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Dedico este a trabalho aos meus pais, José Lazaro e Isilene Rosa, e a minha noiva,
Michelle Andrade, pelo apoio e incentivo durante esta caminhada.
6
Agradecimentos
Resumo
Abstract
Keywords: ceramic tools, machining efforts, roughness, wear and tear of the tools.
10
Lista de Figuras
Figura 2.1. Morfologia da grafita do ferro fundido nodular (Fonte: GUESSER, 2002).
.................................................................................................................................. 23
Figura 2.2. Ciclo térmico esquemático do processo de austêmpera de ferro fundido
nodular (Fonte HAYRYNEN, 2002). .......................................................................... 24
Figura 2.3. Micrografia do ferro fundido nodular austemperado, com ataque de nital
5%, conforme a norma ASTM-897 (Fonte: HAYRYNEN, 2002). ............................... 25
Figura 2.4. o braço de suspensão de um trator hidráulico fabricada em ADI (Fonte:
NICOL, 2008). ........................................................................................................... 27
Figura 2.5. Operação de torneamento. ..................................................................... 29
Figura 2.6. Grandezas do processo de usinagem por torneamento (Fonte: PEREIRA
2010). ........................................................................................................................ 29
Figura 2.7. Parâmetros de corte e superfícies em torneamento cilíndrico externo
(Fonte: adaptado de FERRARESI, 1970). ................................................................ 30
Figura 2.8. Força de usinagem e suas diversas componentes na operação de
torneamento (Fonte: adaptado de FERRARESI, 1970). ........................................... 32
Figura 2.9. Seção de corte no processo de torneamento (Fonte: FERRARESI, 1970).
.................................................................................................................................. 33
Figura 2.10. Influência da velocidade corte nas forças de avanço e de profundidade
(Fonte: DINIZ, MARCONDEZ e COPPINI, 2013). ..................................................... 37
Figura 2.11. Classificação da integridade superficial (adaptado de MACHADO et al.,
2015). ........................................................................................................................ 38
Figura 2.12. Perfil teórico de rugosidade de uma peça torneada (DINIZ,
MARCONDES e COPPINI, 2013). ............................................................................ 39
Figura 2.13. Prfil da Rugosidade média (Ra) (Fonte: AGOSTINHO, RODRIGUES e
LIRANI, 2004)............................................................................................................ 40
Figura 2.14. Divisão de materiais cerâmicos para ferramentas de corte (Fonte:
adaptado de MUNDO DA USINAGEM SANDVIK, 2002). ......................................... 43
Figura 2.15. Desgaste de flanco (Fonte: SANDVIK, 2012). ...................................... 46
Figura 2.16. Desgaste de entalhe (Fonte: SANDVIK, 2012). .................................... 46
Figura 2.17. Desgaste de cratera (Fonte: SANDVIK, 2012). ..................................... 47
Figura 2.18. Lascamento (Fonte: SANDVIK, 2012). .................................................. 47
11
Figura 4.1. Micrografia do ferro fundido nodular austemperado com ataque de Nital a
2%. ............................................................................................................................ 65
Figura 4.2. Corpos de prova de ferro fundido nodular austemperado após ensaio de
tração. ....................................................................................................................... 66
Figura 4.3. Força de corte média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação. ................ 69
Figura 4.4. Força de corte média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação. ................ 69
Figura 4.5. Força de avanço média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação. ............ 71
Figura 4.6. Força de avanço média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação. ............ 71
12
Figura 4.7. Força passiva média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação. ................ 73
Figura 4.8. Força passiva média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação. ................ 73
Figura 4.9. Rugosidade média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação. .................... 75
Figura 4.10. Rugosidade média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação. .................. 76
Figura 4.11. Rugosidade máxima obtida com avanço de 0,1 mm/rotação. ............... 78
Figura 4.12. Rugosidade máxima obtida com avanço de 0,2 mm/rotação. ............... 78
Figura 4.13. Morfologia dos cavacos obtidos nos ensaios de torneamento com a
ferramenta de corte 1 (nitreto de silício). ................................................................... 80
Figura 4.14. Morfologia dos cavacos obtidos nos ensaios de torneamento com a
ferramenta de corte 2 (Alumina). ............................................................................... 81
Figura 4.15. Desgastes de flanco e de entalhe na superfície de folga da ferramenta
F1 (nitreto de silício). ................................................................................................. 82
Figura 4.16. Desgastes de flanco e de entalhe na superfície de folga da ferramenta
F2 (alumina). ............................................................................................................. 83
Figura 4.17. Superfície de saída ferramenta F1 (nitreto de silício). ........................... 84
Figura 4.18. Superfície de saída ferramenta F2 (alumina). ....................................... 84
Figura 4.19. Evolução do desgaste de flanco............................................................ 85
Figura 4.20. Evolução do desgaste de entalhe. ........................................................ 86
Figura 4.21. Rugosidade média em função do comprimento de corte. ..................... 86
Figura 4.22. Rugosidade máxima em função do comprimento de corte. .................. 87
Figura 4.23. Desgaste da aresta corte da ferramenta F1. ......................................... 89
Figura 4.24. Desgaste da aresta corte da ferramenta F2. ......................................... 90
Figura 4.25. Avarias ocorridas na aresta de corte das ferramentas de corte a base de
alumina. ..................................................................................................................... 91
13
Lista de Tabelas
Tabela 2. 1. Propriedades de diferentes classes do ferro fundido nodular
austemperado segundo a Norma ASTM (Fonte: HAYRYNEN, 2002). ...................... 26
Mg – Magnésio
Ce – Cério
Cu – Cobre
Ni – Níquel
Mo – Molibidênio
f – Avanço [mm/rot]
τr - Tensão de ruptura
MPa – MegaPascal
GL – Grau de liberdade
F1 – Ferramenta de corte 1
F2 – Ferramenta de corte 2
ASTM - American Society for Testing and Materials (Sociedade Americana para
Testes e Materiais)
17
Sumário
CAPÍTULO 1 ............................................................................................................. 19
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19
CAPÍTULO 2 ............................................................................................................. 22
CAPÍTULO 3 ............................................................................................................. 54
MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................... 54
3.1 Material................................................................................................................ 54
CAPÍTULO 4 ............................................................................................................. 65
CAPÍTULO 5 ............................................................................................................. 92
CONCLUSÕES ......................................................................................................... 92
Referências ............................................................................................................... 94
19
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
O ferro fundido nodular austemperado é uma classe de ferro fundido que vem
ganhando espaço no setor industrial devido as suas propriedades mecânicas. Os
primeiros experimentos realizados com ferro fundido nodular austemperado, mas
conhecido como ADI, da sigla em inglês (Austempered Ductile Iron), foram
publicados nos anos 60 pela International Harvester (produtores de máquinas
agrícolas e veículos).
Segundo Franco (2010), o ADI apresenta elevada resistência mecânica,
superior a dos aços carbonos e forjados, ductilidade inferior a dos aços, mas muito
superior às demais classe de ferros fundidos. Para Meena e Mansori (2011) estas
propriedades conferidas ao ferro fundido nodular após austêmpera estão fazendo
com que diversas peças produzidas anteriormente por aços forjados e outras
classes de ferro fundido sejam produzidos em ADI.
A principal limitação técnica do ferro fundido nodular austemperado é atribuída
a sua usinabilidade relativamente baixa. De acordo com Katuku et al., (2010), os
componentes e peças fabricados de ADI são geralmente pré-usinados antes do
tratamento térmico de austêmpera e somente após tratamento térmico é realizado o
acabamento. A usinagem do ADI após o tratamento de austêmpera é altamente
desejável, porque pode economizar tempo e reduzir os custos de usinagem.
A principal dificuldade da usinagem do ferro fundido nodular austemperado
está na sua elevada dureza e na sua microestrutura, pois, devido à presença de
austenita com alto teor de carbono, ao sofrer deformação durante a usinagem a
mesma se transforma em martensita (MEENA e MANSORI, 2011). No entanto,
atualmente o desenvolvimento de ferramentas com elevadas resistências permite a
usinagem de materiais com elevadas durezas. Materiais cerâmicos e o nitreto cúbico
de boro (CBN) estão sendo empregados na indústria em usinagem de materiais
endurecidos como o ADI devido suas propriedades, como elevada dureza à quente
e resistência ao desgaste.
Ferramentas de usinagem fabricadas de metal duro, cerâmica e CBN são
largamente utilizadas na usinagem do ferro fundido. Quando comparados com
outros tipos de materiais para ferramentas, todos apresentam bons tempos de vida,
20
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 2.1. Morfologia da grafita do ferro fundido nodular (Fonte: GUESSER, 2002).
de 60% de ferrita acicular (região escura) e 40% de austenita de alto carbono (região
clara).
Figura 2.3. Micrografia do ferro fundido nodular austemperado, com ataque de nital
5%, conforme a norma ASTM-897 (Fonte: HAYRYNEN, 2002).
Diversas peças, antes produzidas por aços forjados e outras classes de ferro
fundido, estão sendo produzidas de ADI devido à melhora de suas propriedades
mecânicas após o tratamento de austêmpera (MEENA E MANSORI, 2011). No
entanto, o ferro fundido nodular austemperado tem na usinabilidade relativamente
baixa uma das suas principais limitações.
O ferro fundido nodular austemperado possui vasta utilização, desde a indústria
automotiva, ferroviária e bélica até em equipamentos para mineração e
terraplanagem. Rodas para locomotivas, vagões, acoplamentos de sapatas de freio,
peças de desgaste para máquinas de mineração, suspensão, virabrequins, eixo-
comando de válvulas, bielas, engrenagens, componentes do sistema de suspensão
e suportes de molas de caminhões são alguns exemplos de aplicação do ADI. A
Figura 2.4 exemplifica o braço de suspensão de um trator hidráulico fabricada em
ADI. Esse componente é desenvolvido no centro de desenvolvimento de peças da
Fiat na Irlanda (NICOL, 2008).
27
Fc = Ks * A (1)
Onde:
Ks: pressão específica de corte, isto é, a força de corte para a unidade de área da
seção de corte [N/mm²];
A: área da seção transversal de corte [mm2], definida pela Equação 2.
A = b * h = ap * f (2)
33
Onde:
b: comprimento de corte [mm];
h: espessura de corte [mm].
Amorim (2002) cita que a fórmula mais aceita e precisa para calcular a pressão
específica de corte (Ks) é obtida através de medições diretas das forças de corte. De
acordo com essa fórmula, a pressão específica de corte está em função da
espessura de corte (h). Sendo assim, o aumento da pressão específica de corte (Ks)
34
com a diminuição da espessura de corte (h) é uma propriedade geral e que é válida
para todas as operações de usinagem. A Equação 5 mostra a equação proposta.
Onde:
Ks1 e z: constantes determinadas para cada tipo de material.
O termo integridade superficial não pode ser determinado por apenas um fator
ou parâmetro, pois de acordo com Machado et, al., (2015) o resultado final de uma
superfície usinada é resultado de um processo que envolve deformações plásticas,
ruptura, recuperação elástica, geração de calor, vibração, tensões residuais e, às
vezes, reações químicas. A Figura 2.11 apresenta um diagrama com os diferentes
parâmetros avaliados através da integridade superficial.
2.4.1 Rugosidade
Knight (1989) afirmam que a rugosidade superficial final de uma superfície pode ser
obtida segundo a soma de dois fatores independentes: a rugosidade superficial
“ideal”, a qual está relacionada com a geometria da ferramenta e com seu avanço, e
a rugosidade “natural”, a qual está relacionada com as irregularidades da operação
de corte.
Rugosidade média (Ra), Rugosidade total (Rt) e Rugosidade máxima (Rz) são
os parâmetros mais utilizados como meio de quantificar a rugosidade nos processos
convencionais de usinagem. A Rugosidade total teórica pode ser obtida de acordo
com a relação entre o avanço (f) da ferramenta e seu raio de ponta (rε), ver Figura
2.12.
Onde:
duro, metal duro com cobertura, cerâmica, nitreto cúbico de boro (CBC) e diamante
(PCD), (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013).
Com relação a ferramentas de usinagem, é exigida cada vez mais resistência
ao desgaste nos processos de usinagem. Alta dureza em elevadas temperaturas,
resistência ao lascamento e à fadiga, baixa reatividade com os materiais em
usinagem e boa condutividade térmica são requisitos para boas ferramentas
(MACHADO et al., 2015).
Ferramentas de usinagem fabricadas de metal duro, cerâmica e CBN são
largamente utilizadas na usinagem do ferro fundido. Quando comparados com
outros tipos de materiais para ferramentas, todos apresentam bons tempos de vida,
mesmo utilizando maiores velocidades, avanços e profundidade de corte (XAVIER,
2003).
Figura 2.22. Figura 2.12 - Formas de cavacos produzidos na usinagem dos metais
(ISO, 1993 apud MACHADO et al,. 2013).
53
CAPÍTULO 3
MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Material
de interferência diferencial DIC (Normarski) com câmera SC30 com objetiva de 50x,
100x, 200x, 500x e 1000x e software Stream motion para análise da microestrutural.
Foram confeccionados três corpos de prova para os ensaios de tração, que
foram realizados seguindo a norma ASTM A536/84. Para a execução dos ensaios,
foi utilizada a máquina de tração do modelo DL10000, com capacidade máxima de
100 kN (10.000 kgf), marca EMIC, ilustrada na Figura 3.2. (a). Os ensaios foram
realizados sob condições quase estáticas de cargas, onde corpo de prova foi
colocado entre duas garras e, posteriormente, foi aplicado um carregamento axial
com uma velocidade de 2 mm/minuto, até que o corpo de prova se rompesse na
região central.
Figura 3.2. (a) Máquina EMIC, Modelo DL10000; (b) Microscópio Olympus BX51
Figura 3.3. (a) Equipamento para ensaio de dureza da marca Wolpert; (b) Corpo de
prova ensaio de dureza.
Figura 3.5. (a) Dinamômetro Kistler 9272; (b) amplificador de carga Kistler 5070A e
(c) Software kistler DynoWare.
Figura 3.6. (a) Rugosímetro surftest SJ-400 Mitutoyo; (b) Microscópio Mitutoyo TM-
500 com câmera Moticam 2300.
3.5 Metodologia
Figura 3.10. (a) corpo de prova utilizado nos ensaios para avaliação dos desgastes;
(b) Rugosímetro montado na torre do centro de torneamento.
65
CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 4.1. Micrografia do ferro fundido nodular austemperado com ataque de Nital a
2%.
Figura 4.2. Corpos de prova de ferro fundido nodular austemperado após ensaio de
tração.
600,00
500,00
Força de corte (N)
400,00
300,00
Vc 1- 350 m/min
200,00 Vc 2 - 450 m/min
100,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.3. Força de corte média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação.
600,00
500,00
Força de corte (N)
400,00
300,00
Vc 1- 350 m/min
200,00
Vc 2 - 450 m/min
100,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.4. Força de corte média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação.
500,00
300,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.5. Força de avanço média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação.
500,00
Força de avanço (N)
400,00
300,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.6. Força de avanço média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação.
500,00
300,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.7. Força passiva média obtida com avanço de 0,1 mm/rotação.
500,00
Força passiva (N)
400,00
300,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.8. Força passiva média obtida com avanço de 0,2 mm/rotação.
4.3 Rugosidade
2,50
Rugosidade média (µm)
2,00
1,50
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
2,50
1,50
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
12,00
12,00
Rugosidade máxima (µm)
10,00
8,00
6,00
Vc 1- 350 m/min
4,00 Vc 2 - 450 m/min
2,00
0,00
F1 - Si3N4 F2 - Al2O3
Ferramentas de corte
Figura 4.13. Morfologia dos cavacos obtidos nos ensaios de torneamento com a
ferramenta de corte 1 (nitreto de silício).
O aumento da velocidade de corte de 350 m/min para 450 m/min, não alterou
de forma significativa, para as duas ferramentas, a morfologia do cavaco para o
avanço de 0,2 mm/rot. No entanto, o aumento da velocidade de corte para o avanço
de 0,1 mm/rot provocou, principalmente para a ferramenta F1 (Si3N4), alterações nos
cavacos. Com o aumento da velocidade, houve uma redução no comprimento dos
cavacos e o tipo ruptura passou a prevalecer entre os cavacos produzidos. Tal
fenômeno pode estar associado à redução do contato entre ferramenta e cavaco na
interface de corte propiciado pelo aumento da velocidade de corte.
81
Figura 4.14. Morfologia dos cavacos obtidos nos ensaios de torneamento com a
ferramenta de corte 2 (Alumina).
400
350
Desgaste de flanco (µm)
300
250
200
F1 - Si3N4
150
F2 - Al2O3
100
50
0
34 68 100 133 165 196 226 256
Comprimeto de corte (m)
500
450
Desgaste de entalhe (µm)
400
350
300
250
F1 - Si3N4
200
F2 - Al2O3
150
100
50
0
34 68 100 133 165 196 226 256
Comprimento de corte (m)
6,00
Rugosidade média (µm)
5,00
4,00
3,00
F1 - Si3N4
2,00 F2 - Al2O3
1,00
0,00
34 68 100 133 165 196 226 256
Comprimento de corte (m)
30,00
Rugosidade máxima (µm)
25,00
20,00
15,00
F1 - Si3N4
10,00 F2 - Al2O3
5,00
0,00
34 68 100 133 165 196 226 256
Comprimento de corte (m)
Nota-se através dos gráficos apresentados nas Figuras 4.21 e 4.22 que no
comprimento de corte de 34 metros os valores de rugosidade média e máxima
apresentados pela ferramenta F1 (Si3N4) são menores do que os valores
apresentados pela ferramenta F2 (Al2O3). No entanto, a partir do próximo passe da
ferramenta de corte F1, o acabamento superficial da peça começa a piorar em
decorrência do desgaste.
A rugosidade superficial, tanto a média quanto a máxima, para a ferramenta
F1, aumenta seu valor com o aumento do desgaste de flanco até o comprimento de
corte 100 metros. Entretanto, a partir desse ponto o comportamento da rugosidade
sofre uma inversão, ou seja, com o aumento do desgaste de flanco (aumento do
comprimento de corte) a rugosidade superficial diminui, proporcionado um melhor
acabamento superficial a peça trabalhada. Tal fenômeno pode ser associado ao
arredondamento da aresta de corte, visto na Figura 4.17 no comprimento de corte de
100 m. Com o arredondamento da aresta de corte o atrito na interface ferramenta-
peça diminui provocando uma melhora no acabamento superficial. Esse fenômeno
também é conhecido como aresta alisadora.
Como a ferramenta a base de alumina possui uma maior resistência ao
desgaste, à rugosidade superficial deixada pela mesma apresenta um
comportamento mais homogêneo, onde a evolução do desgaste de flanco não
exerce grandes influências no acabamento superficial da peça trabalhada.
88
Figura 4.25. Avarias ocorridas na aresta de corte das ferramentas de corte a base de
alumina.
92
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES
Referências
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tool. Elsevier, Romania, n. , p.1367-1379. 2012.
96
HAYRYNEN, K.L. The production of austempered ductile iron (ADI). In: WORLD
CONFERENCE ON ADI, 2002. Proceedings... [s.n.t.], 2002.
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YING LONG J. Q..; ZENG J.. SHANGHUA WU. Continuous and varied depth-of-cut
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