ESTUDO EXPLORATÓRIO DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

POR EQUIPAMENTO DE SOLDA ULTRASSÔNICA (57 kHz)

Desafios normativos e instrumentais
Jorge Enrique Bondarenco Zajarkievaiech

Autores:
Mario Luiz Fantazzini
José Carlos Lameira Ottero
Jorge Enrique Bondarenco Zajarkievaiech
Elvis A. A. de Freitas Gouveia Alves

O conteúdo apresentado não necessariamente reflete a opinião da ABHO .

 Ultrassom ?

Um desafio ocupacional desde o reconhecimento

Um desafio de mensuração, conceitual e instrumental

Um risco de extensão ocupacional pouco conhecido

Um vazio regulatório local e consensual em nível mundial

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 Ultrassom

Formalmente, frequências acima de 20 kHz

Critério ACGIH abarca frequências inferiores (>10 kHz)

Critérios considerados: ACGIH e ICNIRP

ACGIH- American Conference of Governmental Industrial Hygienists

ICNIRP – International Comission on Non Ionizing Radiation Protection
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 ACGIH

Linearização dos 85 dB(A)

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ACGIH

Note: valores “B”

podem ser
aumentados em
30 dB se não
houver contato
com a água ou
outro substrato

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 ACGIH
Considera “cabeça no ar” e “cabeça na água”
Considera a faixa sônica (audível) superior [10 kHz a 20 kHz]
ACIMA DE 10 KHz ATÉ 20 kHz, COMO “TWA” DE 85 dB(A) (como ruído)
REQUER ANÁLISE POR TERÇOS DE OITAVA
MEDIÇÃO POR INSTRUMENTO INTEGRADOR, Leq
PONDERAÇÃO TEMPORAL OMISSA (Leq / TWA) [opcional, pela IEC 60804/61672]

Considera a exposição ultrassônica e sônica [10 kHz a 100 kHz]

REQUER ANÁLISE POR TERÇOS DE OITAVA
VALORES – TETO
RESPOSTA LENTA (S)

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 ACGIH

Demanda Leq , em terços de oitava, medidor integrador

Demanda LSmax (retenção de máximos, resposta lenta)

OBS.
-Um pouco confusa, carente de orientações adicionais
-Criticada em vários trabalhos sobre LEOs ultrassônicos

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 ICNIRP
Selecionados pelo alcance mundial, por serem mais restritivos,
considerados “preferíveis” por vários autores e citados em muitas
referências

Níveis para exposições continuadas de até 8h diárias, em terços de

oitava, de 20 kHz a 100 kHz

Não é prescritivo na forma de medição, mas implica em “exposição

permitida” (Leq), o que é reforçado nas refs. consultadas (também se
usa o SEL europeu).
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Banda de terço de oitava Nível de Pressão Sonora
(kHz) (dB re. 20 µPa)
20 75
25 110
31,5 110
40 110
50 110
63 110
80 110
100 110
 O Desafio Instrumental
20 kHz
Analisador customizado, construído
a partir de um microfone de ¼”
(PF), pré-amplificador, fonte de
microfone e Sistema de Aquisição
com taxa de 204 kS/s.

GRAS
40BP
¼ Leq ou LSmax
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 O Desafio Instrumental

CAMPO SONORO (PRESSÃO)

INCIDÊNCIA DE 90°
COMPRIMENTO DE ONDA
Direção de
DIÂMETRO DO MICROFONE propagação
LIMITAÇÕES DO POSICIONAMENTO
RASTREABILIDADE DAS MEDIÇÕES
INCERTEZAS ASSOCIADAS

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 Efeitos - Discussão

 ACGIH Considera apenas a perda auditiva por subharmônicos audíveis

 Literatura consultada enfatiza efeitos diretos, por ex.: dor de cabeça, náuseas,
tinnitus (zumbido).
 Ultrassom diagnóstico: efeitos controlados pela segurança terapêutica
 Literatura detalha vários efeitos térmicos, subjetivos e funcionais, que podem
afetar habilidades cognitivas

[ver íntegra no artigo dos mesmos autores: Avaliando a Exposição ao Ultrassom

em um Banho de Limpeza. Revista ABHO, Ano 20, No. 62 (Março), pp 36-52, 2021]

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Máquina de Solda
e Contexto da
Exposição

Frequência
especificada:
57 kHz

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 Máquina de Solda
e Contexto da Exposição

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 Medições

Os níveis de fundo foram pesquisados em detalhe considerando

os vários parâmetros e essencialmente se referem ao ruído
eletrônico global.

Com o equipamento ativado, os níveis dos diversos parâmetros e

formas de medição foram devidamente obtidos para a
comparação com os critérios.

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Leq, faixa sônica superior, para ACGIH

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Valores-teto, Slow, para ACGIH

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LZeq para ICNIRP

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RESUMO DE RESULTADOS

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 Conclusões para este caso

Limites ACGIH e ICNIRP amplamente respeitados

A emissão ultrassônica atinge livremente o operador, em linha

direta e sem barreiras dedicadas

Alterações de potência, frequência, distanciamento e

procedimentos operacionais poderão provocar a ultrapassagem
dos LEOs
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 Recomendações
Orientar sobre o risco (sem alerta sensorial), sinalizar

Assegurar adequada manutenção e preservação das condições

originais do equipamento

Reavaliar se houver qualquer mudança que impacte a exposição (peça

soldada, leiaute / distanciamento, mudanças no equipamento,
procedimentos etc)
Oferecer proteção auditiva, mesmo que o ruído ambiente não requeira
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 Proteção auditiva
Não existe EPI dedicado (específico) no mercado
Não existem ensaios especiais para protetores no ultrassom
Difícil testar (não se pode usar pessoas além de 20 kHz)
Berger (1984) considera presumível redução de pelo menos 32 dB até 32 kHz
Brad Witt (Sound Source #12, 2007), aproximadamente 35 dB para “faixas
estendidas de alta frequência”
Grandjean e G.Nexer (2015) dizem que o nível de atenuação a 8 kHz
corresponde ao que se pode obter de atenuação nas bandas subsequentes,
até 50 kHz
Podemos concluir: bons protetores oferecerão proteção relevante, embora
não seja possível aferir o “quanto”.
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 Aos colegas higienistas

Saber reconhecer um risco que não tem um alerta sensorial

Conhecer processos “escondidos”, fontes, verificar “dados de placa”
BANHOS DE LIMPEZA ULTRASSÔNICOS
SOLDA DE PLÁSTICOS E METAIS
AFUGENTADORES DE PRAGAS (RATOS, POMBOS, MOSQUITOS)
MEDIÇÃO DE ESPESSURA, TERRESTRE E SUBAQUÁTICA,
Buscar realizar avaliações e divulgar os resultados

Este trabalho representa um protocolo preliminar para fazer esse tipo

de medições, uma metodologia para abordar ultrassom
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 OBRIGADO
Fantazzini, M.L. 1; Ottero, J.C.L. 2; Zajarkievaiech, J.E.B. 3; Alves, E. G. 4

1 Mario Luiz Fantazzini, SP, Brasil, mfantz@uol.com.br

2 José Carlos Lameira Ottero, SP, Brasil, lameira.ottero@gmail.com
3 Total Safety (Calilab), São Caetano do Sul, SP, Brasil, enrique@totalsafety.com.br
4 HBK – Hottinger Brüel & Kjaer, São Paulo, SP, Brasil, elvis.gouveia@hbkworld.com

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