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Relatório de Roda e Suspensão Ferroviária

Emilly Costa Schmidt

Defeitos em rodas ferroviárias

Grande parte dos gastos das empresas se dá devido a falta de


manutenção preditiva e corretiva de rodas ferroviárias. Dado isso, a indústria
busca constantemente novos materiais a fim de prolongar a vida útil do
componente

Tribologia

A tribologia faz o estudo das interações da superfície em movimento


relativo e o desgaste. Ele é composto por 4 elementos: corpo sólido, contra
corpo, elemento de interface e meio ambiente.

Principais defeitos

Desgaste

Falha que ocorre devido ao uso e às vezes necessita do re-perfilamento


da roda ou do sucateamento.

Trincas

A propagação de trincas pode gerar a quebra parcial ou total da roda e


pode ter como consequência danos aos trilhos, suspensões, rolamentos e até
mesmo levar ao descarrilamento.

Fadiga

Caracterizada pela falha mecânica quando o material é exposto a


números elevados de solicitações cíclicas. Podendo ser:
• Mecânica – quando ocorre a flutuação das cargas externas;
• Fluência – componente sofre a aplicação de cargas cíclicas em altas
temperaturas;
• Termomecânicas – combinação de fadiga térmica e mecânica.
Analisar a forma como ocorreu a fadiga indicará o defeito.
• Lascamento: ocorre devido a transformação de perlita para
martensita gerando lascas na pista de rolamento. É um defeito
termomecânico gerado pelo deslizamento da roda sobre o trilho
(frenagem);
• Escamação: Fadiga mecânica que destaca pedaços da pista de
rolamento devido ciclos com alta carga do contato roda trilho.
Caracterizada pela presença de escamas na pista de rolamento.
o Diferenciar defeito causado por escamação ou lascamento é
difícil ser feito de forma visual. Por isso, é realizado um teste
com persulfato de amônia na superfície da pista. As áreas que
oxidam ficam mais escuras, estas áreas correspondem as
regiões que não contem martensita, ou seja, indica que não
houve lascamento.
• Fenda vertical: trincas que se propagam por meio de fratura frágil
fazendo com que o aro perda porções significativas, que são geradas
devido a escamação ou lascamento. Como a roda perde
circularidade a fratura se propaga mais rapidamente
• Trincas superficiais térmicas: grandes gradientes de temperatura
causadas pela fricção roda-trilho faz com que as trincas se propagam
causando a fratura do material;
• Calo/Flat: Aquecimento da pista de rolamento abaixo da temperatura
de austenita, gera deformação da superfície. Isto pode acontecer
devido ao escorregamento entre a roda e o trilho em baixas
velocidades, reduzindo a resistência pela temperatura e gerando
aplainamentos;
• Falso friso: causado pelo desgaste lateral das rodas criando uma
saliência próxima a face externa da roda.

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