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Pro Psiq 07 Transtorno de Panico
Pro Psiq 07 Transtorno de Panico
Nº 07
I.Autores
Nara Fabíola Costa de Brito
II.Introdução
F41. 0 (CID-10)
F40. 01(CID-10)
O diagnóstico é clínico.
O ataque de pânico é um episódio de intensa ansiedade, medo e desconforto, com início
súbito e diversos sintomas somáticos e psíquicos. Pelo menos quatro dos 13 sinais/sintomas
possíveis devem estar presentes, como: falta de ar ou sensação de asfixia; vertigem, sensação
de desmaio ou instabilidade; palpitações ou taquicardia; tremores ou abalos musculares;
sudorese; sensação de sufocamento; náusea ou desconforto abdominal; despersonalização ou
desrealização; anestesia ou parestesia; ondas de calor ou de frio; dor ou desconforto no peito;
medo de morrer; medo de enlouquecer ou perder o controle.
Os ataques de pânico podem ser espontâneos ou situacionais, tais como em ônibus, metrôs,
elevadores, supermercados, shoppings, cinemas, etc. O indivíduo passa a evitar locais onde
ocorreram os ataques de pânico e situações em que seria difícil ou embaraçoso escapar, fugir.
Essa evitação fóbica pode evoluir para agorafobia. Os indivíduos com agorafobia muitas vezes
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V.Critério de inclusão
Indivíduos maiores que 18 anos, que preencham os critérios diagnósticos.
VI.Critério de exclusão
Indivíduos menores que 18 anos, impossibilitados de adesão e/ou continuidade do
tratamento.
VII.Conduta
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Farmacoterapia:
-constipação;
-retenção urinária;
-visão turva;
-ganho de peso;
-sedação;
-disfunção sexual;
-hipotensão ortostática.
Os tricíclicos também apresentam elevada cardiotoxicidade, com aumento do risco de
morte súbita e potencial letal no caso de overdose.
O principal objetivo dos benzodiazepínicos no pânico é a redução da intensidade e da
frequência dos ataques de pânico, tendo também importante aplicação como medicação de
uso ocasional em caso de crise.
O benzodiazepínico mais estudado no transtorno de pânico é o alprazolam. Há 11 estudos
disponíveis, sendo sete deles placebo-controlados. Desse total, seis demonstraram
superioridade do alprazolam em relação ao placebo na redução da frequência de ataques de
pânico, e cinco observaram melhora da ansiedade antecipatória. A desvantagem do
alprazolam é a sua meia-vida curta, podendo ser necessária administração frequente, o que
provoca “efeito rebote” entre as doses. O alprazolam de liberação prolongada foi lançado
visando a minimizar este efeito e já foi aprovado pelo FDA para o tratamento do TP.
O clonazepam é outro benzodiazepínico muito utilizado no transtorno de pânico. É potente,
tem ação rápida e meia-vida longa. Conta com apresentação sublingual de sua dose mínima
(0,25mg), que é muito útil no tratamento da crise em si.
A retirada dos benzodiazepínicos de pacientes com TP em remissão e em uso prolongado
pode ser bem sucedida se a dose for reduzida de forma gradual. Alguns autores sugerem a
redução em média de 0,25mg por semana até a completa suspensão.
A preocupação com o abuso de benzodiazepínicos na população de pacientes com
transtorno de ansiedade é mais justificado quando há histórico de propensão a adicções e
diante de certas características de personalidade do paciente. Investir em uma boa relação
médico-paciente também é fundamental para evitar o abuso. Não há um período ótimo de
tratamento do TP com BZDs, mas, dado seu potencial em provocar dependência, suspendê-lo
o mais rápido possível, após estabilização do quadro, parece o mais racional. Isso significa
utilizá-lo em média de 6 a 8 semanas. Contudo, alguns pacientes parecem requerer mais
tempo.
Sempre que possível, deve-se usar apenas um psicofármaco no tratamento do transtorno de
pânico, onde a monoterapia é a regra. A cada tentativa com um psicofármaco, deve-se ajustar
a dose e aguardar de 6 a 8 semanas antes de trocar por outro psicofármaco. Alguns pacientes,
no entanto, só apresentarão resposta completa com 08 a 12 semanas.
Não está bem definido o tempo ótimo de tratamento farmacológico após a resposta
terapêutica ter sido alcançada. Geralmente, a manutenção do tratamento é feita por pelo menos
um ano, mas alguns autores sugerem que essa fase estenda-se por dois anos, a fim de evitar
recaídas.
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Psicoterapia:
Casos refratários:
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IX. Referências:
4. Freire RC, Hallak JE, Crippa JÁ, Nardi AE. New treatment options for panic disorder:
clinical trials from 2000 to 2010. Expert Opin Pharmacother.2011 Jun; 12(9):1419-28.
10. Ribeiro L, Busnello JV, Kauer-Sant`Anna M, Madruga M, Quevedo J, Busnello EA, et al.
Mirtazapine versus fluoxetine in the treatment of panic disorder. Braz J Med Biol
Res.2001 Oct;34(10): 1303-7
11. Menezes GB, Fontenelle LF, Muluo S, Versiani M. Treatment-resistant anxiety disorders:
social phobia, generalized anxiety disorder and panic disorder. RevBras Psiquiatr.2007
Oct; 29 (Suppl 2): S55-S60.
12. Nunes EA, Hallak J. Transtorno de pânico e outros medicamentos. In: Nardi AE, Quevedo
J, Silva AG, organizadores. Transtorno de pânico: teoria e clínica. Porto Alegre: Artmed;
2013. p. 147-52.
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