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SURREALISTA
Camila Furtado Rodrigues
Gabrielle Dutra
Larissa de Campos Rocha
Maria Eduarda da Rosa Vizzotto
Pâmela Waltrick¹
Daiane Rodrigues Lopes²
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Embora o termo “surrealismo” tenha sido criado em 1917, pelo crítico Guillaume
Apollinaire para descrever aquilo que considerava ultrapassar a realidade. O termo ganhou forças
em 1924 em Paris, através de André Breton (considerado o “papa do surrealismo”), num grupo
muito bem organizado, o qual tinha uma parte proveniente do dadaísmo (movimento originalmente
de negação, pois era contra todas as fórmulas impostas pelo homem, pregando a espontaneidade/o
natural).
Salvador Dalí foi um dos grandes nomes do movimento, conhecido por retratar o mundo
dos sonhos (que para muitos era o mais próximo do mundo surrealista ideal), através de
ferramentas como o “método paranoico-crítico”, técnica que consistia em fixar o olhar sobre uma
figura nos mais variados lugares a fim de aplicar de forma mais fiel seu inconsciente, sua paranoia
garantia a ambiguidade das imagens, podendo as mesmas terem significados diferentes dos usuais,
introduzidos por tanto seus: medos, desejos, inquietações, paixões e etc em suas obras.
e de cores fortes (como o rosa-choque, por ela batizado). Sem perder a classe, algumas de suas
coleções sofreram fortes inspirações surrealistas, pois, além de acompanhar de perto o movimento
artístico, era amiga de artistas como: Picabia, Jean Cocteau, Man Ray, Marcel Duchamp, Salvador
Dali, Magritte entre outros. Vale ressaltar a impregnação do movimento em suas criações,
presentes principalmente, nos acessórios por ela criados.
A arte sempre esteve presente na história da humanidade, e até que aparecesse a fotografia,
a pintura registrou a evolução do vestir. No registro para a posteridade, a arte e a moda
caminharam entrelaçadas. Para Gombrich: “[...] se aceitarmos o significado de arte em função de
atividades tais como a edificação de templos e casas, realização de pinturas e esculturas, ou a
tessitura de padrões, nenhum povo existe no mundo sem arte” (GOMBRICH, 1988, p.19).
A nova linguagem proposta pelo Movimento Surrealista confere valor artístico a um objeto
do cotidiano, ou mesmo a uma indumentária que tenha um conceito manipulado pela imaginação e
desejos do seu criador, foi exatamente o que atraiu Elsa Schiaparelli, ao evocar o surrealismo em
suas criações. Em meio a interesses em comum, artistas e criadores de moda tornaram-se parceiros
em algumas criações que modificaram o olhar criativo no século XX e estenderam suas heranças
para o século XXI.
Não se trata apenas de transposições de elementos estéticos de um contexto, mas sim, se um
exercício de arte aplicada, pois tal exercício também confere criatividade:
refletir quando afirma que moda é arte na medida em que supera o comum, cria e produz
inovações, por ter uma linguagem própria, o que permite comunicar emoções, refletir nossa
imagem interna, e pela qual é possível recriar valores.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na primeira fase de desenvolvimento deste trabalho realizou-se o levantamento
bibliográfico acerca do tema, buscando o conhecimento da relação de criação dos estilistas e
artistas, sua história e motivações, como também a compreensão do movimento artístico que
proporcionou tantas criações inusitadas como foi o Surrealismo.
Na segunda etapa do processo, decidiu-se seguir a linha do movimento artístico, a ruptura
com a realidade e recriar no acessório obras do artista Salvador Dali, por isso estudou-se mais a
fundo tanto o surrealismo quanto as obras de Dali.
Para melhor desenvolver a proposta do trabalho e por se apresentar com uma abrangência
considerável do acessório, decidiu-se pela a criação de um sapato “Scarpin”, considerando ser um
acessório que pode mudar todo um visual e alavancar uma ideia, além de oferecer maior facilidade
na confecção da peça, já que os materiais disponíveis no mercado permitem combinações
inusitadas dos mais diversos tipos, formas e tamanhos.
processos criativos de Salvador Dali, ou seja, da inserção de objetos em suas obras que não
pertençam ao ambiente por ele desenhado, tendo o imaginário como elemento de ruptura com a
realidade do cotidiano. O explorar de um olhar cuidadoso do subconsciente do pintor sobre peças,
artigos e objetos, criará ilusões e contrastes. Partindo-se desse pressuposto, optou-se pela utilização
de elementos comuns aos olhos de qualquer pessoa, totalmente excluídos daquilo que a moda tem
como costume de considerar de nível aceitável de luxo e bom gosto, para que no desenvolver a
peça se possa evoluir, do simples rompimento com a realidade do uso dos materiais para a
exploração de novas formas e modelagens.
Para evidenciar o surreal, além de se valer da inserção de materiais pouco usuais, procurou-
se também inovar nos desenhos e formas. Foram escolhidos o couro, e o esmalte vitral para a
aplicação direta nos acessórios. Este esmalte foi escolhido devido a sua possibilidade da criação de
novas formas, como também sua característica peculiar que em contato com o couro proporciona
uma aparência única.
4. REFERÊNCIAS