05/09/2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CENTRO DE ESTUDOS DO MAR
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Tratamento Terciário do Esgoto
Reuso de Águas Residuárias
Disciplina: Tratamento de Águas Residuárias II – EAS191
Período 2022-1 • A partir do momento que o efluente REUSO INDIRETO
é tratado, é visto como um produto
Unid. 3: Processos de Tratamento e a sua utilização deve ser uma
prática a ser incentivada.
Terciário do Esgoto • No Brasil, a falta de uma legislação
Reuso de Águas Residuárias federal ou norma específica para o
reuso dos efluentes das ETEs, tem
deixado órfãos os interessados na
Prof. Silvia Pedroso Melegari, Dr.
Agosto, 2022 adoção dessa prática.

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias
• Reciclagem interna: Reuso de água internamente à instalações
industriais tendo como objetivo a economia de água e controle de
poluição, caso particular de reuso direto.
Reuso de Águas Residuárias
• Reuso de Água: Aproveitamento de águas previamente utilizadas
para suprir necessidades de outros usos benéficos, inclusive o
original.
• Pode ser direto ou indireto, bem como decorrer de ações planejadas ou
não planejadas.

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias
• Reuso indireto não planejado: • Reuso indireto planejado:
• Água já utilizada uma ou mais vezes é descarregada e utilizada a jusante • O efluente, depois de convenientemente tratado, é
de forma diluída, de maneira intencional e não controlada. descarregado de forma planejada em corpos
hídricos superficiais ou subterrâneos para serem
• O efluente é diluído e sujeito a processos de autodepuração, utilizados a jusante e de maneira controlada, no
sedimentação, entre outros, além de eventuais misturas com outros intuito de algum uso benéfico.
despejos. • Controle de eventuais novas descargas.
• Melhoria da qualidade do efluente, armazenamento,
modulações de vazão, ou fatores psicológicos do
usuário à jusante.

Fonte: ABES/CREA - PR

Fonte: ABES/CREA - PR 5 6

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias

• Reuso direto planejado: • Reuso direto planejado: ETE experimental, Denver – Colorado EUA.
• O efluente, depois de convenientemente tratado, é descarregado de forma
planejada em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos para serem
utilizados a jusante e de maneira controlada, no intuito de algum uso
benéfico.
• Controle de eventuais novas descargas.
• Melhoria da qualidade do efluente, armazenamento, modulações de vazão,
ou fatores psicológicos do usuário à jusante.
• Após devidamente tratados, os efluentes são encaminhados diretamente
do ponto de descarga ao local de reuso. Não são descarregados no
ambiente.

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias
• Reuso potável: • Reuso não potável:
Fins Exemplo
Irrigação de plantas alimentícias (árvores frutíferas, cereais) e não alimentícias (pastagens e forrações),
Tipo Descrição Agrícolas
dessedentação de animais.
Direto Após tratamento, esgoto recuperado é diretamente Industriais Abrange usos industriais para refrigeração, água de processo, caldeiras, etc.
reutilizado no sistema de água potável; Irrigação de plantas ornamentais, campos de esporte, parques, enchimentos de lagoas recreacionais ou
Recreacionais
ornamentais, etc.
Indireto Após tratamento, esgoto é disposto na coleção de águas Domésticos Rega de jardins, descargas sanitárias e utilização em grandes edifícios.
superficiais ou subterrâneas para diluição, purificação natural Promove adequada diluição de eventuais cargas poluidoras, incluído fontes difusas e propicia vazão mínima de
Manutenção de vazões
e subsequente captação para utilização como água potável. estiagem.
Produção de peixes e plantas aquáticas, visando a obtenção de alimentos e/ou energia, utilizando os nutrientes
Aquicultura
do efluente tratado.
Pode ser de forma direta, com injeção sob pressão, ou de forma indireta utilizando-se águas superficiais que
Recarga de aquíferos
tenham recebido descargas
subterrâneos de efluentes tratados a montante.
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Reuso de Águas Residuárias Atividade
Parques
Finalidades Reuso de Águas Residuárias
• Tipos diversos de reuso empregados: Irrigação paisagística
Cemitérios
Campos de golfe
Passagens de vias públicas
• Recomendações da Organização Mundial da Saúde relativas à qualidade
Jardins de escola
Jardins residenciais
microbiológica, para uso agrícola de efluentes de estação de tratamento de
Produção de forragens, sementes e fibras esgoto:
Irrigação agrícola Produção de alimentos
Viveiros Ovos de helmintos/L CF/100mL
Categoria Condições de reuso Grupo exposto
Recarga de aqüíferos
Recarga de aqüíferos potáveis (média aritmética) (média geométrica)
Controle de intrusão salina
Torres de resfriamento Irrigação de culturas que
são ingeridas cruas, Trabalhadores, público,
Alimentação de caldeiras A consumidores ≤ 1 ≤ 1000
Industrial campos de esporte.
Lavagens de gases nas chaminés
Água de processamento
Irrigação de culturas não
Irrigação de paisagem ingerida cruas como
Proteção contra incêndio B Trabalhadores ≤ 1 Não recomenda
Uso urbano não potável cereais, à indústria,
Limpeza de vasos sanitários
Lavagem de veículos pastos, forragem e árvore.
Lavagem de ruas Irrigação de culturas da
Ornamentais categoria B se o público e
Represamentos C Nenhum Não se aplica Não se aplica
Recreacionais os trabalhadores não
Meio ambiente Incremento de vazões de pântanos
ficam expostos.
Locais de pesca e rios
Aqüicultura
Outros
Construção civil 12

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias
• A utilização controlada dos esgotos tratados, ou seja, segura do ponto de vista sanitário, sustentável do • Planejamento do sistema de reuso:
ponto de vista ambiental e otimizado do ponto de vista de produção, apresenta diversas VANTAGENS:
• Definição dos usos previstos;
• Volumes;
Vantagens

Constitui numa prática de reciclagem de água, proporcionando

alívio na demanda e preservação de oferta para outros usos;
Constitui numa prática de reciclagem de nutrientes,
• Grau de Tratamento;
proporcionando economia significativa de insumos (fertilizantes
e ração animal); • Sistema de reservação e distribuição;
Contribui para o aumento da produção de alimentos,
recuperação de áreas improdutivas e ampliação de áreas • Manual de operação e treinamento de pessoal.
irrigadas;
Contribui para a preservação e a proteção do meio ambiente

Desvantagens
ao minimizar o lançamento de esgotos em cursos de águas
naturais, prevenindo a poluição, a contaminação e a
eutrofização, bem como favorecer a conservação do solo e a Agrega custos na implantação, operação e
recuperação de áreas degradadas; transporte
Contribui para a melhoria das condições estéticas e ampliação Pode acarretar à problemas de saúde pública e de
de área de lazer em zonas urbanas: irrigação e fertilização de contaminação do meio ambiente se o efluente não
“zonas verdes”, como parques públicos, jardins, campos para
a prática desportivas, canteiros e arborização de logradouros. for adequadamente tratado

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias
• Legislações e normas técnicas para regulamentação • Legislações e normas técnicas para regulamentação
• Nacional: Inexistentes • NBR 13969/97 – Tanques Sépticos:
• NBR 13969/97 – Tanques Sépticos: Unidades de tratamento • Classificação águas de reuso
complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto,
construção e operação. Setembro/1997.

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias Reuso de Águas Residuárias
• Legislações e normas técnicas para regulamentação
• Legislações e normas técnicas para regulamentação • Nacional:
• NBR 13969/97 – Tanques Sépticos: • NBR 15.527/2007 – Água de chuva: Aproveitamento de coberturas em áreas
• Padrões de Qualidade da Água de Reuso urbanas para fins não potáveis.
• Estimativa de demandas;
• Estudo das séries históricas de precipitações;
• Prever sistema mínimo de remoção de sólidos grosseiros;
• Dispositivo para descarte da primeira chuva (recomendado 2 mm da precipitação
inicial);
• Impedir conexão cruzada;
• Reservatórios devem ter extravasor, dispositivo de esgotamento, cobertura, inspeção,
ventilação e segurança;
• Tubulações identificadas e diferenciadas das tubulações de água potável;
• Realizar manutenção periódica de todo sistema de coleta, armazenamento e
distribuição.

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Tratamento Terciário do Esgoto Tratamento Terciário do Esgoto

Reuso de Águas Residuárias
• Legislações e normas técnicas para regulamentação Aplicações
Características Resquisitos
• Estadual: PR esta caminhando para implantação de regulamentações, do efluente de qualidade
principalmente devido a crise hídrica vivida neste ultimo ano;
• Estado SP: modelo para o país:
• Conservação e Reuso de Água em Edificações(Fiesp-ANA-Sinduscon. REUSO DE ÁGUAS
Junho/2005)
• Reuso na Agricultura: Orientações CETESB (Aplicação : pomares, culturas que não Tipo de
são consumidas cruas; forrageiras, exceto para pastejo direto; áreas de Instalações
tratamento
reflorestamento e plantações florestais; irrigação paisagística ou esportiva). hidráulicas Legislação e
Normas Técnicas

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