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De acordo com Mesquita & Martos (2009, p. 484), “as figuras de linguagem são recursos
expressivos quem emprestam ao pensamento mais energia e vivacidade, que, por sua vez,
conferem à frase mais elegância e graça e permitem ao leitor captar mais efetivamente a
mensagem pretendida pelo autor.”
Podemos destacar como principais figuras de linguagem: a antitese, prosopopéia, ironia,
eufemismo, hipérbole, comparação, metáfora, catacrese, metonímia, gradação, pleonasmo,
aliteração e onomatopéia.
A seguir veremos cada um deles:
Antitese - Emprego de termos com sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas idéias,
lado a lado, em uma frase.
Ex.: Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
Ironia –.Consiste na declaração do contrário do que se pensa, em geral, com o propósito de fazer
zombaria.
Ex.: Eu nasci há dez mil anos atrás. E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais.
Eufemismo – Consiste em dizer algo desagradável por meio de palavras que abrandem o impacto
causado por essa situação.
Ex.: Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
Metáfora – Relaciona dois seres por meio de uma qualidade comum atribuída a ambos. Nessa
comparação não se usa a conjunção como.
Ex.: “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”
Catacrese – Dá um novo sentido a uma palavra, fazendo com que ela passe a dar nome a outro ser
semelhante.
Ex.: Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
Metonímia – Consiste em substituir um termo por outro com o qual tenha relação de contigüidade
ou causalidade. A metonímia ocorre comumente quando se substitui:
Pleonasmo – Consiste na repetição de termos de mesmo significado, com intuito de dar ênfase a
uma expressão.
Ex.: Eu vi com esses olhos que um dia a terra há de comer.
3- Use os códigos abaixo para identificar as figuras de linguagem utilizadas nas frases.
O – onomatopeia; S- sinestesia; A- antítese; C- comparação; CC – catacrese; E- eufemismo; M- metáfora;
H- hipérbole; PP- prosopopeia; I- ironia; P- pleonasmo
Este tópico é dedicado ao estudo de um importante gênero textual: a notícia. Você vai conhecer a
estrutura desse gênero e exercitar, em algumas questões de vestibulares, o que aprendeu sobre a notícia.
Além disso, você irá produzir, ou seja, vai escrever! Há neste tópico uma proposta para que você coloque
a mão na massa e produza uma notícia. Vamos lá?
O gênero textual notícia integra as denominadas narrativas jornalísticas e expressa um fato e alguns de
seus efeitos. Nesse contexto, importante ressaltar que a notícia é diferente do gênero reportagem, sendo
que este parte da notícia e busca mais dados e informações, com um viés mais investigativo.
A notícia deve ser clara, concisa e objetiva. Na notícia, há predomínio do campo narrativo e é de extrema
importância que ela traga informações sem juízo de valor e opiniões do escritor. Abaixo, alguns
componentes da notícia:
O que é charge?
Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum
acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa
carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em
críticas políticas no Brasil.
Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado
como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o
cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia a dia da sociedade, de forma atemporal.
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social em que o artista
expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira.
Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro
do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso
a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que, quando se estabelece
censura em algum país, a
charge é o primeiro alvo dos censores.
Produção de texto:
A partir disso, pressupõe-se que chargistas se valem da NOTÍCIA para compor sua arte. Faça o
caminho inverso. Produza a notícia que poderia ter influenciado o chargista abaixo no momento de sua
criação.
A notícia produzida deve ter no mínimo 20 linhas e ser escrita com caneta azul ou preta.
Atenção às características desse gênero textual
Uma notícia é uma narração ordenada, objetiva e clara de fatos recentes ou de situações, com
interesse público, sem comentários nem apreciações.
I- Título
Deve resumir a notícia no menor número possível de palavras. Deve, o mais possível, começar do mais
importante para o menos importante, como toda a notícia.
II- Subtítulo
Surge depois do título. É facultativo
O texto editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente aparece no início das colunas. Diferente
dos outros textos que compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos opinativos.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, eles podem apresentar certa objetividade. Isso porque são os
editoriais que apresentam os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou seja, Política,
Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros.
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam as opiniões da equipe e, por isso, não
recebem a assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação (revista,
jornal, rádio, etc.).
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os editoriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou
“Carta do Editor”.
Estrutura
Por ser um texto dissertativo-argumentativo, os editoriais apresentam a estrutura básica dividida em três
partes principais:
Introdução: exposição do assunto que será tratado no decorrer da leitura
Desenvolvimento: momento em que a argumentação do escritor será a principal ferramenta
Conclusão: finalização do texto com a opinião do autor ou da equipe
Exemplos
Editorial de jornal
Protestos no Brasil e a Crise Econômica
Desde o ano passado nos deparamos com as diversas manifestações que se espalham pelas capitais e
cidades do país. Todas elas demostram a insatisfação dos brasileiros com a política, economia e os
problemas sociais no geral.
O que mais ouvimos no café, no supermercado, nas paragens de ônibus ou mesmo no trânsito são frases
do tipo: “Aonde vamos parar”, “Isso é culpa do PT”, “Estamos afundando” “O preço das coisas aumentam
e nosso salário nunca”.
Essa frases proferidas pelos mais diversos tipos de brasileiros nos indicam que a insatisfação e a crise
econômica cresce cada vez mais no país, e os que tem possibilidades (mínima parcela) estão deixando o
Brasil para terem vidas melhores longe da nação verde e amarelo.
Mas será que essa é a solução? Vale ressaltar que muitos dos que deixam o país tem conhecimentos
superficiais sobre a política e a economia e, na maioria das vezes, são os mais preconceituosos com os
nortistas e nordestinos.
Sabemos que a chave para a solução dos problemas instaurados no país, de ordem social, política e
econômica tem somente uma alternativa: o investimento em políticas públicas voltadas para o
desenvolvimento educativo no país, sobretudo da implementação de disciplinas que abordem as questões
sobre diversidade, pluralidade e gênero.
Mas isso é somente a ponta do iceberg. Ou seja, a solução não é deixar o país, mas lutar para a melhoria
do nosso Brasil, que se deparou com o iceberg e quer mudar o curso. A frase “salve-se quem puder” deve
ser mudada para “salvemos o nosso país todos juntos”.
Equipe Folhetim de Minas
Editorial de revista
Neste mês de natal, celebramos o nascimento do menino Jesus. Nada melhor que reunir a família e curtir
esse momento tão especial de encontro, amor, compreensão e tolerância.
Por conta disso, a revista feminina nesse mês apresenta um artigo sobre a “Origem e História do Natal”,
além de oferecer dicas de presentes natalinos para toda a família.
Ademais, você não deve perder as novidades sobre a moda nesse verão e, ainda, ficar alerta no artigo
sobre os “Melhores Concelhos para Economizar”.
Para além disso, apresentamos diversas dicas de viagem para esse final de ano em todas as regiões do
Brasil e muitas receitas natalinas práticas, rápidas e fáceis de preparar.
Aproveite o final do ano para se divertir com toda a família e amigos e não se esqueça que o espírito de
natal deverá ser aproveitado para nos tornar pessoas cada vez melhores.
Encha seu coração de tudo que há de melhor: amor, alegria, compreensão, harmonia e tolerância.
Desejamos-lhes boa leitura e um feliz natal!
Equipe Revista Feminina
Características
Tal como vemos nos exemplos acima, as características dos editoriais jornalísticos que se destacam são:
Caráter objetivo e subjetivo
Linguagem simples e clara
Textos dissertativos-argumentativos
Temas da atualidade
Textos relativamente curtos
O jornal Folha de S. Paulo traz na edição do dia 27/10/2010, uma matéria chocante com denúncia de
preconceito contra estudantes com sobrepeso. A matéria de Eliane Trindade e Daniel Bergamasco revela
uma competição bizarra entre alunos da Unesp, com o objetivo de humilhar as universitárias gordinhas.
Um grupo de alunos da Universidade Estadual Paulista, uma das mais importantes do país, organizou
uma “competição”, batizada de “Rodeio das Gordas”, cujo objetivo era agarrar suas colegas, de
preferências as obesas, e tentar simular um rodeio-ficando o maior tempo possível sobre a presa. A
agressão ocorreu no InterUnesp 2010, jogos universitários realizados em Araraquara, de 10 a 13 de
outubro.
Anunciado como o maior do país, o evento esportivo e cultural, que reuniu 15 mil universitários de 23
campi da Unesp, virou palco de agressão para alunas obesas. Roberto Negrini, estudante do campus de
Assis, um dos organizadores do “rodeio das gordas” e criador da comunidade do Orkut sobre o tema, diz
que a prática era “só uma brincadeira”. Segundo ele, mais de 50 rapazes de diversos campi participavam.
Conta que, primeiro, o jovem se aproximava da menina, jogando conversa fora -”onde você estuda?”,
entre outras perguntas típicas de paquera.
Em seguida, começava a agressão. “O rodeio consistia em pegar as garotas mais gordas que
circulavam nas festas e agarrá-las como fazem os peões nas arenas”, relata Mayara Curcio, 20, aluna do
quarto ano de psicologia, que participa do grupo de 60 estudantes que se mobilizaram contra o bullying.
No Orkut, os participantes estipulavam regras para futuras competições, entre elas cronometrar as
performances dos “peões” e premiar quem ficasse mais tempo em cima das garotas com um abadá e uma
caneca. Há relatos de gritos de incentivo: “Pula, gorda bandida”.
Com a repercussão, a página do site de relacionamento foi excluída. Cópias dos posts espalharam-se
pelo campus em Assis. Em murais aparecem frases como “Unesp = Uniban”, referência ao caso a Geisy
Arruda, que foi xingada por usar um vestido curto. As vítimas não querem falar. “Uma das meninas está
tão abalada que não teve condições de voltar à faculdade. Teme ficar conhecida como “a gorda do
rodeio’”, afirma a advogada Fernanda Nigro, que acompanhou, na última terça-feira, uma manifestação de
repúdio.