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Análise de riscos e vulnerabilidades

Risco de Incêndio Rural


Concelho de Setúbal

HUGO CORREIA

Fevereiro 2022
Conteúdos
ü Enquadramento teórico
- Risco
- Severidade/Perigosidade
- Vulnerabilidade

ü Metodologias para a representação cartográfica de risco de incêndio rural


- Caracterização física
- Caracterização climática
- Caracterização da Ocupação do Solo e Zonas Especiais
- Caracterização da população
Gestão do Riscos
De acordo com Lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Junho):

A proteção civil é a atividade desenvolvida com a finalidade de


prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou
catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as
pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram.
Gestão do Riscos
O que é o Risco?

• Risco é, «(…) a probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e respetiva


estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens e ambiente, expressa em danos
corporais e/ ou prejuízos materiais e funcionais, diretos ou indiretos.» (ANPC, 2009).
Gestão do Riscos
O que é a Severidade/ Perigosidade

• Capacidade do processo ou ação para danos em função da sua magnitude, intensidade, grau,
velocidade ou outro parâmetro que melhor expresse o seu potencial destruidor.

• Importante saber: onde, quando e como ocorrem os riscos, mas também porque é que eles
se manifestam

• Nem sempre essa manifestação acarreta qualquer perigo, principalmente nos níveis de baixa
severidade. Quando o processo se tornar perigoso significa que existe presença ou atividade
humana, surge o termo perigosidade.
Gestão do Riscos
O que é a Suscetibilidade

• Incidência do perigo, num determinado local e a área afetada por esse perigo, em tempo
indeterminado, sendo avaliada através dos fatores de predisposição para a ocorrência dos
processos ou ações, não contemplando o seu período de retorno ou a probabilidade de
ocorrência.

• Representável cartograficamente através de mapas de zoneamento, sobretudo nos casos dos


processos naturais e mistos identificados.
Gestão do Riscos
O que é a Vulnerabilidade

• Grau de perda de um elemento ou conjunto de elementos expostos, em resultado da


ocorrência de um processo (ou ação) natural, tecnológico ou misto de determinada
severidade.

• Expressa numa escala de 0 (sem perda) a 1 (perda total).


Cartografia de Risco de Incêndio
• O risco de incêndio é representado pela probabilidade e suscetibilidade que a área em
causa apresenta, acrescida dos valores de risco (vulnerabilidade e valor, se existe ou
não existe).

Componentes do modelo de risco de incêndio florestal (AFN, 2012)


Enquadramento geográfico da área

• O Concelho de Setúbal está


integrado na Área
Metropolitana de Lisboa.

• Abrange cerca de 23.033 ha,

Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta de Palmela, Setúbal e Sesimbra (2016-2020)


Representação Cartográfica

Risco à exposição de ondas de calor


Risco de Nevoeiro

Risco de Acidente rodoviários


Risco de incêndios
Rurais

Risco Sísmico
Risco de Cheias
Representação Cartográfica
ü Caracterização Física
- Altimetria; Declive ; Exposição; Hidrografia)
Representação Cartográfica
ü Caracterização Climática (Temperatura do Ar, Humidade Relativa do Ar, Precipitação,
Vento)
Representação Cartográfica
ü Caracterização da Ocupação do Solo e Zonas Especiais (Ocupação do Solo , Povoamentos
Florestais, Áreas Protegidas, Rede Natura e Regime Florestal, Instrumentos de Planeamento
Florestal)
Representação Cartográfica
ü Caracterização da População (População Residente por Censo e Freguesia, Índice de
Envelhecimento, População por Sector de Atividade)
Representação Cartográfica
Do Mapa de Perigosidade constata-se que as classes de perigosidades predominantes são a
Baixa, Média e Muito alta Perigosidade
Representação Cartográfica
Cartografia de risco de incêndio
Conclusão
A representação cartográfica dos incêndios possibilita assinalar, com maior ou menor precisão, consoante a
escala utilizada, as áreas com maior suscetibilidade aos incêndios.

Como sequência, dá a conhecer os locais que devem ser alvo de medidas especiais, quer em termos de
prevenção, quer no que respeita ao combate.

Deste modo, uma análise de riscos destas áreas permite efetuar um reforço de meios e uma prevenção e um
combate dos incêndios ainda mais eficazes.

O trabalho desenvolvido neste âmbito resultou no aprofundamento do conhecimento na temática da análise


de riscos e vulnerabilidades, garantindo um maior desempenho e visão a nível profissional.
Bibliografia
ABREU, J., MARRECAS, P. & MONTEIRO, S. – Cartografia de Risco de Incêndio Florestal - Relatório do Distrito
de Viseu;

Autoridade Florestal Nacional (2012) Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI) - Guia
Técnico;

DIRECÇÃO-GERAL DOS RECURSOS FLORESTAIS ( 2007) – Guia Técnico para Elaboração do Plano Municipal de
Defesa da Floresta Contra Incêndios. Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas;

JULIÃO RP, NERY F, RIBEIRO JL, ET AL (2009) guia metodológico para a produção de cartografia municipal de
risco e para a criação de sistemas de informação geográfica ( sig ) de base municipal;

LOURENÇO, L. (1989) – “Representação cartográfica dos incêndios florestais ocorridos em Portugal


Continental”. Biblos, Coimbra, LXV, p. 91-133;

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