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N◦ USP:
PROVA 2
Fı́sica II
11 de dezembro de 2020
Boa Prova!
1
Questão 1 [4,0]
A verificação dos modos normais de vibração de uma corda de nylon pode ser feita através de
uma experiência de ressonância. Um gerador de freqüência sintonizável excita ondas na corda,
cujas extremidades são fixas com o uso de uma montagem de cobre (ver fig. 1). Sabe-se que, à
temperatura θ0 , a densidade do nylon é µ0 e o comprimento da corda é `0 . O coeficiente de
dilatação linear do nylon vale α, enquanto que o coeficiente de dilatação linear do cobre vale β
(β < α).
(b) A mesma experiência é feita à temperatura θ1 > θ0 . Sabendo que a variação de tensão é
linear com a variação de comprimento, ou seja, que
∆T /T0 = −∆`/`0 = −(∆`nylon − ∆`cobre )/`0 , calcule a nova velocidade das ondas na
corda. Dê sua resposta em termos de `0 , α, β, µ0 , T0 , θ0 e θ1 . [1,0]
(1)
(c) Determine o novo valor ν0 da freqüência fundamental de oscilação da corda. Dê sua
resposta em termos de `0 , α, β, µ0 , T0 , θ0 e θ1 . [1,0]
(d) Nas condições do item (b), ou seja à temperatura θ1 , puxamos ligeiramente a corda para
baixo em `0 /2 e soltamos do repouso produzindo um pulso triangular. Descreva a
evolução temporal desse pulso para tempos curtos, antes de haver dissipação de energia.
[1,5]
2
Questão 2 [4,0]
Uma corda de comprimento 2L e densidade linear de massa µ colocada sob tensão T está presa
em ambas as extremidades. Em t = 0 o deslocamento da corda é nulo em todos os pontos mas
ela é tocada de forma a estabelecer uma velocidade transversal em uma seção da corda. As
condições iniciais da corda são (a L):
y(x, t = 0) = 0
v0
L−a≤x<L
∂y
(x, t = 0) = −v0 L≤x<L+a
∂t
0 outros lugares
(b) Encontre y(x, t) em termos de uma soma de modos normais, usando as condições iniciais
para obter o valor da amplitude An de cada modo normal. [1,5]
(c) Todos os modos normais são excitados nessa corda? Por quê? Justifique sua resposta. [0,5]
(d) Calcule de primeiros princı́pios a energia por unidade de comprimento e a potência média
carregada pela onda. [1,0]
3
Questão 3 [3,5]
Um fluido incompressı́vel viscoso flui em regime lamelar através de um tubo coaxial segundo a
Fig. 2 cujo raio interno é R1 e externo R2 . Admita que o coeficiente de viscosidade do fluido
seja η e que ele esteja confinado ao espaço R1 < r < R2 .
(a) Encontre a equação que deve satisfazer a velocidade de escoamento do fluido, v(r). Para
fazer isso iguale a zero a soma das forças de pressão com a força de resistência viscosa
que agem sobre um elemento anular do fluido de raio interno r, raio externo r + dr e
comprimento dz. [1,5]
4
Questão 4 [4,0]
No referencial de repouso, um átomo de hidrogênio emite um fóton de frequência angular ω0 .
Devido ao efeito Doppler, a frequência medida no referencial do laboratório é
vx
ω = ω0 (1 + ), (1)
c
onde vx é a componente da velocidade (no laboratório) do átomo na direção ao longo do eixo
que passa pelo átomo e pelo espectroscópio no instante de emissão do fóton. Suponha que o
gás seja bem aproximado por um modelo de gás ideal e que I0 (ω0 ) seja a intensidade que seria
observada para um átomo em repouso e I(ω) seja a intensidade medida. O átomo está numa
nuvem interestelar que se move em relação à terra com velocidade desconhecida V ~
(b) Qual é sua previsão para a frequência média hωi medida. [0,5]
(c) Qual é sua previsão para a frequência quadrática média hω 2 i medida. [0,5]
(d) Encontre uma expressão para a temperatura do gás T usando I(ω). [1,0]
~ da nuvem usando I(ω). [1,0]
(e) O que podemos dizer sobre a velocidade V
5
Questão 5 [3,5]
(a) Calcule a velocidade do fluxo de água através do orifı́cio imediatamente após ser
perfurado. Dê sua resposta apenas em função das quantidades fornecidas ou que você irá
definir. [1,0]
(b) Assumindo que o ar é um gás ideal, calcule a pressão na garrafa como função da altura h
do nı́vel de água acima do furo. [1,0]
(c) Calcule a velocidade do fluxo através do furo como função da altura h do nı́vel de água
acima do furo. [1,0]
dp
(d) Mostre que dh é proporcional à área A do garrafão. [0,5]
6
Questão 6 [3,0]
Considere dois corpos, A inicialmente num estado de equilı́brio à temperatura TA e B
inicialmente em equilı́brio à temperatura TB . Suponha que as energias internas sejam dadas
por
EA (T ) = CA T,
EB (T ) = CB T, (2)
(a) Os corpos são colocados em contato térmico, isolados do resto do universo e chegam a um
estado de equilı́brio de temperatura final TI,f . Encontre a temperatura final e a variação
de entropia do sistema ∆SI . [1,0]
(b) Com as mesmas condições iniciais, os corpos são colocados em contato térmico, e chegam
a um estado de equilı́brio de temperatura final TW,f , mas agora uma certa quantidade de
trabalho W é extraı́do. Encontre a temperatura final e a variação de entropia do sistema
∆SW . [1,0]
(c) Obviamente a variação de entropia total não pode ser negativa. Isso coloca um limite no
valor de W . Qual é o valor máximo de trabalho Wmax que pode ser extraı́do ? (Note que
isto não é uma máquina cı́clica). [1,0]
7
Formulário
R
• ln x dx = −x + x ln x
R x2 1 2
• x ln x dx = − + x ln x
4 2
Z Λ
2 2πmz 2πnz
• cos( ) cos( ) dz = δm,n
Λ 0 Λ Λ
Z Λ
2πmz 2πnz
• sin( ) cos( ) dz = 0
0 Λ Λ
Z Λ
2 2πmz 2πnz
• sin( ) sin( ) dz = δm,n
Λ 0 Λ Λ
2 Λ (2m + 1)πz (2n + 1)πz
Z
• cos( ) cos( ) dz = δm,n
Λ 0 2Λ 2Λ
2 Λ (2m + 1)πz (2n + 1)πz
Z
• sin( ) sin( ) dz = δm,n
Λ 0 2Λ 2Λ
∞
2πnz 2πnz
X
• f (z) = cn cos( ) + dn sin( )
n=0
Λ Λ