Você está na página 1de 70

Programa de Aperfeiçoamento para Carreiras – 2022

Curso: Análise de Impacto Regulatório: Conceitos Básicos


Professor: José Luiz Pagnussat
Aulas online: 12, 14, 19, 21, 26 e 28 de setembro de 2022.
Horário: 14h30 às 17h30 horas
Carga Horária: 30 horas (18h online e 12h gravadas)

Análise de Impacto Regulatório:


Conceitos Básicos
(Aula 1 – Introdução a AIR)

José Luiz Pagnussat


(Economista, Mestre em Economia pela UnB. Servidor público desde 1977, atualmente lotado na Enap. Professor universitário
desde 1985 (UCB, UnB, UDF, FGV, Enap, Esaf, ISC, Cendec, etc.). Ex-presidente do Conselho Regional e Federal de Economia
e ex-presidente da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Economia – Ange)

Brasília, 12 a 28 de setembro de 2022


Sumário (aula 1)
Introdução: Como vai ser o curso?
Carga horária: 30 h (18h online e 12h gravadas)
Aulas gravadas, vídeo aulas (12h, 24 vídeos) e Bibliografia disponíveis no Google Classroom.
Aulas online pelo Zoom (conforme programado) – participação pelo chat, na aula e Classroom.

Apresentação do Programa e bibliografia


Conteúdo, agenda, acesso a bibliografia e aulas gravadas.

Tema 1: Introdução a Análise de Impacto Regulatório - conceitos básicos


- Conceitos básicos de AIR.
- Guia da Casa Civil e Decreto de AIR
- Princípios da boa regulação (OCDE).
- Necessidade e riscos da regulação e a Lei da Liberdade Econômica
- Principais atividades da AIR e Fases da AIR

Atividade em Grupo
- Formação dos grupos e escolha do Problema Público Regulatório ou Ato Regulatório a ser
alterada (levantamento dos descritores do problema – dados quantitativos e qualitativos).
2
Curso de Análise de Impacto Regulatório
EMENTA:
Conceitos e princípios de boa regulação e a Lei da liberdade econômica. Conceitos, metodologias e ferramentas
de análise de impacto regulatório - AIR. O Regulamento da AIR (Decreto nº 10.411, de 30/06/2020) Etapas da AIR.
Fase 1 da AIR: Análise do problema público regulatório - descritores e evidências do problema, suas causas e
consequências; análise dos atores afetados e interessados; definição dos objetivos desejados. Fase 2 da AIR:
mapeamento e análise das alternativas de ação; análise dos impactos das alternativas: análise de custos, custo de
oportunidade, custo benefício e análise de risco; identificação da melhor alternativa. Fase 3 da AIR: Estratégia de
implementação, monitoramento e fiscalização da alternativa sugerida.

Programação
Data Horário Conteúdo
Zoom (Aula 1) online
Apresentação do programa do curso.
14h30 Conceitos e princípios de boa regulação e a Lei da liberdade econômica.
às Regulamento da AIR. Fases da AIR e a estrutura do Relatório de AIR.
Aula 1 17h30 Atividade em Grupo;
online Formação dos grupos e escolha do problema público regulatório (ou política) do
grupo
12/09 Aulas Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 1.
Segunda-feira Aula 1a – Conceitos de Políticas Pública e Política Regulatória
até 12/09 Aula 1b – Regulamento da AIR (Decreto nº 10.411, de 30/06/2020)
Aula 1c – Problema Público e Problema Regulatório
Horário Aula 1d – Políticas Pública e Política Regulatória
livre Aula 1e – Tipologias de Políticas Públicas
Vídeos Enap (vídeos curtos da Enap sobre AIR) (Bibliografia). Disponível em:
3
https://www.youtube.com/playlist?list=PLCDO8oMmhbxtKRJmWhXe97_412sERDMq
Curso de Análise de Impacto Regulatório
Programação
Data Horário Conteúdo
Zoom (Aula 2) online
Metodologias e ferramentas de análise de impacto regulatório. Análise do
14h30 às
problema público, descritores, causas e consequências do problema.
Aula 2 17h30
Atividade em Grupo;
online Análise do problema público (regulatório), descritores, causas e consequências.
Aulas Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 2.
14/09
Quarta-feira 12 a 14/09 Aula 2a – Metodologias de Análise do Problema
Aula 2b – Análise das causas do Problema
Horário Aula 2c – Descritores do problema
livre Aula 2d – Análise das Consequências do Problema
Aula 2e – Natureza dos Problemas Regulatórios
Zoom (Aula 3)
Análise dos atores impactados e interessados. Definição dos objetivos desejados.
14h30 às Relatório da Fase I da AIR e consulta pública.
Aula 3 17h30
online Atividade em Grupo;
Conclusão da análise do problema. Análise de atores. Definição dos objetivos desejados
19/09 Aulas Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 3.
Segunda- 14 a 19/09 Aula 3a – Análise de atores
feira Aula 3b – Definição dos Objetivos
Horário
livre Aula 3c – Problemas Regulatórios
Aula 3d – Relatório da Fase I da AIR e Consulta Pública 4
Curso de Análise de Impacto Regulatório
Programação
Data Horário Conteúdo
Zoom (Aula 4)
14h30 Fase 2 da AIR: Mapeamento e análise das alternativas de ação. Análise dos
às impactos regulatórios e dos custos regulatórios.
Aula 4
17h30 Atividade em Grupo;
online Mapeamento e análise das alternativas de ação.
21/09 Aula Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 4
Quarta-feira 19 a 21/9
Aula 4a – Mapeamento das alternativas
Horário Aula 4b – Análise dos impactos regulatórios das alternativas
livre
Aula 4c – Análise dos custos e benefícios regulatórios
Zoom (Aula 5)
14h30 Metodologias de AIR para análise de impacto Econômico. Análise dos custos e
às benefícios regulatórios da alternativa escolhida, sobre os diversos atores.
Aula 5
17h30 Atividade em Grupo;
online Análise dos custos e benefícios regulatórios das alternativas de ação.
26/09 Aula Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 5
Segunda-feira 21 a 26/9
Aula 5a – Metodologias de AIR para análise de impacto Econômico
Horário
Aula 5b – Modelo lógico da alternativa escolhida
livre
Aula 5c – Caso – Relatório de AIR para Esquadrias do Inmetro 5
Curso de Análise de Impacto Regulatório
Programação
Data Horário Conteúdo
Zoom (Aula 6)
14h30 Fase 3 da AIR: Descrição da estratégia para implementação da alternativa
às sugerida. Formas de monitoramento e de avaliação.
Aula 6
online 17h30 Atividade em Grupo;
Conclusão do trabalho a ser enviado pelo grupo (no Google Classroom).
28/09
Quarta- 26 e Aula Gravadas (assíncronas) - relacionadas ao tema da Aula 5
feira 28/09 Aula 6a – Estratégia de implementação
Aula 6b – Indicadores
Horário
Aula 6c – Monitoramento e Avaliação
livre
Aula 6d – AIR no Ministério da Economia

Avaliação
O Trabalho Final é a sistematização dos exercícios desenvolvidos em grupo ao longo do curso. O
trabalho deverá ser postado no Google Classroom (por um dos membros do grupo).
Deverá conter: a norma regulatória ou problema público que requer regulação ou desregulação (de livre escolha dos participantes),
definição do problema central e análise do problema (descritores, causas e consequências), análise dos atores (atores impactados
pelo problema regulatório e demais interessados), definição dos objetivos de ação, mapeamento e análise das alternativas de ação
e análise e recomendação de uma alternativa de ação preferida (os grupos podem incluir a fase 3 da AIR se desejarem)
6
Curso de Análise de Impacto Regulatório
Bibliografia Básica
BRASIL (Casa Civil/ Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais [et al.])
Diretrizes gerais e guia orientativo para elaboração de análise de impacto regulatório – AIR.
Brasília: Presidência da República, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-
de-conteudo/downloads/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/view
BRASIL, Decreto Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20). Regulamenta a análise de
impacto regulatório. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/Decreto/D10411.htm
SEAE/SECP/ME (Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade). Guia para Elaboração
de Análise de Impacto Regulatório - AIR do Ministério da Economia. Brasília: Ministério da
Economia, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/reg/guias-e-
manuais/referencias-e-bibliografia-guia-air/guia-de-air_vfinal_150421.pdf
Guia das Agências, Manuais da SECAP/ME e Docs. da OCDE (ANAC, Anvisa, ANTT, Anatel, Inmetro)
- Guias do Ministério da Economia (Participação Social, Modelo de Governança AIR/ME, Coleta e Trat. de Dados)

Relatório de AIR (caso das esquadrias do Inmetro)


Legislação (Lei da Liberdade Econômica – 13.874/19; Decretos da Política de Governança e outros.)
Bibliografia Complementar (Livros e textos relacionados com o tema)
Vídeos da ENAP AIR
Palestra: “Teoria e Práticas em Análise do Impacto Regulatório” – AIR (Diana Coutinha, Kelvia Albuquerque, Alketa Peci) -
https://www.youtube.com/watch?v=EQ_T83nD4nI

Vídeos AIR de 17 de ago. de 2018


https://www.youtube.com/watch?v=M2_lwoXYSEc&list=PLCDO8oMmhbxtKRJmWhXe97_412sERDMq_
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/governanca/regulacao/videos-explicativos
Vídeo 01 - Apresentação inicial e modernização do Estado (Marcelo Pacheco dos Guaranys – ME – CC/PR) - https://www.youtube.com/watch?v=M2_lwoXYSEc
Vídeo 02 - Governança Pública (Érica Melissa O França Nassar – CC/PR) - https://www.youtube.com/watch?v=rU3MGy3H5gU
Vídeo 03 - Regulação e sua importância (Kélvia Frota de Albuquerque – ME – CC/PR) - https://www.youtube.com/watch?v=zWkewvil89U
Vídeo 04 - Melhoria da qualidade regulatória (Gabrielle Trancoso - Anvisa) - https://www.youtube.com/watch?v=29wXgu3HZH8
Vídeo 05 - Análise de impacto Regulatório (Gustavo Machado de Freitas - ANAC) - https://www.youtube.com/watch?v=-MLJRlekA1U
Vídeo 6: Diretrizes para a AIR (Nara Rabia de Souza - Aneel) - https://www.youtube.com/watch?v=j0zHZ_HjXyo&t=1s
Vídeos 7 a 10: Depoimentos Diretores Agências Reguladoras (Elisabeth Alves da Silva Braga - ANTT ... Romel Donizete Rufino – Aneel ... José Ricardo P. Botelho
de Queiroz – ANAC ... Renato Alencar Porto - Anvisa) - https://www.youtube.com/watch?v=cqWvNicN3ng
Vídeo 11: Sobre a AIR (Suiana Inez da Costa Fernandes – CC/PR) - https://www.youtube.com/watch?v=gc98A5Lmd14&t=1s
Vídeo 12: Orientações Gerais: Níveis de Análise e Linguagem (Mirella Jordão Amorim - ANS) - https://www.youtube.com/watch?v=hTDQNb5bik8&t=15s
Vídeo 13: Orientações Gerais: Fontes de Informação e Participação Social (Sérgio Augusto Nogueira de Oliveira - Antaq) -
https://www.youtube.com/watch?v=t7x9uIsQkbM&t=15s
Vídeo 14: Relatório de AIR: Identificação do Problema, Atores, Base Legal e Objetivos (Yuri Faria Pontual de Moraes - ANTT) -
https://www.youtube.com/watch?v=R8hAz8syw8w&t=1s
Vídeo 15: Relatório de AIR: Alternativas de Ação, Análise dos Possíveis Impactos, Implementação e Monitoramento (Flávia Carneiro da Cunha - ANA) -
https://www.youtube.com/watch?v=dkQuvj2Iaak&t=13s
Vídeo 16: Relatório de AIR: Considerações sobre Contribuições e Manifestações - Assinatura Responsáveis (Marcela Chieregatti Machado - Ancine) -
https://www.youtube.com/watch?v=2KOp0FuZ9-E&t=8s
Vídeo 17 - AIR nível II: Experiência internacional (Sérgio Alonso Trigo - ANP) - https://www.youtube.com/watch?v=ghmq0cEha2Y
Vídeo 18: Mensuração dos Impactos (Roberto Mitsuake Hirayama - Anatel) - https://www.youtube.com/watch?v=vnBIpjIGQoM&t=3s
Vídeo 19 - Abordagem do risco na AIR (Saulo Sampaio Vaz de Melo - ANM) - https://www.youtube.com/watch?v=3YjiUQMqpzs
Vídeo 20: Avaliação de Resultado Regulatório - ARR (Raimisson Rodrigues Ferreira Costa - Inmetro) - https://www.youtube.com/watch?v=slaegbi0cdM&t=3s
Vídeos 21 a 24: Expectativas de Disseminação e Aplicação do Guia (Walter Baere Araújo Filho - MPDG) -
https://www.youtube.com/watch?v=K3CHzB9Tr44&t=20s
Análise de Impacto Regulatório - AIR
O que é AIR?
Processo sistemático de análise baseado em
evidências que busca avaliar, a partir da definição
de um problema regulatório, os possíveis
impactos das alternativas de ação disponíveis
para o alcance dos objetivos pretendidos.
A AIR é ferramenta que contribui para melhoria
da qualidade regulatória, avalia benefícios, custos
e efeitos das regulações novas ou alteradas.
Para que serve?
Orientar e subsidiar a tomada de decisão.
Quando é aplicável?
Deve preceder a adoção e as propostas de
alteração de atos normativos de interesse geral
dos agentes econômicos, de consumidores ou
usuários dos serviços prestados.
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/view
9
Análise de Impacto Regulatório - AIR
O que é AIR? ...:
Segundo a OCDE:
“A AIR é uma ferramenta regulatória que examina e avalia os prováveis
benefícios, custos e efeitos das regulações novas ou alteradas”
A “[...] AIR prepara provas para os tomadores de decisões políticas acerca
das vantagens e desvantagens de possíveis opções políticas por meio da
análise dos seus impactos potenciais”.
Ferramenta fundamental para auxiliar os governos na análise dos impactos
da regulação e melhoria da qualidade regulatória.
A AIR garante que a ação governamental seja justificada e apropriada.
Decreto 10.411, Art. 2º, define análise de impacto regulatório – AIR, como:
“procedimento, a partir da definição de problema regulatório, de avaliação
prévia à edição dos atos normativos de que trata este Decreto, que conterá
informações e dados sobre os seus prováveis efeitos, para verificar a
razoabilidade do impacto e subsidiar a tomada de decisão”
10
CONCEITOS
DECRETO Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20)
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I - análise de impacto regulatório - AIR - ............
II - ato normativo de baixo impacto - aquele que:
a) não provoque aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para os
usuários dos serviços prestados;
b) não provoque aumento expressivo de despesa orçamentária ou financeira; e
c) não repercuta de forma substancial nas políticas públicas de saúde, de segurança,
ambientais, econômicas ou sociais;
III - avaliação de resultado regulatório - ARR - verificação dos efeitos decorrentes da
edição de ato normativo, considerados o alcance dos objetivos originalmente pretendidos e os
demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, com sua implementação;
IV - custos regulatórios - estimativa dos custos, diretos e indiretos, ... a ser incorridos pelos
agentes econômicos, pelos usuários dos serviços prestados e, se for o caso, por outros órgãos
ou entidades públicos, para estar em conformidade ...., além dos custos que devam ser incorridos
pelo órgão ou pela entidade competente para monitorar e fiscalizar o cumprimento dessas novas
exigências e obrigações por parte dos agentes econômicos e dos usuários dos serviços prestados;
V - relatório de AIR - ato de encerramento da AIR, que conterá os elementos que subsidiaram a
escolha da alternativa mais adequada ao enfrentamento do problema regulatório identificado e,
se for o caso, a minuta do ato normativo a ser editado; e
VI - atualização do estoque regulatório - exame periódico dos atos normativos de
responsabilidade do órgão ou da entidade competente, com vistas a averiguar a pertinência de sua
manutenção ou a necessidade de sua alteração ou revogação.
Análise de Impacto Regulatório - AIR
Princípios da boa regulação
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no documento
Recomendação sobre Melhoria da Qualidade Regulatória propõe um roteiro segundo
o qual a boa regulação deve (p. 22 do Guia da CC):
• buscar resolver problemas e alcançar metas claramente definidas e ser eficaz na consecução
desses objetivos;
• ser fundamentada em evidências e proporcional ao problema identificado;
• estar fundamentada em uma base legal sólida;
• produzir benefícios que justifiquem os custos;
• considerar a distribuição dos seus efeitos entre os diferentes atores e grupos;
• minimizar os custos administrativos e eventuais distorções de mercado resultantes de sua
implementação;
• ser clara e compreensível aos regulados e usuários; .... (e executores ...)
• ser consistente com outros regulamentos e políticas; .... (qual norma seguir? ...)
• ser elaborada de modo transparente, com procedimentos adequados para a manifestação efetiva e
tempestiva de atores e grupos interessados; e
• considerar os incentivos e mecanismos para alcançar os efeitos desejados, incluindo estratégias
de implementação que potencializem seus resultados.
12
Análise de Impacto Regulatório - AIR
Apresentação do Guia
A regulação é uma forma contemporânea de ação do
Estado [...] para estabelecer obrigações que devem ser
cumpridas pelo setor privado, pelos cidadãos e pelo
próprio governo [...] um dos principais instrumentos por
meio dos quais os governos promovem o bem-estar social
e econômico dos seus cidadãos.

Pode, contudo, a regulação


se transformar em obstáculo a esses mesmos objetivos, pois
quando excessiva e desproporcional, pode impedir a
inovação ou criar barreiras desnecessárias ao comércio, à
concorrência, ao investimento e à eficiência econômica.

Torna-se vital portanto a AIR ...


Análise de Impacto Regulatório para avaliação prévia à
edição de atos normativos para verificar os seus prováveis
efeitos e a razoabilidade do impacto sobre os agentes
econômicos ou os usuários dos serviços prestados.
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/view
13
O problema regulatório brasileiro
A regulação é necessária
Alguns mercados falham em emitir os sinais corretos de preço que garantem as
escolhas adequadas que maximizariam o bem-estar social.
A regulação é o instrumento por meio do qual a Administração Pública atua, com vistas
a assegurar a eficiência de mercado, melhoria na segurança, crescimento econômico e
ganhos de bem-estar social (SEAE, 2021, p. 6).

Mas, no Brasil a qualidade regulatória .....


O excesso de normas, burocracia, falhas regulatórias e institucionais geram
ineficiência econômica, perda de competitividade internacional, piora no ambiente de
negócios ... e consequentemente piora no bem estar ...
Se utilizada de modo arbitrário e desproporcional, a regulação pode gerar efeitos
nocivos substanciais aos mercados e à sociedade como um todo (SEAE, 2021, p. 6) [...]
Os custos da implantação de medidas regulatórias não podem exceder seus benefícios
(SEAE, 2021, p. 7).
O Brasil no Índice Global de Competitividade
Fardo da Regulação Governamental
No seu país, o quão oneroso é para as empresas cumprir com os requisitos da
administração pública (por exemplo, licenças, regulamentos, relatórios?

Segundo o
Inmetro

2019: O Relatório do Fórum Econômico Mundial


(WEC – World Economic Forum) aponta que o
Brasil ocupa a 71ª posição entre 141 países no
ranking global de competitividade (Minfra e
FDC) e último na regulação

Custo Brasil equivale a 22% do PIB Medidas do Governo Federal


- Lei 13.784, de 20/set/2019
- “Revogaço” regulatório
- “Revisaço” regulatório
DESBUROCRATIZAÇÃO/ CUSTO BRASIL
https://www.imd.org/wcc/world-competitiveness-center-rankings/world-competitiveness-ranking-2020-2021/ 15
Indicador de Competitividade Global (GCI) do Brasil – 2019
O Brasil é último colocado no indicador “fardo (ônus) da regulação governamental”

Fonte: Global Competitiveness Index 4.0, 2019 Edition, World Economic Forum, p. 111. Disponível em:
http://www3.weforum.org/docs/WEF_TheGlobalCompetitivenessReport2019.pdf
Fardo regulatório

Evidências
Normas legais e regulatórias adotadas no Brasil entre 1988 e 2020

Ao completar 32 anos da Constituição Federal de 1988, constata-se excesso de normas e a


legislação brasileira é complexa, confusa e de difícil interpretação

 Mais de 6,4 milhões de normas editadas;


 Isso significa a edição, em média, de 800 normas por dia útil;
 419.387 normas tributárias;
 Cerca de 2,17 norma tributária por hora (dia útil);
 Em 32 anos, houve 16 emendas constitucionais tributárias;
 Foram criados inúmeros tributos, como CPMF, COFINS, CIDES, CIP, CSLL, PIS
Importação, COFINS Importação, ISS Importação;
 Em média, cada norma tem 3.000 palavras.
 Saúde, Educação, Segurança, Trabalho, Salário e Tributação são temas que aparecem em
45% de toda a legislação.
 Somente 4,15% das normas editadas no período não sofreram nenhuma alteração.

Desde 05 de outubro de 1988 (Constituição Federal), até 28/09/2020, foram editadas 6.475.682 de
normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa, em média, 554 normas editadas
todos os dias ou 800 normas editadas por dia útil.
Fonte: Ibpt, 2020.
Normas adotadas no Brasil entre 1988 e 2020
Normas Gerais Federais
No âmbito federal, foram editadas 168.642 normas desde a promulgação da Constituição
Federal,
 6 emendas constitucionais de revisão,
Segundo a SEAE (2021, p. 7) estudo realizado em 2020, pela
 108 emendas constitucionais, Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e
 2 leis delegadas, Competitividade (SEPEC, 2020), indicou que o Custo Brasil
consome das empresas um valor de aproximadamente R$
 116 leis complementares, 1,5 trilhão, cifra que representa 22% do PIB. Desse valor
 6.308 leis ordinárias, total, somente o custo para atuar em ambiente jurídico-
 1.612 medidas provisórias originárias, regulatório eficaz tem uma diferença entre 160 a 200
bilhões ao ano em relação à média dos países da OCDE.
 5.491 reedições de medidas provisórias,
 13.318 decretos federais e
 141.680 normas complementares (portarias, instruções normativas, ordens de serviço,
atos declaratórios, pareceres normativos, etc.).

Normas Gerais Estaduais


Os Estados editaram 1.860.778 normas, sendo 424.043 leis complementares e ordinárias,
605.046 decretos e 831.689 normas complementares.
Normas Gerais Municipais
Os Municípios são responsáveis pela edição de 4.446.262 normas, divididas em 742.878 leis
complementares e ordinárias, 850.077 decretos 2.853.307 normas complementares.
Fonte: Ibpt, 2020.
DOING BUSINESS 2013 E 2020 - FACILIDADE EM SE FAZER NEGÓCIOS
TOPICOS DO RANKING DB 2020 DB 2013 Brasil/ OCDE China Melhor
Rank Rank indicador Ricos Desemp.
Global (Ranking) 124 121 124 31º 1º

Abertura de empresas 138 121 11 procedimentos 4,9 6,5 1


13,5 dias 9,2d 25,6d 0,5d
Obtenção de alvarás de 170 126 19 procedimentos 12,7 14,8 -
construção 384 dias 152,3d 132,3 -

Obtenção de eletricidade 98 14 5 procedimentos 4,4 4,2 3


132 dias 74,8d 63,2d 18d

Registro de propriedades 133 103 14 procedimentos 4,7 5,5 1


24,5 dias 23,6d 71,9d 1d
Obtenção de crédito 104 105 Cobertura 81,2% 66,7% 23,8 100%
Proteção de investidores 61 80 Transparência 6 5,7 2,6 7

Pagamento de impostos 184 160 10 pagamentos 10,3 20,6 3


1501 horas/ano 158,8h 173h 49h

Comércio internacional 108 124 Tempo 49 horas 12,7h 57,5h 1


Custo X US$ 862 136,8 381,1 0

Execução de contratos 58 121 731 dias 589,6 581,1 120


20,7% da divida 21,5% 47,2 0,1%

Resolução de Insolvência 77 146 4 anos 1,7 2,6 0,4


Custo 12% imóvel 9,3% 20,6 1%
Fonte: Adaptado de http://portugues.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil
Pequena empresa precisa de 7 alvarás para funcionar
No caso ilustrado abaixo a empresa tem 5 funcionários (CLT) e 5 PJ
(contratos de prestação de serviços)
Custo Brasil
(equivale a 22% do PIB)
O Custo Brasil é um
termo que descreve o
conjunto de dificuldades
estruturais, burocráticas
e econômicas que
encarecem e
comprometem novos
investimentos pelas
empresas e pioram o
ambiente de negócios no
país. Destaca-se o
emaranhado de normas
burocráticas, barreiras
Além dos 7 alvarás, a empresa tem que atender mais de 100 comerciais, tributos
normativos (municipais, estaduais e federais), em diversas áreas complexos, riscos
judiciais, infraestrutura
(segurança, normas técnicas, ambientais, bombeiros, conselhos
deficitária e outros
profissionais, etc.), grande número de taxas e outras cobranças. componentes.
Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019)
CAPÍTULO IV
DA ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO
Art. 5º As propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes
econômicos ou de usuários dos serviços prestados, editadas por órgão ou entidade da
administração pública federal, incluídas as autarquias e as fundações públicas, serão precedidas da
realização de análise de impacto regulatório, que conterá informações e dados sobre os possíveis
efeitos do ato normativo para verificar a razoabilidade do seu impacto econômico.
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a data de início da exigência de que trata o caput deste artigo e
sobre o conteúdo, a metodologia da análise de impacto regulatório, os quesitos mínimos a serem objeto de
exame, as hipóteses em que será obrigatória sua realização e as hipóteses em que poderá ser dispensada.

DECRETO Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20)


Regulamenta a análise de impacto regulatório, de que tratam o art. 5º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de
2019, e o art. 6º da Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019.
Art. 1º Este Decreto define as diretrizes e critérios mínimos para a elaboração de análise de impacto
regulatório – AIR, prevista no art. 5º da Lei nº 13.874 ...

Lei Geral das Agências Reguladoras (Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019)


Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes
econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos termos de regulamento,
precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que conterá informações e dados
sobre os possíveis efeitos do ato normativo. 21
VISÃO GERAL do DECRETO de AIR nº 10.411/2020
• AIR obrigatória antes da edição, alteração ou revogação de atos normativos de
interesse geral dos agentes econômicos ou dos usuários de serviços
• Vale para toda a APF, inclusive autarquias, fundações e órgãos colegiados
• Conforme as boas práticas internacionais, estabelece o direcionamento dos
esforços e prevê casos de não aplicabilidade e de dispensa justificada
• Não se aplica a decretos ou atos normativos a serem submetidos ao
Congresso Nacional, mas Decreto 9.191 de 2017 traz roteiro semelhante e
SAG/CC poderá solicitar AIR
• Metodologias que poderão ser empregadas são apresentadas, mas é possível
a escolha justificada de outras mais adequadas ao caso concreto (flexibilidade)
• Amplia a transparência e a participação social no ciclo regulatório
• Órgãos e entidades deverão implementar estratégias de coleta e de
tratamento de dados
DECRETO Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20)
APLICAÇÃO a AIR
Art. 3º A edição, a alteração ou a revogação de atos normativos de interesse geral de
agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, por órgãos e entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional será precedida de AIR.
§ 1º No âmbito da administração tributária e aduaneira da União, o disposto neste
Decreto aplica-se somente aos atos normativos que instituam ou modifiquem
obrigação acessória.
NÃO SE APLICA a AIR
§ 2º O disposto no caput não se aplica aos atos normativos:
I - de natureza administrativa, cujos efeitos sejam restritos ao âmbito interno do
órgão ou da entidade;
II - de efeitos concretos, destinados a disciplinar situação específica, cujos
destinatários sejam individualizados;
III - que disponham sobre execução orçamentária e financeira;
IV - que disponham estritamente sobre política cambial e monetária;
V - que disponham sobre segurança nacional; e
VI - que visem a consolidar outras normas sobre matérias específicas, sem alteração
de mérito.
DECRETO Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20)
DISPENSA de AIR
Art. 4º A AIR poderá ser dispensada, desde que haja decisão fundamentada do órgão ou
da entidade competente, nas hipóteses de:
I - urgência;
II - ato normativo destinado a disciplinar direitos ou obrigações definidos em norma
hierarquicamente superior que não permita, técnica ou juridicamente, diferentes alternativas
regulatórias;
III - ato normativo considerado de baixo impacto;
IV - ato normativo que vise à atualização ou à revogação de normas consideradas obsoletas, sem
alteração de mérito;
V - ato normativo que vise a preservar liquidez, solvência ou higidez:
a) dos mercados de seguro, de resseguro, de capitalização e de previdência complementar;
b) dos mercados financeiros, de capitais e de câmbio; ou
c) dos sistemas de pagamentos;
VI - ato normativo que vise a manter a convergência a padrões internacionais;
VII - ato normativo que reduza exigências, obrigações, restrições, requerimentos ou
especificações com o objetivo de diminuir os custos regulatórios; e
VIII - ato normativo que revise normas desatualizadas para adequá-las ao desenvolvimento
tecnológico consolidado internacionalmente, nos termos do disposto no Decreto nº 10.229,
de 5 de fevereiro de 2020.
DECRETO Nº 10.411, de 30 de junho de 2020 (DOU 01/07/20)

DISPENSA de AIR fundamentada


Art. 4º A AIR poderá ser dispensada, desde que haja decisão fundamentada do órgão ou
da entidade competente, nas hipóteses de:
[...]
§ 1º Nas hipóteses de dispensa de AIR, será elaborada nota técnica ou documento equivalente
que fundamente a proposta de edição ou de alteração do ato normativo.
§ 2º Na hipótese de dispensa de AIR em razão de urgência, a nota técnica ou o documento
equivalente de que trata o § 1º deverá, obrigatoriamente, identificar o problema regulatório
que se pretende solucionar e os objetivos que se pretende alcançar, de modo a subsidiar a
elaboração da ARR, observado o disposto no art. 12.
§ 3º Ressalvadas informações com restrição de acesso, nos termos do disposto na Lei nº 12.527, de
18 de novembro de 2011, a nota técnica ou o documento equivalente de que tratam o § 1º e
o § 2º serão disponibilizados no sítio eletrônico do órgão ou da entidade competente,
conforme definido nas normas próprias.
Art. 5º A AIR será iniciada após a avaliação pelo órgão ou pela entidade competente
quanto à obrigatoriedade ou à conveniência e à oportunidade para a resolução do
problema regulatório identificado.
As principais atividades da AIR
Fases da AIR
As principais atividades da AIR 1) Definição e Análise do
Problema Regulatório
2) Identificação dos atores
afetados pelo problema
1. Definição do 3) Identificação da base legal para
10. Estratégia de Problema Regulatório atuação do órgão ou
monitoramento Instituição (ou Agência)
4) Definição dos objetivos
desejados
2. Identificação dos atores 5) Mapeamento das alternativas
9. Estratégia de afetados pelo problema de ação
fiscalização
6) Análise dos Impactos das
Alternativas
3. Identificação da base legal 7) Identificação da melhor
8. Estratégia de para atuação do órgão ou alternativa
implementação Instituição (ou Agência) 8) Estratégia de implementação
9) Estratégia de fiscalização
10) Estratégia de Monitoramento
4. Definição dos
objetivos desejados .....................................................
7. Identificação da - Considerações sobre a
melhor alternativa Mapeamento das participação social
Comparação experiências internacionais - Mapeamento da experiência
das internacional
Consulta aos atores
alternativas 6. Análise dos Impactos e sociedade - Comparação das alternativas
5. Mapeamento das para resolução do problema
das Alternativas
alternativas de ação A consulta aos atores, - Identificação e definição dos
afetados pelo problema efeitos e riscos
regulatório, pode ocorrer
em todas as fases da AIR
Fluxograma da AIR
Ministério da Economia
O Manual de Participação Social do Ministério da Economia (“Participação Social no
Âmbito do Decreto de Análise de Impacto Regulatório – AIR”) apresentou o fluxograma
abaixo das atividades da AIR. O Manual é um “Documento Orientador para Unidades do
Ministério da Economia”.

Identificação
Definição Identificação Definição Mapeamento
dos atores
do da base legal dos das
afetados
Problema para atuação objetivos experiências
pelo
Regulatório do órgão desejados internacionais
problema

Análises
Mapeamento Estratégia de
dos Comparação Identificação
das implementação,
impactos das da melhor
alternativas fiscalização e
das alternativas alternativa
de ação monitoramento
alternativas

BRASIL (SEPEC/SEAE - Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia).


Participação Social no Âmbito do Decreto de Análise de Impacto Regulatório – AIR - Documento Orientador
para Unidades do Ministério da Economia. Brasília: Ministério da Economia, abril/2021. Disponível em:
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/air/o-que-e-air/2.AIRManualdeParticipacaoSocial.pdf
DECRETO nº 10.411
Relatório da AIR
Art. 6º A AIR será concluída por meio de relatório que contenha:
I - sumário executivo objetivo e conciso, que deverá empregar linguagem simples e acessível ao público em geral;
II - identificação do problema regulatório que se pretende solucionar, com a apresentação de suas causas e sua
extensão;
III - identificação dos agentes econômicos, dos usuários dos serviços prestados e dos demais afetados pelo
problema regulatório identificado;
IV - identificação da fundamentação legal que ampara a ação do órgão ou da entidade quanto ao problema
regulatório identificado;
V - definição dos objetivos a serem alcançados;
VI - descrição das alternativas possíveis ao enfrentamento do problema regulatório identificado, consideradas
as opções de não ação, de soluções normativas e de, sempre que possível, soluções não normativas;
VII - exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas, inclusive quanto aos seus custos
regulatórios;
VIII - considerações referentes às informações e às manifestações recebidas para a AIR em eventuais
processos de participação social ou de outros processos de recebimento de subsídios de interessados na
matéria em análise;
IX - mapeamento da experiência internacional quanto às medidas adotadas para a resolução do problema
regulatório identificado;
X - identificação e definição dos efeitos e riscos decorrentes da edição, da alteração ou da revogação do ato
normativo;
XI - comparação das alternativas consideradas para a resolução do problema regulatório identificado,
acompanhada de análise fundamentada que contenha a metodologia específica escolhida para o caso
concreto e a alternativa ou a combinação de alternativas sugerida, considerada mais adequada à resolução
do problema regulatório e ao alcance dos objetivos pretendidos; e
XII - descrição da estratégia para implementação da alternativa sugerida, acompanhada das formas de
monitoramento e de avaliação a serem adotadas e, quando couber, avaliação quanto à necessidade de
alteração ou de revogação de normas vigentes.
Esquema do processo de AIR do Inmetro

Documento colocado em tomada de subsídios


https://www4.inmetro.gov.br/tomadadesubsidios

Fonte: Inmetro. Nota Técnica nº 4/2020/Diqre/Dconf-Inmetro, p. 4


As principais atividades da AIR (Fase I) Fase I da AIR (Nota Técnica)
1) Análise do Problema regulatório
1.1 Descritores do problema/
evidências (extensão, onde
ocorre, frequência, grupos
1. Definição do impactados)
10. Estratégia de Problema Regulatório 1.2 Identificação das causas,
monitoramento causas das causas, causas
raízes
2. Identificação dos atores 1.3 Consequência do problema,
9. Estratégia de efeitos nos agentes
afetados pelo problema econômicos
fiscalização
2) Atores
3. Identificação da base legal 2.1 Identificação dos atores –
para atuação do órgão ou afetados pelo problema
8. Estratégia de Instituição (ou Agência) 2.2 Interesses, recursos, poder de
implementação influência e objetivos.

4. Definição dos 3) Base legal para atuação do órgão


ou agência;
7. Identificação da objetivos desejados
melhor alternativa 4) Descrição dos objetivos da
atuação regulatória.
Mapeamento das
experiências internacionais 4.1 Objetivo geral
Comparação
das 4.2 Objetivos específicos
alternativas 6. Análise dos Impactos Consulta aos 4.3 Resultados e efeitos
5. Mapeamento das
das Alternativas alternativas de ação atores e sociedade .......................................................
5a) Map. experiências internacionais
5b) Consulta aos agentes afetados
Esquema do processo de AIR do Inmetro
Descritores do
Problema
Dados quantitativos e
qualitativos que
caracterizam o problema.
Linha de base

Análise de Contexto
Análise do contexto
interno e externo.
Evolução histórica e
projeções do problema
regulatório.

Atores afetados
Identificação dos atores,
seus interesses e recursos
de poder.

Base legal
Amparo legal para agir
sobre o problema.
Competências Definição clara dos objetivos para
concorrentes e atuar nas causas e não nos sintomas
complementares com
outros órgãos.

Fonte: Inmetro, adaptado


Identificação do Problema
Segundo o Guia uma boa definição de problema deve responder, de forma clara e
objetiva, às seguintes questões (p. 38 e anexo de questões orientadoras):
• Qual o contexto no qual o problema se insere? Isto é, quais as circunstâncias a partir
das quais se considera o problema? Qual o ambiente no qual ele está inserido?
• Qual a natureza do problema e suas consequências?
• Quais são as causas ou indutores do problema?
• Qual a extensão ou magnitude do problema, isto é, onde ele ocorre (localmente,
regionalmente, nacionalmente), com que frequência, qual a extensão dos grupos
afetados?
• Qual a evolução esperada do problema no futuro caso nada seja feito?

Em muitos casos, os problemas são multifacetados, possuindo muitas causas


ou origens e afetando vários grupos ou atores de modos diferentes, com
intensidades distintas.
As vezes não se tem claro o problema propriamente dito, mas a situação-
problema ou tema sobre o qual poderá ser necessária algum tipo de intervenção.
33
Guia da Anvisa

DEFINIÇÃO DE PROBLEMA
“Um problema bem definido é um problema meio solucionado”
(Charles F. Kettering, inventor e filósofo norte-americano, apud Guia da Anvisa)
Primeira fase da AIR
- entender o problema e seu contexto;
- identificar causas e consequências;
- levantar evidências e dados sobre a existência do problema e das suas causas; e
- identificar os agentes por ele afetados.

O correto entendimento e definição do problema que desencadeou a discussão sobre a


necessidade de atuação regulatória é o ponto de partida para o processo de AIR.

SUBIRATS (2006)
A definição do problema é uma construção analítica na qual os diferentes
agentes afetados defendem diversos entendimentos do problema. A
compreensão do problema depende da experiência adquirida, das evidências e
informações conhecidas sobre o tema e da visão subjetiva daqueles que
estão envolvidos com a situação. Portanto, os problemas não estão
previamente delineados, mas devem ser definidos precisamente pelos agentes.
34
O que é um PROBLEMA PÚBLICO?
Para Secchi (2014) o que define se um problema pode ser considerado “público” é se possui
ou não implicações para uma quantidade notável de pessoas, ou seja, se é relevante
para a coletividade. Mesmo assim, o autor argumenta que definir o que seria relevante é um
problema quase sempre nebuloso.
O primeiro passo para a política pública é a identificação do problema público.

Theodor Lowi (apud SECCHI, 2012, p. 17-18).


Política (pública) regulatória:
“estabelece padrões de comportamento, serviço ou produto para atores públicos e
privados”.
Exemplos (SECCHI, 2012, p. 08):
“Uma lei que obrigue os motociclistas a usar capacetes e roupa adequada [...]
Problema: altos níveis de acidentes com motociclistas em centros urbanos”
“Proibição de fumo em locais fechados” – Qual é o Problema: .............................................................
“Obrigatoriedade do cinto de segurança” - Qual é o Problema: ............................................................
“Obrigatoriedade de extintor de incêndio nos veículos” - Qual é o Problema: ..............................
Uso da Academia da Enap (só com prof. de Ed. Física) – Qual é o Problema: ....................................
Uso da piscina da Enap (só com bombeiro ou prof.) – Qual é o Problema: ..........................................
Regulação dos monopólios e oligopólios ........................ ; Regular bancos ...........................................
Controle dos preços dos bens essenciais (como remédios); ..................................................................
35
O que é um Problema Público
• É um componente da realidade - algo que existe no tempo e
no espaço - pertence ao contexto.
• Não é a “falta de algo”.
• Expressa uma condição negativa dessa realidade (“algo
está errado”) em face do que “deveria ser”: uma
discrepância;
• Está no foco de interesse de quem governa (está na
agenda);
• É algo que quem governa deseja mudar e se dispõe a
mobilizar recursos para tanto (“tem solução”).
• Existem elementos genéricos que devem fazer parte da
definição e estruturação do problema para sua clareza.
• Formulação do problema central
• Descrição do problema (dados, sintomas no problema)
• Explicação do problema (causas = raíses)
• Problemas exigem análise para sua compreensão e
enfrentamento representação por modelos

Leonardo Secchi - Ciclo de Política Público - https://www.youtube.com/watch?time_continue=28&v=N8phb0UN2WY


Leonardo Secchi - Processo de elaboração de políticas públicas https://www.youtube.com/watch?v=OjpLql_qfqo
Leonardo Secchi - O que são políticas públicas (Problema Público)- https://www.youtube.com/watch?v=tWnZrMRLtCQ
Modelagem do Problema Público
Perguntas básicas da modelagem do problema:
1. De qual problema estamos falando? (formulação)
2. Como se manifesta na realidade (descritores)?
3. Quais as suas causas? (explicação) sobre quais agir? Com que objetivos?
4. Quais as consequências de não agir?
5. Por que, para que e para quem intervir (público-alvo)?

Como NÃO formular um problema público !


• Não nomear temas como problema (saúde, educação, etc.);
• Não listar objetivos (“mortalidade infantil reduzida pela metade”) ou ações
a serem executadas (“concluir a escola X”);
• Não se reportar à própria política em implementação (“programa X não
funciona”);
• Um problema de origem social não é a ausência de solução ou uma
solução ineficaz.
Atividade em grupo 1:
Formação dos Grupos e escolha do Problema ou ato Regulatório

14 de Setembro
Formação dos Grupos e escolha do Problema ou ato regulatório (ex: caso do
órgão de membro do grupo - é bom que alguém do grupo tenha acesso aos dados)
Produto esperado: problema regulatório escolhido e
Evidências do problema (dados)

Na sequência (continua na próxima aula)


=> Problema regulatório novo (iniciar a análise do problema)
=> Caso de ato regulatório (iniciar a síntese do caso de política regulatória)
Sugestões:
 Nome da Política Regulatória (ou ato regulatório)
 Quando foi instituída?
 A política é a sucessão ou consolidação de políticas anteriores?
- Se sim: Quais políticas ....
 Quais são as instituições públicas (e privadas) que participam da implementação (execução) da politica?
 Qual a abrangência da política (territorial, grupos, setores ...)?
38
Grupos/ Política/ Problema (cursos anteriores)
Grupo Política/Tema Política/Tema
1 Política Nacional de Resíduos Sólidos Modelo de Equilíbrio Econômico-Financeiro
A maioria dos municípios brasileiros ainda dos Contratos de Saneamento (Água e
despejam os resíduos sólidos urbanos (RSU) de Esgoto)
maneira inadequada
2 Telemedicina Dificuldade de acesso de alunos da rede
Regulamentação da telemedicina na saúde pública para ter aulas remotas durante a
suplementar pandemia do coronavirus
3 Planos de saúde individuais familiares. Baixa utilização dos meios remotos para
contratação dos seguros
4 Acidentes em rodovias federais. Dificuldades na Regulação Municipal no
Contexto do Novo Marco do Saneamento
5 Testes de diagnósticos para infecção pelo Drenagem Urbana (ocorrência de
coronavírus. alagamentos em áreas urbanas)
6 Alto índice de acidentes no trânsito do Brasil. Lotação no Transporte público no horário de
pico na região metropolitana do Recife
7 Morosidade para autorização de investimentos Remodelagem da Atuação Regulatória nas
privados em terminais arrendados em portos Operações Aeroagrícolas
públicos brasileiros
8 Aumento da frequência de manutenção de Revisão do Regulamento Técnico de
veículos do ciclo diesel com o aumento gradativo Medição de Petróleo e Gás Natural
do teor de biodiesel no óleo diesel rodoviário.
9 Política de Reajuste de Planos de Saúde Nutrivigilância - Subnotificação na Anvisa de
Eventos Gravíssimos Ligados à Área de Alimentos
39
Próxima aula
ANÁLISE DO PROBLEMA

Formato da Árvore de Problema Arvore de Problema - Passos


1) Problema Central
CONSEQUENCIAS

Consequência 2
(situação problema na sociedade, situação
negativa/ indesejável, uma inconformidade em
Consequência 3 relação a situação desejada);

Consequência 1 2) Descritores do Problema


(sintomas de existência do problema (dados do
problema, indicadores qualitativos e quantitativos)
– Como o problema se manifesta na realidade?
Descritores: PROBLEMA
– Quais as evidências da existência do problema?
d1: – Como posso demonstrar a existência e evolução
d2: do problema?
d3: 3) Análise das Consequências
Causa 3
Causa 5 - Identificação das Consequências do problema
central, efeitos dobre
CAUSAS

Causa 4
Causa 2 - Consequências das consequências
- O que ocorreria se nada fosse feito (nas
Causa 6 pessoas e agentes econômicos afetados pelo
Causa 1 problema)
- Relação entre as consequências do Problema (e
com as causas)
41
As ações da Política Pública são sobre as causas do problema
Usei na capacitação Elaboração de Programas e projetos - PPA 2000-2003
para elaboração do Gráfico utilizado no governo federal desde 1999.
PPA 2000-2003
O Programa Orientado a Resultado

Problema Objetivo + Indicador


Febre aftosa

Ações
Causas A1 Controle de fronteiras
Fronteiras abertas C1 A2 Vacinação obrigatória
Baixa Vacinação C2 A3 .......
Gargalos de
infraestrutura C3

SOCIEDADE
(PESSOAS, FAMÍLIAS, EMPRESAS)
42
Identificação das causas do Problema
Definido o Problema Central
A árvore de problema é a “ferramenta” mais
utilizada para a construção de programas e projetos
de políticas públicas. Mas há varias metodologias
úteis para a análise das causas do problema (ex.
espinha de peixe).
Tomar o cuidado de não confundir causas com
consequências do problema, nem causas com
descritores do problema.
PROBLEMA Apontar as causas possíveis do problema, o que
pode ser feito por meio de chuva de ideias ou com a
CAUSA pergunta: o que está causando esse problema?
Analise por que essas causas geram esse
problema, de modo que as respostas a essa
questão podem trazer as subcausas do problema
CAUSAS RAIZ (“causas das causas do problema”).

A identificação das causas do problema deve permitir/ ser suficiente para localizar
as causas objeto de intervenção - causa raiz, causas críticas ou nós críticos.
ANÁLISE DO PROBLEMA (Causas do problema)
Método dos 5 Porquês para a identificação de causas raízes (Guia da Anvisa).
Um problema bem formulado não pode ser a FALTA de
uma solução pré-concebida
Análise e causas raízes:
A técnica dos “5 porquês” é uma boa maneira para
identificar as causas do problema
(Técnica dos 5 porquês (5Whys ou sua evolução 5W2H)

Utilizado para determinar a causa


raiz de determinado problema, ou
seja, a causa que realmente deve
ser tratada na solução do problema.

Técnica dos “5 Porquês” para solução de problemas

Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê?


Problema Causa
1 2 3 4 5
identificado Raiz
Temos que perguntar várias vezes,
por quê?
Crença dos pais na irrelevância do
currículo

As crianças trabalham (custo de


oportunidade)

Por quê? Educação de Baixa Qualidade

Os pais não deixam as crianças


ir à escola

As crianças têm dificuldade de acesso à


escola
Temos que perguntar várias vezes, por quê?

A escola não oferece todos os anos


escolares
Não existe vaga ou escola

Por quê? As exigências burocráticas da


escola não conseguem ser
atendidas pelos pais.

Os pais não podem pagar o


custo da taxa escolar

As crianças não conseguem chegar à


escola
Temos que perguntar várias vezes, por quê?

O acesso à escola é perigoso

As famílias residem em área


sem acesso terrestre

Por quê? Há crianças com deficiência ou


dificuldade de locomoção

Os pais não podem pagar o


custo da taxa escolar

A escola está muito longe de casa e não


existe meio de transporte
Identificação de Causas Críticas
As causas críticas são “nós explicativos” das cadeias causais sobre os quais se pode
atuar com eficácia prática. Elas são fundamentais para a definição de ações para
intervir na realidade. Na oficina na Enap para identifica-las utilizou-se formulário de
priorização on-line a partir dos seguintes critérios:
1. Ter alto impacto na mudança do problema;
2. Ser um centro prático de ação: o ator pode atuar prática, efetiva e diretamente
sobre a causa;
3. Ser politicamente oportuno: Seu enfrentamento é politicamente viável durante o
período definido.

Causas Críticas (análise do caso de Logística de Transportes)


Os participantes identificaram as causas críticas do problema declarado, considerando
as seguintes condições:
1) seu impacto sobre o problema deve ser alto e significativo;
2) a causa deve ser um centro prático da iniciativa e não uma mera consequência
de outras causas na cadeia causal; e
3) deve ser politicamente oportuno atuar sobre a causa identificada.
A análise foi realizada a partir da percepção individual dos participantes, resultando
numa matriz com pontuação por causa, estruturada por eixo causal da árvore de
problemas e por ordem de pontuação.
Etapas da AIR – Guia da Casa Civil
 Definição do Problema Regulatório
 Identificação dos atores afetados pelo
problema
 Identificação da base legal para atuação da
agência
 Definição dos objetivos desejados
 Mapeamento das alternativas de ação
 Análise dos impactos das alternativas
 Identificação da melhor alternativa
 Estratégia de implementação
 Estratégia de fiscalização
 Estratégia de monitoramento
Outra metodologia de Análise do Problema

Diagrama de Causa e Efeito de Ishikawa


Espinha de Peixe - Exemplo

Condições Situação ocasional da Falha na


dos Pneus estrada infraestrutura viária
Ausência de calibragem Areia Condições do pavimento (buraco)

Prego/perfuração Óleo Inclinação viária insatisfatória


(superelevação incorreta)
Chuva Sinalização
Careca
Alto índice de
acidentes de
ônibus no DF
Acelerador preso
Treinamento falho (ou ausente)
Desatenção
Falha nos freios
(celular/preocupações) Reflexos falhos (bebida/drogas)
Quebra de componente Sono
Ataques críticos da saúde do motorista
Falha mecânica Falha de direção do
motorista
Curso de
Análise de Impacto Regulatório
Aula 2d – Análise das Consequências do Problema

Análise das Consequências do Problema


1. Identificação das Consequências do problema central
2. Identificação das consequências das consequências
3. O que ocorreria se nada fosse feito (nas pessoas e agentes
econômicos afetados pelo problema)
4. Relação entre as consequências do Problema
Identificação das Consequências do Problema

CONSEQUÊNCIAS Consequências
As consequências de um problema público normalmente são mais
visíveis que as causas, o que leva muitos formuladores de políticas
públicas a propor incorretamente ações mitigadoras das
consequências e não de enfrentamento das causas do problema,
que levariam a solução do problema.
A boa análise das consequências requer conhecimento teórico e
empírico (quantitativo e qualitativo). O poder de mercado dos
monopólios e oligopólios, informação assimétrica, etc.
PROBLEMA
Como destaquei antes não confundir causas com consequências
do problema, mas as causas tem relação com as consequências e
essas com os descritores do problema.
A análise dos efeitos (consequências) do problema, inclui os efeitos
diretos e indiretos e as “consequências das consequências do
problema” e suas relações.
As múltiplas “consequências”, diferenciadas entre os impactados.
Conhecer as consequências ajuda na avaliação do impacto da política.
CAUSAS
Caso Ilustrativo de AIR

Árvore de Problema - Exemplo

Situação-Problema:
Acidentes no trânsito devido à
ingestão de bebidas alcoólicas

Qual o problema?
Quais os afetados?
Quais as causas?
Quais as consequências?
Caso Ilustrativo de AIR

CONSEQUÊNCIAS

Afetados:
USUÁRIOS DE VIAS PÚBLICAS
(pedestres, motoristas, passageiros, etc.)
Caso Ilustrativo de AIR

Consequências Problema Causas

Cultura de dirigir sob


Morte efeito do álcool

... Elevado número de Alto nível de consumo


motoristas dirigindo de álcool no país
Invalidez sob o efeito do álcool
Impunidade ou
ausência fiscalizatória
Aumento dos custos
Acidentes no trânsito
para o SUS devido à ingestão de Conscientização
bebidas alcoólicas deficitária
...
Insegurança nas Afetados: Transporte
• Pedestre
vias públicas • Motorista
público
• Passageiros... ineficiente

Aumento do valor de Código de trânsito ...


seguro automotivo desatualizado

Folhas Raízes
Anexo
Fase II da AIR
As principais atividades da AIR Mapeamento e análise das
alternativas de ação
5) Mapeamento das alternativas
de ação
5.1 Não ação (Status Quo)
1. Definição do 5.2 Alternativas não Normativas
10. Estratégia de Problema Regulatório (incentivos, mercado,
informação, ação direta do
monitoramento governo, co e autoregulação)
5.3 Alternativas normativas
(regulação econômica –
2. Identificação dos atores preços, quantidade, qualidade
9. Estratégia de afetados pelo problema nº de firmas; regulação social
fiscalização – determinação técnica,
qualidade exigida)
3. Identificação da base legal 6) Análise dos Impactos das
para atuação do órgão ou Alternativas
8. Estratégia de 6.1 Impactos diretos (C&B)
implementação Instituição (ou Agência) 6.2 Impactos Indiretos (C&B)
6,3 Custos e benefícios
regulatórios.
4. Definição dos
7) Identificação da melhor
objetivos desejados alternativa;
7. Identificação da
.......................................................
melhor alternativa
Mapeamento das 9) Considerações sobre a
Comparação experiências internacionais participação social
das 11) Mapeamento da experiência
alternativas 6. Análise dos Impactos internacional
Consulta aos atores
das Alternativas 5. Mapeamento das e sociedade 12) Comparação das alternativas
alternativas de ação para resolução do problema
13 Identificação e definição dos
efeitos e riscos
As principais atividades da AIR Fase III da AIR
8) Estratégia de Implementação
- Elaboração dos instrumentos e
matérias para implementar a
solução proposta
1. Definição do - Ações para superação de desafios e
10. Estratégia de Problema Regulatório implementação da proposta
monitoramento - Áreas responsáveis
- Mecanismos de coerção
- Cronograma, plano de comunicação
2. Identificação dos atores 9) Estratégia de Fiscalização
9. Estratégia de afetados pelo problema - Tipo de fiscalização recomendada
fiscalização - Áreas responsáveis
- Dados ou informações
3. Identificação da base legal - Preparação específica ou
- Adaptação interna para fiscalização
8. Estratégia de para atuação do órgão ou - Custos da fiscalização
implementação Instituição (ou Agência)
10) Estratégia de Monitoramento;
- Como será o acompanhamento
4. Definição dos - Indicadores e metas
- estratégia de acompanhamento
objetivos desejados dos indicadores propostos
7. Identificação da
...........................................................
melhor alternativa
Mapeamento das i) Considerações sobre manifestações
experiências internacionais recebidas em participação social
Comparação
das ii) Responsáveis pela AIR
alternativas 6. Análise dos Impactos Consulta aos
5. Mapeamento das atores e sociedade iii) Experiência internacional
das Alternativas
alternativas de ação iv) Mensuração dos impactos sobre
os diferentes grupos ou atores
v) Abordagem do Risco na AIR
Figura 1 – Processo de Análise de Impacto Regulatório (p.23)
Identificação Identificação
Definição do Definição dos Mapeamento
dos atores da base legal
Problema objetivos das alternativas
afetados pelo para atuação
Regulatórios desejados de ação
problema do órgão

Análise dos Identificação do


Estratégia de Estratégia de Estratégia de
impactos das melhor
implementação fiscalização monitoramento
alternativas alternativa

Ciclo Regulatório
• Definição do Problema Regulatórios
• Identificação dos atores afetados pelo problema
• Identificação da base legal para atuação do órgão
• Definição dos objetivos desejados
• Mapeamento das alternativas de ação
• Análise dos impactos das alternativas
• Identificação do melhor alternativa
• Estratégia de implementação
• Estratégia de fiscalização
• Estratégia de monitoramento
Fonte: Guia de AIR da Casa Civil/PR, p. 24 61
Novo Guia de AIR do ME
SEAE (Secretaria de Advocacia da Concorrência e
Competitividade do Ministério da Economia). Guia
para Elaboração de Análise de Impacto
Regulatório - AIR. Brasília: ME, 2021.

Novo Guia de AIR


“O objetivo é trazer elementos da boa prática
regulatória aos órgãos e às entidades da
administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, quando da proposição de atos
normativos de interesse geral de agentes
econômicos ou de usuários dos serviços prestados,
no âmbito de suas competências”.
“Este Guia se adequa aos novos dispositivos do
Decreto n° 10.411, de 30 de junho de 2020. Além
disso, agrega informações relativas a processos em
curso de inovação da advocacia da concorrência”
“O Guia apresenta o conteúdo, os requisitos e as
diretrizes de uma AIR, conforme o Decreto
10.411/2020”.
“Orienta também para que estas análises levem em
conta o impacto regulatório sobre ações
empreendedoras e inovadoras”.
(SEAE, 2021, p. 5)
Política Pública Regulatória
“A política pública regulatória pode ser resumida em três categorias: econômica, social e
administrativa.
A regulação econômica é expressa pela intervenção direta nas decisões de setores
econômicos, tais como formação de preços, competição, entrada e saída do mercado. A
orientação regulatória da reforma do Estado tem buscado o aumento da eficiência
econômica pela redução dos obstáculos à competição, pela desregulação e pela
privatização.
A regulação social consiste na intervenção pública nas áreas de saúde, segurança e meio
ambiente para o incentivo ou provisão direta de bens públicos e a proteção do interesse
público nacional ou supranacional.
A regulação administrativa compreende os procedimentos administrativos (red-tape) por
meios dos quais o governo controla e intervém nas decisões econômicas de firmas e
indivíduos. Esses mecanismos burocráticos tendem a gerar alto ônus ao desempenho do
setor privado. As reformas regulatórias visam eliminar as formalidades desnecessárias,
simplificar as necessárias e promover transparência nos mecanismos de tramitação dos
processos”.
(Fonte: Costa, Ribeiro, Silva, Melo, RAP, 2001, pg. 194) file:///C:/Users/Enap/Downloads/6376-12166-1-PB.pdf
AIR Histórico

64
HISTÓRICO: O TRABALHO COMECOU HÁ MUITO TEMPO ...

PRO-REG (2007)
Troca de experiências com reguladores internacionais, capacitação e primeiros
pilotos de AIR nas Agências Reguladoras

DIRETRIZES E GUIA AIR (2018)


Elaboração conjunta das Diretrizes e do Guia AIR: Agências Reguladoras, MPDG,
Ministério da Fazenda, Inmetro, coordenação da SAG/Casa Civil

RECOMENDAÇÃO CIG (2018)


Recomendação NÃO VINCULANTE utilização das Diretrizes Gerais e do Guia
como boa prática E Pilotos de AIR na APF

LEI DAS AGÊNCIAS (LEI 13.848/2019)

LEI DA LIBERDADE ECONÔMICA (LEI 13.874/2019)

Decreto 10.411/2020 regulamenta AIR para as duas leis


Institucionalização Avaliação Políticas Públicas
Institucionalizar o processo de análise ex ante
Regulamentar EC 109/2021.

 EC 109/2021–Traz avaliação para competência da Administração Pública, faz link com


o ciclo orçamentário e prevê redução dos subsídios
 Decreto PPA 2020-23 (Decreto 10.321/2020) –Detalha avaliação ex post e ex ante do
CMAP
 Lei PPA 2020-23 (Lei 13.971/2019) – CMAP avaliará políticas selecionadas no âmbito
do PPA
 CMAP –como Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas - Decreto
nº 9.834/2019
 CMAS – Comitê de Monitoramento e Avaliação de Subsídios da União, Decreto nº
9.588, de 2018 (comitês: CMAS (políticas de subsídios) e CMAG (gastos diretos))
 CIG – Comitê Interministerial de Governança, Decreto nº 9.203, de 2017
..............
• CMAP – como Comitê, Portaria Interministerial nº 102, de 2016
• GTAG–GT Decreto S/N, de 28 de janeiro de 2015 (Grupo de Trabalho Interministerial para Acompanhamento
de Gastos Públicos do Governo Federa)
Estruturas

CIG (Decreto CMAP (Decreto


9.203/2017) 9.834/2019) CMAP
Conselho de
Monitoramento e
Ministro Casa Secretário- Avaliação de
Civil Executivo Casa Políticas Públicas
(coordenador) Civil

Secretário- CMAS
Ministro da Executivo da CEMAG Comitê de
Economia Economia Comitê de Monitoramento
(coordenador) Monitoramento e Avaliação dos
e Avaliação de Subsídios da
Gastos Diretos União
Ministro da Secretário-
CGU Executivo da
CGU
CMAP –Decreto nº 9.834/2019

CMAP:
• Secretário-Executivo do Ministério da Economia;
• Secretário-Executivo da Casa Civil da Presidência da República;
• Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União.

CEMAG CEMAS
(Gastos Diretos) (Subsídios)

Min Economia Casa Civil CGU Min Economia Casa Civil CGU
• SECAP • SAG SFC • SECAP • SAG SFC
• STN • SAM • STN • SAM
• SEPTR • SERG • SPE • SERG
• SOF • RFB
Cursos EaD da EVG relacionados ao tema

GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS


Lei de Liberdade Econômica e o Licenciamento 4.0
https://escolavirtual.gov.br/curso/330

Análise de Impacto Regulatório: Conceitos Fundamentais


https://escolavirtual.gov.br/curso/357

Análise Ex Ante de Políticas Públicas


https://escolavirtual.gov.br/curso/142

Decreto nº 10.139/2019 - Revisão e de consolidação dos atos normativos infralegais


https://escolavirtual.gov.br/curso/328

https://escolavirtual.gov.br
José Luiz Pagnussat
WhatsApp: 61-999896705
Jose.pagnussat@enap.gov.br

Você também pode gostar