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Resumo

A partir do jantar no Central, Craft e Dâmaso ficam a fazer parte dos frequentadores do
Ramalhete, embora com apreciações diferentes quanto às suas pessoas, pelo menos por parte
de Carlos. Craft era francamente simpático tanto a ele como ao avô. Já o Dâmaso, indivíduo
presumido, metediço, vazio, mesquinho, em quem se adivinhava um mau caráter, só a custo
conquistou um lugar naquela casa: obteve-o quando publicamente defendeu Carlos, num
gesto que não teve nada de heróico, porquanto o atacante era inquilino seu, com a renda em
atraso, e raquítico, para rematar.
Ega aparece uma manhã em que Craft joga xadrez com Afonso, e Dâmaso acompanha
Carlos. Como de costume, vem pedir dinheiro a Carlos; mas vem também anunciar o baile de
máscaras que se vai dar em casa dos Cohen e tentar garantir a presença do amigo, ao mesmo
tempo que insiste no interesse da condessa de Gouvarinho por Carlos. Este, entretanto, não
consegue esquecer a dama do Hotel Central, e ronda o Aterro na esperança de a ver.
Recebe entretanto, no consultório, a visita da Gouvarinho, que ali leva o filho a pretexto de
sintomas de doença inexistentes. A conclusão era óbvia, e a ambiguidade do diálogo por parte
de Carlos deixava perceber à Condessa que o seu interesse era correspondido.
Quem, entretanto, desaparece do convívio do Ramalhete é o Dâmaso. E Carlos acaba por
concluir que ele fora para Sintra na companhia dos Castor Gomes. O que imediatamente o
leva a decidir uma intempestiva partida para Sintra também, convidando o Cruges a
acompanhá-lo.

Espaço

O ESPAÇO FÍSICO EXTERIOR:


- Lisboa
No vasto espaço urbano de Lisboa, acção desenrola-se:
Olivais;
Sintra;
Lumiar;
Rua do Alecrim;
O ESPAÇO FÍSICO INTERIOR:
- Ramalhete
- Grémio
- Hotel Central
- Casa de Dâmaso
- Aterro
- Consultório de Carlos
- Sala de bilhar
Tempo

TEMPO CRONOLÓGICO:

- É o tempo que o narrador utiliza para narrar a acção da obra. Assim este tempo
contabiliza-se em dias, meses e anos.

TEMPO DO DISCURSO:
- A ação secundária é uma analepse em relação à ação principal, pois o autor começa a narrar
em 1875 e recua para 1820 para nos dar informações acerca da família Maia.

Narrador
1. O narrador é heterodiegético, ou seja, não é uma personagem da história.
2. Assume, geralmente, uma atitude de observador.
3. Marcas linguísticas: verbos na 3ª pessoa; pronomes e determinantes na 3ª pessoa; discurso
indireto livre .
4. A focalização interna valoriza o universo psicológico de Carlos e proporciona uma visão
crítica da sociedade.
5. O narrador opta pela focalização externa, ou seja, a simples referência aos aspetos
exteriores da história contada: por exemplo, o aspeto físico das personagens, a sua
vestimenta, ou os espaços físicos onde se movimentam.

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