Pinto e Ana Domingues

278 - 289 Materiais (arqueológicos) para a História da Figueira nos séculos XVIII e XIX
(Archaeological) materials for the History of Figueira in the 18th and 19th centuries
José Ricardo Nóbrega

290 - 305 R. Laidlaw & Son, Glasgow. O contributo da diversificação do investimento britânico no
estrangeiro para a modernização dos sistemas urbanos de distribuição de água na Figueira da Foz
R. Laidlaw & Son, Glasgow. The contribution of the diversification of British investment abroad
to the modernization of urban water distribution systems in Figueira da Foz
José Ricardo Nóbrega e Cláudia Figueira

306 - 315 Princípios para a valorização do Património Industrial do Cabo Mondego


Principles for enhancing the Industrial Heritage of the Mondego Cape
Francisco Velho da Costa

316 - 323 Património Industrial – Que Futuro? | Mesa-redonda


Industrial Heritage – What Future? | Round table discussion

324 - 335 Memória do Colóquio


Colloquium Memory

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Hacer arqueología: investigación, difusión y
defensa del rigor e independencia disciplinar
Doing archaeology: research, dissemination and defense
of accuracy and disciplinary independence

Gonzalo Ruiz Zapatero1

1 Universidad Complutense de Madrid | gonzalor@ghis.ucm.es


HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

“Los intentos por mantener vivo el recuerdo de los hombres,


en vez de a ellos mismos, son, pese a todo,
lo más grande que la humanidad ha hecho hasta ahora”.

[Elias Canetti, Apuntes contra la


muerte (1942-1948)]

La arqueología cuenta con muchas definiciones, de actuación. Así la arqueología es investigar pero
en buena medida resultado de su amplitud también divulgar, es teoría y es práctica, es evaluar
disciplinar en tiempo y espacio, de las distintas y conservar, es presentar sitios y monumentos
tradiciones arqueológicas y sin duda alguna de arqueológicos y restaurar, es trabajo de campo y
las diferentes perspectivas teóricas (Kristiansen, de biblioteca, es leer y escribir, es ver y dibujar o
2009). Aún así, una definición de consenso es, fotografiar, es describir pero también imaginar.
con toda seguridad, la de Clive Gamble (2001: Un atractivo indudable de la arqueología actual es
15): “simplemente el estudio del pasado a través que desarrolla una intensa y profunda diversidad
de los restos materiales”; y “trata básicamente de de tareas, muchas más de las señaladas.
tres cosas: la basura del pasado, los paisajes donde Cuando mi generación termino sus estudios,
se arrojo y lo que hacemos con todo ello”. En ese sobre mediados de la década de 1970, la arqueología
sentido los arqueólogos somos los estudiosos de la – y ciertamente también el mundo – eran diferentes.
basura del pasado. Los últimos 40 años han visto una serie de cambios
Pero estudiar los restos materiales del pasado para sustanciales: 1) un avance impresionante de la
elaborar narrativas sobre las sociedades desaparecidas investigación desde nuestros orígenes a la arqueología
no resulta una tarea sencilla. Porque la arqueología de la contemporaneidad (Bahn, 2017; Demoule et
extrae en el presente – a través de las excavaciones al., 2018); 2) la profesionalización de la disciplina
fundamentalmente – los registros de tiempos (Aitchison, 2009 y 2014); 3) la creciente socialización
pasados, los restos materiales de las sociedades y divulgación arqueológica que ha llevado a
pretéritas y tiene que destilar su interpretación en la emergencia de la denominada “arqueología
narrativas que den cuenta de las historias encerradas pública” (Moshenska, 2017; Skeates et al., 2012 y
en ellos. Y en ello hay que atravesar la profunda Williams et al., 2020), cuya etiqueta es ya usurpada
brecha de tiempo que separa las actividades de vida para casi todo; 4) la irrupción desconcertante y
de las comunidades en el pasado de las narrativas cargada de futuro de la arqueología digital (Graves,
escritas que construimos los arqueólogos en el 2013; Huvila, 2018) y 5) la consolidación de una
presente (Johnson, 2020: 14-15). La arqueología arqueología verdaderamente mundial, casi cerrando
incluye hoy día una variedad increíble de tareas que por completo la primera versión de G. Clark (1967)
permiten ir de un extremo a otro de distintas líneas para la Prehistoria (Scarre, 2018) (Fig. 1).

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 1 - La arqueología excava el pasado material para producir conocimiento histórico en el presente en forma de narrativas ilustradas.
El registro se destruye en la excavación y se (re)crea en la publicación.

La arqueología ha pasado en poco más de un temas que atraviesan el tiempo y permiten tender
siglo de ser una actividad asociada al descubrimiento cables que conectan el pasado prehistórico con el
de tesoros en tierras exóticas a ser una disciplina mundo contemporáneo, como bien demuestra el
multidisciplinar y aún transdisciplinar en las éxito mundial – un auténtico fenómeno editorial
dos últimas décadas, que es capaz de producir –, del libro del israelí Yuval Noah Harari (2014)
conocimiento sobre las sociedades humanas desde Sapiens. De animales a dioses, un best-seller que ha
hace cerca de 4 millones de años hasta ayer a través sido traducido a más de 50 lenguas y en España
del estudio de la materialidad social (Fagan, 2017). La continúa en los primeros lugares de las listas desde
arqueología es la única disciplina que puede estudiar hace ya tres años. Es lo que se ha denominado la
la Humanidad desde sus inicios a la actualidad por Deep History, que pretende estudiar grandes temas
su capacidad excepcional de tratar el tiempo largo de la historia humana en una perspectiva profunda
y todos los tiempos humanos. Puede abordar la desde el Paleolítico a la actualidad. Un buen ejemplo
investigación de problemas actuales desde el pasado es el libro del británico Clive Gamble (2013) Settling
más remoto a nuestros días, como por ejemplo la the Earth. The Archaeology of Deep Human History,
emergencia climática (Fagan, 2008; Pétursdótti, en el que convierte el proceso de poblamiento y la
2017), las migraciones humanas (Bellwood, colonización de las tierras del globo en la perspectiva
2013; García y Le Bras, 2017; Manolakakis et al., para ese gran estudio diacrónico.
2017), la guerra y los conflictos (Keegan, 2004), la Por otro lado la irrupción de los Big Data y la
alimentación (Reed y Ryan, 2019) y muchos otros Arqueogenética representan tal conmoción que han

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

sido identificados por K. Kristiansen (2014) como retos de una vida en común libre, democrática,
los rasgos más definitorios de la Tercera Revolución responsable e ilustrada. Muy significativamente en
Científica en Arqueología (ver Fig. 3). Son las la encuesta de NEARCH un 73% de los encuestados
nuevas fronteras que desafiaran a la disciplina en europeos declara que los ciudadanos deberían tener
las próximas décadas. Mientras que la conciencia conocimientos de arqueología (Kajda et al., 2018:
creciente sobre la fragilidad y finitud del registro 8). En definitiva, porque la arqueología “mirando
arqueológico está conduciendo a la valoración y hacia atrás al pasado, nos ayuda a mirar hacia delante
desarrollo de la arqueología-no intrusiva, que no al futuro” (Fagan, 2018: 266-67).
destruye registro, como la imaginería de satélite,
el LIDAR y los rádares de subsuelo (Bonsall,
2019; VanValkenburgh y Duffon, 2020), porque
desde luego llevaba toda la razón Kent Flannery Afrontando la tercera década
cuando decía que los arqueólogos somos los únicos del S. XXI: ¿Qué arqueología?
científicos sociales que “matamos” (destruimos La arqueología contemporánea es una especie
con las excavaciones) a nuestros “informantes” (la de navaja suiza para descubrir, proteger y divulgar
gente del pasado). Por último, se debe destacar la el pasado en la que diversas tareas conforman los
importancia de la divulgación arqueológica, por distintos gadgets del instrumento. En primer lugar
responsabilidad social y porque a los diferentes el conjunto de medidas y normativas para proteger,
públicos no-expertos les atrae tanto como las historias conservar y presentar los sitios arqueológicos
de las gentes del pasado la forma en que la arqueología y la cultura material mueble en los museos. En
emplea métodos muy diversos para descubrir esas segundo lugar el desarrollo de la investigación de
historias (Bahn, 2001), especialmente tecnologías campo mediante excavaciones y prospecciones
sofisticadas (Fagan, 1995). Incluso la historia de arqueológicas y toda la batería de analíticas de la
la Arqueología, si se hace bien, ofrece las claves Arqueometría (Edwards y Vandenabeele, 2012);
para comprender la generación de ideas y datos en tercer lugar, la publicación especializada de
actuales (Bahn, 2014), pero también puede fascinar los resultados la construcción de narrativas sobre
metiéndonos, a través de temas arqueológicos, en el conocimiento generado, acompañada de las
las dimensiones sociales, culturales, ideológicas, consiguientes actividades de divulgación dirigidas
económicas y políticas de las distintas etapas de al mayor número posible de audiencias. Pero hay
construcción de la arqueología y sus pequeños dos gadgets que no acaban de estar suficientemente
mundos (Fagan, 2018); algo que en los últimos años desarrollados. Por un lado las políticas arqueológicas
estamos comprobando debe hacerse también con de las administraciones públicas que no siempre
el Anticuarismo porque tiene más conexiones de las establecen, implementan y cuidan debidamente todo
imaginadas hasta ahora (Schnapp et al., 2013) con el el conjunto de actividades que gira alrededor de la
pensamiento científico arqueológico contemporáneo arqueología; tal y como debiera hacer una auténtica
(Murray, 2014; Schnapp, 2002, 2018). política arqueológica. Y por otro lado, prestar la
En la actualidad la arqueología ha devenido en atención necesaria a los públicos y audiencias, en
una ciencia contemporánea imprescindible para la medida en que no se realizan muchos esfuerzos
comprender la historia del mundo en que vivimos para conocer mejor a la gente del presente, nuestras
(Demoule et al., 2018: 4). Y por ello, de alguna audiencias, sus ideas, creencias y expectativas; para
manera, la ciudadanía del siglo XXI debe estar en última instancia ampliar los públicos de la
alfabetizada arqueológicamente para afrontar los arqueología (Fig. 2).

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 2 - La arqueología como navaja suiza, con una política arqueológica ideal que sirve para buscar, proteger y conservar el registro
arqueológico, hacer trabajo de campo, publicar y divulgar, y finalmente conocer y ampliar sus públicos.

La arqueología del siglo XXI debe seguir y educadas de las sociedades europeas del Antiguo
consolidando todos esos gadgets que integran la Régimen. La segunda revolución científica de la
disciplina, una disciplina científica pero también arqueología estuvo marcada a comienzos de los años
histórica y humanística, y una disciplina que tiene 1960 con la revolución del Carbono-14 y la emergencia
que ser relevante en el mundo actual porque no de la New Archaeology anglosajona que modificaron
constituye un saber imprescindible en las sociedades sensiblemente la situación creada desde fines del
contemporáneas y en ningún lugar está escrito que siglo XIX a 1960, etapa que Colin Renfrew (1983)
debe existir y perdurar en el futuro. Lo hará en la denomino “el largo sueño” por una cierta estasis de
medida que sea relevante socialmente y para ello la la arqueología. En el campo de la divulgación hubo
divulgación tiene que ser el brazo potente que lo algunos progresos interesantes como el crecimiento de
haga posible. los museos y la modernización de sus museografías, la
Si la primera revolución científica de la aparición de libros divulgativos, el aumento de sitios
arqueología, en la segunda mitad del siglo XIX, arqueológicos presentados al público, la inclusión
se apoyó en los métodos y avances de la Geología de la arqueología en los manuales escolares, una
y la Biología para empezar a construir un aparato presencia creciente en la prensa y al final del periodo
teórico y metodológico propio (Kristiansen, 2014), los primeros programas de arqueología televisada
podemos paralelizar que la divulgación en aquella en la BBC británica. Y con la tercera revolución
época se fue configurando lentamente a través de los científica ya comentada, identificada con los Big Data
museos, las sociedades de sabios y eruditos, las revistas y la Arqueogenética, la divulgación ha crecido en
ilustradas y las primeras presentaciones públicas de importancia, de forma exponencial y mucho más que
monumentos y sitios arqueológicos. Una divulgación en las etapas anteriores. En las dos últimas décadas
elitista, confinada casi exclusivamente a las clases altas la arqueología se ha introducido con fuerza dispar

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 3 - Las revoluciones científicas en arqueología (a partir de datos de Kristiansen, 2014).

en los medios de comunicación de masas (prensa motivación última llegar a cuanta más gente mejor, de
escrita en papel, TV y radio), Internet y las TICs formas diversas que respetando las diferencias de las
han revolucionado la capacidad de llegar a audiencias sociedades actuales pueda aportar las claves esenciales
más amplias, el cine de ficción arqueológica y los para entender nuestros orígenes, nuestros desarrollos
documentales han invadido espacios antes apenas en caminos distintos que en ocasiones se cruzan y,
explorados, la gestión del patrimonio arqueológico en fin, poder atisbar lo que nos hace esencialmente
(Cultural Resource Management en los EE.UU.) se ha humanos. Curiosidad para mirar hacía atrás, sentido
convertido en un campo especializado y el turismo de pertenencia a un lugar e imaginación arqueológica,
arqueológico en un fenómeno que afecta a varias sentido crítico para imaginar escenarios plausibles
partes del mundo (Fig. 3). (Shanks, 2012) es lo que tendríamos que tener en
La arqueología es importante porque, como bien la cabeza los arqueólogos para estimular a nuestros
ha dicho Brian Fagan (2018: 6) nos define como públicos y en buenas dosis para orientar nuestra
seres humanos, revela nuestra ancestralidad africana propia investigación (Fig. 4).
y nos muestra las maneras en que somos iguales y La arqueología que podemos hacer depende, en
diferentes al mismo tiempo. Y sobre todo, en palabras no poca medida, de los efectivos profesionales. En
de Fagan, porque la arqueología “estudia a la gente la actualidad el número de arqueólogos ha crecido –
en cualquier lugar, en toda su fascinante diversidad. especialmente las arqueólogas –, por todo el mundo
La arqueología es la gente”. El pasado, incluso el más aunque no contemos con datos pormenorizados de
remoto, está en nosotros, está en el presente. sus efectivos por países y especialidades. Si vamos
Necesitamos construir narrativas para llegar a la teniendo aproximaciones sobre los profesionales de
gente de hoy, por eso la arqueología encarando la la arqueología en Europa (Aitchison, 2009; Aitchison
tercera década del siglo XXI, debería tener como et al., 2014), aunque las estimaciones de número

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 4 - Una aproximación a algunos colectivos nacionales de arqueólogos europeos.

son complejas y difíciles. Una aproximación estima poderosa atracción en el colectivo arqueológico
el colectivo profesional europeo en cerca de 30 000 y sí muchos posicionamientos eclécticos. Se ha
expertos. El más grande podría ser el británico llegado a plantear la pregunta de si hemos llegado a
(6 500), seguido del alemán (ca. 6 000) y el francés la muerte de la teoría arqueológica como sugiere el
(4 000). A más distancia se situarían otros como título de la obra colectiva editada por Bintliff y Pearce
el español (ca. 2 000) y el portugués (entre ¿300 (2011) The death of archaeological theory?. Pero la
y 400?). La repartición entre los cuatro grandes realidad es que la “teoría” – incluyendo por supuesto
sectores (administración, universidades, museos y la epistemología y la historiografía disciplinar –,
empresas de arqueología) es más compleja pero su trata de todo lo que está ligado a la naturaleza de la
distribución refleja valoraciones y actitudes generales arqueología, a sus aproximaciones científicas y sus
de cada país, como revela el ejemplo de Portugal relaciones con el pasado y el presente. Y funcionando
(Costa et al., 2014). como guía de la práctica arqueológica la teoría, por
tanto, no puede considerarse el campo específico de
especialistas (Kaeser, 2017). Aún así el panorama
La teoria arqueológica hoy de la teoría arqueológica actual es muy diverso y
La teoría arqueológica en el siglo XXI (Johnson, complejo (Harris y Cipolla, 2017; Praetzellis, 2015).
2020; Thomas, 2015a) afronta varios problemas pero El segundo problema es el rechazo al teoricismo
en mi opinión dos son especialmente preocupantes. arqueológico, y la creencia errónea, en el mejor de
El primero es la desorientación, porque tras las los casos, de que la teoría es un campo especifico de
duras polémicas de procesuales y postprocesuales los arqueólogos teóricos y en el peor de que se trata de
(mejor antiprocesuales según Renfrew) de fines del una moda pasajera que poco o nada ayuda a trabajar
siglo pasado (Shanks y Tilley, 1989) nos hemos empíricamente con los datos. En cualquier caso
instalado en un horizonte en el que no hay un como dice Praetzellis (2015: 9) la teoría es la parte
paradigma claramente dominante que ejerza de “come-tus-vegetales” de la arqueología, porque

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 5 - El “firmamento de la teoría arqueológica” de los últimos 40 años: las principales galaxias con tradiciones y arqueólogos teóricos
más representativos.

LA TEORÍA ARQUEOLÓGICA

Mi metáfora de los paradigmas teóricos de la arqueología contemporánea como galaxias intenta dibujar las
perspectivas teóricas más importantes. Y es necesario hacer dos matizaciones: 1) detrás del aparente mismo tamaño
en el gráfico existe una clara diferencia en cuanto al número de arqueólogos y arqueólogas que se situan en cada
paradigma. El mayoritario sigue siendo el histórico-cultural, pero con influencias crecientes de la Nueva Arqueología,
el procesualismo (surgido en la década de 1960), el segundo más importante; con practicantes más reducidos habría
que situar al post-procesualismo, iniciado en los años 1980, y todavía con menos al materialismo-histórico, aunque
tiene una larga tradición. 2) la influencia real de cada paradigma no se corresponde con sus efectivos numéricos ya
que las aproximaciones post-procesuales y marxistas están ganando visibilidad en las dos últimas décadas. Y como
las galaxias cada paradigma emite luz que llega a los demás. Por último y por descontado, en cada país los valores
relativos de cada paradigma varían. Sin olvidar que los especialistas que se incluirían en posicionamientos teóricos
eclécticos no serían pocos.

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

todo el mundo te dice que es buena pero hacerlo así como la tradición materialista histórica española
no se considera muy atractivo (Fig. 5). con pocos efectivos pero muy activos y realizando
La situación, a comienzos del siglo actual, investigaciones sólidas (Fig. 6).
simplificando mucho las cosas se puede representar Resulta imposible matizar y descender a más
como un “firmamento teórico” en el que existen detalles en esta visión tan general; sin duda quedan
cuatro galaxias – de mayor o menor importancia fuera paradigmas y planteamientos, como por
según las tradiciones nacionales –, que son: 1) la ejemplo la denominada arqueología evolucionista
vieja arqueología o paradigma histórico-cultural, (O’Brien, 1996; Prentis, 2019). Y no menos cierto
dominado por las aproximaciones tradicionales es que la integración del pensamiento arqueológico
enfatizando la descripción de las culturas, con la con el debate filosófico está configurando en los
tipología y la cronología convencionales (Webster, últimos años un nuevo paisaje teórico con una fuerte
2008); 2) la arqueología procesual (desarrollo de presencia de los nuevos materialismos (Thomas,
la vieja New Archaeology) con su instalación en 2015a). Puede parecer que la teoría en arqueología
una arqueología científica, con la aproximación ha perdido nervio, porque no ha movido tanta
hipotética-deductiva, de corte antropológico, que bibliografía como en otros ámbitos de la disciplina
aspira a esbozar los grandes procesos culturales pero eso no es cierto porque la arqueología se ha
con sus coyunturas de cambio y quiere llegar a integrado en temas contemporáneos cruciales de
generalizaciones que den cuenta de los procesos de las ciencias naturales y humanas. Es posible como
tiempo largo (Johnson, 2004) y 3) la arqueología indica Julian Thomas (2015b: 18) que la arqueología
postprocesual que a lo largo de las tres últimas simplemente haya entrado en una fase más sobria de
décadas ha cobijado un amplio espectro de su desarrollo disciplinar (Johnson, 2020).
posiciones (Shanks, 2008), estructuralismo,
arqueología simbólica, arqueologías interpretativas
(como si no lo fueran todas con mayor o menor
fundamento), arqueologías de género y de las Hacer arqueología hoy: muchas facetas…
mujeres con enfoques feministas, arqueología pero sobre todo publicar
fenomenológica, que comparten planteamientos Los arqueólogos en la actualidad llevan a cabo una
muy reivindicativos y cuestionadores de los excesos gran diversidad de tareas, enseñan en las universidades,
del procesualismo o la ausencia de ciertos temas en conservan, cuidan y exponen materiales en museos,
la agenda procesual. Todavía en ese firmamento de gestionan la arqueología en las administraciones
la teoría arqueológico hay que incluir, al menos; públicas, conducen trabajos de campo y
4) las arqueologías materialistas, con la hegemonía documentación en empresas de arqueología, guían
del materialismo histórico, que reclama la visión visitas en distintos ámbitos, investigan en institutos y
histórica del marxismo para aplicarlo a las sociedades realizan muchos otros trabajos. Trabajos que parecían
pre-capitalistas (Iacono, 2018). Se pueden reconocer imposibles hace solo veinte años son una realidad:
distintos grupos o escuelas como la antigua soviética editan libros y revistas divulgativas (Desperta Ferro
muy venida a menos (Klejn, 2012), la académica y JAS Arqueología), crean parques de arqueología
anglosajona que mantiene una cierta influencia (Arqueopinto) o empresas de viajes arqueológicos
(McGuire, 1993; Patterson, 2003) y la tradición (Pausanias), e investigan y trabajan en proyectos de
de la arqueología social latinoamericana, muy activa, centros de alta cocina (El Bulli Foundation). Por solo
la más creativa y con un fuerte compromiso social citar algunos ejemplos que conozco de forma directa
y político (Bate, 1998; Tantalean y Aguilar, 2012); en mi entorno más inmediato. Existe una pluralidad

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 6 - La arqueología teórica en 2019: conflicto entre distintos elementos de pensamiento y práctica en la cabeza de los arqueólogos.
Las respuestas a las preguntas ¿Para quién trabajo? y ¿Qué quiero decir? varían según los posicionamientos teóricos de cada investigador
(a partir de Johnson, 2020, re-dibujado y modificado).

de salidas profesionales, inimaginable cuando yo Siempre se ha dicho que la lista de publicaciones


termine mi licenciatura, que esbozan una auténtica de un investigador es la mejor referencia posible
arqueodiversidad, otro aliciente más de la disciplina. de su valía y creo que lo sigue siendo. Pero en las
Investigar en arqueología es publicar. La últimas décadas han cambiado algunos parámetros.
publicación es, por descontado, la contribución Y así de la motivación personal, ética, de antaño
más perdurable que cualquier arqueólogo puede por cumplir las obligaciones hemos pasado hoy a
hacer a la sociedad (Connah, 2010: 1). Además la presión institucional y administrativa de evaluar
es una obligación profesional y ética de cualquier severamente las publicaciones como indicador
excavador (Lavell, 1981), porque según el dictum imprescindible para la promoción académica y
académico publica o se maldito, ya que sencillamente la obtención de plazas. Publicar en las revistas de
“sin la publicación un arqueólogo no es mejor que impacto, especialmente en el primer cuartil (Q1),
un saqueador de sitios arqueológicos” (White, 2009: es la mejor apuesta (Armada, 2016; Román Román
207). De forma contundente hay que afirmar que y Alcain Partearroyo, 2005). El sistema obliga a
sin publicación no puede haber arqueología. buscar esas revistas para construir un curriculum

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Figura 7 - Las publicaciones con un crecimiento exponencial hacen cada vez más difícil identificar y leer lo relevante, y por todo lado
realizar una lectura profunda, excavando los textos con precisión.

sólido y competitivo a los jóvenes y a mantener para el tejido investigador e institucional, como
los estándares altos en los seniors. La dominancia el caso de las portuguesas, que debemos seguir
de la ciencia en inglés, y por tanto también de la defendiendo y también por la importancia de la
arqueología en inglés hace que muchos buenos presencia de nuestras lenguas en las tecnologías
trabajos se publiquen en inglés en las revistas de digitales e Internet (Giménez Toledo, 2019).
impacto. La presión es tal que puede hablarse de Mantener la diversidad del ecosistema de las
un auténtico “síndrome de Q1”. Lo que conlleva publicaciones periódicas de arqueología es una
la pérdida de calidad de las revistas en español tarea apremiante porque la investigación necesita
en la medida en que los mejores apuestan por la esa bibliodiversidad y porque para tener especialistas
internacionalidad. Pero las revistas españolas de excepcionales hay que cuidar, como en el deporte,
arqueología (Armada, 2016) tienen un gran valor la competencia en distintos niveles con modelos

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inevitablemente piramidales. Lo importante es que La entrada en juego de la edición digital


pueda existir movilidad de una parte a otra de los está alterando los mecanismos tradicionales de
niveles de la pirámide (Fig. 7). la edición académica, tanto en revistas (Ruiz
El crecimiento brutal de la publicaciones Zapatero, 2016) como en monografías (Opitz,
arqueológicas hace que sea muy difícil su control 2018). Hasta el punto que ya está obligando a
total por los investigadores y por eso su visibilidad (re)pensar las formas escribir (Connah, 2010;
y descubribilidad resultan fundamentales. Por otro Fagan, 2016; Ruiz Zapatero, 2014) y organizar
lado la hiper-especialización crea continuamente la investigación arqueológica. Una frontera poco
nichos académicos y de publicaciones que atendida por ahora, pero que pienso constituye un
compartimentan cada vez más las publicaciones tema absolutamente crucial a la hora de publicar
en una especie de cajones estancos que dificulta el informes y memorias de excavación sobre unos
seguimiento de la investigación publicada, hace nuevos presupuestos. El caso de las memorias de
muy difícil mantener visiones holísticas y nos hace excavación es muy relevante porque las limitaciones
perder la perspectiva general y transversal de la de las publicaciones tradicionales se pueden superar
arqueología; en definitiva de su valiosa unicidad. con una nueva fórmula de publicación electrónica
En otro orden de cosas, la concentración de que conjuga la priorización de llegar al público,
revistas especializadas en unos pocos grandes la síntesis breve, la gran cantidad de datos de la
consorcios empresariales como Elsevier, Reuters, investigación humanística y las ventajas de las
Thomson, Kluver y Springer, con costes que han plataformas digitales (Opitz, 2018). Se puede
ido creciendo en los últimos años, dificulta la así crear un tipo de monografía de excavación
disponibilidad de estas revistas – especialmente las que integra diversas formas de comunicación
más caras –, en algunas bibliotecas y centros de académica y divulgativa; se trata de un producto
investigación. Todo ello a pesar de que la edición digital que llega a múltiples audiencias y sirve a
electrónica o digital, desde mediados de los años la vez como plataforma de datos reutilizables y
1990, ha reducido los costes de producción; aunque fácilmente reproducibles y como información de
resulta evidente que se han defendido los beneficios las interpretaciones realizadas.
encareciendo su suscripción (Giménez Toledo, Hay una cuestión reciente, aparentemente
2019: 65-66). Para combatir esta situación desde marginal con lo que estamos tratando, pero muy
inicios de este siglo el movimiento Open Access ha importante y con implicaciones en todo el sistema
ido creciendo con la filosofía de facilitar el acceso académico que es la doble fórmula de obtención del
en abierto a una investigación que se hace con título de doctor, bien mediante tesis convencionales
fondos públicos y no debería servir para especular o por un conjunto de publicaciones (Ruiz Zapatero,
desde el ámbito editorial empresarial. Movimiento 2016). La segunda alternativa no deja de ser un
que sigue creciendo con buenas perspectivas de reflejo de la velocidad de los tiempos que considera
futuro por sus muchas ventajas (Marwick et al., obsoleta la apuesta por una tesis convencional que
2017). Al igual que se debe combatir la publicación se desarrolla a lo largo de varios años y prima, una
depredadora, la de revistas depredadoras, que cargan vez más la rapidez de los papers o sea el “Sindrome
cantidades importantes por publicar en revistas con de Q1”.
apariencia de científicas y que se dirigen a cubrir En relación con las tesis doctorales, sin duda un
las necesidades de investigadores desesperados por indicador de éxito de un departamento o centro
el “síndrome de Q1” habitualmente fuera de las de investigación, el número de nuevos doctores
tradiciones arqueológicas mainstream. constituye un parámetro importante en otro aspecto

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raramente tenido en cuenta: la empleabilidad. No (Ruiz Zapatero, 2012). En EE.UU. la Harris


tenemos datos en nuestra tradición arqueológica y Poll, promovida por la SAA, (Ramos y Duganne,
tampoco creo en la portuguesa, de la relación entre 2000) fue la primera gran encuesta nacional para
el número de tesis leídas cada año y la oferta de evaluar las ideas y apreciaciones de los ciudadanos
empleo. Pero un trabajo reciente en EE.UU. aporta y mostró – entre otros muchos datos –, un gran
una reflexión interesante. Sobre una muestra de interés por la arqueología ya que un 88% había
110 universidades entre 1994 y 2014 se leyeron visitado museos, un 37% sitios arqueológicos y
608 tesis de arqueología, lo que supone una ratio que un 11% había participado en actos y eventos
entre tesis presentadas y plazas universitarias relacionados con la arqueología. En Francia, a
ofertadas en el mismo periodo de 5:1 (Speakman iniciativa del INRAP, la encuesta nacional (Sars
et al., 2018). Y con ese dato se destaca la necesidad y Cambe, 2011), solo entresacando algunos
imperiosa de orientar a los estudiantes de postgrado datos generales, descubre un gran interés por las
hacia el mercado no-académico (¿!). Si pudiéramos excavaciones y hallazgos de cada región, un 20%
calcular la situación española es muy posible que la declara su aprecio por la arqueología y un 15%
ratio oscilara entre 50 y 100: 1 o incluso más. Se ha visitado, al menos un yacimiento arqueológico
pueden sacar conclusiones sencillas al respecto. En en el último año y asistido a “jornadas de puertas
nuestro caso se cruzan el crecimiento de equipos abiertas”. A nivel europeo el proyecto NEARCH
de investigación y tesis producidas y el tapón en (http://www.nearch.eu/) sobre nueve países
la universidad, agravado por la crisis económica europeos, entre ellos España, ha proporcionado
de 2008, que se intenta paliar con nuevas plazas una buena radiografía de la percepción pública
baratas de profesorado contratado precariamente, de la arqueología (Kajda et al., 2018: 10 ss.): un
que vergonzosamente aceptamos. 91% de los encuestados creen que la arqueología
tiene un gran valor y utilidad, mientras que un
40% piensa que nos ayuda a encontrar nuestro
lugar en el mundo.
La atracción de la arqueología y el Por otra parte, un 86% cree que tener sitios
patrimonio arqueológicos cerca de su ciudad es una ventaja
La magia de la arqueología, como argumenta importante y un 85% piensa que la mejor
Holtorf (2007) consiste en: experimentar la inmersión en la arqueología es la visita de sitios
práctica arqueológica e imaginar el pasado. De arqueológicos. Y la última encuesta de EE.UU.,
alguna manera, según Holtorf, existe un arqueo- la IPSOS American Perceptions of Archaeology
appeal, la arqueología ejerce un profundo atractivo (2018) auspiciada por la SAA (https://www.saa.
en buena parte de la ciudadanía porque algunos de org/education-outreach/public-outreach/public-
sus ingredientes básicos resultan muy estimulantes: perceptions-studies), indica que el 93% cree que
los paisajes exóticos, la nostalgia de otros tiempos el trabajo arqueológico es importante, el 82%
pasados, los progresos científicos y de nuevos opina que el patrimonio arqueológico debe ser
conocimientos, la sofisticación tecnológica de protegido legislativamente y el 87% considera que
muchos métodos y el anuncio continuo en los la arqueología de debería enseñar en el curriculum
medios de comunicación de nuevos y excitantes escolar. Todas las encuestas destacan el aprecio
descubrimientos. Y eso está avalado por las creciente de la arqueología, su valor para las
encuestas de opinión en diversos países que sociedades contemporáneas y la demanda de más
reflejan el aprecio y el interés por la arqueología y mejores medios de aprendizaje (Fig. 8).

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Figura 8 - La magia de la arqueología o el arqueo-appeal (datos según Holtorf, 2007).

Las encuestas sobre percepción de la arqueología con qué materiales, de donde proceden, como
son relevantes para poder hacer arqueología con una han llegado a ellos y como los valoran. Sería algo
dimensión social, para construir mejores mensajes así como una gran excavación de las percepciones
(McManamon, 2000) y en definitiva para saber sociales del pasado, identificando la procedencia,
qué aspectos de nuestro trabajo como arqueólogos la calidad y la importancia de los conocimientos
necesitamos mejorar o que temas deberíamos incluir. aportados por agentes muy diversos, habitualmente
Como ya adelanto con inteligencia McManamon no considerados, como libros de divulgación,
(1999) los arqueólogos debemos aprender de Internet, videojuegos, cómics, cine, televisión, y
cómo aprende la gente. Incluso yendo más lejos, otros por el estilo. Sería muy interesante elaborar
pienso que deberíamos desarrollar proyectos para matrices de Harris de cómo esos componentes han
explorar y analizar detalladamente no solo las llegado a la mente de la gente y han interactuado
percepciones de nuestros públicos sino también entre ellos: en suma como se han producido esas
como construye la gente sus visiones del pasado, visiones, esas ideas preconcebidas (Fig. 9).

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Figura 9 - Excavar las percepciones del pasado como método para conocer las ideas preconcebidas de la gente.

La visita de monumentos y sitios arqueológicos y disfrute de la naturaleza (Corbishley, 2011). Hay


parece configurarse como el elemento más atractivo, que romper las barreras que nos separan del público
junto con los museos, para un amplio sector del (Farid, 2014; Jameson, 2008; Stone, 2015). A pesar
público potencialmente interesado en arqueología de los problemas que rodean la presentación de
(Grima, 2017; Stone, 2015). Por eso la presentación sitios – en muchas ocasiones con reconstrucciones
de yacimientos y monumentos arqueológicos de estructuras (Masriera, 2009) – de tipo ético y
está adquiriendo una mayor importancia (López- honestidad profesional (Stanley-Price, 2009), de
Menchero, 2013; Lorrio y Ruiz Zapatero, 2019), gestión de visitantes y posibles efectos negativos en
pues a la necesidad de proteger y conservar el el patrimonio y de una pura mercantilización de los
patrimonio se suma la de divulgar y ofrecer sitios arqueológicos (Rowan y Baram, 2004), creo
experiencias gratificadoras que generalmente que el contacto directo con lugares del pasado – con
combinan ocio cultural, conocimientos históricos restos visibles en su paisaje natural o con la ayuda

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Figura 10 - Diagrama de flujo: del contexto vivo del pasado a la presentación de yacimientos arqueológicos. El pasado es cortado y
elaborado como narrativa histórica como si fueran unas tijeras con un filo en el análisis arqueológico y el otro la imaginación arqueológica
(según Lorrio y Ruiz Zapatero, 2019).

de las tecnologías visuales (Santacana et al., 2018) otras palabras, el patrimonio arqueológico no es
–, ofrece la mejor fórmula integral para percibir el tanto una cosa física como un proceso cultural
pasado (Egloff, 2019; Ruiz Zapatero, 2013). Y si en y social usado como una ayuda para revisitar
las presentaciones se puede conciliar el rigor con la memorias y asociaciones, compartir conocimientos
emotividad y construir discursos con carga afectiva y experiencias, reafirmar relaciones y comunicación
pues mejor todavía (Smith et al., 2018) (Fig. 10). y construir identidades y sentidos de pertenencia,
El patrimonio arqueológico se puede entender siguiendo la opinión de Laurajane Smith (2006).
desde la perspectiva administrativa y legal pero El patrimonio arqueológico hay que conservarlo
debería entenderse mejor de una forma más amplia. para que los ciudadanos, comprendan y disfruten su
Así creo que el sentido profundo del patrimonio significado; y por eso es indispensable divulgar los
arqueológico es el acto de transmitir y recibir valores patrimoniales que protegemos, para promover
memorias y conocimiento (Smith, 2006). En su uso y apropiación social (Gándara, 2016). Y quizás

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lo que falta en muchas presentaciones patrimoniales


es relevancia, más que conocimientos, porque como
bien señala Manuel Gándara (2017: 151) lo que falta
es explicar el significado profundo del patrimonio
a los visitantes para que les llegue con “la mezcla
de mente y corazón que es la que realmente puede
generar empatía y compromiso”. Las propuestas
de trabajo en comunidad ofrecen hoy una amplia
variedad de iniciativas para divulgar el valor social del
patrimonio arqueológico (Díaz-Andreu et al., 2016).
Hay mucha literatura sobre la gestión del
patrimonio arqueológico, quizás demasiado
formalista, ordenadora y reglamentista en los
países del Sur de Europa (Querol y Martínez,
1996; Pérez-Juez, 2006 y Ballart, 1997), pero
en última instancia la lógica y defensa del valor
fundamental del patrimonio precisa tres cosas:
evaluar los bienes, hacerlos accesibles y hacerlos
atractivos (Ballart, 2019). Y por descontado contar
con una verdadera política patrimonial. Para la Figura 11 - La banalización del turismo arqueológico puede tener
actuación concreta se pueden seguir lo que llamaría consecuencias… (según El Roto, Diario El País, 2 de julio de 2018).
las cinco eses del patrimonio: 1) singularidad del
sitio/monumento; 2) sostenibilidad, o sea que
se garantice su preservación; 3) situación, tiene La difusión arqueológica: museos,
que ser accesible de manera fácil para amplias patrimonio y sociedad
audiencias potenciales; 4) segmentación de públicos, Como hemos visto la arqueología en el mundo
con mensajes dirigidos a diferentes audiencias y actual es importante y los museos arqueológicos
5) sintonía con el entorno local, es decir que la (Swain, 2007; Skeates, 2017) son el primer lugar
población inmediata comprenda sus valores y pueda donde entrar en contacto con el pasado material
beneficiarse de alguna manera de ese patrimonio (Hernández Hérnandez, 2010; Santacana y
(Fig. 11). Hernández, 2006). Por algo los museos jugaron
El patrimonio arqueológico es fundamental un papel central en la institucionalización de la
que se incluya en la enseñanza obligatoria, porque arqueología. En aquellos museos decimonónicos se
sí, claro que “hay vida más allá de la arqueología” crearon las bases de los modelos textuales y las técnicas
(Egea et al., 2017) y la educación, sin duda alguna, museográficas de exhibición actuales, que hicieron
es un área preferente. Y aunque su inclusión se va el pasado visible y real con una identidad científica
haciendo tímidamente en España, por ejemplo y pública. Consiguieron mostrar la arqueología
en los manuales escolares (Meseguer et al., 2017), como una disciplina con identidad propia, segura
aún estamos lejos de conseguir su inserción crítica, y confiada en sus métodos y procedimientos.
estimulante e inspiradora en los currícula docentes A lo largo de toda su historia es importante
de los más jóvenes. asumir que los museos arqueológicos no pueden

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

entenderse de forma aislada de otras instituciones


y prácticas sino que hay que analizar sus relaciones
con la investigación arqueológica, las formas de
publicación, los sistemas de enseñanza, la creación
de plazas específicas, la metodología de excavación y
otros parámetros relacionados. La clave es descubrir
sus vibraciones con otros campos asociados, instancias
y prácticas (Olsen y Svestad, 1994).
Las museografías arqueológicas encierran narrativas
sobre el pasado pero construidas en cada presente.
Y si convenimos que toda ficción no es otra cosa
que un reciclaje de la realidad, una narrativa sobre
el pasado no deja de ser un reciclaje de una realidad
imaginada del pasado. Y la continua (re)escritura de
narrativas opera sobre las narrativas previas, ajustando,
cambiando, suprimiendo y añadiendo elementos.
Eso es lo que han hecho las sucesivas museografías
de cada museo arqueológico. Las museografías
arqueológicas son acumulativas (en algunas
ocasiones física y documentalmente perdidas) y
Figura 12 - El patrimonio arqueológico concebido como algo estático,
cada vez mejores (Swain, 2007: 296). Si a ello le
frío, congelado en el tiempo y almacenable como una conserva.
añadimos su rica diversidad hay motivos fundados
para confiar en los desarrollos futuros y en una
estética redentora considerando su evolución histórica
(Shanks y Tilley, 2017). Los museos arqueológicos señala Merriman (2017: 560) quizás es tiempo
se van redimiendo en la medida que en las últimas de escuchar más los puntos de vista de nuestros
décadas han realizado el giro hacia el público, esto potenciales visitantes y arriesgar un poco más en lo
es han ido teniendo cada vez más en cuenta las que hacemos (Fig. 12).
necesidades y expectativas de sus públicos. Han Los museos son un formidable medio para la
apostado por el acceso digital pero también por construcción pública del pasado y para la implicación
las acciones de “hands on”. En ocasiones abren sus del público en arqueología (Merriman, 2017). Son
entrañas para mostrar sus cocinas y permitir visiones un auténtico mass-media a largo plazo porque la
más profundas a sus visitantes. Una experiencia suma de visitantes a lo largo de los años acaba
que va ganando adeptos es la conjunción de arte resultando muy elevada (Merriman, 2017: 543).
y arqueología, diversas fórmulas que permiten a Los museos tienen la obligación y responsabilidad de
artistas jugar con los restos y/o representaciones del ofrecer miradas rigurosas del pasado pero también
pasado para producir un auténtico pasado filtrado mostrar la ignorancia e incertidumbre sobre muchos
por el arte contemporáneo (Merriman, 2017: 555- temas. Miradas que sean lo más objetivas posible
557). Pero en general y con contadas excepciones pero también al mismo tiempo imaginativas.
ofrecen museografías conservadoras que miran más Miradas respetuosas con las distintas audiencias
a la investigación y el oficio; por eso como bien pero al mismo tiempo provocadoras, que interpelen

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 13 - Los restos del pasado muertos y bien muertos en ataúdes de cristal ha sido y en parte sigue siendo una presentación habitual
en los museos arqueológicos.

y den voz a la gente de forma que dignifiquen a todos objetos y por eso sus museografías deben ayudar a
los públicos sin distinciones, como en cualquier recuperar parte de esa memoria perdida y presentarla
divulgación científica verdaderamente inmersiva que al público (Swain, 2007: 297). A veces los museos
supere la tradicional perspectiva “de arriba a abajo” arqueológicos no dejan de ser depósitos de basura
(Nieto-Galán, 2011: 317). Miradas, en fin, que sean glamurosa del pasado, con discursos que pierden lo
relevantes en el mundo actual y que proporcionen anteriormente señalado. Porque ofrecen exposiciones
sentido de pertenencia para vivir en el presente con objetos descontextualizados – de forma doble:
y para afrontar el futuro con sentido crítico. Las de sus contextos arqueológicos originales y de los
audiencias infantiles y las personas con desventajas contextos de vida del pasado –, que buscan casi un
físicas, psíquicas o sensoriales son probablemente mero atractivo visual y proporcionan pocos mensajes
los colectivos más olvidados (Lopiteaux-Francon y claros y encima con pobres recursos museográficos
Merpillat, 2006) (Fig. 13). (Lull, 2007: 364-66 y Ruiz Zapatero, 2009: 27 ss.).
Los museos arqueológicos son los guardianes de En España la mayoría de los discursos de los
la memoria colectiva perdida cuyos restos son los museos arqueológicos siguen sin reflexionar sobre

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Figura 14 - Acepciones de Arqueología Publica (a partir de Moshenska, 2016, modificado).

su función en la sociedad actual, casi vaciados de arqueológicas. En definitiva, fórmulas para estrechar
un discurso identitario (en el mejor sentido de la y mejorar las relaciones entre la arqueología
palabra) o de memoria de la comunidad a la que profesional y la sociedad (Williams et al., 2020),
pertenecen (Azuar Ruiz, 2013: 169-70). Porque otra que no obstante ofrecen etiquetas diversas que
obligación estimulante es la expansión de audiencias pueden mover a confusión (Fig. 14). Aunque el
para crear nuevos públicos. fenómeno ha tenido un pequeño decalage fuera
Esa tarea de crear y atender nuevos públicos es del mundo anglosajón, cada vez surgen por todos
lo que intenta desarrollar desde hace tres décadas la lados más iniciativas que se inscriben, de una u
Public Archaeology (Moshenska, 2016) o Arqueología otra manera, dentro de la Public Archaeology, y sin
pública (Almansa, 2013), entendida como un duda creo que lo seguirán haciendo en el futuro
conjunto de formas de hacer arqueología para próximo (Almansa, 2018; Moshenska, 2017). La
actuar con la gente, desde sus contextos locales, configuración de la Public Archaeology hay que
descubriendo sus intereses y articulando fórmulas que entenderla dentro de los cambios que desde los años
los hagan partícipes activos de unas nuevas prácticas 1980 se van produciendo con el caldo de cultivo

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

del giro postmoderno, las ideas que va sembrando el actual de historias post-verdad y falsas (Hodder,
World Archaeological Congress (WAC) fundado en 2018: 45) (Fig. 15).
1986 (Sheperd y Haber, 2011), la arqueología de La comunidad arqueológica se tiene que implicar
comunidad (Mohney y Nassaney, 2012), la nueva abiertamente con los retos de nuestras sociedades y
museografía (Merriman, 1991) y el crecimiento de explotar al máximo los recursos que ofrece nuestra
la Living History con el reenacment arqueológico, disciplina (González Ruibal et al., 2019). Conseguir
los grupos de reconstrucción histórica (Agnew una arqueología abierta y ciudadana constituye una
et al., 2020). La aparición del Journal of Public alternativa ineludible y para ello el rigor investigador
Archaeology en el año 2000 simboliza su mayoría y el compromiso con nuestra investigación, las gentes
de edad con el comienzo del siglo, al que una del pasado y con las gentes del presente constituyen
década después ha seguido AP On line Journal of las mejores herramientas. Porque los arqueólogos
Public Archaeology. tenemos una doble responsabilidad, por un lado
científica con nuestra investigación y por otro,
social con las sociedades civiles a las que servimos.
A modo de conclusiones Con esta conciencia, que ha ido creciendo en las
Hacer arqueología hoy debe integrar la últimas décadas, la arqueología es hoy una disciplina
interpretación con la práctica y la sociedad (Van movilizada y como dice Nathan Schlanguer (2018:
der Linde et al., 2018: 185), para evitar un pasado 587) está deviniendo en una verdadera disciplina
“deshumanizado” que no diga nada a la gente para militante, que ofrece nuevos conocimientos sobre
la que trabaja. En las actuaciones hay que poner el pasado pero también argumentos y reflexiones
pasión y compromiso y crear prácticas que reúnan para la implicación ciudadana de cara a abordar
patrimonio, investigación y poblaciones locales. Al mejor las realidades actuales y los desafíos del futuro.
fin y al cabo, la arqueología se encuentra en una Y si somos muchos y muy motivados podremos
posición privilegiada para liderar debates sobre el actuar como activistas para intentar cambiar, al
patrimonio cultural, las identidades de todo tipo, menos en alguna medida, el mundo en que vivimos
el postcolonialismo, las migraciones humanas, el (Stottman et al., 2010).
cambio climático y el cambio cultural (Nilsson
Stutz, 2018: 54). Todos ellos temas cruciales en
algunos de los debates intelectuales y políticos más
urgentes en nuestro mundo contemporáneo. Por eso
las visiones de Gran Narrativa que sinteticen bien
la investigación arqueológica resultan cruciales para
las sociedades contemporáneas y la propia disciplina
(Altschul et al., 2017). Y por otra parte, debemos
estar vigilantes con los usos, las manipulaciones
y los sesgos del pasado en el presente porque
eso es también parte de la ética arqueológica. Y
desde luego ser beligerantes y bajar al debate en la
arena pública cuando las situaciones lo requieran.
En esa tarea resulta crucial llegar a cuantas más
audiencias mejor pero sin una capitulación populista
y, desde luego, oponiéndose siempre a la tendencia

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

Figura 15 - Diagrama del proceso desde la excavación arqueológica a la difusión del patrimonio arqueológico.

LA DIFUSIÓN DEL PATRIMONIO ARQUEOLÓGICO

La excavación arqueológica de yacimientos proporciona los materiales mejor informados para elaborar historias de
las gentes y las comunidades de esos sitios. Materiales que tras su investigación se guardan y muestran en los museos.
Los arqueólogos producen conocimiento histórico, básicamente a través de las publicaciones. El producto que queda
en el campo, los sitios y monumentos, solo en contadas ocasiones, se pueden presentar al público. Para ello hay que
valorar muy ajustadamente su sostenibilidad y no guiarse solo por beneficios económicos y al mismo tiempo evitar
que las presentaciones minusvaloren y distorsionen sus historias. Para lograr una eficaz difusión del Patrimonio
Arqueológico todos los aspectos señalados deben ser rigurosos, realistas y además estar bien articulados entre sí.

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HACER ARQUEOLOGÍA: INVESTIGACIÓN, DIFUSIÓN Y DEFENSA DEL RIGOR E INDEPENDENCIA DISCIPLINAR

BAHN, P. (ed.) (2014). The History of Archaeology: An Introduction.


Agradecimientos Abingdon-Nueva-York: Routledge.
Quiero manifestar mi profundo agradecimiento a la
Prof.ª Raquel Vilaça por su invitación para participar BAHN, P. (2017). Archaeology. The Whole Story. Londres: Thames
en esta reunión de celebración del Museo Municipal and Hudson.
Santos Rocha. A la Conservadora del Museo, Dr.ª
BALLART, J. (1997). El patrimonio histórico y arqueológico: valor y
Ana Margarida Ferreira, y a todos los que hicieron uso. Barcelona: Ariel.
mi visita a Figueira da Foz agradable y estimulante.
Pido por adelantado disculpas por mi limitado BALLART, J. (2019). Paisaje y patrimonio. Madrid: JAS Editorial.
conocimiento de la arqueología portuguesa.
BATE, L.F. (1998). El proceso de investigación en arqueología.
Barcelona: Grijaldo Mondadori.
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FERREIRA, Ana Margarida e VILAÇA, Raquel (coord.)


Santos Rocha, Arqueologia e Territórios da Figueira da Foz
Figueira da Foz/Coimbra, 2021, 336 pág., ilustr., formato
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