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Relatório de Roda e Suspensão Ferroviária

Emilly Costa Schmidt

Projeto de Rodas

Nomenclatura

As rodas ferroviárias tem geometria cônica por dois motivos:

1- Centralizar o veiculo no trilho: quando a deslizamento da roda para


um dos lados a geometria faz com que exista uma forma resultante
que faz com que o rodeiro volte a ficar centralizado em relação ao
trilho. Como pode ser visto na Figura 1.

Figura 1: Centralização do rodeiro

Fonte: Lesics, 2022

2- Reduzir o escorregamento das rodas nas curvas: como as rodas, ao


longo da sua largura, possuem diferentes comprimentos de
circunferência, ao realizar uma curva, uma das rodas precisar realizar
um percurso maior. Deste modo, em durante o escorregamento do
movimento, o formato da roda produz uma força resultante que tenta
reduzir este escorregamento.
As rodas ferroviárias tem para cada um de suas partes uma
nomenclatura característica:

1- Pista de rolamento: parte que entra em contato com o trilho e


geralmente com as sapatas (região cônica);
2- Friso: localizado ao lado da pista de rolamento, é uma guia das rodas,
mantendo o rodeiro sobra os trilhos e impedindo o descarrilamento.
(em geral é para segurança) ;
3- Disco: região entre o aro e o cubo. Atualmente tem formato de “S” ou
são parabólicos. A substituição ocorreu foi estes formatos, diferentes
do reto, faz com que haja uma diminuição da temperatura e das
tensões devido a uma maior área da pista de rolamento ( maior
dissipação de energia) como pode ser vista na Figura 2. A redução
da temperatura e das tensões implica na redução das falhas por
trincas ou fadiga;

Figura 2: Comparação dos tipos de disco em relação a temperatura

Fonte: Rodas Ferroviárias com Disco em Forma de “S”

4- Aro: região entre a pista de rolamento e o disco. Ele possui duas


faces:
a. Externa – oposta ao friso;
b. Interna – próxima ao friso.
5- Cubo: região que faz contato com o eixo.
Materiais das rodas

A classificação das rodas no Brasil segue as normas AAR M-107 e M-


108. As quais apresentam os valores máximos e mínimos de dureza e teor de
carbono. Além disso, as rodas possuem 5 classes de acordo com aplicação,
sistema de freio e ambiente, como mostrada na figura a tabela 1.

Tabela 1: Classes das rodas


Classe Velocidade Frenagem Carga Transporte
L Alta Severas Leve Passag.
A Alta Severas Moderada Passag.
B Alta Severas Elevado Passag./Carga/Loco
C Baixo Leve Pesada Passag./Carga/Loco
D Baixo Leve Pesada (>30t) Carga/Loco.
Fonte: A autora, 2022

Existe uma tendência para as rodas migrarem para classe D de aços


micro ligados, os quais possuem elementos de liga melhorando as propriedades
do material.

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