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PARTE 5
ELEMENTOS DE ENTRADA E DE
SAÍDA EM SISTEMAS DE
AUTOMAÇÃO
Nestor Agostini
sibratec@sibratec.ind.br
Em geral os sistemas de automação podem sempre serem esquematizados como na figura 0.1:
São 3 unidades que, juntas formam o sistema: ENTRADAS, LÓGICA E SAÍDAS. Vamos agora
analisar quais são os dispositivos geralmente utilizados como ENTRADA (Ou fornecedor de
informações) ao sistema de automação. As entradas dos sistemas de automação são as
responsáveis por enviar as informações do estado corrente do sistema. É através do conjunto de
entradas que unidade lógica toma as decisões. Bons resultados são alcançados quando as entradas
foram corretamente definidas em termos de precisão, exatidão, resolução, etc
Existe uma grande quantidade de possíveis ENTRADAS, aqui iremos ver as mais comuns.
1. CHAVES ELÉTRICAS:
São elementos de entrada com acionamento manual. Na verdade são chaves tipo liga/desliga ou
chaves selecionadoras. Existem diversos padrões de chaves para utilização em automação. Um dos
padrões mais comuns é a 22 mm. 22 mm significa que para fazer a instalação é necessário abrir
um furo no painel com 22mm de diâmetro. Existem também as de 16mm, 12mm e outras
especiais.
As chaves, em geral são compostas de duas partes importantes: o acionador (elemento em que é
aplicada a força mecânica para alteração do estado interno dos contatos) e os próprios contatos.
Quanto ao acionador, veremos nos nossos exemplos os tipos mais comuns. Com relação aos
contatos, existem, basicamente, 3 tipos: Normalmente Aberto: NA ou NO (Normally Opened),
Normalmente Fechado: NF ou NC (Normally Closed) e os Reversíveis: 1 de um lado, 2 de outro
lado e um comum (C). A figura 1.1 mostra esses contatos:
Os contatos NA são aqueles que, quando a chave está em posição de repouso, o contato está
aberto. Os contatos NA fecham quando a chave é acionada.
Os contatos NF são aqueles que, quando a chave está em posição de repouso, o contato está
fechado. Os contatos NF abrem quando a chave é acionada.
Os contatos reversíveis são aqueles que possuem 3 terminais sendo que um é obrigatoriamente o C
(Comum). Em uma posição da chave o terminal C conecta um dos terminais e desconecta o outro.
Em outra posição da chave ocorre o contrário. Para esta montagem sempre haverá um contato
fechado e um aberto.
A mesma chave pode possui vários contatos NA e NF, porque, essas chaves permitem a instalação
de mais blocos de contato. Desta forma pode-se fazer diversas combinações possíveis de contatos.
1.1. CHAVES PUSH BUTTON: Em geral essas chaves não possuem retenção, ou seja, quando
pressionada, o bloco de contato muda de estado. Após cessar a força de pressionamento o bloco
volta ao estado original.
Existem modelos metálicos, de plástico, com bloco fixo (neste caso não é possível acrescentar
mais contatos) ou com blocos removíveis NA, NF ou ambos.
1.2. CHAVES PUSH BUTTON DUPLAS: É como se fosse 2 push button simples montadas no
mesmo bloco. Em geral uma de cor verde e outra de cor vermelha, com blocos de contato
independentes.
1.4. CHAVES ROTATIVAS: São chaves acionadas por rotação de uma peça frontal. Elas podem
possuir 2 ou mais posições. Estas chaves são muito apropriadas para comutar circuitos com vários
polos.
1.5. CHAVES PEDALEIRA: São chaves acionadas com os pés. Em geral utilizadas em
máquinas onde o operador precisa ter as duas mãos livres para a execução de outras operações
1.6. CHAVES FIM DE CURSO: São chaves acionadas por contato com alguma peça pré-
definida. Em geral essas chaves nunca são acionadas por pessoas. São amplamente utilizadas em
sistemas de automação porque possibilitam a operação automática de acionamento. Ex: detecção
de um batente, parada de máquina, inversão de sentido, etc.
Figura 1.7: Chaves fim de curso
1.8. CHAVES DE SEGURANÇA: São chaves utilizadas para aumentar a segurança dos
operadores de máquinas e outros dispositivos. Em geral essas chaves possuem sistemas de
travamento antifraude.
Transdutor de medição: Dispositivo que fornece uma grandeza de saída que tem correlação
determinada com a grandeza de entrada. Exemplos: termopar, transformador de corrente,
extensômetro elétrico de resistência, eletrodo de pH.
Na prática, os termos transdutor e sensor são frequentemente tomados como sinônimos, visto que,
em última análise, ambos convertem um tipo de energia em outra que possa ser mais facilmente
medida.
Há, porém, vários transdutores que não executam a função de um sensor (alto-falantes,
microfones, solenoides, etc.).
Resumindo: os transdutores são diferentes dos sensores, embora, em aplicações específicas eles
possam funcionar como tais.
A dúvida inicial para se determinar um sensor, geralmente, é: “Quais são os parâmetros a serem
observados na escolha ou dimensionamento de um sensor?”. A resposta a esta dúvida depende do
sensor, porém genericamente, há um conjunto de características importantes a serem consideradas,
que são:
a) Linearidade
É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a
resposta do sensor ao estímulo. Consequentemente, pode-se conferir uma maior precisão ao
sistema.
b) Faixa de atuação
É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou
imprecisão.
c) Histerese
É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um atuador dele se aproxima ou se
afasta.
d) Sensibilidade
A sensibilidade de um sensor indica qual deve ser a menor variação da intensidade da grandeza
medida que o sensor pode detectar, ou seja, a menor variação da grandeza medida que cause uma
alteração sensível do sinal elétrico de saída. Quanto mais sensível o sensor, maior é a variação de
saída em função de uma variação na grandeza a ser medida.
Ex: Um sensor de pressão que tem uma sensibilidade de 50 mV/mmHg é um sensor que produz
uma variação de 50 mV no sinal de saída a cada milímetro de mercúrio que a pressão varia.
e) Frequência de comutação
É a quantidade máxima de mudanças de estado em um determinado intervalo de tempo.
f) Distância sensora
É a distância em que, aproximando-se o acionador da face sensora, o dispositivo muda de estado.
• Estrutura Funcional: onde se descreve o método adotado para realizar a medida através de
funções ou estruturas básicas.
- Digitais: possuem apenas dois valores de saída apenas dois estados, “0” ou “1” lógicos. “0” ou
“1” podem ser níveis de tensão diferentes. Neste grupo estão os sensores de proximidade
indutivos, capacitivos, fotoelétricos e muitos outros. Na verdade qualquer sensor do tipo
liga/desliga pertence a este grupo.
- Analógicos: apresentam na saída sinais elétricos que são proporcionais à grandeza medida. Neste
grupo estão os sensores de temperatura tipo termopar, de luminosidade, detector de oxigênio
dissolvido na água, etc. Os sensores deste grupo são bem sofisticados e, em geral, são tratados
com conversores analógico digitais.
Pode-se também classificar os sensores pela necessidade ou não de serem alimentados. Teríamos
então:
Na indústria podem ser encontrados uma infinidade de sensores. Existem sensores para,
praticamente, qualquer grandeza que tenha que ser mensurada. A seguir apresenta-se alguns
bastante comuns.
Solução:
99
Vsinal máximo = .24 = 23,76V
100
Para um giro de 270°, obtém uma variação de tensão de 23,76 – 0,24 = 23,56 V
Quanto a forma de apresentação dos pulsos, os encoders podem ser classificados em:
b1) Incrementais: são encoders que contam pulsos a partir de um ponto zero. O início da
contagem pode ocorrer a qualquer momento, por isso são ditos incrementais. É o mesmo princípio
de funcionamento do mouse dos computadores. Existem vários modelos de encoders incrementais,
alguns possuem apenas um canal, ou seja, apenas uma pista de faixa de forma que fornecem
somente uma sequência de pulsos sem nenhuma espécie de formatação. Existem também modelos
que fornecem, além da sequência de pulsos dentro de cada giro, um pulso a cada volta, assim
consegue-se determinar o número de voltas. Outro modelo possui a capacidade de perceber o
sentido de rotação. Um sistema para determinar o sentido de rotação consiste na utilização de dois
sensores separados entre si por p+1/4, onde p é o passo do disco. Ao girar o rotor produz pulsos
quadrados em cada sensor defasados de ¼ do período se o rotor estiver girando em um sentido.
No outro sentido a defasagem aumenta para ¾ do período. Assim, consegue-se determinar o
sentido da rotação.
A A
B B
Para especificar encoders é necessário considerar alguns aspectos importantes, tais como:
3. Pulsos por volta (para os modelos incrementais): quanto maior for o número de pulsos por
volta, maior é a sua resolução, porém, o aumento da resolução implica no aumento de custo;
6. Frequência máxima de operação: os encoders são limitados a certa velocidade máxima que
precisa ser avaliada quando da aplicação;
7. Tipo de sinal de saída: sempre depende do restante do sistema, a não ser que seja um sistema
totalmente novo onde pode ser especificado qualquer saída. Dentre as várias modalidades de sinal
de saída tem-se: NPN, PNP – são saídas a transistor em coletor aberto. A saída NPN, push pull,
TTL.
O encoder master avança a esteira para colocar o produto no local correto para receber a etiqueta.
b5.3 – Avanço e corte de produto
O encoder determina a rotação dos roletes e, consequentemente o avanço do produto a ser cortado.
SENTIDO DE ROTAÇÃO DO
MOTOR DURANTE O AVANÇO
DA PEÇA
M
AVANÇO DA PEÇA
P
ENCODER
Solução: Primeiramente é necessário saber a relação entre o avanço da peça e a rotação do motor,
ou seja, quantos milímetros a peça avança para cada rotação do motor. Esta relação é conseguida
através do diâmetro do cilindro.
Avanço = d.π
Avanço = 100.3,14
Avanço = 314mm
2. Resolver o mesmo exercício anterior utilizando um encoder absoluto com saída digital
direta. Neste caso é necessário especificar o número de bits de resolução.
Solução: A relação entre o avanço da peça e a rotação já é conhecida do problema anterior, 314
mm por rotação.
Para obter a resolução de 0,1 mm são necessárias 3140 posições. Para a saída digital direta vale a
seguinte relação:
2 x = 3140
ln(2 x ) = ln(3140)
x. ln(2) = ln(3140)
ln(3140) 8,052
x= =
ln(2) 0,693
x = 11,6
Observar que 11 bits são poucos e 12 bits é o primeiro inteiro superior a 11,6. Isto significa que o
encoder precisa ter uma resolução de 12 bits.
b7.1) Um sistema mecânico é composto de um motor que gira uma polia e esta avança ou recua
uma mesa posicionadora. Faça o que é pedido no exercício
b7.2) Um sistema mecânico é composto de um motor que gira uma polia e esta avança ou recua
uma mesa posicionadora. Faça o que é pedido no exercício
V1 = V2 .senθ
Figura 3.19: Funcionamento do sincro
Onde V1 e V2 são tensões que dependem dos aspectos construtivos do sincro e θ é o ângulo
entre o enrolamento fixo e o enrolamento rotativo. Observar que, pelo fato do estator ser trifásico
é possível determinar, além do deslocamento, também seu sentido.
No caso de existir somente uma fase no estator há uma indefinição do sentido do deslocamento,
visto não haver outras fases para realizar a comparação de tensões. Para solucionar este problema
foi implementado um sincro com uma configuração especial, denominado de resolver. Os
enrolamentos do estator são alimentados em série, produzindo um campo estacionário sobre o eixo
y. Os enrolamentos do rotor recolhem tensões diferentes em função da montagem.
e1 = e. sen(ω.t )
e 2 = e. cos(ω.t )
com ω = frequência da excitação
A tensão no secundário será:
e s = e x . sen(ω.t + g.s)
CONJUNTO
FOTODETECTOR
CONTADOR
VISUALIZADOR MÉTRICO PROCESSADOR VISUALIZADOR
DE FRANJAS
e2)
O laser é também utilizado em outras aplicações. Eles substituem com algumas vantagens
sensores fotoelétricos para detecção de produtos, peças ou qualquer outro objeto.
Os sensores para detecção de eventos podem ser utilizados na indústria como contadores, sensores
de velocidade, sensores e posição, etc. O único detalhe é que é necessário conhecer muito bem as
características de utilização para poder escolher o sensor adequado para cada finalidade. Um
sensor indutivo, que será visto em seguida, pode ser utilizado como detector de um evento,
aproximação de uma parede, por exemplo. Pode também ser utilizado como contador de eventos,
cada peça que passa próximo a ele gera um pulso que é contado em um contador eletrônico,
controlador lógico programável, computador ou qualquer outro processo. Ele também pode ser
utilizado como medidor de velocidade. Neste caso é feita uma relação entre a quantidade de pulsos
contados em cada período de tempo. Suponha que uma roda dentada com 60 dentes é conectada a
um eixo. Cada vez que o sensor acumular 60 pulsos será 1 giro do eixo. O mesmo sensor pode
também ser utilizado para indicar posição. No mesmo exemplo da roda dentada com 60 dentes,
pode-se observar que cada dente corresponde a um giro de 6 graus. Isso pode ser utilizado para
determinar a posição de alguma peça.
4.1. Sensor indutivo: O sensor indutivo, também conhecido como sensor de proximidade, é
capaz de detectar a presença (ou não) de um objeto metálico quando este estiver a determinada
distância da sua face (distância sensora). Seu princípio de funcionamento é baseado na geração de
um campo eletromagnético de alta frequência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante
instalada na face sensora (Figura 4.1).
A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em condição normal (não acionada), gera um
sinal senoidal. Quando um metal se aproxima do campo, este através da corrente de superfície
absorve energia, reduzindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. Esta variação do valor
original é, então, detectada e aciona o estágio de saída.
Na Figura 4.2 pode-se observar o diagrama eletrônico simplificado de um sensor indutivo.
- Número de manobras: por não ter partes móveis (acionamento estático), a capacidade de
operação de um sensor indutivo é muito maior que uma chave convencional;
- Ausência de contato físico: como se trata de um sensor de proximidade, não há necessidade de
contato físico com a parte em movimento. Novamente, isso contribui para o aumento significativo
da vida útil do sistema;
- Velocidade de atuação: ela é maior que a de uma chave mecânica, uma vez que não há inércia na
sua operação.
A Figura 4.3 ilustra um exemplo do campo de atuação, tendo como referência sua superfície ativa.
Outro “nome” atribuído ao sensor indutivo é sensor “não faceado”. Essa denominação origina-se
do aspecto de instalação do componente, que por razões óbvias deve ter uma “zona livre” de metal
ao seu redor. Através da Figura 4.5, pode-se estimar as distâncias mínimas que um sensor deste
tipo deve respeitar, caso seu alojamento seja metálico, a fim de que não ocorram comutações
errôneas.
Como será visto a seguir, sensores para materiais isolantes (não metálicos) são, também,
classificados como faceados, uma vez que “faceiam” seu alojamento sem correr riscos de
acionamento indevido.
Os sensores industriais, sejam eles indutivos ou não, podem ter suas saídas nas configurações PNP
ou NPN. A Figura 4.6 mostra como, no primeiro, caso (PNP) a comutação da carga é feita através
do polo positivo da fonte. Tomando um CLP como exemplo, a carga seria acionada com + 24 Vcc
no seu terminal livre. Já a configuração NPN conecta a carga ao zero volt, uma vez que essa já
está com o polo positivo ligado.
As saídas, normalmente, podem ser de 2, 3, ou 4 condutores, sendo esse último com (no mínimo)
um contato tipo NA e um NF (Figura 4.7).
Figura 4.7: Tipos de saídas de sensores indutivos
4.2. Sensor capacitivo: Ao contrário do sensor indutivo, que funciona através da formação de um
campo eletromagnético e é indicado para detecção de partes metálicas, o capacitivo funciona
segundo um campo elétrico e é ideal para sensoriar materiais isolantes (líquidos, plásticos, vidros,
entre outros). Para compreender melhor como ele faz isso, é necessário relembrar alguns
conceitos básicos dos capacitores. A capacidade de armazenar cargas de um capacitor, pode ser
expressa pela fórmula:
Onde;
e = constante dielétrica ou permissividade.
S = área entre placas
d = distância entre placas.
T
A detecção do objeto neste tipo de sensor ocorre segundo uma variação da capacitância. Conforme
se viu, esta depende de três variáveis em um capacitor. No sensor capacitivo, entretanto, duas
delas já são fixadas e determinadas na concepção do dispositivo (S e d).
A Figura 4.8 mostra que a diferença fundamental entre o sensor capacitivo e o capacitor
convencional é que as placas não estão uma de frente para a outra, mas sim uma ao lado da outra.
A área e a distância entre elas é fixa, e como as placas estão dispostas segundo esta geometria, a
capacitância do elemento na ausência de um material dielétrico pode ser considerada desprezível.
Uma vez que um objeto dielétrico aproxima-se, porém, ao adentrar no campo elétrico sob a
superfície do eletrodo, causa uma mudança na capacitância do conjunto. Este fenômeno produz
uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada por um circuito e convertida em um
comando para a comutação do estado da saída (Figura 4.9).
Os sensores óticos, além de serem utilizados para a detecção de distância entre corpos, conforme
já visto anteriormente, servem também para a detecção de eventos. Existem várias configurações
que podem ser utilizadas para este fim.
a) Difuso
Nesta configuração, o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade, sendo que o
acionamento da saída ocorre quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e
reflete para o receptor a feixe de luz emitido pelo transmissor (Figura 4.11).
b) Reflexivo
O sensor óptico reflexivo, também conhecido como retrorreflexivo, assim como o difuso, tem o
transmissor e o receptor montados em uma única unidade. O feixe de luz chega ao receptor após a
incidência em um espelho e o acionamento da saída ocorre quando o objeto interrompe o feixe
(Figura 4.12).
Este tipo de sensor é muito utilizado em segurança de áreas, conforme se pode ver na Figura 4.13 .
Um robô é cercado por um feixe infravermelho que, após reflexões sucessivas, atinge o receptor.
Caso um objeto interrompa esse feixe, o sensor será atuado, paralisado o trabalho.
Um cuidado a ser tomado na utilização de um sistema como este, é orientar o usuário quanto a
limpeza dos sensores e espelhos. A sujeira pode gerar acionamentos indevidos. Caso o ambiente
seja muito rico em poeira ou qualquer outra partícula em suspensão (névoa de óleo, por exemplo),
talvez seja mais indicado utilizar outro tipo de sensor.
c) Barreira de Luz
Este sensor, ao contrário dos dois anteriores, é montado em duas unidades distintas: uma
transmissora e outra receptora. Cada unidade fica de um lado da trajetória do objeto-alvo, uma vez
que este interrompe o feixe, e o sensor é ativado. Atualmente este é o tipo de sensor mais utilizado
para realizar proteção de máquinas industriais onde o operador manipula objetos com a mão.
d1) Contador de peças: Cada peça que sai da máquina é detectada pela barreira ótica e assim
determina-se a quantidade que deve ser colocada em cada container.
d2) Verificação da presença do rótulo: O rótulo possui um índice de reflexão diferente do vidro,
por isso o sensor consegue detectar se ele foi colada no vidro.
Neste caso também se deve ter cuidado quando se decidir utilizar um sensor deste tipo, devido ao
alinhamento angular. Dependendo da inclinação do alvo o eco pode desviar-se para uma direção
diferente do sensor, não chegando ao receptor (localizado no mesmo componente). Geralmente
este tipo de sensor permite uma inclinação máxima de mais ou menos 3º (figura 4.19).
Assim como o óptico, o sensor ultrassônico pode suprimir o fundo (desprezar o eco do que não é
objeto alvo de detecção). Neste caso, tem-se o tipo de barreira de reflexo. Vale reparar que o
sensor ultrassônico pode operar tal qual um óptico, no que se refere a capacidade de detecção
(Figura 4.19).
A tabela seguinte mostra os principais termopares existentes no mercado com suas características:
R (Ω)
NTC
Temp (°C)
dV/dt = -2mV/°C
Esta variação da queda de tensão passou a ser utilizada para construir sensores de temperatura.
Estes sensores são bastante lineares e muito sensíveis, dentro da sua faixa de atuação. Atuam em
faixas de temperatura desde -80°C até 150°C. Atualmente, vários sensores a semicondutor
fornecem saída de sinal digital. Estes são, geralmente, constituídos por um sensor analógico (tipo
junção semicondutora), acoplado a um circuito eletrônico condicionador de sinal, que converte a
variação de queda de tensão em sinais digitais. Na apresentação dos componentes utilizados neste
trabalho são mostradas as características dos sensores aqui utilizados.
Um dos mais conhecidos sensores de temperatura a semicondutor é o LM35. Este circuito
integrado é muito parecido com um transistor comum, no entanto ele é um excelente sensor de
temperatura
Figura 5.4: O sensor de temperatura LM35
O LM35 possui uma saída linear quer varia em 10mV/°C dentro de uma faixa o operacional de
-55°C a 150°C.
b) Capacitivo: São construídos em forma de um capacitor. Duas lâminas metálicas separadas por
um material isolante que forma o dielétrico. A umidade do ar afeta a constante dielétrica do
material isolante, alterando a capacitância do conjunto.
Um indicativo usual da umidade, quando são utilizados sensores capacitivos, é a frequência de
oscilação de um circuito, que varia em função da alteração da capacitância.
Estes sensores possibilitam medição em toda a faixa (0% a 100% de umidade relativa) permitem a
construção de aparelhos portáteis. Por isso, popularizaram-se a tal ponto que atualmente
dominam o mercado.
Em geral, o sinal de saída desses sensores é uma tensão proporcional à umidade relativa. A Figura
6.1 mostra o sinal de saída e o aspecto físico típico de um sensor de umidade comercial.
a) Mecânicos do tipo ventoinha: O sensor é uma ventoinha exposta ao fluxo de ar. Sua rotação
é proporcional à velocidade do fluxo de ar. Basta, portanto, criar uma escala que relacione taxa de
rotação da ventoinha com a velocidade do ar. Este sistema é muito prático para estações
meteorológicas e para locais onde a velocidade do ar é suficientemente elevada para vencer o
atrito dos mancais (ou rolamentos) da ventoinha;
b) Térmicos: A anemometria térmica é uma técnica de medição de velocidade de fluidos que vem
sendo estudada e utilizada há várias décadas. Fundamentalmente, baseia-se no princípio de que
um elemento resistivo aquecido, quando submetido a um fluxo de fluido, perde calor, diminui sua
temperatura e altera sua resistência elétrica. A variação da temperatura ou de sua resistência
elétrica podem ser utilizadas como indicativo da velocidade do fluido a que foi submetido. O
termistor (elemento geralmente utilizado como sensor) deve ser mantido a uma temperatura
suficientemente elevada, de modo que a influência da temperatura ambiente não tenha efeitos
significativos sobre a medição, ou deve possuir uma correção de leitura em função da temperatura
ambiente.
Para determinar-se a velocidade de um fluido, utilizando-se anemometria térmica, pode-se
empregar duas técnicas:
- mantém-se a potência entregue ao termistor constante e mede-se a sua
temperatura. Neste caso, a temperatura do termistor é um indicativo da velocidade
do fluido. Assim, necessita-se de um termômetro para obter a grandeza desejada o
que se constitui em um complicador para a utilização deste método.
- varia-se a potência entregue ao termistor de forma a mantê-lo com temperatura
constante. Neste caso, a potência entregue é um indicativo da velocidade do fluido.
Caso lhe seja suprida uma corrente constante, então, pode-se utilizar a queda de
tensão sobre o elemento resistivo para determinar a velocidade do fluido. Este é o
método de determinação de velocidade do fluxo de ar utilizado neste trabalho.
Os resistores R são fixos e SG1 é a célula de carga. Eo é a tensão captada no circuito eletrônico. A
ponte de Wheatstone pode ser calibrada para que a tensão Eo seja 0 Volts. Qualquer pequena
variação na resistência SG1 faz com que essa tensão deixe de ser 0 Volts. Essa tensão é processada
em um circuito eletrônico e transformada em uma escala de peso.
9. SENSORES DE PRESSÃO: A medição da pressão pode ser feita de várias maneiras. Uma das
mais antigas é o medidor mecânico, como mostrado na figura 9.1.
Evidentemente o processo mecânico de medição de pressão não é adequado por não fornecer um
sinal elétrico tratável em circuitos eletrônicos. Por isso foram desenvolvidos outros sensores para
a pressão. Dentre os mais importantes temos:
Atualmente o sensor de pressão a semicondutor é o mais utilizado. Além do fator custo há também
o fato de que ele não possui partes móveis.
Na figura 10.3 a tensão elevada é conectada às duas buchas de porcelana e a tensão de saída
(amostra para medição0 é retirada nos dois pinos menores que aparecem entre os de porcelana.
Os dispositivos de saída, também conhecidos como atuadores, são os que ligam a parte lógica do
sistema de automação com os dispositivos físicos externos que realizam as tarefas do sistema
De um modo geral a parte lógica do sistema de automação envia à saída apenas um sinal de baixa
potência. Esse sinal é utilizado para os acionamentos de força (motores elétricos, solenoides, etc)
São dispositivos utilizados para conversão de sinais elétricos provenientes dos controladores, em
ações requeridas pelos sistemas que estão sendo controlados.
São sinais que partem de uma determinada tensão, em geral 0 V até um máximo, que pode ser
5Vcc, 12Vcc, etc.
As rampas de tensão possuem ampla aplicação em chaves eletrônicas de partidas de motores
elétricos (soft-starter) e em inversores de frequência.
Nestes produtos, entre outras funções, existe a programação da rampa de aceleração e de
desaceleração
Além desses sinais apresentados, podem existir outros para aplicações específicas, porém esses
que forma mostrados são os mais comuns.
Esses sinais são liberados na saída dos sistemas de automação. Eles são sinais de pouca potência,
que devem ser utilizados para comandar outros dispositivos. A seguir serão apresentados os mais
comuns dispositivos utilizados para recepção dos sinais de saída dos sistemas de automação.
11. RELÉ: Dispositivo eletromagnético de saída para sinais de 5Vcc, 10Vcc, 12Vcc, 24Vcc ou
outra tensão compatível.
A figura abaixo mostra o princípio de funcionamento do relé eletromagnético. Quando se alimenta
a bobina do eletroímã, o núcleo se magnetiza e atrai uma peça metálica. Esta, ao mover-se,
movimenta um contato (A-B). Desta maneira podemos abrir ou fechar um contato elétrico.
Pode-se ter relés com vários contatos NA, NF ou reversíveis. No mercado existe uma infinidade
de modelos e tipos. A figura mostra alguns modelos de relés:
Existe também a possibilidade de instalar blocos de contato auxiliares no topo ou na lateral. Esses
blocos passam a ser comandados junto com o contator.
13. RELÉ DE ESTADO SÓLIDO (SSR = Solid State Relay): É uma chave eletrônica
comandada por um sinal de voltagem ou de corrente. Normalmente o relé está aberto, ou seja, não
passa energia da entrada para a saída, é como se fosse um interruptor de uma lâmpada aberto.
Quando se aplica uma tensão adequada nos terminais de controle, o relé fecha o contato eletrônico
de saída e o relé se comporta como se fosse um interruptor de lâmpada fechado. Esse é um modelo
bastante comum de relé de estado sólido conhecido como tipo liga/desliga, porém, existem relés
de estado sólido tipo controle linear.
Figura: 13.2: Forma de onda cortada em relés de estado sólido com controle linear
Na prática pode-se ter na saída, desde 0 V até a tensão máxima aplicada na entrada, por exemplo:
se o relé de estado sólido for ligado a uma rede 220 V, teremos na saída uma tensão variável de 0
V até 220 V, de acordo com a amplitude do sinal de controle aplicado.
Os relés de estado sólido com controle linear podem ser acionados com diversos tipos de sinal de
entrada. Por exemplo:
- 0~10Vcc
- 0~05Vcc
- 0~20mA
- 4~20mA
Existem também eletroválvulas proporcionais. Estas funcionam de maneira similar aos relés com
controle linear. Ao invés de serem apenas abre/fecha, essas eletroválvulas podem ser controladas
de modo a abrir ou fechar desde um mínimo até um máximo. Uma das formas de controle é a
utilização de uma saída em onda quadrada com alteração do duty cicle.
16. MOTOR ELÉTRICO: O motor elétrico é o mais comum atuador nos sistemas de automação.
Em geral, ele nunca é ligado diretamente às saídas da parte lógica do sistema. Como o motor
elétrico exige altas correntes, o seu acionamento é feito por contatores, inversores de frequência
ou chaves soft starters. Esses elementos, os contatores, inversores de frequência ou chaves soft
starters, é que são ligados à saída lógica do sistema de automação
Existem outros elementos atuadores utilizados em sistemas de automação, porém os mais comuns
são os que foram apresentados aqui neste trabalho.