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GABRIEL
STEPHANO
CHARLES
BRUNO
JOÃO VITOR
GUSTAVO DE PAULO
WEMERSON
VILA VELHA
2022
1. Biografia
Tereza Aita (Zina Aita), nasceu em Belo Horizonte (MG), no ano de 1900. Ao longo da
vida, Zina Aita trabalhou com várias linguagens e técnicas: óleo sobre tela, aquarelas,
tapeçaria, cerâmica e desenho. Sua formação aconteceu na Itália, mais propriamente em
Roma, Florença e Veneza. Mas foi com uma exposição individual realizada no Rio de
Janeiro, e também em Belo Horizonte, em 1920, que a artista entrou para o circuito
modernista brasileiro. Foi a única artista representando o estado de Guimarães Rosa e
Drummond que participou da semana da arte em 22, em São Paulo. Tereza Aita viaja
para Florença, onde permanece entre 1914 e 1918, e realiza estudos com o artista
Galileo Chini (1873 - 1956) na Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas
Artes de Florença]. Retornando ao Brasil, entra em contato com os modernistas Manuel
Bandeira (1886 - 1968) e Ronald de Carvalho (1893 - 1935). Torna-se amiga da pintora
Anita Malfatti (1889 - 1964) e do escritor Mário de Andrade (1893 - 1945). Realiza a
primeira mostra individual em Belo Horizonte, em 1920.Rodrigo Vivas arte. Em 1924,
ela volta à Itália, assume os negócios de cerâmica da família e perde o contato com a
cena artística mineira e brasileira. Em 1930 Viaja a estudos por Roma, Florença, Milão
e Veneza.
Destaca-se A Sombra, composta por seis homens trabalhando em uma rua. A utilização
das cores dificulta a delimitação dos espaços, mas é possível localizar um meio-fio que
separa o limite da rua e as casas. A rua, assim como os outros elementos que compõem
a cena, possui uma variação cromática muito mais complexa que a realizada na pintura
O Retrato.
Nessa pintura, as sombras dos objetos adquirem sempre a tonalidade azul. Isso é o que
se constata, ainda, tanto nos trabalhadores representados, quanto em formas não
sugeridas na tela. No que se refere a essas últimas, nota-se, perto dos trabalhadores, uma
enorme sombra azul, possivelmente produzida por um grande edifício não representado
na tela. Essa sombra azul possibilita imaginar não apenas a continuidade da cena fora do
espaço figurativo, como também o movimento da luz no quadro. Como explicar a falta
de correspondência entre a sombra dessa construção ausente com a dos trabalhadores?
Talvez o objetivo não tenha sido de captar apenas o instante, mas de produzir a sensação
de uma atividade realizada ao longo de várias obras.
Jardineiro
Em outra obra, ‘’Jardineiro’’, Zina Aita repete o azul vibrante e aborda em destaque
retratos de várias etnias um tema bem consonante com as pinturas de Anita Malfatti.
Dessa vez a artista retrata um homem, mestiço, com um componente de sedução contido
no tronco desnudo, com parte das costas à mostra e um buquê de flores nos braços.
Nessa obra há um apego à proporcionalidade do corpo.
Retrato
Retrato, o quadro de Zina Aita que provocou polêmica em BH dois anos antes da
Semana de Arte Moderna.
Zina Aita tinha pouco mais de 20 anos. Seu quadro – um grupo de trabalhadores na
labuta, sob a imensa e opressiva sombra do feitor – foi exposto pertinho das obras de Di
Cavalcanti e de Anita Malfatti. A única mineira naquele ninho modernista acabou
praticamente esquecida. Filha de empresário italiano, Tereza nasceu em 1900, passou a
adolescência em BH, estudou na terra do pai e para lá voltou em 1924. Morreu em
Nápoles, aos 67 anos.
Dois anos antes da Semana de 22, a moça cosmopolita gerava polêmica na conservadora
BH, que estranhou sua exposição de pinturas no Conselho Deliberativo, na esquina de
Rua da Bahia com Av. Augusto de Lima. Um dos quadros, Retrato, trazia, em cores
fortes, o rosto de um garoto. Caçoaram da moça. A imprensa ressaltou-lhe a
originalidade, mas a acusou de usar cores “bizarras” para “ferir” a vista do público.
Zina explicitava ali o confronto entre tradição e modernidade. Não se tratava mais de
imitar a realidade, mas de convidar o espectador a mergulhar em outra experiência
estética. Recusando harmonias cromáticas tradicionais, a jovem artista inovou, ressalta a
pesquisadora Ivone Luzia Vieira, doutora em artes plásticas e professora aposentada da
UFMG.
4. Suas conquistas
Quando pensamos em arte moderna de primeira geração em Minas Gerais, nos vêm à
mente os grandes poetas e escritores mineiros. Contudo, uma jovem pintora contribuiu
decisivamente para as artes visuais no Brasil.
Conheça Zina Aita, pintora nascida em Belo Horizonte, que foi decisiva no modernismo
brasileiro e destaque na Semana de Arte Moderna de 1922!
Toda vez que pesquisamos sobre mulheres nas artes visuais, que militaram no
modernismo no início do século XX, aparecem dois nomes – Anita Malfatti (1889-
1964) e Tarsila do Amaral (1886-1973) – como grandes protagonistas do cenário das
artes plásticas modernas no Brasil. Contudo, há outro nome muito importante da mesma
época, de uma mulher mais jovem que suas colegas, nascida em Belo Horizonte, que
passou parte da infância na cidade italiana de Nápoles, tendo uma importância muito
significativa nos primeiros anos da pintura modernista no Brasil. O nome civil é Tereza
Aita (1900-1967), o apelido é Zina Aita. Ao longo da vida, Zina Aita trabalhou com
várias linguagens e técnicas: óleo sobre tela, aquarelas, tapeçaria, cerâmica e desenho.
Sua formação aconteceu na Itália, mais propriamente em Roma, Florença e Veneza.
Mas foi com uma exposição individual realizada no Rio de Janeiro, e também em Belo
Horizonte, em 1920, que a artista entrou para o circuito modernista brasileiro.
Em 1924, Zina Aita volta à Itália, assume os negócios de cerâmica da família e perde o
contato paulatino com a cena artística mineira e brasileira. A última exposição a
celebrar sua obra foi “Jeanne Milde, Zina Aita: 90 anos”, realizada em 1990, portanto,
há trinta anos. Concebida para comemorar os 90 anos de nascimento da artista, a
exposição foi realizada no Museu de Arte da Pampulha (MAP), vinte e três anos após o
seu falecimento.
5. Curiosidades
Zina Aita é considerada precursora do modernismo em Minas gerais, também era amiga
da pintora Anitta Malfatti e do escritor Mario de Andrade que eram considerados
fundadores do Modernismo no Brasil.
Realizou ilustrações para a revista Kluxon que era usada para publicação dos
modernistas paulistas.
Em 1924 aos 24 anos se mudou para Nápole na Itália e lá dirigiu uma fábrica de
cerâmica e tornou se conhecida como uma ceramista, participando de diversas coletivas.
Seu verdadeiro nome era Tereza Aita, mas seu apelido e nome artístico era Zina Aita.