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Escola Secundária Damião de Goes

Biologia e Geologia 11

Conversão do carvão em gás natural

Trabalho realizado por:


-Inês Vieira nº14
-Leonardo Alegre nº16
-Martim Gomes nº18
-Simão Ventura nº23

8 de março de 2022
Objetivo do trabalho: Simular condições naturais propícias à formação de gás natural a partir da
destilação seca da hulha.

Introdução:
Quando a madeira é enterrada, passa por um processo de fossilização na crosta terrestre, sendo
gradualmente enriquecida em carbono. Isto ocorre devido à madeira ser composta basicamente
por hidrogénio, oxigénio e carbono. Com o tempo, o hidrogénio e o oxigénio são eliminados na
forma de água, dióxido de carbono e metano formando desse modo, carvão mineral ou natural,
uma mistura de substâncias ricas em carbono.
Os carvões são rochas detríticas biogénicas constituídas por essencialmente detritos vegetais.
Estes podem ser visíveis em alguns carvões, mas noutros só microscopicamente. São rochas de cor
negra, pouco densas e pouco duras, devido ao seu ambiente de formação ser em pântanos. Ardem
facilmente e são insolúveis em água. Conforme a composição em carbono e a sua estrutura, os
carvões podem apresentar diferentes aspetos, sendo os mais conhecidos: a turfa, o lenhito, a
hulha e a antracite.
Estes dois últimos exemplos são também conhecidos por carvões de pedra uma vez que são os que
apresentam uma maior percentagem de carbono e que ardem com maior facilidade.
Uma das bases para o sucesso desta atividade foi o uso de uma amostra de hulha devido a
apresentar um maior índice de carbono em comparação aos outros tipos de carvão estudados. O
suporte universal utilizou-se para segurar o tubo de ensaio com a amostra de carvão. A rolha de
cortiça foi utilizada para fazer a ligação do tubo de ensaio ao tubo de vidro moldado sem libertação
do ar.
O tubo de vidro moldado utilizou-se para fazer o transporte do gás natural e a tina retangular de
vidro (com água) foi utilizada para não deixar que o tubo de vidro moldado aquecesse.
A lamparina com álcool foi utilizada para a combustão da hulha para que esta através da
combustão originasse gás natural e o funil usou-se para colocar o álcool dentro das lamparinas.
O Isqueiro utilizou-se para acender as lamparinas e a tesoura utilizou-se para cortar o pavio, de
maneira a que este ajudasse no funcionamento da lamparina. Por fim utilizou-se papel para provar
que a combustão da hulha originava gás natural.
Lista de material:

-Suporte universal com pinça;


-1 tubo de ensaio;
-1 tubo de vidro moldado;
-1 rolha de cortiça;
-1 amostra de hulha moída;
-1 tina retangular de vidro;
-1 funil;
-1 isqueiro;
-1 tesoura;
-1 pedaço de papel;
-1 faca;
-2 lamparinas de álcool (etanol)

Procedimento experimental:

-Primeiramente, sobre uma bancada livre, montou-se o suporte universal com pinça;
-Utilizou-se uma amostra de hulha moída e foi distribuída no tubo de ensaio, colocado
horizontalmente entre a pinça, de forma declinante;
-Posteriormente, cortou-se com uma faca uma das extremidades da rolha de cortiça e adaptou-se
ao tubo de ensaio;
-De seguida, encheu-se a tina de vidro retangular de água e colocou-se o tubo de vidro moldado
dentro dela;
-Encaixou-se o tubo de vidro moldado na extremidade oposta da rolha de cortiça;
-Encheram-se as lamparinas com etanol (uma quase cheia e outra pela metade)
-Colocou-se uma das lamparinas (com o frasco praticamente no limite de etanol) debaixo da parte
arredondada do tubo de ensaio e a outra (com álcool pela metade) inclinada do lado de fora do
mesmo;
-Com o uso de um isqueiro acendeu-se, na outra ponta do tubo de vidro moldado, uma chama;
-Por fim, colocou-se um pedaço de papel junto à chama e observaram-se os resultados.
Resultados:

Figura 1- formação de alcatrão através da condensação de água e gases nas paredes do tubo de
ensaio

Figura 2-chama de gás natural produzida pela combustão da hulha

Discussão de resultados:
Logo após se ter montado o material, observou-se o surgimento de algum vapor de água e gases
na parede do tubo de ensaio através do aquecimento do mesmo.
Passado algum tempo, percebemos que a hulha se começou a desfazer dentro do tubo de ensaio
e que a condensação de água e dos gases provenientes da mesma formaram uma cor amarelada
nas paredes do tubo de ensaio.
Com este acontecimento conseguimos visualizar a pressão na rolha de cortiça, sentiu-se o cheiro
intenso a alcatrão na sala e começaram a sair pequenas quantidades de fumo do tubo de vidro
moldado.
Depois da confirmação do início da destilação seca da amostra, vimos que a combustão da hulha
produz gás natural ao acender-se uma chama, e, juntamente com o fumo proveniente do tubo de
vidro moldado, formou-se uma pequena chama azul, rica em oxigénio.
Acreditamos que o sucesso do nosso grupo de trabalho deveu-se à amostra de hulha previamente
utilizada por outros grupos e à chama intensa que as lamparinas possuíam.
Conclusão:
Com esta experiência comprovou-se a produção de gás natural através da destilação seca da hulha,
e, portanto, concluiu-se que o resultado esperado conferiu com o objetivo da atividade.

Bibliografia:
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$carvao
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/hulha.htm

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