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22/05/2022 16:04 UNINTER

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
GERENCIAIS – SIG
AULA 2

 
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Profª Maristela Weinfurter Teixeira

CONVERSA INICIAL

Sistemas de informações
gerenciais estão relacionados aos processos decisórios das

organizações de
quaisquer tamanhos. Assim como eles estão ligados ao nível estratégico e
tático, os

sistemas de informações estão ligados às áreas operacionais das


empresas.

Ao falarmos de sistemas de
informações, faz-se necessário apenas relembrarmos alguns pontos

importantes.
Um destes pontos encontra-se na definição para sistemas de informações. Para
Stair

(2015), um sistema de informação é definido como um conjunto de elementos


inter-relacionados

para coleta, manipulação e armazenamento dos dados e


informações, e que fornece mecanismos de

retroalimentação para atingir um


objetivo.

Dificilmente conseguimos
imaginar um mundo sem o uso de sistemas de informações

automatizados, sim,
porque o conceito de sistema de informação não necessariamente diz respeito a
algo virtual. Eles estão associados a vendas, anúncios, na produção de bens e
serviços, na emissão de

uma nota fiscal, no planejamento de obras, no controle


de notas das escolas. Da empresa

multinacional até as microempresas locais,


eles estão interagindo com pessoas e outros sistemas.

O elemento mais básico em um


sistema de informações é a própria informação, a qual é o

recurso mais
valioso de uma organização. Termo que não deve ser confundido com dado
(Stair,

2015). Dados são fatos brutos, como preço de um produto, número de


identidade pessoal, que

podem ser constituídos apenas de números, letras, ou


conjunto de caracteres (números, letras e

outros símbolos). O dado sozinho não


possui valor algum. Porém, quando aplicamos então o

conceito de informação, que


é a coleção de fatos organizados e processados, os dados passam a ter

valor
(Stair, 2015). Ou seja, a informação corresponde a um conjunto de dados com
determinado
significado. Logo, um dado é um conjunto de números ou
caracteres, que podem estar armazenados

dentro de um repositório ou banco de


dados, bem como trafegando entre as transações dos

sistemas de informações.

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Mas não basta que tenhamos


informações, é necessário que elas sejam compreendidas e

possam ser úteis no


apoio a tarefas operacionais ou estratégicas. Ou seja, o conhecimento é que faz

com que as informações possam realmente agregar valor aos negócios. E


conhecimento pode ser

definido com a consciência e compreensão de um conjunto


de informações e maneiras como as
informações são utilizadas na organização
(Stair, 2015).

A automação das organizações mediante


aplicações empresariais é algo cada vez mais acessível

e compreendido por estas


como vital para garantir a produtividade e posteriormente as melhores

decisões
estratégicas do negócio.

O advento das várias


plataformas de serviços na nuvem e aplicativos móveis possibilitou que

várias
empresas, de vários tamanhos, consigam automatizar seus processos conforme seus

orçamentos.

O maior desafio ainda permeia


a implantação de Sistemas de Informações Gerenciais, pois

estamos falando de
ferramentas, metodologias e tecnologias que ainda não estão tão populares para
pequenos e médios negócios. Quando falamos deste tipo de sistemas, estamos
olhando para

ferramentas e aplicações que necessitam processar e armazenar um


volume grande de informações,

bem como tecnologias que auxiliem no processo


decisório, geralmente baseado em Inteligência

Artificial.

TEMA 1 – EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Historicamente os sistemas de
informações vem passando por avanços tecnológicos e

conceituais, de acordo com


a evolução e constituição das organizações. Em meados dos anos 1950,

dá-se
início à era do processamento de dados, com alguns relatórios gerenciais
provenientes dos

próprios sistemas de informações que na sua maioria, rodavam


em ambientes de mainframe.

Esta situação perdurou até


meados dos anos 1980, quando temos a revolução da

microinformática, das redes


locais e o surgimento de outros sistemas operacionais. Nos anos 1990 é

que a
evolução começa a ficar mais intensa, trazendo consigo a era Windows e logo
após a era Web.

Em menos de uma década, sistemas que antes rodavam em


computadores de grande porte de forma

centralizada, passam pelo paradigma dos sistemas


distribuídos que utilizavam User Interfaces (UIs)

mais amigáveis com os


usuários por meio do Windows. E dentro desta mesma década, já estávamos

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falando
sobre sistemas que executavam em ambiente Web, trazendo consigo novos conceitos
na

construção de UIs para nossos usuários. Surgiu então o DTD, que derivou o
HTML, posteriormente o

CSS e todo o ecossistema que hoje temos para a


implementação de aplicativos baseados na Web.

A última década foi, então,


abraçada pelos aplicativos móveis e com toda a evolução tecnológica

que
converge para o aperfeiçoamento de nossos algoritmos na busca incessante da melhoria
da
inteligência dos negócios empresariais.

1.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EMPRESARIAIS

Sistemas de Informações
empresariais são utilizados no dia a dia no apoio à toda

operacionalização do
ambiente de trabalho nas diversas organizações públicas ou privadas, no Brasil

e no mundo. Podemos categorizá-los em sistemas de comércio eletrônico, de


processamento de

transações, gerenciais e de apoio a decisões.

Os sistemas de comércio
eletrônico (e-commerce e m-commerce) feitos de negócio para negócio

(B2B
– Business to Business), entre empresas e consumidores (B2C – Busines to
Consumer),

consumidores e consumidores (C2C – Consumer to Consumer),


negócios e setor público (B2G –

Business to Government), setores


públicos e consumidores (G2C – Government to Consumer) e setor

público
para setor público (G2G – Government to Government) estabelecem siglas
muito comuns no

mercado. (Stair, 2015).

Algumas empresas conhecidas e


que estão no mundo de e-commerce são:

1. Americanas;

2. Renner;

3. Walmart;

4. Magazine
Luiza;

5. Via
Varejo;

6. Saraiva;

7. Privalia;

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8. Carrefour.

Observando que elas não estão


em nenhum tipo de classificação, são somente alguns exemplos.

As figuras 1 e 2
ilustram algumas empresas que trabalham dentro do conceito de e-commerce.

Figura
1 – Carrefour e-commerce

Crédito: Devina Saputri/Shutterstock.

Figura
2 – Renner e-commerce

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Crédito: Gabriel_Ramos/Shutterstock.

Estes são sistemas que vêm


crescendo em velocidade acelerada, porém, a grande base de todas

as transações
de negócios é executada pelos sistemas integrados dentro das organizações.

Antes de entrarmos no assunto


sobre sistemas integrados, vamos falar sobre os sistemas de

processamento de
transações (TPS – Transaction Processing System), que por meio de um
conjunto

organizado de procedimentos, pessoas envolvidas, uma grande base de


dados e um sistema

computacional, conduzem a operação das empresas (Stair,


2015). Os primeiros TPSs surgiram na
década de 1950, e os mesmos automatizavam
sistemas como folha de pagamentos, emissão de

cheques de pagamento, cobrança de


clientes, controle de estoques, entre outros (Stair, 2015). Foi um

grande
avanço no quesito automatização dos processos manuais, no entanto, o grande
problema

encontrava-se na redundância das atividades dos profissionais que


utilizavam estes sistemas, bem
como na redundância dos dados. Os dados ficavam
espalhados por toda a empresa, e a integração

era feita de forma manual, o que


geravam atrasos de fechamentos de mês e de balanços anuais das
empresas.

Há um outro tipo de sistema


categorizado como o sistema de fluxo de trabalho, o qual gerencia,

coordena e
monitora, por meio de regras, a execução de um conjunto de tarefas organizadas
que são
usadas nos processos de negócios. Este tipo de sistema tem por
finalidade o roteamento e

apresentação de documentos e outros recursos


utilizados na melhoria contínua dos processos de
negócio com o intuito de
aumento da produtividade. O tempo gasto pelos colaboradores

preenchendo
formulários, relatórios ou redigitando documentos, são automatizados e
integrados,
facilitando o trabalho de todos (Stair, 2015).

Os sistemas integrados ERP (Enterprise


Resource Planning), que sucederam os sistemas de

processamento de
transações, tornaram-se importantes entre as décadas de 1980 e 1990, e
representavam uma nova forma de gerir negócios. Estes sistemas agora eram
integrados e capazes

de auxiliar no gerenciamento das operações vitais dos negócios


(Stair, 2015). Contando com módulos
como Contas a Pagar, Contas a Receber,
Compras, Faturamento, Materiais, Logística, Chão de Fábrica,

Comercial,
Importação e Exportação, Controladoria, Recursos Humanos, PCP, entre outros que
variam
de negócio para negócio, possibilita que todas as informações, que antes
eram desagregadas, agora

funcionem integradas de forma automática. (Stair,


2015). A figura 3 ilustra alguns destes módulos,
entre eles o módulo de CRM (Customer
Relationship Management), que surgiu no final dos anos

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1990.  Este módulo é


responsável por toda automatização da gestão de relacionamento com o
cliente. O
MRP (Material Requirement Planning) é uma metodologia sucedida pelo MRP
II, que deu

origem à idealização dos Sistemas de ERP. É com base no MRP que a


automatização dos processos
fabris foi concretizada.

Figura
3 – Módulos de um ERP

Crédito: ANANALINE/Shutterstock.

Ao faturarmos um produto, o
mesmo é automaticamente retirado do módulo de estoque, entra
automaticamente na
Nota Fiscal, contabiliza, dispara a programação da produção se for o caso, e no

final do processo encaminha para a separação física do produto e expede por


meio do modal
(terrestre, marítimo, ferroviário, aéreo ou fluvial) necessário
para o cliente (Stair, 2015).

É claro que neste contexto de


explicação, o que nos vem à mente é todo o fluxo de atividades

relacionado a
uma indústria de manufatura de bens. E foi desta forma que os ERPs iniciaram
suas
instalações. Eram as grandes indústrias que possuíam orçamento para
implantação destes. Depois

dos anos 2000, empresas de vários setores da


economia e de vários tamanhos conseguiram também
entrar na onda da implantação
de ERPs alinhados aos ramos de atividade comercial (Stair, 2015).

Ainda na década de 1990 os


projetos de implantação de Inteligência de Negócios mediante

Sistemas de Apoio
à Decisão, Sistemas Executivos e Informações Gerenciais, utilizando-se dos

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modelos de dados multidimensionais, tornam-se a nova coqueluche do mercado de


sistemas de

informações.

1.2 SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO E DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Os Sistemas de Informações
Gerenciais (MIS – Management Information System) tem por
finalidade a
sintetização de todas as operações realizadas no sistema de ERP. São
ferramentas que

estabelecem objetivos e quantificados, auxiliando no


monitoramento dos resultados e desempenho,
bem como, pode alertar gestores dos
níveis táticos e estratégicos diariamente (O’Brien, 1999).

Poderíamos definir um Sistema


de Informação Gerencial como um “conjunto organizado de
pessoas, procedimentos,
software, bancos de dados e dispositivos, usados para fornecer informações

rotineiras aos gerentes e tomadores de decisões” (Stair, 2015).

Mesmo que os primeiros


sistemas de informação gerencial tenham sido desenvolvidos em 1960,
eles se
tornam mais populares três décadas depois. Inicialmente, eles geravam
relatórios periódicos

(diários, semanais, mensais ou anuais) de acordo com a


preferência dos usuários (Stair, 2015).

Dentro da mesma linha dos


sistemas de informações gerenciais, temos os Sistemas de Apoio à
Decisão (DSS
– Decision Support System), os quais funcionam em parte como os anteriores,

disponibilizando ferramentas para análises e simulações para apoio às


diferentes decisões. Com a
melhoria das tecnologias, nos anos 1980, não somente
os níveis estratégicos possuíam acesso a

informações gerenciais. Os níveis


táticos (gerências, coordenações, supervisões) conseguiam por
meio dos sistemas
de apoio à decisão, reduzir em muito atividades que estavam associadas à tomada

de decisões (Stair, 2015). Este tipo de sistema é muito útil quando há uma
complexidade no número
de informações e as decisões se tornam difíceis. Um
exemplo interessante é quando dois gerentes de

produção estão resolvendo o


mesmo problema com informações diferentes. Isto decorre de suas
características
pessoais, forma de coletar e armazenar seus dados para tomada de decisão. Com o

apoio de um único sistema, ambos podem incluir seus dados e então tomarem a
decisão mais
correta, utilizando-se da visão e experiência de ambos.

Uma outra versão deste tipo de


sistemas são os sistemas de informações executivas. Eles

estabelecem a
agregação de informações gerenciais provenientes dos sistemas de ERP com
informações não estruturadas provenientes de dados de concorrentes e do mercado
possibilitando

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por meio de resultados gráficos a agilidade na decisão de


executivos das organizações (O’Brien,
1999).

Encerramos as categorizações
dos principais tipos de sistemas de informações e informações

gerenciais
utilizados desde meados dos anos 1950, porém impulsionados pela melhoria
incontestável
de recursos computacionais após os anos 1990.

TEMA 2 – BI E DATA WAREHOUSE

A evolução dos sistemas de


informações gerenciais segue uma linha de tempo conforme a figura

4. Tudo
começou com o que chamávamos de sistemas de apoio à decisão, passando para
sistemas
de informações gerenciais quando em meados dos anos 1990 surge o que
chamamos de inteligência

de negócios (BI – Business Intelligence) (Sharda,


2019). Não somente os conceitos vão mudando, mas
também toda a tecnologia
envolvida. Saímos de volumes de dados armazenados em Kilobytes, para
Gigabytes, Terabytes, Pentabytes, Exabytes, Zettabytes
e já falamos em Yottabytes. Devido à

complexidade do novo mundo dos


negócios globalizado com o volume de dados aumentando
progressivamente,
chegamos em novos conceitos para o gerenciamento das informações: Data

Warehouse e Big Data.

Figura
4 – Evolução dos Sistemas de Informações Gerenciais (baseado em gráfico de
(Sharda,

2019 – Evolução do apoio à decisão, inteligência de negócios e análise


de dados)

2.1 BUSINESS INTELLIGENCE

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Inteligência de negócios é um
termo considerado guarda-chuva, pois não estamos falando de

uma tecnologia, mas


sim de uma combinação entre arquiteturas, ferramentas, gerenciadores de
bancos
de dados, ferramentas analíticas, aplicativos e metodologias (Sharda, 2019).

O BI tem por finalidade


que haja acesso interativo, até em tempo real, a dados para a

manipulação
destes por gestores e analistas que conduzam análises apropriadas. O processo
todo
baseia-se em transformar dados em informações para que decisões se tornem
em ações (Sharda,

2019).

O Gartner Group, nos anos 1990,


estabeleceu este termo BI. Olhando para uma década anterior,
o que as
empresas possuíam eram sistemas chamados de EISs (Executive Information
Systems). EIS

também não é uma tecnologia, mas sim um conceito assim como


no caso do BI. Executivos e
gestores de empresas contavam com
funcionalidades de extração dinâmica de dados

multimensionais que davam origem


a previsões, tendências e outros fatores importantes para
tomada de decisões
estratégicas (Sharda, 2019).

A figura 5 conecta várias


tecnologias, aplicativos e técnicas que configuram a evolução dos

sistemas de
Inteligência de Negócios (BI).

Figura
5 – Tecnologias, Técnicas e Aplicativos que compõem um BI

Crédito: Haali/Shutterstock.

2.2 DATA WAREHOUSE E DATA MINING

Os Sistemas de Inteligência de
Negócios funcionam de forma diferente dos sistemas baseados

em transações.
Estes não trabalham com processamento de transações online (OLTP – online

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transcation processing), mas com armazenamento de dados para análise. Uma


das características dos

BIs encontra-se no tratamento dos dados


informatizados por meio do processamento analítico online
(OLAP – online
analytical processing). Sistemas como ERPs, SCMs (Suplly Chain Management)
e CRMs

fornecem informações para os bancos de dados multidimensionais do Data


Warehouse (Sharda,
2019). O OLAP permite que usuários recebam respostas online
sobre questões específicas numa

velocidade razoável em dados armazenados em


bancos de dados com um volume alto de
armazenamento (Laudon, 2012).

Um modelo multidimensional
possibilita que haja várias visões complexas dos dados.

Além do OLAP, um Data


Warehouse utiliza-se de outra tecnologia denominada Data Mining, o
qual é orientado para descobertas. Este oferece percepções sobre todos os dados
contidos nos

bancos de dados corporativos que não possam ser descobertos pelo


OLAP. Outra função importante
de um Data Mining é guiar os processos de
decisão por meio da descoberta de padrões e

relacionamentos que de grandes


bancos de dados inferindo regras para previsão de
comportamentos futuros. Há
vários tipos de informações que são capturados com um Data Mining,

entre
elas informações de associações, sequenciais, classificatórias, de aglomerações
e de
prognósticos (Sharda, 2019).

Data Mining são


sistemas de análise de alto nível em relação a padrões e tendências e revelam

detalhes de dados quando necessário. O Data Mining é orientado para


negócios em suas diversas

subáreas, bem como para pesquisa científica e


trabalhos governamentais. Este é bastante usado
como suporte de previsões e
tendências para área de marketing, identificando os clientes mais

lucrativos
para as empresas (Sharda, 2019). Assim, a figura 6 irá ilustrar uma arquitetura
genérica para

um Data Warehouse.

Figura
6 – Arquitetura Genérica de um Data Warehouse

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Crédito: JanneStan/Shutterstock.

Caminhando mais um pouco neste


mundo de “garimpo” de dados, uma vez que temos

conhecimento de quão poderosa e


lucrativa pode ser a ferramenta de Data Mining, nos deparamos

com um
desafio em relação à proteção da privacidade (Sharda, 2019). Novamente
esbarramos em
questões éticas dentro dos SIGs. Assim como podemos prever
tendências para o setor de marketing,

acabamos por capturar dados sobre renda,


formas de locomoção, hobbies, detalhes de famílias e

interesses
políticos, e tudo isto converge para um grande perigo de invasão da privacidade
dos

clientes investigados pelo Data Mining.

Um último elemento importante


encontrado na Data Warehouse são os Data Mart, que são
repositórios de dados que se referem a áreas específicas, tais como os
subsistemas de um ERP

(Comercial, Supply Chain, Controladoria, entre outros).

2.3 ANÁLISE PREDITIVA E TEXT MINING

E as ferramentas, técnicas e
tecnologias são muitas, com muitas finalidades. Vamos trabalhar

agora um pouco
sobre a análise preditiva e o Text Mining.

Análise preditiva é uma


técnica utilizada pelos Data Minings, na qual dados históricos e
suposições sobre o futuro, são utilizados para previsão de resultados de
eventos futuros. Como

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exemplo a probabilidade de um cliente aceitar ou não


determinada oferta de compra de um produto
específico (Sharda, 2019).

Até aqui vimos técnicas e


ferramentas que trabalham sobre nossos dados estruturados. Estes

dados
estruturados estão em nossos bancos de dados corporativos. Mas precisamos
identificar o que

há nos dados não estruturados das organizações. E qual o


local que eles se encontram?

Os dados não estruturados


podem ser encontrados em nossos e-mails, documentos jurídicos,

transcrições de
chamadas de atendimentos ao cliente, relatórios sobre serviços prestados,
pesquisas

qualitativas, entre tantos outros incontáveis documentos que geramos


a cada dia em nossas
empresas.

Há uma estimativa de que mais


de 80% das informações de uma organização não estão

estruturadas e com isto


surge outra necessidade de ferramenta que são os Text Minings. Text
Minings

extraem elementos-chave de um grande conjunto de dados não


estruturado, identificando padrões e

relacionamentos das informações. Uma


excelente aplicação de Text Mining é a análise das
transcrições de
ligações das centrais de atendimento aos clientes, como forma de identificação
dos

principais problemas persistentes nos serviços ou produtos das companhias


(Sharda, 2019).

Além de toda documentação que


pode ser varrida por ferramentas de Text Mining, ainda temos

uma fonte
valiosíssima chamada Web. Analisar padrões, tendências e questões
comportamentais de

consumidores, por exemplo, também é uma rica fonte


informação transformada em conhecimento
por meio da mineração na Web (Web
Mining) (Sharda, 2019).

E a Inteligência de Negócios
não termina por aqui. Trabalhamos dos formatos mais simples aos

mais complexos
na mineração dos dados valiosos para tomada de decisão das áreas estratégicas e

tácitas de nossas empresas. Mas ainda esbarramos em questões de mais e mais


volumes de dados,

bem como processos para analisá-los.

TEMA 3 – BI E BIG DATA

Big Data é a
menina dos olhos dos analistas de dados do momento. Todos querem conhecer e
aprender como utilizar esta nova forma de buscar e analisar dados como apoio ao
processo

decisório.

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É importante salientar que Big


Data não substitui o que já desenvolvemos e implementamos em

relação ao Data
Warehouse, nem tão pouco é um caso de escolhermos um ou outro.

Cada nova ferramenta, cada


nova tecnologia, cada nova técnica ou metodologia, durante um
tempo, trabalha
em conjunto com as outras que já são vencedoras. Pode ser que em um futuro, não

tão próximo, não estejamos mais falando sobre Data Warehouse, porém
sobre algo muitas vezes que

evoluiu sobre tudo o que já vimos e vivenciamos.


Assim foi e está sendo com o conceito de

Inteligência de Negócios. Há quarenta


anos falávamos sobre Sistemas de Apoio à Decisão, Sistemas
para Executivos e
Sistemas de Informações Gerenciais. Hoje falamos, dentro de um anglicanismo sem

fim, sobre Big Data, Data Warehouse, Data Mining, Text Mining e Web
Mining. O importante é que nós

possamos entronizar os conceitos importantes


tanto do lado dos Sistemas de Informações quanto do

lado das Estratégias de


Negócio.

Com o avanço constante e


extremamente rápido de toda a infraestrutura de TIC (Tecnologia da
Informação e
Comunicação), o que comporta hardware, software e telecomunicação,
conseguimos

processar de forma mais veloz e armazenar um volume assustador de


dados. Isto impulsionou muito

todas as ferramentas (software) que vem sendo


criadas ou melhoradas. E é na carona de tudo isto

que surge o Big Data.

Big Data surge


com a proposta não somente de apoiar o garimpo sobre um enorme volume de
dados,
mas também sobre um variado e complexo repositório de dados global. Neste caso,
nosso

Data Warehouse não consegue competir, por isto falamos que ambos
caminharão juntos. Apenas

uma pequena ideia do que é esta tal complexidade,


vamos olhar para nossas redes sociais. Vamos

elencar apenas algumas delas: Facebook,


Twitter, Pinterest, Instagram e LinkedIn. Algumas
profissionais e outras
pessoais. Em confronto, vamos imaginar os vários dispositivos móveis

utilizados, dentre os quais vamos destacar os smartphones e tablets.


Cada qual com um número

infinito de aplicativos, sejam para trabalho, acessar


empresas financeiras, ou simplesmente para

diversão por meio de jogos. Todos


estes aplicativos por sua vez, podem ser acessados via uma mídia
social com
auxílio de uma tecnologia de autorização (Oauth). Isto é só a ponta de
um iceberg de

dados não estruturados, mas conectados que trafegam


diariamente, segundo a segundo pela grande

aldeia digital global chamada internet.


Aqui nem estamos considerando o uso de RFID (Radio-

Frequency IDentification),
que empresas de varejo, de logística entre outros segmentos do mercado
utilizam. É armazenagem, catalogação e transporte de produtos trocando
informações. O

agronegócio também está muito automatizado, e utiliza-se de


redes de sensores coletando o fluxo

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de dados em tempo real e fornecendo


informações estratégicas para o processo de plantio e colheita

(Marquesone,
2016). A figura 7 demonstra esquematicamente um pouco dos elementos que

interagem com o RFID.

Figura
7 – Elementos que interagem com o RFID

Crédito: Trueffelpix/Shutterstock.

Uma das principais


características de um Big Data pode ser caracterizada por 3 Vs
(Volume,

Variedade e Velocidade). A Figura 8 exemplifica estes 3 Vs e


inclui mais outros Vs (Veracidade,

Visualização e Viralização).

Figura
8 – 6 Vs do Big Data

Crédito: JanneStan/Shutterstock.

Segundo a consultoria Gartner


Group, (em Marquesone, 2016), Big Data não está restrita às

propriedades
3Vs, mas inclui também outros Vs. Alguns falam em 5 Vs outros
em 6Vs. Além da

variedade, velocidade, volume, visualização, viralização


e valor dos dados, um Big Data precisa
agregar estratégias inovadoras
para um bom retorno da extração dos dados.

Há muita informação
estruturada e não estruturada, relacionada e não relacionada percorrendo
as
atividades cotidianas das organizações e nas redes sociais globais, logo, qualquer
empresa, de

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qualquer tamanho, pode pensar em utilizar este novo conceito na


utilização seus dados e dados

públicos para melhorar o perfil


estratégico-decisório de seu negócio.

TEMA 4 – OS RUMOS DA INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS

Relembrando que BI não


é uma ferramenta ou uma técnica, mas sim o conjunto de tecnologias,

ferramentas
e técnicas, por isso estabelecer os rumos de algo que é apenas conceitual é um
tanto
quanto difícil. Para tanto, vamos elencar alguns elementos que são
importantes para então

direcionarmos melhor nossa conversa. São eles: RFID e


sensores (como tecnologias para geração e

aquisição de dados), Data


Warehouse (o qual é outro conceito que produz relatórios e análises),

Mídias Sociais (como aquisição de dados por meio de Data, Text e Web
Mining), ETL (na conversão de
dados dos sistemas legados (ERP, CRM, SCM)
para repositórios por assuntos nos Data Marts), OLAP

(responsável pela
análise dinâmica e multidimensional dos dados), Análise Preditiva, Prescritiva
e

Descritiva, e BAM (Business Activity Management, um middleware


híbrido que utiliza serviços Web

para monitoramento de eventos empresariais-chave)


(Sharda, 2019). Acrescentando o uso mais
intenso de Artificial Intelligence,
inovações como Storytelling para análise de dados, linguagem

natural na
interação de usuários com ferramentas e o uso de serviços de BI na
nuvem.

Muitas das ferramentas citadas


anteriormente podem ser adquiridas, desenvolvidas ou

adquiridas sob a forma de


licenças de uso. O website tdwi.org é muito interessante como ponto de

partida para aprendizado e conhecimento sobre as tendências de ferramentas,


técnicas e ideias.

As ferramentas existentes no
mercado para BI são bem diversificadas, sendo que a maioria delas
são
pré-programáveis (shells). Assim o cliente pode customizar de acordo com sua
realidade

organizacional (Sharda, 2019).

Segundo Tableau (2020), as


tendências relacionadas Business Intelligence, seja por meio de Data

Warehouse ou Big Data são:

1. Artificial
Intelligence (AI) – evolução e novos elementos relacionados a inteligência

artificial nas ferramentas;

2. Natural
Language Processing (NLP) – aplicação de linguagem natural combinando

ciência
da computação e linguística, fornecendo maior facilidade na interação entre
usuários e
ferramentas;

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3. Análises
acionáveis que aceleram o processo de tomada de decisões, mantendo os

usuários
dentro do seu contexto de seus fluxos de trabalho e processos de negócios;

4. Dados
para o bem é uma iniciativa que já conta com grande engajamento com auxílio

das
mídias sociais e que promove o uso de dados públicos e privados protegendo os
indivíduos

que têm seus dados coletados;

5. Códigos
de ética como GDPR e LGPD;

6. Curadoria
de dados por meio da implantação de BI mais moderna, gerando melhorias

nos processos de governança e gerenciamento pelo acesso mais abrangente aos


dados;

7. Aplicação
de Storytelling às informações dando uma nova roupagem à extração e
análise

dos dados;

8. Maior
foco nas estratégias de uso das análises extraídas dos sistemas de BI.
Não bastam
que haja dados, mas também estratégias de uso mais adequadas ao
conhecimento adquirido

como vantagem competitiva;

9. Destaque
ao profissional chamado cientista de dados. São especialistas em

aprendizagem de máquina, estatística, matemática, Big Data e outras


tecnologias emergentes

em relação ao BI;

10. Utilização
dos serviços na Nuvem para acelerar o processo de modernização dos BIs.

Temos um caminho cheio de


oportunidades para crescimento competitivo das organizações,

melhorias nos
serviços públicos, surgimento e amadurecimento de várias profissões na área de
software
e dados e grandes desafios éticos em mantermos a privacidade das pessoas que
tem seus

dados coletados.

TEMA 5 – VIVENCIANDO EXPERIÊNCIAS NO PROCESSO DECISÓRIO


POR MEIO DE SIG

Mediante dois pequenos estudos


de caso vamos trabalhar duas situações reais sobre a aplicação

de Data
Mining para gerenciamento de problemas com resultados muito importantes no
processo
decisório.

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Nossos dois casos, baseados em


casos estudados em (Laudon, 2012), irão utilizar dois cenários:

1. Mineração
de texto, para a descoberta de padrões e relacionamentos num grande
conjunto de
dados não estruturados, (e-mails, conversas telefônicas transcritas, postagens
em

blogs, pesquisas online e tweets);

2. As
plataformas digitais móveis, com milhões de pessoas ligando, enviando mensagens

de texto, pesquisando, usando aplicativos, comprando, escrevendo e-mails e


utilizando as redes

sociais.

Os consumidores mudaram diante


das inovações tecnológicas. Agora eles colaboram,

compartilham informações e
influenciam outros clientes com suas opiniões.

E tudo isto são dados não


estruturados que precisamos gerenciar para compreendermos nossos
clientes, suas
preferências e o que precisamos melhorar.

Nossa primeira empresa


escolhida, a JetBlue (
<https://www.jetblue.com/>), empresa
global de
viagens, acredita que os dados podem oferecer percepções exclusivas
sobre o comportamento dos

clientes. Ela passou por uma situação difícil com o


descontentamento de muitos clientes devido ao

cancelamento de vários voos


devido a uma tempestade de gelo. Ela recebeu mais de 15.000 e-mails

por dia com


reclamações, quando seu nível normal de e-mails era de 400 por dia.

A empresa contratou então uma


empresa para auxiliá-los na análise de texto para conseguir
compreender os mais
de 15.000 e-mails. Isto permitiu extrair rapidamente os sentimentos,

preferências e solicitações que não era possível mapear de maneira manual. Foi
utilizada uma

ferramenta com tecnologia proprietária para identificar


automaticamente fatos, opiniões, solicitações,

tendências e pontos
problemáticos. Esta ferramenta analisou não somente os e-mails, que eram
inicialmente o grande problema, mas também notas de serviços, respostas de
pesquisas, fóruns na

web, artigos e notícias referentes à JetBlue.

A tecnologia é capaz de
identificar com precisão as “vozes” dos clientes ao expressarem seu

feedback,
tanto negativos quanto positivos.

Esta foi uma pequena aplicação


de Text Mining, que identificou eventos e relacionamentos

importantes
sobre as intenções dos clientes em relação à JetBlue.

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A ferramenta utilizada revelou


questões sobre produtos e serviços específicos que foram

rapidamente
trabalhadas pelo departamento de marketing e relações públicas, em um esforço
de
resgatar a reputação da empresa.

A solução adotada pela JetBlue


foi desenvolver uma declaração de direitos do cliente e abordou

os principais
problemas com os clientes em relação às redes de hotéis, em especial às redes
Gaylord

Hotels and Choice Hotels.

Nosso segundo caso é sobre a


Wendy’s International, uma cadeia de restaurantes dos Estados

Unidos que vende hambúrgueres


em formato quadrado e à moda antiga. Depois de Burger King,
McDonald’s e
Subway, é a quarta maior cadeia de fast-food dos Estados Unidos.

Com mais de 500.000 mensagens


de fóruns de feedback, transcrições de notas de call centers,
mensagens
de e-mail e pesquisas baseadas em recibos e mídias sociais, a Wendy’s buscou no

mercado um software que a auxiliasse na sintetização e análise destes


documentos não estruturados.

O software escolhido foi o


Clarabridge, que foi concebido para que seus clientes alcancem

decisões
importantes sobre a experiência de seus clientes (CX – Customer Experience).

Voltando à Wendy’s, a empresa


levava semanas para analisar as pesquisas feitas com os clientes,

mas depois da
implantação da plataforma de CX Clarabridge, o tempo foi significadamente
diminuído.

Os gestores da Wendy’s
conseguiram agilizar a análise, detectaram emergentes problemas, bem
como
identificaram áreas problemáticas da empresa em vários níveis do grupo: loja,
regional e

corporativo.

Estes dois pequenos estudos


de casos apontam para o grande desafio no aumento do volume

de dados não
estruturados que as empresas estão expostas diante da nova era digital. E
demonstra

um dos vários usos da mineração de textos na melhoria do processo de


tomada de decisões
corporativa.

Como sempre estamos falando,


sistemas de informações gerenciais não são compostos por
várias tecnologias,
técnicas e metodologias para o apoio nos processos decisórios, podendo ser

desde a aplicação de uma mineração de dados, até o conjunto de várias


tecnologias para se chegar

às melhores soluções.

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FINALIZANDO

Nossos sistemas de informações


gerenciais são extremamente importantes para a tomada de

decisões, das mais


pontuais às mais estratégicas da corporação.

Estes podem se utilizar de um


grande e complexo volume de dados locais ou globais, que estão

em bases de
dados estruturadas e não estruturadas.

Discorremos até aqui sobre a


evolução dos sistemas de informações, relembrando seu histórico

nos anos 1950


até os dias de hoje, bem como sobre a evolução tanto tecnológica quanto de
complexidade dos negócios. Também discutimos sobre os primeiros sistemas de
transações, os quais

tinham suas bases isoladas e nada integradas, que serviam


apenas a cada departamento específico

da organização. Na sequência, discutimos


um pouco sobre os sistemas de recursos empresariais
(ERPs), que deram origem à
grande automação dos processos internos das empresas. Diante deste

episódio, a
base de dados se tornou única, com todos os departamentos compartilhando dados por

meio de funcionalidades sobre uma base única. Isto gerou integridade,


confiabilidade dos dados e

principalmente, agilidade no processo global,


tornando a maioria dos processos manuais em
automatizados.

Chegamos então nos sistemas de


suporte à decisão e os sistemas gerenciais. Cada qual, com sua
característica,
mas de forma geral automatizando o processo decisório organizacional.

Compreendemos que os sistemas


gerenciais continuam em acelerada evolução, partindo dos

suportes à decisão
para os Data Warehouses e ao Big Data. Ambos, mesmo que
equidistantes no

tempo, não possuem exatamente a mesma finalidade, para tanto,


um não substitui o outro. Formam

um bom combinado para que a empresa construa


seu maior ativo de valor: o conhecimento.

Antes falávamos sobre


Kilobytes, Gigabytes e até Terabytes. Atualmente, falarmos sobre
Pentabyte,
Exabyte, Zettabyte, Yottabyte e seus sucessores não nos assusta. Isto
impulsionou o que

tanto falamos de volume de dados. Mas é no cruzamento de


volume com complexidade (dados

estruturados e não estruturados) é que nossos


conceitos de Data Warehouse e Big Data entram.

Mesmo mudando o
mercado de trabalho e subdividindo mais uma vez, profissões para relacionadas
ao desenvolvimento de software e manipulação de dados. O grande assunto do
final dos anos 70 até

meados dos anos 90 ficou por conta dos modelos de bancos


de dados relacionais. Conseguimos sim

melhorar e reorganizar as informações


estruturadas das organizações. Porém, assim que deixamos a

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casa literalmente em
ordem, o advento da Web nos coloca diante do grande desafio das informações

não
estruturadas e distribuídas em vários aplicativos e em vários formatos.

Diante de tal grau de


diversidade tecnológica, combinamos conceitos e ferramentas como OLAP,

análise
preditiva, análise descritiva, análise prescritiva, mineração de dados,
mineração de textos,

mineração web, ScoreCards, Dashboards entre tantos


outros elementos, todos debaixo do nosso
guarda-chuvas conceitual chamado Business
Intelligence.

Nosso Business Intelligence


é um objeto de atenção tanto do lado dos negócios quanto da área

de TI. Do
nosso lado, nossas preocupações vão além dos negócios. São tecnologias e
artefatos

dispersos em redes sociais, dispositivos móveis, IoT, RFID, ETL, Data


Mart, Artficial Intelligence, e-

mails, fóruns, marketing digital,


extração de dados e conversões de dados. E toda esta complexidade
nos dá um
terreno fértil para inovarmos com foco no aprimoramento do valor dos dados para
as

empresas.

Visualizando nosso futuro


tecnológico, nossos pés permanecem neste aglomerado de

tecnologias já
discutidas até aqui, mas nossa cabeça deve viajar em 3 situações não tão
distantes de

nossa atual realidade: Artificial Intelligence, Storytelling


e as leis de privacidade (LGPD, GDPR).

Inteligência Artificial é uma


área ampla, mas o que mais se adequa ao nosso contexto de volume

e complexidade
de dados são as subáreas de Machine Learning, redes neurais, algoritmos
genéticos,
agentes inteligentes e sistemas especialistas.

Storytelling,
estranhamente associada à inteligência de negócios é algo realmente bem novo e

pouco maduro. Normalmente este termo está associado às áreas mais criativas,
como Design Visual,

User Experience e Publicidade. Ele entra


justamente como forma de socializar os resultados das

análises sobre os dados.


Por vezes é difícil que consigamos expor exatamente os resultados dos
dados. A
atividade de storytelling nos possibilita a difusão do conhecimento de
uma forma criativa,

memorizável e agradável.

Finalmente, não menos


importante, as leis da privacidade dos dados, sendo adotadas em todos

os
países, é uma preocupação constante. Nossos dados estão circulando pelas redes
no Brasil, do

Iapoqué ao Chuí e no mundo do Polo Norte ao Polo Sul. E quais dados?


Hoje não temos controle.
Tudo aquilo que fornecemos nas redes sociais, nas
lojas de e-commerce, para os governos, para

testarmos aplicativos,
jogos, música, podcasts, quando marcamos nossas atividades nas redes
sociais,

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incluindo fotos, datas, pessoas. Todo este conglomerado de informações


que dispomos

espontaneamente, estão circulando. Por meio das leis, como LGPD e


GPDR, começamos a ter certa
segurança em relação aos nossos dados.
Conseguiremos pedir para que eles sejam excluídos de
determinadas bases de
dados, desde que nos lembremos por onde passamos.

REFERÊNCIAS

O’BRIEN,
J.  Management Information Systems – Managing Information Technology
in the
Internetworked Enterprise. Boston: Irwin McGraw-Hill,
1999.

STAIR, R. M.; REYNOLDS,


G. W. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem
gerencial. 11.
ed. Boston: Cengage Learning, 2015.

SHARDA, R. et al. Business


intelligence: e análise de dados para gestão do negócio. Porto
Alegre: Bookman, 2019.

LAUDON,
Kenneth C.; LAUDON, J. P. Management information systems: managing the
digital
firms. 12. ed. London: Prentice hall, 2012.

MARQUESONE, R. Big
Data: técnicas e tecnologia para extração de valor dos dados. São Paulo:

Casa
do Código, 2016.

AUDY, J. L. N.;
ANDRADE, G. K. de; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de informação.
Porto

Alegre: Bookman, 2007.

Tableau. Disponível em:

<https://www.tableau.com/sites/default/files/blocks/2019_bi_trends_report_pt-br_1.pdf>.
Acesso em:
09 mar. 2021.

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