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ANALISE DAS ESTROFES

O título “Horas Mortas” refere-se às horas da madrugada,


quando as ruas se encontram praticamente desertas;

1ª estrofe- os 2 primeiros versos indicam-nos o espaço da


ação: “O tecto fundo de oxigénio, de ar; (relativo a céu)
Estende-se ao comprido, ao meio das trapeiras” ( as trapeiras
são partes dos telhados das casas, que podemos associar que o
sujeito poético se encontra na cidade)
"lágrimas" e "com olheiras" simbolizam a tristeza e cansaço
a "quimera" representa a fantasia e a esperança, e a com azul
simboliza o inacessível

2ª Estrofe
Versos 5&6: o sujeito poético demonstra-se espantado, com a
beleza dos portões, como podemos concluir através do uso dos
pontos de exclamação no final do verso 5

No verso 8 há uma personificação em "olhos dum caleche, (...)


sangrentos", com a qual o autor se refere à crueldade;

No verso 7, “(…) Colocam-se taipais, rangem as fechaduras (…)


refere-se à vida de prisão.

3ªestrofe
Versos 9 e 10- “(…) E eu sigo, como as linhas de uma pauta; A
dupla correnteza augusta das fachadas (…)” - refere-se
novamente à beleza das construções da cidade; (como as
linhas de uma pauta- comparação)
Verso 12- longínqua flauta- Hipálage (Figura de estilo pela qual
se atribui a certas palavras, qualidades que pertencem a outras,
normalmente na mesma frase.

4ª estrofe
O sujeito poético revela desejos inalcançáveis, como podemos
observar no verso 13: “(…) Se eu não morresse, nunca! E
eternamente (…)”; “(…) Buscasse e conseguisse a perfeição das
cousas! (…)”
Procura pela perfeição- “(…) Buscasse e conseguisse a perfeição
das cousas! (…)” (verso 14); (…) Esqueço-me a prever
castíssimas esposas (…)

5ªestrofe & 6ª estrofe

No verso 17, está presente uma Apóstrofe: “(…) Ó nossos


filhoes! (…)“
Na 6ª estrofe, o sujeito poético faz referência ao ponto alto da
história de Portugal, a época dos Descobrimentos
Verso 20- habitações translúcidas e frágeis (dupla adjetivação);
Verso 21- Aliteração- Raça Ruiva do porvir;
Verso 22- Anástrofe- “(…) E pelas vastidões aquáticas seguir
(…)” - E seguir pelas vastidões aquáticas;
7ª estrofe

O sujeito poético põe fim aos sonhos da reconquista do poder.


Nesta predomina o medo, fazendo referência aos assassinos.

8ª estrofe

Na oitava estrofe faz referência aos bêbedos, que deixam o


sujeito poético desconfortável (com nojo).

9ª 10ª & 11ª Estrofe’s

Verso 33 - Eu não receio, todavia, os roubos;


Verso 34 - Afastam-se, a distância, os dúbios caminhantes;
Os roubos são provocados pelos dúbios caminhantes (ladrões)

Verso 35 - E sujos, sem ladrar, ósseos, febris, errantes,


Verso 36 - Amareladamente, os cães parecem lobos.
Os cães famintos e abandonados, acabam por ser comparados
com lobos

Verso 37- E os guardas, que revistam as escadas,


Verso38 - Caminham de lanterna e servem de chaveiros;
Os guardas que são comparados com chaveiros devido a entrar
em diversas casas e terem acesso a elas, também com o uso da
lanterna o sujeito poético faz referência à noite.
Verso 39- Por cima, as imorais, nos seus roupões ligeiros,
Verso 40 - Tossem, fumando sobre a pedra das sacadas.
“as imorais” fazem referência às prostitutas, que acabam por
usar drogas representam um dos problemas da altura.

Verso 41 - E, enorme, nesta massa irregular


Versos 42 - De prédios sepulcrais, com dimensões de montes,
Em prédios sepulcrais pode-se analisar uma metáfora, pois
estes são comparados a montes

Verso 43- A Dor humana busca os amplos horizontes,


Verso 44- E tem marés, de fel, como um sinistro mar!
Com a dor humana em busca de amplos horizontes podemos
perceber que a dor representada no poema não se localiza só
naquela região, mas sim pelo mundo todo.

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