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SENAI Cimatec

CURSO DE APRENDIZAGEM UNDUSTRIAL TÉCNICO EM LOGÍSTICA

Escoamento da produção de gesso em Araripe

Alane Marques, Erivan Barbosa, Jéssica Oliveira, Larissa Carvalho,


Larissa de Andrade, Raquel Barbosa e Rafael.

SALVADOR
2009
SENAI Cimatec
CURSO DE APRENDIZAGEM UNDUSTRIAL TÉCNICO EM LOGÍSTICA

Escoamento de Commodities no Estado de Pernambuco


Alane Marques, Erivan Barbosa, Jéssica Oliveira, Larissa Carvalho,
Larissa de Andrade, Raquel Barbosa e Rafael.

Trabalho apresentado como


requisito para avaliação do Projeto
Integrador do curso técnico em
Logística, turma 23120, do SENAI
Cimatec.
Orientador: Prof. Rodrigo Vieira.

SALVADOR
2009
ÍNDICE
INTRODUÇÃO

As características de um determinado território sejam elas geográficas,


demográficas, econômicas ou de infra-estrutura, ´geram informações cruciais para o
nível de desenvolvimento do estado. Desenvolvimento econômico consiste em um
processo de enriquecimento do estado, assim como de seus habitantes, ou seja, na
acumulação de ativos individuais ou públicos, e também de um crescimento da
produção nacional e pela remuneração recebida pelos que participam da atividade
econômica (Mihael Renault,2005). No atual cenario a pratica de um bom sistema
logistico é um ponto decisivo para o progresso de atividades produtivas e geradoras de
capital, pois ela é um diferencial competitivo não apenas num setor isolado, mas em
todo ambito global.
Pernambuco, apesenta particularidades que o favorece no crescimento e
diversidade do setor empresarial, sua posição geográfica diferenciada, promovendo
conexões viária, aérea e marítima com as mais diversas regiões do Brasil e do exterior,
somando á variedade de redes de gasodutos e telecomunicações, atrai altos
investimentos . Sua alta pluralidade em commodities não agregaria muito valor ao
estado se ela não contasse com um alto desenvolvimento logístico, que ainda tem
muito a crescer, sua produção precisa contar com uma viável atividade de agregação
de valor de tempo e lugar, o que só será possível se usufruírem de uma eficaz malha
multimodal, tecnologia de ponta, profissionais qualificados, entre outras.
Portanto nosso objetivo é apresentar possíveis soluções logísticas, a partir de
características próprias do estado com seus problemas e potencias, para gerar um
sistemas de escoamento dos principais commodities, focando no Pólo Gesseiro de
Arapirina-PE , que representa uma atividade com alto potencial e que sofre por falta de
infra estrutura logística. Apontando assim viáveis investimentos estratégicos para o
estado.
PERNAMBUCO

O estado de Pernambuco está situado no Centro-Leste da região Nordeste do


Brasil. Possui uma área de 98.281 Km2 mais os 18,2 Km2 do arquipélago de Fernando
de Noronha que, em 1988, foi reincorporado ao seu território. Limita-se, ao Norte, com
o Ceará e a Paraíba; a Oeste, com o Piauí; ao Sul, com Bahia e Alagoas; a Leste, com
o Oceano Atlântico.
Pernambuco ocupa a condição de centralizador econômico, isso em
decorrência de sua localização geográfica na região Nordeste. Esse destaque ocorre
por causa da concentração de pessoas próximas ao estado (12 milhões de pessoas),
por causa de seu PIB (54,7 bilhões), além do fato do estado possuir quase 50% dos
centros de pesquisas, quatro portos e dois aeroportos de rota internacional. Dessa
forma, é possível fazer exportações e obter importações diretas, o que diminui muito os
custos com transporte.
A partir dessa localização o estado de Pernambuco pode ainda se beneficiar
com os aspectos geográficos, bem como o clima tropical semi árido, tropical úmido da
região que favorece o cultivo e a produção de commodities, como por exemplo, a cana
de açúcar que é o principal produto exportado nos últimos anos e tem perspectiva de
crescimento no futuro, a produção de flores, que dependem rigorosamente de
determinados tipos de solo e temperaturas para serem cultivadas, a produção de
gesso que depende primordialmente ao tipo de subsolo.
Todos esses fatores mencionados fazem com que a localização de
Pernambuco seja ponto de destaque tanto na indústria como no comércio fazendo
aquecer a balança econômica brasileira.

Economia

O estado de Pernambuco sempre se destacou na produção de cana-de-


açúcar. Desde a ocupação portuguesa, o estado sempre foi extremamente agrícola.
Tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo
tipo massapé. Recentemente, esse quadro de profunda exclusividade produtiva tem
mostrado sinais de mudanças. Os principais destaques da economia do estado são:
Na agropecuária: Entre os principais produtos agrícolas cultivados em
Pernambuco encontram-se o algodão arbóreo , a banana , o feijão , a cana-de-
açúcar ,a uva .Atualmente a cana-de-açúcar não é mais o principal produto agrícola
produzido no Estado, embora ainda tenha participação significava. A floricultura
ganhou espaço. São produzidas rosas, crisântemos e gladíolos. A produção de frutas
(mangas, uvas, melancias, bananas) irrigadas, principalmente no Vale do Rio São
Francisco, aumenta os índices de exportação do estado. A criação de gado de corte e
de leite e a avicultura permanecem. A Agricultura é responsável por 8,5% do Produto
Interno Bruto (PIB) de Pernambuco (2004).
Na Indústria : O setor industrial é responsável por 31,9% do Produto Interno
Bruto (PIB). As indústrias pertencem aos seguintes segmentos: alimentos, bebidas,
comunicação, têxtil, petroquímica, metal, mecânica e gesseira. As empresas de
Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) produzem principalmente softwares e
equipamentos, e se encontram principalmente na capital, Recife, no chamado Porto
Digital. A produção de bebidas como refrigerantes, cervejas, sucos, destilados e água
mineral de suporte a outras indústrias, que produzem os recipientes, rolhas, rótulos,
etc. Na região Agreste é crescente a indústria têxtil, que formou o Pólo de Confecções
do Agreste. O Complexo Industrial e Portuário de Suape, a 40 km de Recife, concentra
inúmeras indústrias e empresas de logística.
Na mineração: Pernambuco vem ganhado destaque pela extração de
gipsita, o mineral que dá origem ao gesso. O pólo gesseiro está localizado na Chapada
do Araripe. Do sertão de Pernambuco, saem 95% do gesso consumido em todo o
Brasil. O pólo gesseiro do Araripe - formado por 38 mineradoras, 139 calcinadoras e
mais de 350 produtores de pré-moldados - atende a todo o território nacional. Mas o
consumo desse país continental é pouco para a capacidade produtiva da região.
Embora o mercado internacional participe com apenas 2% da demanda do Araripe,
exportar é cada vez mais necessário para o crescimento do pólo e para o
desenvolvimento de produtos com maior valor agregado.

Sistema de transporte Rodoviário

O objetivo de qualquer empresa é transferir seu produto até o cliente na


quantidade estabelecida, num determinado espaço de tempo e com o menos custo
possível. Sendo assim essas empresas analisam qual o modal mais eficiente para
transportar suas mercadorias de forma segura e com o melhor custo beneficio.
Pernambuco está entre os oito estados brasileiros com a melhor infra-estrutura de
transportes da região com uma das melhores malhas rodoviárias do País. Sua malha
possui cerca de 42 mil km de extensão. Além disso, conta, também, com a segunda
maior frota do Nordeste, com mais de 785 mil veículos.
Segundo a Pesquisa Rodoviária 2007, editada pela Confederação Nacional
do Transporte (CNT), o estado geral das rodovias federais pernambucanas é
considerado bom em 14,7% dos trechos avaliados. O mesmo critério foi atribuído nos
quesitos pavimentação (13,7%) e geometria da via (23,4%). A sinalização foi
considerada ótima em 18% da quilometragem avaliada.
Atualmente a matriz de transporte é predominante no estado é a rodoviária,
portanto é de grande relevância destacar as principais estradas localizadas nessa
região para a escoação da produção . Entre as principais rotas Federais estão as BRs
101, 104, 110, 116, 122, 232, 235, 316, 363, 407, 408, 423, 424 e 428. Tais rotas
permitem o fluxo de toda produção interna bem como a chegada de matérias primas e
outros produtos necessários para a Cidade de Pernambuco.
Projetos que otimizem o fluxo de caminhões cargueiros por essas estradas, serão
ótimos para as empresas que se localizam por lá. Um exemplo disso é a restauração e
duplicação da BR 101 que segundo o departamento nacional de infra estrutura de
transporte (DNIT), as obras dessa rodovia já mobilizaram um efetivo de 1.677 pessoas,
com 282 viaturas e 264 equipamentos. Segundo balanço divulgado pelo Ministério dos
Transportes, o percentual de terraplenagem já chegou a 76,9% no lote pernambucano,
79,4% no paraibano e 85,7% no potiguar. No lote 6, pernambucano, está prevista a
implantação de dois viadutos, seis pontes e quatro passarelas. Com esses projetos em
andamento, espera- se a otimização do transporte rodoviário que é tão utilizado por
Pernambuco e outros estados brasileiros.

Sistema ferroviário

Uma ferrovia (chamada também via-férrea, caminho-de-ferro ou estrada-de-


ferro) é um sistema de transporte baseado em trens ou comboios correndo sobre carris
ou trilhos previamente dispostos. É o meio de transporte terrestre com maior
capacidade de transporte de carga e de passageiros. No Brasil, as ferrovias
representam uma ótima opção de rapidez de escoamento de produção e barateamento
de custos, porém não são priorizadas pelo governo.
Pernambuco foi o primeiro Estado do Nordeste e o segundo do Brasil a ter
uma estrada de ferro, no século XIX (Ferrovia Recife-Cabo, com 31,5 km). Hoje, o
Estado conta com 900 km de ferrovias interligadas a portos e outras ferrovias.
Concorrem para Recife, três linhas-tronco, ligando os portos às capitais dos estados
situados ao Norte de Pernambuco (tronco Norte); às cidades do Interior (tronco Oeste);
e às cidades de Maceió (AL) e Aracaju (SE) (tronco Sul).
O grande projeto ferroviário em questão é a Nova Transnordestina (NTN), que
terá 1860 km de extensão, sendo 905 km de novas linhas em Pernambuco, Ceará e
Piauí. Os outros 955 km já pertencem à Companhia Ferroviária do Nordeste, empresa
que tem a concessão da malha ferroviária Nordeste.
A NTN será uma ferrovia de classe mundial que ligará os portos de Pecém
(CE) e Suape (PE) ao cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins. Com ela, será
possível elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região com uma
moderna logística que une uma ferrovia de alto desempenho e portos de calado
profundo que podem receber navios de grande porte, a exemplo do Complexo
Industrial Portuário de Suape.
Para Pernambuco, ela é estratégica pois contribuirá para o lançamento do
Ramal do Gesso. Para o ano de 2011, prevê-se a captação e movimentação, pela
Ferrovia Transnordestina, de 3 milhões de toneladas. Caso se viabilize a Hidrovia do
São Francisco e o Ramal Petrolina-Parnamirim, a movimentação poderá alcançar, no
mesmo período, cerca de 5,5 milhões de toneladas.
O investimento total da NTN é de R$ 4,5 bilhões. O Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), do Governo Federal, prevê a integração da ferrovia com os
portos de Suape (PE) e Pecém (CE) e com a BR-101.
A expectativa é de que, com a Transnordestina em operação, vários setores
da economia sejam impulsionados, com criação e crescimento de pólos e arranjos
produtivos locais. A CFN espera ainda que sejam gerados mais de 600 mil empregos
em diversas cadeias produtivas.
As exportações e o agronegócio deverão ser potencializados, já que a ferrovia
terá capacidade de movimentar 30 milhões de toneladas de carga por ano. O projeto
vai viabilizar também as indústrias extrativas e de mineração, bem como a produção do
biodiesel e do álcool. A nova ferrovia terá potencial de consumir 150 milhões de litros
anuais de combustível, fabricado na região, à base de mamona e outras oleaginosas.
Com a implantação a ferrovia Transnordestina, ira proporcionar diversas
vantagens competitivas no ponto de vista logístico. Pois facilitara a escoação de
produtos como o gesso que tem algumas deficiências no seu processo de
transporte.Segundo Josias Inojosa Filho presidente do sindugesso o custo do
transporte cairia para um terço”,com a utilização da Transnordestina.

Sistema de transporte Aquaviário

Pernambuco possui o melhor porto público do Brasil, o Complexo Industrial


Portuário de Suape, segundo o Diagnóstico dos Portos Brasileiros elaborado pelo
Centro de Estudos em Logística da Coppead, órgão da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
A escoação da produção Pernambucana a partir do modal aquaviário, é uma
das principais formas de exportação e importação que esse estado possui.
Pernambuco dispõe de 13 grandes bacias hidrográficas, mais seis bacias de pequenos
rios litorâneos e sete dos chamados pequenos rios interiores. Os rios afluentes do São
Francisco que divide o Estado com a Bahia, como o Pajeú também é um canal que liga
as produções desses dois estados além de conectar- se com outras cidades ao qual o
rio São Francisco está presente. O principal rio pernambucano é o Capibaribe.
Capibaribe é o nome da terceira maior cidade da Agreste Pernambucano em
população com 73.680 habitantes, é uma cidade pólo e a maior produtora de
confecções de Pernambuco segundo o Senai e, possuí o maior parque de confecções
da América Latina em sua categoria. É também conhecida como Capital das
Confecções. Santa Cruz do Capibaribe é o principal ponto de escoação e vendas de
confecções de Pernambuco, que com Toritama e Caruaru formam o destacado
Triângulo das confecções. Portanto, é possível perceber a importância dos rios
Pernambucanos para a exportação de confecções que é uma atividade que vem
crescendo de forma significativa no estado de Pernambuco.
Além do transporte por via fluvial, Pernambuco conta com o modal marítimo
que é a principal rota de escoação de toda a produção pois a partir do porto de Suape
o estado se conecta com várias rotas mundiais obtendo assim um grande número de
exportações e importações por ano. O principal produto exportado pelo porto de Suape
é o açúcar, devido a grande quantidades de acordo que esse estado fez no passado e
estão tornando- se vigentes agora. Para incrementar o transporte fluvial, Pernambuco
também tem acesso ao porto de Recife, porto das galinhas (que é um porto mais
conhecido por seus aspectos turísticos) entre outros. E por fim o transporte Lacustre
que não é utilizado com freqüência significativa para a escoação da produção de
Pernambuco.
Suape beneficia-se pela localização estratégica em relação às principais rotas
marítimas de navegação, conectando-se com mais de 160 portos em todos os
continentes, colocando-o em condições de ser o principal porto concentrador do
Atlântico Sul. Está localizado no Litoral Sul, próximo à foz dos rios Tatuoca e
Masangana, entre o Cabo de Santo Agostinho e o Pontal do Cupe, distando 40 km ao
Sul da capital.
O acesso ao complexo pode se dar pela rodovia estadual PE-060, que
encontra a federal BR-101 no município do Cabo de Santo Agostinho, e da AL-101, na
divisa de Pernambuco e Alagoas, ou por um ramal ferroviário de 23 km da Companhia
Ferroviária do Nordeste.
Pode atender a navios de até 170.000 tpb e calado operacional de 14,50 m.
Com 27 km² de retroporto, seus portos externo e interno oferecem as condições
necessárias para atendimento de navios de grande porte. O canal de acesso tem 5 mil
metros de extensão, 300 m de largura e 16,5 m de profundidade. Suape é munido de
Porto Externo, Porto Interno, Terminais de Granéis Líquidos, Cai de Múltiplos Usos,
além de um Terminal de Contêineres.
Suape opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de marés.
Para auxiliar as operações de acostagem dos navios, o Porto dispõe de um sistema de
monitoração de atracação de navios a laser.
O Porto já movimenta mais de 5 milhões de toneladas de carga por ano,
destacando-se os granéis líquidos (derivados de petróleo, produtos químicos, álcoois,
óleos vegetais, etc). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo
Federal, prevê a construção do novo acesso rodoferroviário ao Porto de Suape.
O Porto do Recife, por sua vez, localiza-se na parte Centro-Leste da capital,
na confluência e às margens dos rios Capibaribe, ao Sul, e Beberibe, no local onde
deságuam no Oceano Atlântico. Sua área de influência abrange os Estados de
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, parte de Alagoas, a faixa litorânea de
Sergipe, o Sudeste do Piauí, o Sul do Ceará e o Noroeste da Bahia.
O acesso ao porto pode se dar pelas rodovias federais BR-101, BR-232 e BR-
408. Caso a opção seja o modal ferroviário isso será viabilizado por meio da
Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN, malha Nordeste. Existem dois canais
marítimos de acesso ao porto, ambos com características naturais.
Há ainda o Porto Fluvial de Petrolina, situado estrategicamente na
extremidade dos 1,3 mil km da Hidrovia do Rio São Francisco, principal acesso fluvial
da região. Sua área de influência atinge não só os municípios de Petrolina e Juazeiro,
como também, os municípios ribeirinhos do médio São Francisco.
Está apto a receber navios ou embarcações com dois metros de calado.
Possui um armazém com área de 2 mil metros quadrados, além de pátio para
estocagem de minerais de 12 hectares. Várias são as mercadorias que podem ser
transportadas pelo rio, destacando-se a gipsita in natura, a soja e o farelo de soja a
granel, o cimento e o milho, entre outros.
Sistema de transporte aéreo

Assim como nos sistemas ferroviário, rodoviário e aquaviário, Pernambuco também se


destaca no setor aeroviário. O estado possui 40 aeroportos registrados, entre eles dois
dos principais do Nordeste: o Internacional de Recife e o Senador Nilo Coelho, em
Petrolina.
O aeroporto Internacional de Recife detém a maior pista de pouso e decolagem da
região e segunda do Brasil, com 3.303m, o que permite receber aviões de grande
porte, como o Boeing 747-400 que comporta 62 toneladas em sua versão comercial e
possui autonomia de vôo bastante abrangente.
O aeroporto Senador Nilo Coelho possui a segunda maior pista de pouso e decolagem
do Nordeste, com 3.250m. É o mais propício para escoar a produção agrícola do Vale
do São Francisco. Também pode receber Boeing 747-400, que na versão cargueira
aumenta sua capacidade para 110 toneladas de produtos e possui grande autonomia
de vôo. Essas vantagens que barateiam o custo da exportação.
De acordo com a Infraero o aeroporto de Petrolina está entre os quatro do país que,
por legislação, podem se tornar um aeroporto industrial. O projeto esta em análise e
consiste em estimular, através de incentivos fiscais e logísticos, a instalação de
indústrias voltadas para exportação dentro do aeroporto.

COMMODITIES

Termo da língua inglesa, que significa mercadoria, utilizado principalmente


nas transações comerciais de produtos.
Usado para produtos em seu estado como bruto (matérias-primas), que
podem ser armazenado por certo tempo sem perder seu valor, como laranja, soja,
gesso, e trigo. São usadas ultimamente como forma de investimentos, atreves de
mercado de futuros.
No estado de Pernambuco, há uma grande variedade de commodities, entre
eles se destacam: artesanato, gesso, cana-de-açúcar e vinhos. Cada um em sua
particularidade, abrangendo seu público alvo1.
Pernambuco acaba sendo visto como portador de um amplo portfólio de
commodities e se destacando tanto economicamente, como turisticamente que
também serve como fonte de renda para que o estado continue a crescer e se
desenvolver industrialmente.

Diversidade de Commodities

O estado de Pernambuco possui características próprias, como clima, solo,


relevo e localização privilegiada, que possibilita uma enorme variedade de matérias-
primas e cultivo e consequentemente grande variedade de produtos para serem
comercializados, no Brasil e no mundo.
Dentre os principais produtos beneficiados, produzidos e matérias-primas
extraídas na região temos o artesanato (PE); Frutas e vinhos ( Juazeiro e Petrolina em
Pernambuco); Gesso (Araripe em Pernambuco); Cana de açúcar e flores. A produção
de uvas e vinhos no vele do São Francisco, em especial, recebeu impulso do Governo
Estadual, foram investidos R$ 4,5 milhões na implantação do Centro Tecnológico da
Uva e Vinho, em Petrolina. O Centro promove a pesquisa de novas variedades de uvas
adaptáveis à região, além de funcionar como espaço para capacitação de mão-de-obra
e incentivo ao empreendedorismo. (Rodrigo Rievers – 2006)2.
Devido às precárias condições das estradas e o abandono das ferrovias,
todos eles enfrentam problemas quando se trata de seu escoamento. "A via é um
importante acesso para o escoamento da produção agrícola dos municípios. A má-
conservação prejudica a economia local e representa um perigo aos motoristas". O
péssimo estado de conservação das estradas foi citado pelo Deputado Augusto
Coutinho (DEM) em seu pronunciamento na Assembléia Legislativa do Estado de
Pernambuco3.
As frutas produzidas em Petrolina saem de avião através de um aeroporto
construído especialmente para isso, havendo o encarecimento do frete – o escoamento
da produção a partir das rodovias se torna inviável, as frutas estragariam antes de
chegar ao porto. "A ferrovia vai permitir o escoamento de toda essa produção a um
custo muito barato, tornando os nossos preços competitivos", disse Pedro Brito, em
entrevista4.
Pernambuco vem ocupando uma posição de destaque na produção de Flores
tropicais, sendo atualmente o maior produtor do Brasil destas espécies. 90% de sua
produção atual é destinada para o mercado nacional e apenas 10% é exportado.
Segundo artigo publicado no site sober.org.br5 um dos principais problemas da
produção de flores tropicais de Pernambuco é a falta de incentivo à exportação por
parte do Governo Estadual, assim como as frutas do estado, o seu escoamento é dado
através de aviões, que encarece o custo das flores. Uma vez resolvido este problema,
a produção de flores tropicais terá condições de aumentar sua produção e aumentar o
fornecimento para o mercado europeu, com destaque para Portugal, Inglaterra e
Holanda.

GESSO
Mais conhecido como ouro branco. Beneficiado da gipsita que são
encontradas em depósitos evaporíticos. A forma natural da gipsita é utilizada na
fabricação de cimento portland e na agricultura.
O minério da região do Araripe é o melhor em qualidade do mundo. O setor
industrial de produção de gesso tem uma distribuição de 55%, no pólo gesseiro de
Pernambuco, pois possui grandes reservas de gipsita.
Os fatores que contribuem para o aproveitamento do minério dão-se, às
condições favoráveis de mineração, elevada pureza do minério e melhor localização.
O minério é constituído por gipsita, esmectitas e outras argilas, e o método de
extração é a lavra a céu aberto, utilizando equipamentos como: rompedores e
marteletes hidráulicos, vagon drill, tratores de esterias e pás mecânicas, envolvendo
operações como: catação manual, britagem, rebritagem, peneiramento, encilamento
entre outros6.

Pólo de Araripe

O Pólo Gesseiro do Araripe produz vários tipos de gesso para aplicações


especificas: Gesso Cola, Gesso de Revestimento Projetado, Gesso com pega
retardada, Gesso Cerâmico, e Gesso Giz, para cada uma dessas variedades requer
condições diferentes com relação ao tipo de gipsita e seus processos de
beneficiamento.
O Pólo Gesseira de Pernambuco é formado por 47 minas, 80 unidades
industriais de calcinação e 234 indústrias de pré-moldado. Este Pólo é o principal
centro produtor de gipsita e gesso de Pernambuco7.
Os problemas do Pólo basicamente acontecem pelo elevado custo com frete,
exceto na produção de cimentos especiais.com isso na região sul e sudeste o gesso é
substituído por fosfogesso, sendo assim prejudicial tanto para o Pólo, quanto para
Pernambuco como todo. Uma possível solução seria a construção da Transnordestina,
grande empreendimento para otimizar o escoamento de commodities para outras
regiões e para o litoral.
De acordo com o Diário de Pernambuco as empresas de Araripe estão se
enquadrando na legislação ambiental para que obtenham a licença necessária para a
operação junto à Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH)8.

POSSIBILIDADES DE MELHORIA
REFERÊNCIAS

- http://www.portaltrindadepe.com.br/polo.htm

- http://www.minas.upm.es/catedraanefa/Consultas/
MAGALHAESCarlos_IVIBERMAC.pdf

- http://www.administradores.com.br/noticias/
imovel_de_gesso_e_novidade_na_casa_cor_em_recife/8060/

- http://www.modavestuario.com/362potencialdogesso.pdf

- http://www.dnit.gov.br/noticias/jcommercios

- http://fotolog.terra.com.br/pernambucodesenvolvimento:3

- http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/
geografia_do_brasil/pernambuco/brasil_pe_geografia

- http://www.revistamotoclubes.com.br/2009_08/
Materia_2009_08_13_CapibaribeCidade.htm

- http://wikimapia.org/27166/pt/Aeroporto-Internacional-dos-Guararapes-Gilberto-
Freyre-Aeroporto-Internacional-do-Recife

- http://www.ccibc.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=5338

- http://www.sindusgesso.org.br/noticias_novidades.asp?codigo=84

- http://www.caisdoporto.com/detalhe-materias.php?id=5&idmateria=65&pg=

- http://www.economiabr.net/economia/5_commodities.html

- http://www.alepe.pe.gov.br/paginas/?
id=3620&dep=13&paginapai=3596&doc=4E86E49A2ACC3B42032574EB00011
B90

- http://www.alepe.pe.gov.br/paginas/?
id=3620&dep=13&paginapai=3596&doc=4E86E49A2ACC3B42032574EB00011
B90

- http://www.agronline.com.br/agronoticias/noticia.php?id=1916

- http://www.sober.org.br/palestra/2/1090.pdf

- http://www.redeaplmineral.org.br/noticias/destaque-1/o-ouro-branco-do-araripe

- http://www.redeaplmineral.org.br/editais/polo-gesseiro-de-pernambuco-passa-
por-adequacoes

- http://www.webartigos.com/articles/23387/1/impactos-socio-ambientais-
causados-pela-transnordestina-no-municipio-de-brejo-santo-ce/pagina1.html

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