O relatório descreve a geometria cônica das rodas ferroviárias, que centraliza o veículo no trilho e reduz o escorregamento nas curvas. Detalha a nomenclatura de cada parte da roda e explica que os discos em formato de "S" ou parabólicos reduzem a temperatura e tensões. Apresenta as 5 classes de rodas de acordo com a aplicação, sistema de freio e ambiente, e indica uma tendência para o uso de aços micro ligados nas rodas classe D.
O relatório descreve a geometria cônica das rodas ferroviárias, que centraliza o veículo no trilho e reduz o escorregamento nas curvas. Detalha a nomenclatura de cada parte da roda e explica que os discos em formato de "S" ou parabólicos reduzem a temperatura e tensões. Apresenta as 5 classes de rodas de acordo com a aplicação, sistema de freio e ambiente, e indica uma tendência para o uso de aços micro ligados nas rodas classe D.
O relatório descreve a geometria cônica das rodas ferroviárias, que centraliza o veículo no trilho e reduz o escorregamento nas curvas. Detalha a nomenclatura de cada parte da roda e explica que os discos em formato de "S" ou parabólicos reduzem a temperatura e tensões. Apresenta as 5 classes de rodas de acordo com a aplicação, sistema de freio e ambiente, e indica uma tendência para o uso de aços micro ligados nas rodas classe D.
As rodas ferroviárias tem geometria cônica por dois motivos:
1- Centralizar o veiculo no trilho: quando a deslizamento da roda para
um dos lados a geometria faz com que exista uma forma resultante que faz com que o rodeiro volte a ficar centralizado em relação ao trilho. Como pode ser visto na Figura 1.
Figura 1: Centralização do rodeiro
Fonte: Lesics, 2022
2- Reduzir o escorregamento das rodas nas curvas: como as rodas, ao
longo da sua largura, possuem diferentes comprimentos de circunferência, ao realizar uma curva, uma das rodas precisar realizar um percurso maior. Deste modo, em durante o escorregamento do movimento, o formato da roda produz uma força resultante que tenta reduzir este escorregamento. As rodas ferroviárias tem para cada um de suas partes uma nomenclatura característica:
1- Pista de rolamento: parte que entra em contato com o trilho e
geralmente com as sapatas (região cônica); 2- Friso: localizado ao lado da pista de rolamento, é uma guia das rodas, mantendo o rodeiro sobra os trilhos e impedindo o descarrilamento. (em geral é para segurança) ; 3- Disco: região entre o aro e o cubo. Atualmente tem formato de “S” ou são parabólicos. A substituição ocorreu foi estes formatos, diferentes do reto, faz com que haja uma diminuição da temperatura e das tensões devido a uma maior área da pista de rolamento ( maior dissipação de energia) como pode ser vista na Figura 2. A redução da temperatura e das tensões implica na redução das falhas por trincas ou fadiga;
Figura 2: Comparação dos tipos de disco em relação a temperatura
Fonte: Rodas Ferroviárias com Disco em Forma de “S”
4- Aro: região entre a pista de rolamento e o disco. Ele possui duas
faces: a. Externa – oposta ao friso; b. Interna – próxima ao friso. 5- Cubo: região que faz contato com o eixo. Materiais das rodas
A classificação das rodas no Brasil segue as normas AAR M-107 e M-
108. As quais apresentam os valores máximos e mínimos de dureza e teor de carbono. Além disso, as rodas possuem 5 classes de acordo com aplicação, sistema de freio e ambiente, como mostrada na figura a tabela 1.
Tabela 1: Classes das rodas
Classe Velocidade Frenagem Carga Transporte L Alta Severas Leve Passag. A Alta Severas Moderada Passag. B Alta Severas Elevado Passag./Carga/Loco C Baixo Leve Pesada Passag./Carga/Loco D Baixo Leve Pesada (>30t) Carga/Loco. Fonte: A autora, 2022
Existe uma tendência para as rodas migrarem para classe D de aços
micro ligados, os quais possuem elementos de liga melhorando as propriedades do material.