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CURSO DE TEOLOGIA

TERCEIRA AULA
IX – A BIBLIA: O QUE ELA TEM QUE OS OUTROS LIVROS NÃO TÊM?
No mundo há muitos livros religiosos. Muitos, inclusive, derivados da própria Bíblia. MAS NENHUM LIVRO TEM O QUE A BIBLIA TEM: ao Lê-la,
sentimos em nosso interior o próprio Deus falando conosco. Por isso, a Bíblia, é chamada de “A PALAVRA DE DEUS”.

A Bíblia, não obstante ter sido escrita por vários autores em diferentes épocas e nos mais diversos lugares...
Tendo demorado pelo menos 1.500 anos para ficar completa (entre Genesis e Apocalipse) mantém uma unidade ímpar de pensamento,
testificando em nossos corações que o seu Autor é Um Só: DEUS!

Nenhum outro livro foi mais perseguido e protegido; nenhum outro livro foi mais combatido e defendido. A Bíblia que já foi rasgada pelo
Comunismo, queimada pelos hereges, adulterada pelos infiéis, abandonada e negligenciada e, mesmo assim, resistiu pelos séculos dos
séculos, é o livro mis traduzido e impresso em todo o Mundo e, ironicamente, um dos menos lidos do mundo.

Mas como surgiu este livro sagrado?

A Bíblia surgiu com o povo Hebreu. É o “povo da Bíblia”. O Antigo Testamento é assim chamado por eles.

LEI E OS PROFETAS. Trata-se de uma coleção de rolos escritos durante um período de mil anos, por vários escritores diferentes, começando
por Moisés, em 1540 a.C., e terminando com Malaquias, em 430 a.C. Além dos cincos primeiros Livros: 1 - Gênesis, 2- Êxodo, 3 – Levítico, 4-
Números, 5- Deuteronômio, considerados a Lei, inclui ainda os profetas Anteriores, 6- Josué, 7 – Juízes, 8 – Samuel, 9 – Reis, e os livros dos
Profetas Posteriores, 10 – Isaías, 11- Jeremias, 12- Ezequiel, 13 – os doze, também chamados de Profetas Menores, incluindo Oséas, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias, e ainda aos Escritos: 14- Salmos ou Louvores, 15-
Jó, 16- Provérbios, 17- Rute, 18- Cânticos dos Cânticos, 19- Eclesiastes, 20- Lamentações, 21 – Ester, 22- Daniel, 23- Esdras-Nemias, 24 –
Crônicas, Assim, para os judeus, a Lei e os Profetas contém 24 Livros.

Os “Profetas” são chamados Nebiim (incluindo os Livros históricos) e os demais Livros são chamados Ketubim (os “escritos”). É comum, no
Judaísmo, designar a Lei e os Profetas, pela Palavra TaNaK, formada pelas primeiras letras da Torah, Nebiim e Katubim.

Jesus Cristo usou a Bíblia Hebraica, assim como os demais Apóstolos, já que o Novo Testamento ainda não havia sido escrito. Está relação de
livros hebraicos é conservada até hoje pelos judeus modernos.

Para os católicos, a Lei e os Profetas contém ainda os livros de Tobias, Judite, I e II, Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico, bem como
os acréscimos nos Livros de Daniel 3:24 – 90 ( o Cântico de Azarias e dos três jovens), Daniel 13 (Suzana), Daniel 12 ( Bel e o Dragão) e a carta
de Jeremias ( Baruque 6). Estes Livros e acréscimos de textos já existiam no tempo de Jesus, mas eram recusados pelos judeus da Palestina e
pela comunidade cristã nos primeiros séculos por serem considerados apócrifos – obras sem autenticidades e em inspiração divina, e também
por não existirem originais em hebraico. A Igreja Católica também os chama de Deuterocanônicos, porque foram admitidos posteriormente.

Para os ortodoxos, a Lei e os Profetas são a versão grega dos Setenta ou Septuaginta, também conhecida pelo símbolo LXX. Trata-se de uma
versão do hebraico para o grego, feita por ordem do rei macedônio Ptolomeu Philadelpho, que ocupou o trono do Egito entre 285 e 247 a.C. É
chamado de Septuaginta porque a tarefa foi dada a setenta escribas judeus, na então prospera e cultural cidade de Alexandria, no Egito.
Também contém os apócrifos, e mais alguns, assim distribuídos: III e IV Esdras, III e IV Macabeus, Odes e Salmos de Salomão, também
considerados apócrifos pela Igreja Católica. Foram estes 70 tradutores judeus que substituíram o tetragrama Sagrado YHVH pela Palavra
SENHOR, costume que acabou sendo dotado pela maioria das versões da Bíblia.

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