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pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/185 Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial II, 883-887


IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: 0873-948X; e-ISSN: 1647-581X

Avaliação do risco de instabilidade de arribas no troço


costeiro Sines-Zambujeira do Mar

Slope instability risk assessment along the Sines-Zambujeira


do Mar coastline

J. Brissos1*, P. S. Caetano1,2, P. Lamas1,2, C. N. Costa3, M. Rocha3


Artigo Curto
Short Article
© 2014 LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP

Resumo: Neste trabalho é proposta uma metodologia faseada de relativamente ao risco que os movimentos de terreno em
avaliação do risco associado à ocorrência de movimentos de terreno arribas constituem para pessoas e bens. Tal se deve não só
nas arribas rochosas que modelam a orla costeira Alentejana entre
Sines e a Zambujeira do Mar. Para este fim procedeu-se ao
a um incremento da taxa de ocupação da costa portuguesa,
levantamento de áreas potenciais de risco diagnosticadas por como ao crescente historial de acidentes em zonas de praia
organismo público competente, no caso a Administração da Região (e.g. o acidente ocorrido na praia Maria Luísa, Albufeira,
Hidrográfica-Alentejo (ARH-Alentejo, actualmente integrada na em Agosto de 2009).
Agência Portuguesa do Ambiente). A campanha de observações de No que respeita à área de estudo, o troço litoral entre
campo estendeu-se num espaço temporal entre 2010 e 2013 com o Sines e Zambujeira do Mar, foram seleccionados dezasseis
objectivo de aferir as características geológico-geotécnicas das arribas e
evidências de instabilidade, avaliando-se os riscos associados.
locais para avaliação de risco com base nas informações
Procedeu-se, numa segunda fase, a uma reavaliação do risco nos locais disponibilizadas pela ARH-Alentejo e nas conclusões
considerados de intervenção prioritária, tecendo-se algumas obtidas em trabalhos anteriores (Costa & Sá Caetano,
recomendações relativas à sua mitigação. 2010, 2011).
Palavras-chave: Gestão do risco, Arribas rochosas, Estabilidade de
taludes. 2. Metodologia
Abstract: In this paper a phased methodology of risk assessment A metodologia aplicada, numa primeira fase, constou de
associated with the occurrence of landslides in the rocky cliffs along
uma avaliação semi-quantitativa de risco com o objectivo
the coast between Sines and Zambujeira do Mar is proposed. In order
to do so, a surveying on potential risk areas already diagnosed by de promover uma simples e célere priorização dos riscos
ARH-Alentejo, now a part of the Portuguese Environmental Agency, identificados através da aplicação de uma categorização
was performed. Field observations were made during the time gap of numérica dos termos da seguinte equação que possibilita a
2010-2013, so as to assess the geotechnical and geological determinação de um “índice de risco” (IR):
characteristics of the rock masses and evidence of instability
mechanisms, as well as the associated preliminary risk. In a second
phase, the preliminary risk was re-assessed at prioritized areas while
commenting on possible mitigation measures. [1]
Keywords: Risk assessment, Rocky cliffs, Slope stability.
Em que (PO x M) define a Perigosidade (P) e (D/C)
1
Centro de Investigação em Ciência e Engenharia Geológica (CICEGe), representa a Vulnerabilidade (V).
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Quinta da Esta metodologia é adaptada de Costa et al. (2009), que
Torre, 2829-516 Caparica.
2
avalia, em contexto semelhante, as arribas do trecho litoral
Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia,
Universidade Nova de Lisboa, Quinta da Torre, 2829-516 Caparica. Cabo Espichel-Albarquel. Cada termo da equação foi
3
Egiamb-Consultoria Geoambiental, Lda, Praça Qta. S. Francisco dos Matos, categorizado numa escala de 1 a 5 (com a significância
4-E. 2825-159 Caparica. respectivamente de: não significativa, reduzida, média,
*
Autor correspondente / Corresponding author: j.brissos@campus.fct.unl.pt elevada e muito elevada) que, de acordo com a equação
[1], gera os valores de risco correspondentes ao perigo em
análise. A matriz de cálculo dos valores de IR para todas
1. Introdução as situações possíveis, cujos resultados variam entre um
mínimo de 0,2 e um máximo de 125, foi recalculada para o
A incorporação de estudos de estabilidade sobre as zonas intervalo [0;1] para uma melhor percepção da significância
costeiras de Portugal nas políticas de ordenamento do dos valores obtidos, com definição de 5 classes de igual
território e urbanismo é relativamente recente, tendo-se amplitude.
generalizado a partir da década de 90. Esta mudança de A perigosidade calculada por esta metodologia deve ser
mentalidade reflecte a tomada de consciência entendida como uma perigosidade aparente, diferindo do
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conceito proposto por Varnes (1984), visto não estar diferencial, condições propícias à ocorrência de diversas e
associada à avaliação probabilística da ocorrência, mas sim frequentes situações de instabilidade. Esta praia urbana
a um cálculo ponderal, centrado na consulta de informação goza de excelentes acessibilidades, apresentando elevada
técnica disponível e na aferição pericial das características afluência de utentes na época balnear (Fig. 2a). Durante a
geológico-geotécnicas com influência na estabilidade das preia-mar a reduzida exposição de areal na zona norte
arribas (Fig. 1). Esta avaliação possui algum grau de promove a ocupação de espaços na proximidade da base
subjectividade, no entanto, quando bem fundamentada, é das arribas, justificando o elevado dano potencial
geralmente mais valorizada que meros cálculos numéricos, associado à ocorrência de instabilizações.
nomeadamente na área da Geotecnia (Schubert, 2004).
Para além disso, uma avaliação inicial de carácter expedito Tabela 1. Cálculo dos valores de perigosidade, vulnerabilidade e risco
permite a concentração de estudos mais pormenorizados para os locais inventariados.
em locais que exijam intervenção prioritária. Table 1. Calculations of hazard, vulnerability and risk values for the
Numa segunda fase foi aferido o comportamento identified locations.
geomecânico das arribas nos locais com IR ≥ 0,80,
baseado na caracterização geotécnica do maciço rochoso e
na identificação dos mecanismos de rotura (Brissos, 2013;
Brissos et al., 2014). No seguimento destes trabalhos mais
pormenorizados a avaliação preliminar inicialmente
realizada foi reavaliada com vista à elaboração de proposta
de mitigação de risco.

Fig. 1. Esquematização da metodologia adoptada na avaliação preliminar


de risco.

Fig. 1. Schematization of the preliminary risk assessment methodology.

3. Apresentação de resultados Fig. 2a. Praia da Zambujeira do Mar (Agosto, 2010).

3.1. Avaliação preliminar de risco (1ª fase) Fig. 2a. Zambujeira do Mar beach (August, 2010).

A tabela 1 apresenta os valores atribuídos às diferentes Para norte, no troço costeiro entre Almograve e Vila
variáveis da equação [1], assim como o cálculo do Índice Nova de Milfontes a perigosidade adquire valores mais
de Risco (IR) associado à problemática em análise. Refira- reduzidos devido à menor altura das arribas e poucas
se que não foi efectuada a vistoria dos locais 1, 12, 13 e situações com possibilidade de mobilizar blocos de
14, pelo que não lhes foi atribuído um valor de IR. É de grandes dimensões (Figs. 2b e 2c).
salientar que, na quantificação da capacidade de resposta Neste troço, o local 5 apresenta as condições mais
(C), foi dada prioridade à existência de medidas efectivas desfavoráveis em virtude da maior proximidade à zona
de mitigação estrutural. Apesar da implementação de urbana, bons acessos e localização de infra-estruturas na
sinalização de perigo em diversos pontos e da delimitação crista das arribas. No local 6 a vulnerabilidade aumenta
de algumas faixas de risco (e.g. praia da Zambujeira do nas escadas de acesso dado que os utentes passam
Mar e da Samoqueira), a possibilidade de ocupação de directamente sob algumas bancadas rochosas susceptíveis
zonas perigosas não é eliminada. à queda de pequenos blocos. O local 7 dispõe de um
As arribas da praia da Zambujeira do Mar representam extenso areal pelo que, apesar de ser também bastante
situações de perigosidade muito elevada fundamentadas na frequentado, os utentes em regra não se dispõem na
heterogeneidade litológica e elevado grau de fracturação e proximidade da base das arribas, respeitando a sinalização
meteorização do maciço rochoso que possibilitam, através implementada.
do destaque de blocos postos em evidência por erosão
Risco de instabilidade de arribas (SW alentejano) 885

no entanto, a erosão e consequente recuo local das litologias


menos competentes.

Fig. 2b. Arriba na zona central da praia de Almograve onde se observa o


destaque de blocos de grande dimensão por fracturação subvertical.

Fig. 2b.. Cliff in the central area of Almograve beach where, due to sub Fig. 2d. Destaque de consolas por erosão diferencial na arriba sul da praia
vertical fracturing, large rock blocks are being detached. da Ilha do Pessegueiro.

Fig. 2d. Differential erosion and console detachment at Ilha do


Pessegueiro beach’s southern cliff.

Para norte de Porto Covo, os valores atribuídos aos


parâmetros da perigosidade nos locais 10 e 11 são
justificados pela ocorrência de blocos de dimensão
variável, frequentemente sem sustentação basal. No
entanto não se observam muitos detritos na base das
arribas, fundamentando uma menor probabilidade de
ocorrência. Os locais 15 e 16 adquirem elevada
perigosidade em virtude dos múltiplos episódios de
instabilidade, já ocorridos ou eminentes, que podem ser
observados. Nas arribas do local 15 assinala-se um
escorregamento planar datado de 2010 que movimentou
um volume rochoso considerável (Fig. 2e), e um potencial
tombamento associado ao destaque de um conjunto de
blocos na crista de uma arriba a sul desta zona (Fig. 2f)
Fig. 2c. Blocos em condição potencialmente instável na praia das Furnas.
que não sofreu evolução significativa entre 2010 e 2013.
Fig. 2c. Potentially unstable blocks observed at Furnas beach. Nas arribas do local 16 a combinação geométrica de
planos de estratificação e/ou fracturação promove a queda
de blocos de dimensão variável observando-se ainda
O troço costeiro entre Vila Nova de Milfontes e Porto fendas de tracção que testemunham esforços associados à
Covo verifica um mecanismo de evolução costeira baseado rápida subescavação das camadas inferiores.
na formação de consolas com balanço progressivamente Devido à sua localização no centro urbano de Porto
maior que, quando é ultrapassada a resistência à tracção do Covo, os locais 10 e 11 são dos mais frequentados, sendo
material, sofrem rotura seguida de queda de blocos de que o dano potencial aumenta à medida que o areal é
grande volume. ocupado pelo avanço da maré. As escadarias de acesso às
Os elevados valores de perigosidade associados aos praias constituem, por vezes, áreas perigosas devido à
locais 8 e 9 reflectem o volume significativo dos blocos já passagem directa sob zonas particularmente meteorizadas
instabilizados, ou em vias de instabilização, dispostos ao e fracturadas.
longo dos taludes. A probabilidade de ocorrência é inferior Nem sempre as situações de maior perigosidade estão
no local 8 devido à protecção que os blocos já tombados associadas a maior risco. Apesar de no local 15 se
oferecem contra a erosão costeira evitando a formação de verificarem ocorrências potencialmente mais perigosas, a
consolas de balanço significativo, ao contrário do que sua localização (directamente sobre o mar) traduz-se num
sucede no local 9 (Fig. 2d). Neste último, para além da menor dano potencial. Nos locais 10 e 11 verifica-se a
presença humana, destaca-se uma edificação de interesse situação inversa, com situações menos perigosas mas
público (Forte N. Sr.ª da Queimada) directamente sobre a maior vulnerabilidade. As arribas estudadas na praia da
crista da arriba sul. Uma cortina de betão projectado trava, Zambujeira do Mar são classificadas com risco muito
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elevado (IR ≥ 0,80). Por isso torna-se clara a necessidade elevada dado que a arriba é sobranceira a trechos de praia
de realização de estudos de estabilidade nestes locais, não de muito fácil acessibilidade durante o dia. No local 3 a
só devido ao seu enquadramento geomecânico favorável à predominância de zonas fortemente meteorizadas,
ocorrência de instabilizações, como à elevada fracturadas e sujeitas a diferentes mecanismos de rotura
vulnerabilidade motivada pela ocupação da crista e da base resulta num grau de perigosidade extremamente elevado.
destas arribas. Apesar da colocação de uma fita de delimitação, a
reduzida expressão de areal pode levar à ocupação de
espaços muito próximos do sopé da arriba. No local 4 a
perigosidade resulta de quedas de blocos provenientes das
zonas superiores, não se verificando condições para a
ocorrência de outros tipos de rotura. Na crista, a presença
de fendas de tracção e a proximidade de infra-estruturas
fundamentam um grau de risco mais elevado do que no
local 3. Considera-se, no entanto, vulnerabilidade inferior
no sopé desta arriba dado que o acesso às zonas mais
perigosas é dificultado na preia-mar.

Fig. 2e. Cicatriz de escorregamento planar na arriba sul da praia do Cerro


da Águia.

Fig. 2e. Evidence of planar sliding observed at Cerro da Águia beach’s


southern cliff.

Fig. 2f. Potencial situação de tombamento na crista de uma arriba a sul da


praia do Cerro da Águia.

Fig. 2f. Potential toppling situation at a cliff top located south of Cerro da
Águia beach. Fig. 3. Localização das arribas estudadas na praia da Zambujeira do Mar.

Fig. 3. Location of the studied cliffs at Zambujeira do Mar beach.


3.2. Reavaliação de risco e proposta de medidas de
mitigação (2ª fase)
Tabela 2. Reavaliação do risco para as arribas estudadas na praia da
Com base nos trabalhos realizados para as arribas da praia Zambujeira do Mar e comparação com os valores obtidos na avaliação
da Zambujeira do Mar (Brissos, 2013; Brissos et al., preliminar.
2014), localizadas na figura 3, foi possível reavaliar o risco Table 2. Risk reassessment at Zambujeira do Mar beach and comparison
preliminar calculado na primeira fase do trabalho, with the preliminary risk evaluation.
apresentando-se os resultados na tabela 2.
No local 2, o risco na base é minimizado pois, apesar
de se verificarem evidências de escorregamentos planares,
o ângulo de inclinação do talude é suficientemente baixo
para evitar deslizamento de blocos. A vulnerabilidade é
Risco de instabilidade de arribas (SW alentejano) 887

Com base nesta reavaliação é possível apresentar uma 4. Considerações finais


proposta de um plano de mitigação de risco a curto prazo
A metodologia de avaliação de risco de instabilidade de
(Tabela 3). No local 2 a abordagem realizada deverá focar-
arribas apresentada, apesar de associada a uma maior
se essencialmente na redução da vulnerabilidade a longo
subjectividade do que análises quantitativas, exibe um grau
prazo mediante reforço da sinalética adequada e colocação
de fiabilidade aceitável no estabelecimento de um
de uma barreira de acesso às zonas afectadas por
zonamento preliminar de risco. O mesmo permite, desde
subescavação basal. Em época balnear deve igualmente
logo, uma hierarquização dos locais mais necessitados de
proceder-se ao reforço das acções de consciencialização
estudo pormenorizado sobre a estabilidade das arribas com
para os riscos inerentes à aproximação ao sopé. Convém
vista à possível implementação de medidas de
igualmente proceder-se à implantação de valetas de
estabilização e mitigação do risco, assim como a sua
drenagem na crista devido à natureza friável do material de
respectiva monitorização. Neste contexto, estudos mais
cobertura, facilmente erodível por acção da precipitação e
aprofundados deverão ser implementados noutros locais
da escorrência superficial.
assinalados ao longo deste trecho costeiro, nomeadamente
Para os locais 3 e 4 deverá, inicialmente, proceder-se
as praias da Samoqueira, Cerro da Águia, Malhão, Ilha do
ao saneamento dos blocos rochosos de pequena dimensão
Pessegueiro, Banho e Buizinhos que, não incluindo a
e de material meteorizado. O desmonte de alguns blocos
Zambujeira do Mar, apresentaram o valor de risco (IR)
de maior dimensão potencialmente instáveis deve ser
mais elevado.
equacionado mediante metodologias de desmonte
apropriadas, assim como a fixação de redes metálicas à
crista para controlo de blocos em queda livre. Agradecimentos
Posteriormente deve proceder-se à implementação de Os autores agradecem às Professoras Graça Brito e Ana
pregagens eventualmente associadas a cabos e malhas de Paula Silva (FCTUNL) as sugestões e revisão crítica do
aço traccionadas e ancoradas ao maciço para fixação das texto.
consolas de maior volume. A utilização de betão
projectado (sempre acompanhada pela execução de furos Referências
drenantes) poderá ser uma alternativa, desde que
Brissos, J., 2013. Avaliação de risco de instabilidade de arribas no
pigmentado de forma a reduzir o impacte visual. A troço Sines-Zambujeira do Mar (SW Alentejano). Dissertação de
instalação de valetas de crista permite a recolha das águas mestrado, Universidade Nova Lisboa (não publicada), 159 p.
de escorrência, dificultando a infiltração e lavagem das Brissos, J., Lamas, P., Sá Caetano, P., 2014. Estabilidade e
fracturas. Numa perspectiva de longo prazo orientada para zonamento geomecânico das arribas da praia da Zambujeira do
a prevenção considera-se ainda necessária a efectiva Mar em contexto da análise de risco. Actas do XIV Congresso
implementação de um plano de monitorização Nacional de Geotecnia, Covilhã, Portugal, 12 p.
Costa, C., Sá Caetano, P. (Coords.), 2010. Estabilidade e trabalhos
Tabela 3. Plano de mitigação do risco associado à problemática em de estabilização de arribas de praia na região de Sesimbra e do
análise. litoral Alentejano. Relatório Síntese (não publicado), Egiamb
Lda., 28 p.
Table 3. Risk mitigation plan proposed for the case study. Costa, C., Sá Caetano, P. (Coords.), 2011. Proposta de interdição de
praias na faixa tutelada pela ARH-Alentejo. Parecer Técnico não
publicado, Egiamb Lda., 10 p.
Costa, C., Sá Caetano, P., Brito, G., Vendas, D., 2009. Estudo
preliminar do risco associado à instabilidade de arribas no troço
entre Cabo Espichel e Setúbal. Relatório Técnico (não publicado),
FCT-UNL, 33 p.
Schubert, P., 2004. Geotechnical Risk Management in Tunnelling.
Course on Geotechnical Risk in Rock Tunnels. Aveiro, 12 p.
Varnes, D. L., 1984. Landslide hazard zonation: a review of
principles and practice. UNESCO - Landslides Hazards, Series 3,
Paris, 63 p.

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