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Transformação
Para Todos
TI #Ontem
#Hoje
CU
#Amanhã
Diagnóstico da atuação dos
conselheiros e das conselheiras
de direitos da criança e do
adolescente em Florianópolis.
L
Gestão 2019-2022
INICIATIVA CORREALIZAÇÃO
Ficha técnica
Realização
AR
Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICOM)
Correalização
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA)
Observatório de Inovação Social de Florianópolis (OBISF)
TI
Núcleo de Inovações Sociais na Esfera Pública (NISP)
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG)
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Financiadores
Engie
Eletrosul
OI Futuro
Koerich
Cassol
CU
Coordenação técnica
Natasha Naomi Ishizaka de Oliveira
Renata Machado Pereira da Silva
Colaboração
Edelvan Jesus da Conceição
Indianara Trainotti
João Vitor Libório da Silva
Maria Carolina Martinez Andion
Entrevistadores
João Vitor Libório da Silva
L
Maria Carolina Martinez Andion
Natasha Naomi Ishizaka de Oliveira
Renata Machado Pereira da Silva
Edição e Revisão
Stefani Ceolla
Projeto Gráfico
Patropi Comunica
Florianópolis . 2020
Sumário
1. O PORQUÊ DO DIAGNÓSTICO 07
1.1 O projeto Articula Floripa 07
1.2 Conhecendo os idealizadores 08
Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICOM) 08
Observatório de Inovação Social de Florianópolis (OBISF) 09
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) 09
1.3 Como esta pesquisa foi realizada? 10
4
5. REFLEXÕES DOS CONSELHEIROS E DAS CONSELHEIRAS DE DIREITOS 46
5.1 Que reflexões eu tive da minha atuação como conselheiro e conselheira de
direito ao fim da entrevista? 46
6. NOSSAS PERCEPÇÕES 48
8. REFERÊNCIAS 54
5
AR
TI 1
CU
# O porquê do
L
Diagnóstico
1. O porquê do Diagnóstico
O projeto Articula Floripa: Direito Deles, Transformação para Todos teve início em agosto
de 2019 com o propósito de promover e garantir os direitos de crianças e adolescentes em
Florianópolis.
O projeto tem como objetivos FORTALECER o Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente de Florianópolis (CMDCA) e PROMOVER espaços de conexão entre os
atores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA). Ele está
dividido em quatro fases, a serem realizadas ao longo de dois anos. As duas primeiras
etapas ocorreram em 2019 e 2020.
1ª Fase
7
O Articula Floripa é uma iniciativa do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICOM),
em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA)
e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), por meio do Observatório de
Inovação Social de Florianópolis (OBISF), projeto do Núcleo de Inovação Social na Esfera
Pública (NISP) do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG),
coordenado pela professora Carolina Andion, e é financiado pelas empresas Engie,
Eletrosul, OI Futuro, Koerich e Cassol, por meio dos recursos do Fundo da Infância e
Adolescência de Florianópolis.
O ICOM é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos e de interesse público
que, desde 2005, promove o desenvolvimento comunitário em Santa Catarina, mobilizan-
do, articulando e apoiando a sociedade civil organizada e investidores sociais. O sonho da
organização é que todos possam viver em comunidades sem violência, sem preconceitos e
sem injustiças. O ICOM acredita que a sociedade civil organizada apresenta caminhos
possíveis para fortalecer a democracia e alcançar esse ideal.
Ÿ Realiza ações para articular a comunidade e conhecer os desafios locais por meio de
diagnósticos sociais participativos, para influenciar políticas públicas, subsidiar a atua-
ção da sociedade civil organizada e orientar o investimento social privado;
Ÿ Fortalece organizações da sociedade civil, grupos e movimentos sociais para que sejam
cada vez mais autônomos e capazes de coproduzirem o bem público e lutarem por
direitos;
Ÿ Mobiliza e engaja pessoas e empresas para que se envolvam e doem para a sociedade
civil organizada.
Dentro do eixo de fortalecimento da sociedade civil organizada, desde 2007, o ICOM vem
atuando na causa da garantia dos direitos da criança e do adolescente, por meio de
projetos de desenvolvimento institucional para Organizações da Sociedade Civil que
atuam diretamente com esse público-alvo, fortalecendo a atuação em Florianópolis. Além
disso, produz diagnósticos participativos, o relatório Sinais Vitais, sobre o contexto da
criança e do adolescente, trabalhando com dados da cidade e disseminando conhecimen-
to sobre a realidade local.
8
Observatório de Inovação Social
de Florianópolis (OBISF)
Além de promover a cartografia e a análise dessa rede, o OBISF visa promover processos
de investigação pública e de experimentação democrática nas diversas arenas públicas
pesquisadas na cidade. Para tanto, além de pesquisas sistemáticas, o OBISF realiza diver-
sas ações de ensino e de extensão, em conjunto e/ou a convite dos próprios atores que
formam a rede do EIS de Florianópolis, dentro e fora da Universidade.
Em 2018 e 2019, a equipe do OBISF organizou 23 eventos que contaram com a participação
de mais de 1000 pessoas, e apoiou 34 iniciativas da sociedade civil por meio de trabalhos
realizados pelos alunos da graduação. Até final de agosto de 2020, 436 iniciativas de
inovação social foram mapeadas pelo Observatório, das quais 146 foram acompanhadas,
por meio de visitas, pelos pesquisadores. Foram também cartografados 356 atores de
suporte e 42 iniciativas que tornaram-se inativas, desde o início do Observatório.
O OBISF busca assim ser um recurso para dar visibilidade, articular e dar suporte às dife-
rentes comunidades de prática que formam o ecossistema de inovação social da cidade.
Em outras palavras, o OBISF visa fortalecer os laboratórios vivos de inovação social de
Florianópolis enquanto espaços reais de interação, colaboração e inventividade que se
constituem enquanto laboratórios de ação pública e, portanto, espaços nos quais as
inovações sociais podem florescer e promover novas respostas aos problemas socioambi-
entais da cidade.
9
de capacitação constante aos conselheiros de direitos e dos atores do Sistema de Garantia
dos Direitos da Criança e Adolescente (SGDCA) é uma condição importantíssima para uma
atuação qualificada e que impacte decisivamente na política pública municipal.
A metodologia utilizada para realizar esse diagnóstico foi construída conjuntamente pelas
equipes do ICOM e do OBISF e teve como objetivo conceber um retrato atual do CMDCA, a
partir do diagnóstico e das experiências dos conselheiros de direito da gestão 2019-2022.
Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas online pela plataforma Google
Meet, do dia 6 de maio a 30 de junho de 2020, com o total de 15 conselheiros. Cada conver-
sa durou , em média, uma hora e trinta minutos.
1 Quem sou: perfil do (a) conselheiro (a). 2 De onde eu vim: aproximação com
CMDCA e início de mandato.
A partir dos registros, análise e sistematização, realizados pelas equipes do ICOM e OBISF,
foi possível construir um diagnóstico com as perspectivas de passado, presente e futuro do
CMDCA. Assim, a estrutura dos resultados das entrevistas se divide em três partes:
10
AR
#
2TI
C
U
Crianças e
L
adolescentes
em Florianópolis
2. Crianças e adolescentes
em Florianópolis
26%
de toda população de Florianópolis
1 em cada 7 crianças
encontra-se vulnerável à pobreza como mostrou o
Sinais Vitais Florianópolis Criança e Adolescente -
Direito Deles, Transformação para Todos (ICOM,2017).
12
AR
#
3TI
C
U
Sistema de garantia dos
L
direitos da criança e do
adolescente em Florianópolis
e suas instâncias
3. Sistema de Garantia dos Direitos
da Criança e do Adolescente em
Florianópolis e suas Instâncias
Estatuto da Criança
e do Adolescente
14
3.1 Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Qual a importância?
O que é?
Em Florianópolis, o CMDCA foi criado em 1992, por meio da Lei Municipal nº 3794/1992,
revogada pela Lei nº 7855/2009, como órgão integrante da Política Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, com atribuições e funcionamento definidos em Regimento
Interno próprio.
O CMDCA é o órgão que faz parte do eixo de controle do SGDCA, sendo o principal ator
para a garantia dos direitos, pois é ele quem delibera sobre este tema. Tem caráter perma-
nente, normativo, deliberativo e controlador da política de promoção, defesa e garantias
dos direitos da criança e do adolescente no município.
15
O CMDCA de Florianópolis está organizado em cinco comissões temáticas, estabelecidas
pela Resolução n° 704, de 8 de maio 2018:
16
Como se dá a posse dos conselheiros em Florianópolis?
Poder público
Sociedade Civil
17
3.2 Fundo da Infância e Adolescência (FIA)
O que é?
Em Florianópolis, o FIA foi criado pela Lei Municipal 3.794/92 e atualmente é regulado pelo
Art. 17 da Lei Municipal 7855/2009, o qual dispõe sobre a Política Municipal de Atendimen-
to dos Direitos da Criança e do Adolescente e estabelece as normas gerais para a aplicação
da mesma, tendo sua regulamentação realizada pelo Decreto Municipal nº 208/1993.
Os recursos do FIA são aplicados em conformidade com o plano de aplicação dos recursos
do fundo aprovado preliminarmente pelo CMDCA, atendendo seus objetivos.
O que é?
O Conselho Tutelar (CT) é um órgão que atua diretamente na garantia dos direitos das
crianças e adolescentes. O ECA, além de instituir esses direitos, também criou o CT. Este é
um órgão permanente, autônomo, não-jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumpri-
mento dos direitos da criança e do adolescente. Isso significa que o CT não pode ser extinto
após sua criação (permanente); que ele toma suas decisões para garantia dos direitos das
crianças e adolescentes sem necessitar de decisão judicial para aplicação de medidas
protetivas (autônomo) e também não pertence ao poder judiciário e não exerce suas
funções (não-jurisdicional).
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Atualmente, Florianópolis possui quatro sedes dos CTS, sendo elas nas regiões: Centro,
Continental, Norte e Sul.
Norte
Rodovia SC401, KM18, nº17.500
Canasvieiras
CEP 88025-000
Telefones: 48 3266 0243 . 3266 7412
Plantão: 48 99935 9248
E-mail: ctnorte@pmf.sc.gov.br
Centro
Rua Júlio Moura, nº 84
Centro
CEP 88020-150
Telefones: 48 3223 4330 . 3225 5870
Plantão: 48 99935 9247
E-mail: ctcentro@pmf.sc.gov.br
Sul
Avenida Pequeno Principe, nº921
Campeche
CEP 88063-000
Telefones: 48 3238 3223 . 3238 8074
Plantão: 48 98419 9724
E-mail: ctsul@pmf.sc.gov.br
Continental
Rua João Vieira, nº59
Capoeiras
CEP 88070-210
Telefones: 48 3244 5691 . 3244 8010 . 3248 4143
Plantão: 48 98407 1290
E-mail: ctcontinente@pmf.sc.gov.br
Como funciona?
Como órgão de defesa de direitos, conforme o eixo do SGDCA, tem como objetivo princi-
pal atuar na garantia e defesa dos direitos de todas as crianças e adolescentes em todas as
instâncias: família, comunidade, sociedade e poder público.
Assim, o Conselho Tutelar atende situações que tratam de suspeita ou violação de direito
de crianças e adolescentes. Após atender, esse órgão tem a obrigação de aplicar medidas
de proteção a essas crianças e adolescentes e até mesmo a suas famílias. Dentre essas
medidas existem diversas possibilidades de encaminhamentos, seja para rede pública,
OSCs, Judiciário, dentre tantas outras.
19
3.4 Organizações da Sociedade Civil que fazem parte do CMDCA
As OSCs no SGDCA
Nos artigos 90 e 91, o ECA especifica sobre a obrigatoriedade do registro das organizações
não-governamentais e inscrição dos programas de organizações governamentais e não-
governamentais junto ao CMDCA, definindo os regimes de atendimento:
20
Assim, as associações e as fundações são entidades privadas sem fins lucrativos. Caracteri-
zam-se como instituições que não distribuem dividendos, resultados, sobras ou exceden-
tes operacionais entre os seus sócios, associados, diretores, empregados ou doadores.
Todos os recursos dessas organizações são aplicados integralmente na consecução do
respectivo objeto social.
São exemplos de organizações da sociedade civil: uma associação que lute por direitos de
mulheres vítimas de violência, uma associação de bairro, um conselho comunitário, uma
organização que preste serviço de contraturno escolar para crianças, uma organização que
realiza serviço de acolhimento institucional de crianças e adolescentes, uma fundação
familiar ou empresarial.
E, por fim, considera-se como OSC, também, as organizações religiosas que se dediquem a
ações ou projetos de interesse público e de cunho social diferentes.
67,8% 33,3%
atendem das OSCs prestam serviço de
crianças de convivência e fortalecimento
0 a 11 anos de vínculos
28,8% 19,6%
atendem das OSCs oferecem
adolescentes de serviço de contraturno
12 a 17 anos escolar
3,4% 13,7%
atendem das OSCs
jovens de realizam acolhimento
18 a 24 anos institucional
21
AR
TI 4
CU
#
O Retrato do
L
CMDCA: Ontem,
Hoje e Amanhã
4. O Retrato do CMDCA:
Ontem, Hoje e Amanhã
Aqui são apresentados os resultados do diagnóstico realizado com 15 (54%) dos conselhei-
ros que responderam a pesquisa. Destes, 9 eram titulares e 6 suplentes, 7 eram da socieda-
de civil e 8 do poder público.
#Gênero
11 mulheres 4 homens
73% 27%
#Faixa etária
6 entre 30 e 40
6 entre 41 e 50
3 mais de 51
23
#Raça
1 Preto
3 Pardos
11 Brancos
#Tempo no Conselho
9
5
1
Até 1 ano 1 a 3 anos Mais de 5 anos
*Nova gestão assumiu em junho de 2019. Entrevistas feitas em maio e junho de 2020
#Áreas de Formação
gestão ambiental
direito medicina-veterinária
serviço social educação física
geografia
administração medicina-pediatria
letras licenciatura ciências contábeis
pedagogia psicologia
24
b. De onde eu vim?
#Conhecimento do CMDCA
67%
dos conselheiros de direito
entrevistados possuíam conhecimento
prévio do CMDCA.
Destes:
100%
dos conselheiros representando
a Sociedade Civil tinham
conhecimento.
37%
dos conselheiros representando
o Poder Público tinham
conhecimento.
25
c. Como cheguei ao CMDCA?
#Trajetória anterior
6%
vem exclusivamente de
participações em fóruns de
discussões municipais.
27%
não possuem experiências anteriores
com o CMDCA ou em outros conselhos
de políticas públicas.
26
#O que nos
chama atenção
(De onde eu vim)
73%
dos entrevistados
são mulheres
brancas.
100%
dos entrevistados
possuem Ensino
Superior.
60%
dos entrevistados
estão no CMDCA a
menos de um ano.
67%
dos entrevistados já foram
ou são ainda conselheiros
de outros conselhos.
Percepção das conselheiras e dos conselheiros do CMDCA sobre sua própria atuação e gestão
atual.
a. Desempenho do CMDCA
27
Quais são os desafios na prática do CMDCA?
28
Como o CMDCA deve atuar para garantir os direitos
das crianças e dos adolescentes na cidade?
Infraestrutura adequada;
#Ser um órgão...
#Realizar ações...
29
#Quais são os outros atores do SGDCA com
quem o CMDCA deve interagir?
conselho tutelar
poder público
judiciário prefeitura
cras
saúde secretarias
escolas icom
Aprovação de recursos via FIA para impulsionar o trabalho das OSCs que
prestam Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e Acolhimento
Institucional neste período de pandemia causada pelo novo coronavírus;
30
#Que nota você, conselheiro e conselheira,
atribui à atuação do CMDCA?
7,25
foi a média resultante, sendo que um
total de 8 conselheiros e conselheiras
pontuaram uma nota.
31
“Há um consenso quanto ao desconhecimento em geral do CMDCA. As
pessoas conhecem mais o Conselho Tutelar (CT) pelo seu papel fiscalizador.
Também há um consenso quanto ao fato de que o CMDCA é um espaço
pouco conhecido e valorizado pelo poder público municipal.”
Participando ativamente
nas comissões, levantando
pautas, propondo e
deliberando em
conjunto.
Cumprindo o papel de Compartilhando com os
representar a instituição na pares: levar as discussões
plenária (obrigatoriedade e decisões para dentro
do conselheiro de direito das organizações e
segundo legislação). secretarias.
ATUAÇÃO DO
Participando de todos
os espaços do CMDCA, CMDCA Sendo um canal de
escuta para se aperfeiçoar
deliberando, controlando e
dos assuntos do CMDCA,
propondo políticas públicas
levar para discussão
municipais para a infância
e tomar decisões.
e adolescência.
Garantindo que as
atribuições/funções Pautando, discutindo
das comissões sejam e deliberando assuntos
executadas (visitas para dentro da Mesa Diretora
registro, criação para levar às plenárias.
de editais).
32
#Quanto tempo me dedico ao CMDCA?
3
conselheiros (as)
2
conselheiros (as)
6
conselheiros (as)
3
conselheiros (as)
1
conselheiro (a)
53%
interagem também em ações
47%
interagem unicamente
externas do CMDCA: em espaços nos momentos das
de discussão, diálogo e reflexão plenárias, reuniões
sobre a infância e adolescência das comissões.
33
Os atores da rede do SGDCA
Ministério Público
Secretaria de Conselho
Assistência Social Tutelar
Tribunal de
FIA OSCS Promotoria
Justiça
34
#Como se dá a relação entre o (a) conselheiro (a)
de direito e a instituição que representa?
35
c. A coordenação do CMDCA.
100% dos conselheiros e conselheiras identificam que há uma coordenação no CMDCA.
#Características da coordenação
Ocorre a partir das lideranças que surgem pelas pessoas que mais se
manifestam e mobilizam os demais colegas de forma natural;
36
d. As competências dos conselheiros
e das conselheiras de direitos.
Participação
Proatividade
Comprometimento
Colaboração
Disponibilidade
Liderança
Vontade de aprender
Organização
Mediação
37
Quais dificuldades você encontra no desempenho
das atividades do CMDCA?
Problemas interpessoais.
38
#O que nos
chama atenção
(Onde estamos)
39
4.3 Para onde vamos?
Compreensão dos desafios e das motivações relacionados a sua atuação e, a partir disso,
vislumbrar os próximos passos para construção de um conselho de direito mais forte e atuante.
a. Desafios e motivações
Motivador Desafiador
40
b. Desenvolvimento e capacitação.
41
c. Mudanças e melhorias
42
d. Aprendizados
43
#O que nos
chama atenção
(Para onde vamos)
44
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CU
# L
Reflexões dos
conselheiros e
das conselheiras
de direitos
5. Reflexões dos conselheiros e
conselheiras de direitos
‘‘Perguntas pertinentes fazem com que a gente pense em ‘‘Foi muito bom re etir, porque a gente precisa, e no dia a dia
coisas que nem sempre analisamos. Fazem com que a gente acaba não fazendo. Quando somos questionados, re etimos e
se avalie, avalie o CMDCA e essa relação.’’ buscamos essas informações na nossa memória.’’
‘‘Saber da existência do projeto de capacitação e formação ‘‘Acho que é um momento histórico, já estamos começando a
(Articula Floripa) foi bom, eu tenho bastante interesse moldar nossa coluna para que a gente consiga ir para frente.
de participar e agregar conhecimento para minha vida Acho que isso precisa ser divulgado para que as pessoas saibam o
pessoal e para poder desenvolver habilidades e dar um que está acontecendo, e que o Articula pode ser referência para
retorno para o conselho. Foi muito importante para outros conselhos também. As pessoas, nos conselhos de direito,
entender a realidade do conselho e conseguir vislumbrar estão muito desesperançosas. Precisamos mostrar isso (o projeto)
o que pode fazer para melhorá-lo.’’ para todos. Sem essas parcerias a gente não consegue avançar.’’
‘‘Os questionamentos me ajudam a entender mais a minha ‘‘Me chama a atenção que eu preciso ter mais horas lendo
responsabilidade enquanto pro ssional, conselheira.’’ coisas do conselho, eu tenho que me aprimorar.’’
‘‘Espero que esse tipo de trabalho possa gerar frutos positivos. “Me fez re etir sobre minha própria atuação e sobre a política.
Essa foi a primeira vez na minha vida que falei sobre o Essas coisas não fazemos no cotidiano, pois às vezes entramos
conselho de forma aberta. Eu pude hoje pela primeira vez falar nos processos de trabalho e deixamos isso de lado. Trouxemos
sobre o conselho, o resultado vai ser positivo. A partir desse uma avaliação da política do município e teremos
ponto podemos avançar.’’ elementos bem bacanas.”
‘‘Fez com que eu repensasse algumas coisas na minha ‘‘Eu estou saindo com vontade de buscar mais informações,
atuação enquanto conselheira.’’ preciso ler mais a respeito do meu papel ali dentro, entender
melhor qual meu dever ali como conselheira.’’
46
AR
6 CU
#
T INossas
L
percepções
6. Nossas percepções
A partir da sistematização das respostas dos conselheiros e das conselheiras, foi possível
traçar o perfil destes representantes, bem como verificar suas apreensões sobre a forma
de atuação, avaliação do trabalho do conselho e influência nas políticas públicas. Os
principais resultados foram aqui demonstrados, assim como alguns tópicos para debate e
reflexão a respeito do funcionamento do conselho.
Tais reflexões têm o intuito de auxiliar o conselho na busca conjunta de caminhos para a
melhoria de seu processo decisório e para melhor articulação do CMDCA com as demais
instâncias governamentais, organizações da sociedade civil, poder executivo, legislativo,
judiciário, Ministério Público, conselheiros tutelares e outras instâncias do SGDCA.
Vale ressaltar como aspecto positivo neste processo os espaços que proporcionamos de
autorreflexão e autoconhecimento para os conselheiros e conselheiras, permitindo que
pudessem compartilhar e conversar sobre sua atuação enquanto conselheiro (a), momen-
to ao qual nunca tiveram a oportunidade de vivenciar, fazendo-os (as) se aproximarem do
Projeto Articula Floripa, perceberem a relação que se tem em seu papel de conselheiro
(a), as ações do CMDCA e a política municipal da infância e adolescência, e se motivarem
para contribuir na garantia dos direitos da criança e do adolescente na cidade.
4. Que o conselho seja promotor de articulação intersetorial das políticas públicas com
toda rede que atua com a causa da criança e do adolescente e que tenha uma maior
interação e diálogo com outros atores do SGDCA;
48
Acredita-se que tal diagnóstico poderá apoiar a atuação dos (as) conselheiros (as) do
CMDCA daqui para frente, bem como para subsidiar as diferentes políticas públicas ligadas
à causa da infância e da adolescência no município. Por fim, ressalta-se que esse diagnósti-
co contribuiu também para a construção, em conjunto pelos correalizadores do projeto
Articula Floripa, de uma Jornada Formativa de 24 horas, em formato de curso de extensão
certificado pela UDESC/ESAG, ofertada para os (as) conselheiros (as) (gestão do CMDCA
2019-2022) e com alguns encontros abertos voltados também a outros atores do SGDCA.
01/10/2020 14h30
49
AR
I
CU 7
L # Como aproveitar
este relatório
7. Como aproveitar este relatório
Acreditamos que este documento contribui para diversos atores fortalecerem a política
municipal dos direitos da criança e do adolescente, pois é dever de toda a sociedade
priorizar a infância e a adolescência:
Ÿ Inspirar próximas gestões para que conheçam os (as) conselheiros (as) e, a partir disso,
promovam formações.
Ÿ Reforçar seu papel no controle e gestão da política de garantia dos direitos das crianças
e dos adolescentes.
51
Para as OSCs
Ÿ Refletir para que, nas eleições futuras, tenham representantes disponíveis e comprome-
tidos com a causa.
Ÿ Levar discussões sobre a causa da garantia dos direitos da criança e do adolescente para
dentro da secretaria/fundação.
Ÿ Integrar com outros atores que atuam na rede SGDCA para fortalecer a política munici-
pal da criança e do adolescente.
52
AR
TI
CU
L
8. Referências
ANDION, C.; SERVA; M. Por uma visão positiva da sociedade civil organizada no Brasil, uma análise
histórica da sociedade civil organizada no Brasil. Cayapa. Revista Venezolana de Economía Social, v.
4, n. 7, 2004.
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e
dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266.
BRASIL. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a
administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de
projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em
termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política de fomento, de
colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de
junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999
CONANDA. Resolução nº 113, de 19 de abril de 2006. Dispõe sobre os parâmetros para a institucio-
nalização e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente. Dispo-
nível em https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=104402.
FLORIANÓPOLIS. Lei nº 7855, de 22 de abril de 2009. Dispõe sobre o Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e Adolescente e sobre a revogação dos arts. 4º e 5º da Lei nº 6134 de 20002 e das
Leis nºº 3.794 de 1992 e 6.565 de 2004.
GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores e Participação Sóciopolítico. 1ª Ed. São Paulo: Cortez
Editora, 2001, v.01.
IBGE. As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil: 2010. Estudos e Pesqui-
s a : I n fo r m a ç ã o Eco n ô m i c a , n . 2 0. R i o d e J a n e i ro : I B G E , 2 01 2 . D i s p o n í ve l e m :
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101647.pdf. Acesso em: 10 de junho de 2019
ICOM. Sinais Vitais Florianópolis Criança e Adolescente - Direito Deles, Transformação para Todos.
Instituto Comunitário Da Grande Florianópolis. Florianópolis, 2017.
LOPEZ, F. G. (Org). Perfil das organizações da sociedade civil no Brasil. Brasília: Ipea, 2018.
Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/180607_livro_perfil_das_orga
nizacoes_da_sociedade_civil_no_brasil.pdf. Acesso em: 10 de junho de 2019.
54
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APOIADORES INSTITUCIONAIS
Acreditam e investem na missão do ICOM
PEDRA
BRANCA
CIDADE
CRIATIVA