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Núcleo de Ensino Técnico Sinai – NETS

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Higiene e Profilaxia

Professor Caio Barbosa


caio1607@hotmail.com

1 HIGIENE

Em um sentindo mais simples é limpeza, asseio. Agora em uma forma mais


abrangente é um conjunto de conhecimentos (métodos e técnicas de desinfecção, de
esterilização, etc…) que, quando aplicados, previnem contra doenças, promovendo o bem-
estar físico e mental. Prolongando assim, a vida e conservando a saúde.
A higiene (gr. hygieinós, pelo fr. hygiène) é então, uma prática de grande importância
pelos benefícios proporcionados. No âmbito hospitalar, ela é considerada como um conjunto
de procedimentos que tem a finalidade de assegurar a proteção e bem-estar físico e
psicológico dos pacientes, evitando enfermidades.

1.1 TIPOS DE HIGIENE

Existem diversos tipos de higiene e é através dos bons hábitos que poderemos ter uma
saúde excelente. Porém, é necessário termos alguns cuidados com o corpo, a mente, o
trabalho e onde vivemos.
Em um primeiro momento parece lógico e fácil a maneira de como lidar com este assunto.
Todavia, a higiene possui duas divisões com diversas sub-divisões e inúmeras maneiras de
como cuidar de alguém ou de si mesmo. Conheça ou reveja algumas delas:

Pessoal -- é um conjunto de hábitos de limpeza que cada pessoa exerce no próprio corpo.

Higiene mental – pensamentos positivos nos ajudam a: agirmos melhor, temos mais saúde,
somos mais felizes, os sentidos ficam mais apurados, a memória fica mais aguçada, a tensão
mental se desfaz e nossos órgãos como o estômago, o fígado e o coração funcionam melhor.
E ainda podemos dizer que a higiene pessoal é a chave do sucesso. Para mantê-la basta: ler,
praticar esporte, passear, viajar, acampar, assistir bons filmes ou peças de teatro, descansar,
brincar com jogos educativos, etc. Leia mais sobre higiene mental neste site.

Higiene alimentar – Segundo a Organização Mundial de Saúde, a higiene dos alimentos


compreende: “todas as medidas necessárias para garantir a inocuidade sanitária dos alimentos,
mantendo as qualidades que lhes são próprias e com especial atenção para o conteúdo
nutricional”. Os alimentos que consumimos precisam estar adequadamente higienizados para
não tenhamos problemas posteriores com, por exemplo, verminoses.

Higiene física – é os cuidados que temos com o corpo. Esse tipo de higiene além da
prevenção normal contra doenças tem a função de causarmos uma boa impressão aos outros
influenciando diretamente na comunicação e no relacionamento interpessoal.
Higiene ambiental – esta relacionada a nossa vida e a natureza. Devemos cultivar alguns
hábitos como: não jogar lixo no chão e/ou nos rios, colocando-os sempre nas lixeiras corretas;
não deixar água parada em vasos, garrafas e pneus velhos; abrir as janelas para gerar uma
circulação de ar, manter limpos os ambientes; não destruir a natureza.

Higiene bucal – em prática é escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia ou depois de cada
refeição, usar fio dental e anticéptico bucal. Após a refeição teremos resíduos alimentares na
boca que se não forem escovados com regularidade, atraem micróbios que se transformam em
ácido. Esse ácido agride o esmalte dos dentes criando as cáries. Quando ela se aprofunda,
provoca abcessos, dores de cabeça, a gengiva sangra, problemas no funcionamento dos
pulmões, coração, fígado, rins, sistema nervoso, coluna vertebral, etc. Por isso, é essencial
escovar e, claro, visitar regularmente o dentista. Assim teremos um boa higiene bucal com um
hálito agradável e sorriso saudável.

Higiene no trabalho – é um conjunto de normas e procedimentos que protegem integridade


física e mental do trabalhador, precavendo contra riscos de saúde providos do cargo e/ou do
ambiente físico onde é executado. Essa higiene tem caráter preventivo, evitando que o
trabalhador adoeça e se ausente provisória ou definitivamente. Os objetivos são: Eliminação
das causas das doenças profissionais; redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo
trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; prevenção de agravamento de
doenças e de lesões; manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por
meio de controle do ambiente de trabalho.

Higiene genital – a higiene genital é fundamental a todos, porém principalmente para as


mulheres. Ela devem preferir os sabonetes neutros e os absorventes precisam ser trocados
regularmente; o uso de roupas íntimas apertadas deve ser evitado e dando preferência às de
algodão mais folgadas e confortáveis ao usar; usar preservativos; deixar os pelos aparados;
fazer uma limpeza correta ao urinar. As mulheres devem visitar um ginecologista
regularmente. Já os homens, quando ainda são crianças devem aprender a realizar a limpeza
da região o quanto antes. A falta ou precariedade de higiene no pênis pode causar infecções e
a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, assim como as mulheres
deve-se aparar os pelos. Além de eliminar odores, o asseio previne a proliferação de fungos,
sobretudo nas mulheres, que têm anatomia genital mais recolhida. Mas atenção: higiene
íntima não quer dizer higiene interna. Recomenda-se que a higiene deve ser feita três vezes ao
dia com água, sabonete especial e usando somente os dedos, ou seja, esponjas, cotonetes ou
qualquer outro apetrecho devem ser descartados.

Higiene doméstica – A maioria das doenças infecciosas é contraída dentro de casa, por falta
de higiene domiciliar correta. Germes e bactérias são transmitidos por meio de alimentos,
água, fezes, superfícies e pelas mãos.

Higiene Hospitalar – através da higienização, teremos aos clientes internos e externos um


ambiente limpo e esteticamente organizado, livre de mau odor, visando conforto, segurança e
bem estar. Assim, reduz a carga contaminante das superfícies, evita a disseminação de
microrganismos.

Higiene do paciente hospitalizado – esta atividade tem um fator importante na recuperação do


paciente a fim de evitar doenças.
2 PROFILAXIA

Em um sentindo mais simples é a prevenção de doenças. Em uma forma mais


complexa, podemos definir como a aplicação de métodos e técnicas, de forma individual e
coletiva, com a intenção de manter e restaurar a saúde.
A sua prática é feita por todos que através do uso do conhecimento promovem a saúde,
evitam doenças ou incapacidades e também prolongam a vida pessoal ou alheia.
A profilaxia tem como foco a prevenção de doença em nível populacional através de
várias medidas que vão desde procedimentos mais simples, como o uso de medicamentos, até
aos mais complexos. Um exemplo de profilaxia é a vacina, que faz com que o sistema imune
reconheça os elementos externos que podem atingi-lo e assim desencadeiam uma reação de
defesa.
A profilaxia (gr. prophýlaxis = precaução) é então, diversas medidas como lavar as
mãos ou até usos de antibióticos e medicamentos.

3 HIGIENE, PROFILAXIA E O TÉCNICO DE ENFERMAGEM

O técnico em enfermagem com base fundamentada cientificamente, realiza a higiene


corporal diariamente para o exercício da profissão, ou seja, ao realizar este procedimento está
sendo aplicado conhecimentos acumulados ao longo da história.
Tomemos o exemplo da Florence Nightingale (1820-1910), enfermeira inglesa, também
conhecida como Dama da Lâmpada. Acredita-se que o conceito de limpeza corporal na
Enfermagem começou através dela, pois doutrinava sobre as discussões científicas da água
estar relacionada com a salubridade dos ambientes.
Ela tinha noção que água morna e sabão, era uma combinação que, verdadeiramente,
promovia limpeza. Também era meticulosa com os cuidados com a pele, pois via nela um
local de secreções nocivas e que necessitava de limpeza por meio do banho com água, sabão e
esfregaços.
Obviamente que o objetivo de tal prática vai da limpeza para o alívio e conforto,
mantendo o máximo a saúde do profissional e do paciente. Com este breve fato histórico
podemos perceber que a equipe de saúde tem papel importante na transmissão da infecção
hospitalar e/ou domiciliar.
O uso correto de técnicas assépticas, dos equipamentos de proteção individual (EPI) e/ou
coletivo (EPC), também ajudam a manter uma higiene corporal e por consequência diminui o
risco de infecção hospitalar.

4 SANEAMENTO BÁSICO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saneamento pode ser entendido como
o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer
efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. Neste enfoque, o saneamento tem
por objetivo minimizar os danos ao meio ambiente que interferem na saúde da população,
pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por
objetivo alcançar salubridade ambiental. Também é fator essencial para saúde, economia e
produção de um país.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas - ONU (2008), A população
mundial ultrapassa a marca impressionante de mais de 6 bilhões de habitantes. Destes, 2,6
bilhões, ou seja, 40% não têm acesso à rede de coleta de tratamento de esgotos. São 200
milhões de toneladas de dejetos humanos lançados anualmente em nossos rios e lagos. Como
conseqüência, a cada 20 segundos uma criança morre em função de doenças como (diarréia,
cólera, tifo, etc.). Isto significa 1,5 milhões de mortes de crianças a cada ano. O saneamento
básico, considerado uma das mais importantes Metas do Milênio, ainda inexiste para uma
parcela significativa da população mundial.
No caso específico do Brasil, país de destaque no cenário econômico mundial ainda não
cumpriu uma tarefa fundamental: garantir saneamento básico a sua população.
Hoje de acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas 53% dos brasileiros não tem
acesso á rede geral de esgoto. Isso possibilita afirmar que apesar de ter evoluído muito nos
últimos anos, o país ainda tem sérios problemas de saúde pública em virtude da falta de
saneamento. Crianças morrem, e muitas são hospitalizadas com doenças ocasionadas pela
falta desse recurso. Neste aspecto, permite-se assegurar que a questão do saneamento básico é
uma problemática urbanae ambiental, como um dos piores serviços públicos no País. Somente
20% dos esgotos produzidos no Brasil são tratados, o que significa que os demais 80% vão
parar em rios, lagos, mares e mananciais. Além disso, só um em cada três brasileiros, conta
com coleta e tratamento de esgoto simultaneamente. A partir desse contexto, saneamento no
Brasil é um problema de saúde pública de grande destaque para a população e que na maioria
das vezes não é dada a real importância e passa, por conseqüência, despercebido, apesar da
sua relevância para a saúde do homem e do meio ambiente.

4.1 HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

Basicamente, inicia-se no Período Colonial, momento em que a economia era dependente


da exploração intensiva de recursos naturais e às monoculturas do pau-brasil, do açúcar, da
borracha e do café. Com a vinda da família real, em 1808, a população cresceu rapidamente,
de 50.000 para 100.000 em 1822. Em decorrência desse fato, aumentou-se a demanda por
abastecimento de água, o que provocou o acúmulo de resíduos e dejetos no meio ambiente.
Neste período, as ações do saneamento eram tidas como soluções individuais.
Após a 1ª Guerra Mundial, o Brasil se depara com o declínio do controle estrangeiro no
campo das concessões dos serviços públicos, causado pelo constrangimento generalizado com
o atendimento e, sobretudo, pela falta de investimentos para a ampliação das redes públicas de
saneamento básico.
Seguindo esta fase, a década de 1970, período do Regime Militar. Época que se
caracterizou pela extrema concentração de decisões, com imposições das companhias
estaduais sobre os serviços municipais e uma separação radical das instituições que cuidam da
saúde no Brasil e as que planejam o Saneamento.
Apesar de sua relevância para a saúde e meio ambiente, o saneamento básico no Brasil
está além de ser adequado. Isto porque dados oficiais mostram que mais da metade da
população não conta com redes para a coleta de esgotos. Além disso, mais de 80% dos
resíduos gerados são disseminados diretamente nos rios, sem nenhum tipo de tratamento, a
falta de saneamento básico é a principal pedra no caminho do Brasil e dos países em
desenvolvimento para atingir as Metas do Milênio, estabelecida para 2015.
Objetivando mudar esse panorama, a ONU instituiu o ano de 2008 como o Ano
Internacional do Saneamento na perspectiva de promover um alerta à crítica situação de
carência de saneamento na esfera mundial. Essa iniciativa tem por finalidade cooperar para
uma maior sensibilização acerca do problema e antecipar o cumprimento dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, conforme pactuado na Cúpula do Milênio, realizada em Nova
York, em setembro de 2000. Naquela ocasião, 189 países, dentre eles o Brasil, consolidaram
acordo que estabeleceu como prioridade a eliminação da extrema pobreza e da fome no
planeta até 2015, a ser alcançada em associação a políticas de saúde, saneamento, educação,
habitação, promoção da igualdade de gênero e meio ambiente. Visando associar esforços com
vistas a reverter o quadro de déficit e carências em saneamento e melhorar a qualidade dos
serviços prestados ao cidadão brasileiro.

4.2 CRIAÇÃO DA LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

No Brasil, o saneamento básico ingressou efetivamente na agenda de preferência


dentre as políticas públicas do país. A ampliação da oferta de recursos para investimentos e a
criação de um ambiente legal e jurídico para o setor asseguram este novo ciclo. Os últimos
anos assinalaram aumento significativo dos recursos para investimentos em saneamento
básico.
A Lei 11.445 vem preencher uma lacuna na legislação específica para o setor.
Sancionada em 5 de janeiro de 2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico e para a política federal de saneamento básico. Com a finalidade de atrair mais
investimentos públicos e privados, e acelerar o acesso à água e à coleta de esgoto no país, a
Lei nº. 11.445/07 é definida como o marco regulatório do Saneamento Básico no Brasil;
estabelece a universalização dos serviços de abastecimento de água, rede de esgoto e
drenagem de águas pluviais, além da coleta de lixo para garantir a saúde da população
brasileira.

4.2 SAÚDE E SANEAMENTO BÁSICO

O conceito de Promoção de Saúde proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS),


desde a Conferência de Ottawa, em 1986, é visto como o princípio orientador das ações de
saúde em todo o mundo. Assim sendo, parte do pressuposto de que um dos mais importantes
fatores determinantes da saúde são as condições ambientais. O conceito de saúde entendido
como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não restringe ao problema
sanitário ao âmbito das doenças.
Hoje, além das ações de prevenção e assistência, considera-se cada vez mais importante
atuar sobre os fatores determinantes da saúde. É este o propósito da promoção da saúde, que
constitui o elemento principal da proposta da Organização Mundial de Saúde e da
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Saúde pública é a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde, por meio de
medidas de alcance coletivo e de motivação da população. Dados divulgados recentemente
pela ONG Planeta Sustentável (2008) afirma que: 80% de todas as moléstias e mais de um
terço dos óbitos dos países em desenvolvimento sejam causados pelo consumo de água
contaminada e, em média, até um décimo do tempo produtivo de cada pessoa se perde devido
a doenças relacionadas à água, especialmente, em virtude da falta de saneamento básico. E
que as doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e
afetam, especialmente, países em desenvolvimento.
O saneamento básico é um dos principais indicadores da qualidade de vida e do
desenvolvimento econômico e social de uma cidade. Todas as esferas, são responsáveis pelo
saneamento, são ações essenciais para o bem-estar da população e têm forte impacto sobre a
vida do ser humano.
As doenças oriundas da falta de saneamento básico são decorrentes tanto da quantidade
como da qualidade das águas de abastecimento, do afastamento e destinação adequada dos
esgotos sanitários, do afastamento e destinação adequada dos resíduos sólidos, da ausência de
uma drenagem adequada para as água pluviais e principalmente pela falta de uma educação
sanitária.
Para que a educação sanitária seja efetiva é necessário que o indivíduo aceite a informação
e o conhecimento e integre este conhecimento em sua vida.
O objetivo da educação em saúde é ajudar as pessoas na preservação e promoção de saúde
através de medidas pessoais e coletivas, desenvolvendo hábitos saudáveis quando a higiene,
habitação, alimentação, prática desportiva, ao trabalho, ao lazer, postura e exercício,
permitindo-lhes a sua utilização imediata e futura no sentido de preservar a saúde de todos,
desenvolvendo também no individuo a atitude correta quanto as suas responsabilidades na
conservação da própria saúde, da sua família e da comunidade em que vive.

5 LIXO

O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Ele é


constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O lixo, também
chamado resíduo sólido, é todo o resto de qualquer produto produzido pelo ser humano e
jogado fora, tanto de residências como de atividades sociais ou industriais.
Na saúde pública, representa fator indireto de transmissão de doenças, pois polui o
meio ambiente e gera consequências adversas. Seu acúmulo em locais não apropriados
propicia a proliferação de vetores que nele encontram alimento, abrigo e condições
favoráveis, ocasionando doenças ao homem. Essas doenças podem, inclusive, ser de natureza
química, motivo pelo qual as autoridades sanitárias devem constantemente fiscalizar fábricas
e indústrias que jogam lixo químico em rios (chumbo, cromo e nitratos, outros), mares ou
outras fontes de água utilizadas para consumo pela população.
Mas como podemos livrar-nos dos vetores associados ao lixo? A resposta parece
simples: devemos acondicionar e desprezar, de maneira adequada, o lixo produzido em nossa
casa ou trabalho. Nessa fase, mais uma vez deparamo-nos com algo que envolve não apenas a
responsabilidade individual, mas também a governamental. E aí a coisa deixa de ser simples -
por exemplo, se colocarmos o lixo em sacolas resistentes e adequadamente fechadas, mas a
Prefeitura não o recolher, nosso problema persiste. Assim, para que a limpeza pública seja
considerada eficaz, faz-se necessário cumprir quatro etapas: adequado acondicionamento do
lixo, limpeza das ruas, coleta e transporte e seu tratamento ou disposição final.
Você sabia que cada pessoa produz em média aproximadamente 1 kg de lixo todos os
dias, Logicamente variando de acordo com o que cada um consome, pois algumas regiões em
áreas econômicas mais altas essa média de lixo produzida é bem mais alta. Mas o que não se
pode negar é que todos nós produzimos lixo e em uma alta taxa, e olhando a média de lixo
produzida por pessoa diariamente pode parecer pouco, mas quando comparamos o lixo
produzido por várias pessoas de uma cidade, essa média chega a mais de 12.000 toneladas de
lixo produzidos por dia apenas na cidade de São Paulo, atualmente, a produção anual de lixo
em todo o planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas. No Brasil, todo esse lixo
ocupa muito espaço de terrenos imensos que podiam ser utilizados para outras finalidades,
mas agora são depósitos de lixo.
Pior do que ocupar espaço é de toda matéria consumida do meio ambiente e jogada
fora como se estivesse inútil e com isso a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque
não se recicla tudo o que poderia. Há muitas coisas do lixo que não se podem aproveitar, mas
podemos peneirar isso e reciclar muitas coisas, como plásticos, metais, vidros, papel, que
consumiram matérias preciosas da natureza como a celulose e são descartadas após ser
utilizada uma única vez, e ao reciclarmos, estaremos criando um material novo e sem gastar
mais nenhum recurso do meio ambiente. Por isso a prática de reciclagem do lixo é
considerada uma das mais importantes, já que é produzido muito lixo, e nesse lixo há uma
fonte de riquezas que pode ser reaproveitada, mas se for jogada fora, além de todo espaço
ocupado pelos lixões e de todo risco que há nesses lixões, de crianças e adolescentes que
trabalham no lixo e estão expostos a uma série de doenças que seriam facilmente evitadas já
que por lidar com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos e
despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarréias, tétano, febre tifóide,
tuberculose, doenças gástricas e leptospirose já que nos resíduos sólidos, os microorganismos
causadores de doenças sobrevivem por dias e até meses, também estamos desperdiçando
material que pode ser reaproveitado, e também, para os trabalhos de reciclagem de lixo nas de
indústrias recicladoras são empregadas várias pessoas.
O lixo orgânico, como restos de alimentos, também pode ser reaproveitado, sendo
transformado em adubo através do processo de compostagem, um método de tratamento dessa
parcela orgânica existente no lixo que consiste na transformação de restos de origem vegetal
ou animal em adubo a ser utilizado na agricultura e jardinagem, sem ocasionar riscos ao meio
ambiente. A compostagem possui várias vantagens, como por exemplo: aumento da vida útil
do aterro sanitário; aproveitamento agrícola da matéria orgânica, a usina de compostagem
pode ser artesanal, utilizando mão-de-obra e instalações de baixo custo; além de ser um
processo ambientalmente seguro. Mas no Brasil, de acordo com o IBGE, apenas 9% do lixo
doméstico segue para a compostagem.
Então concluímos que o ideal é a reciclagem de todo lixo possível para reaproveitar
matéria fornecida pelo meio ambiente, transformando o lixo em matéria-prima,
consequentemente diminuindo o lixo a ser aterrado, e a coleta do lixo que não pode ser
reciclado, deve ser enviado para aterros sanitários que consiste em espalhar e dispor o lixo em
camadas cobertas com material inerte, de forma que não ocorra a poluição do meio ambiente.
Com estes dois serviços (reciclagem e coleta de lixo) estaremos tendo boas vantagens
econômicas, sociais, sanitárias e ambientais.

6 LIXO HOSPITALAR

Dentre os diferentes tipos de resíduos gerados em áreas urbanas, os resíduos


produzidos em serviços de saúde, mesmo constituindo-se uma pequena parcela em relação ao
total dos resíduos sólidos urbanos gerados (cerca de 2%), são particularmente importantes
pelo risco potencial que apresentam, podendo ser fonte de microorganismos patogênicos, cujo
manuseio, tratamento e/ou descarte inadequado pode acarretar a disseminação de doenças
infecto-contagiosas, principalmente devido ao caráter infectante de algumas de suas frações
componentes, além da existência eventual de quantidades tóxicas que aumentam os riscos e os
problemas associados a esse tipo de resíduos.
Os resíduos sólidos que são produzidos em um determinado hospital, de acordo com a
sua fonte geradora, podem ser classificados em diversos tipos. Entretanto a maioria do lixo
hospitalar possui características similares ao lixo domiciliar, sendo que o que o diferencia é a
pequena parcela que é considerada patogênica, que é composta por: gaze, algodão, agulhas,
seringas descartáveis, pedaço de tecido humano, placenta, sangue e também resíduos que
tenham em sua produção mantido contato com pacientes portadores de doenças infecto-
contagiosas, apenas 25% ou 30% do total do lixo hospitalar podem ser considerados como
infectantes ou de risco biológico, e que dos organismos considerados perigosos encontravam-
se mais facilmente entre eles o Staphilococus aureus. Cuidados especiais devem ser tomados
no acondicionamento, manuseio, estocagem e tratamento de todo e qualquer lixo hospitalar.
O manuseio com o lixo hospitalar necessita de cuidados especiais, tanto dos
administradores hospitalares, quanto das autoridades municipais, desde a sua produção até a
destinação final. É necessário possuir um local adequado para o armazenamento do lixo
hospitalar, é necessário que a vigilância sanitária acompanhe de perto esse armazenamento e
coleta.
7 INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE ( IrAS) OU INFECÇÃO
HOSPITALAR

A infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que
não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado
no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta.
As infecções hospitalares são consideradas as principais causas de morbidade e de
mortalidade, além de aumentarem o tempo de hospitalização do paciente, elevando o custo do
tratamento.
O termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde (IrAS), pois reflete melhor sobre o risco de adquirir essas infecções e abrange não só a
infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em
ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional, adquirida por
profissionais de saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, entre outros).
Obviamente, como remete o nome, que para se adquirir uma infecção hospitalar, o
indivíduo precisa ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde. A
ocorrência de uma infecção depende de três fatores:

 Condição clínica do paciente: alguns pacientes apresentam maior risco de


desenvolver infecção, como aqueles em extremos de idade (recém-nascidos e
idosos); aqueles com maior tempo de internação; presença de diabetes mellitus;
doenças vasculares; uso de imunossupressores; realização de procedimentos
invasivos (inserção de cateteres, sondagem vesical) e cirurgias;
 Presença de microorganismos “incubados”, que pode vir a se manifestar em
situações em que o sistema imunológico está debilitado;
 Fatores relacionados à hospitalização: realização de procedimentos invasivos,
condições do ambiente e atuação do profissional de saúde.

Apesar de existirem muitos tipos de microorganismos e muitas formas de transmissão,


as infecções causadas por bactérias superresistentes ou popularmente conhecidas como
superbactérias, como KPC (Klebisiella Pneumoniae Carbapenamase), VRE (Enterococo
resistente à Vancomicina) e outras, são transmitidas por contato, ou seja, por meio de mãos
e/ou objetos contaminados.
É possível afirmar que segundo estudos atuais, as mãos são o principal veículo de
transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar. E se as mãos são o maior veículo de
transmissão de infecção, a solução é fácil, não é? É só realizar a higienização das mãos.
Porém, apesar de ser uma prática fácil e efetiva no controle de infecção hospitalar, segundo
pesquisas atuais, ainda existe uma baixa adesão por parte dos profissionais de saúde. Em
média, apenas 40% aderiram à prática.
Por isso, os profissionais de saúde necessitam ser lembrados constantemente para a
realização da higienização das mãos, por meio de campanhas, educação permanente e outros.

DICA DO PROFESSOR: Bactérias não voam, elas são transmitidas por contato, pelas mãos dos profissionais de saúde,
pacientes e visitantes. Para evitar infecções, parta do pressuposto de que todas as superfícies e pessoas que você toca são
contaminadas e lave as mãos antes e após tocá-las. Previne diversas doenças e não leva nem um minuto. A higienização das
mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares.. Não se esqueça que é
seu dever não causar dano e fazer bem ao paciente, além do que, por vezes você também é paciente; Paciente e visitante, é
seu direito exigir o melhor cuidado, caso necessário, com delicadeza, exija que a higienização das mãos seja realizada;
LAVE AS MÃOS, SALVE VIDAS!

“Vai ficar tudo bem. Sempre fica.”


Caio Barbosa
ALUNO(A):________________________________________________________________

Higiene e Profilaxia
Profº Caio Barbosa

~ ATIVIDADE ~

Depois de aprender sobre os conceitos básicos de Higiene e Profilaxia, redija um texto


expondo a importância dos mesmos para a Enfermagem. Lembre-se das aulas de
Microbiologia e Parasitologia e procure relacionar o aprendizado dessas disciplinas com
Higiene e Profilaxia.
ALUNO(A):________________________________________________________________

Higiene e Profilaxia
Profº Caio Barbosa

~ ATIVIDADE ~

1 - Depois de aprender sobre os conceitos sobre Saneamento Básico, sua história e de como o
mesmo está relacionado com a saúde, faça uma lista com pelo menos 5 benefícios trazidos
para a população através do Saneamento Básico, justificando cada um dos benefícios listados.
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2 - Lembram de todas as doenças que estudamos nas disciplinas de Parasitologia e


Microbiologia? Cite pelo menos 3 delas relacionadas com a ausência de Saneamento Básico e
justifique sua resposta.

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