Você está na página 1de 43

Termografia por

INFRAVERMELHO
nos esportes
GUIA PRÁTICO INTRODUTÓRIO

DESAFIOS
FISIOLOGIA
UTILIDADE
Conceitos Básicos
para aplicação no
processo de avaliação
da fisiologia humana

Prof. PhD. Pedro Rodrigues de Menezes @pedro_r_menezes

Prof. PhD. Danilo Gomes Moreira @danilo.gmoreira

Thomas Miliou @poliscanbrasil


Termografia por
INFRAVERMELHO
nos esportes

GUIA PRÁTICO INTRODUTÓRIO

Prof. PhD. Pedro Rodrigues de Menezes


@pedro_r_menezes

Prof. PhD. Danilo Gomes Moreira


@danilo.gmoreira

Thomas Miliou
@poliscanbrasil

Diagramação e layout
Pedro Augusto Almeida

pedroaoa@live.com

2020
ÍNDICE
Termografia por infravermelho - TMGI 4
Utilidade 5
Entendendo a técnica e suas limitações 6
Emissividade 8
Como as imagens são geradas? 10
Tecnologia TMGI 11
Requisitos para medicina humana 14
Checklist TISEM 16
Uso seguro 18
Inovar com TMGI 20
Testes e como usar no dia a dia 21
Cores e uso da imagem gerada 22
Erros no manuseio 24
Fatores de sucesso 25
Metodologia nova 26
Um exame moderno 28
Softwares de análise 30
Referências bibliográficas 34
Conteúdo extra 40
TERMOGRAFIA POR
INFRAVERMELHO - TMGI
CONCEITOS BÁSICOS PARA OS ASPECTOS MATEMÁTICOS E
FÍSICOS SUBJACENTES AO USO DA TMGI

A TMGI surgiu como uma tecnologia na Ademais, mais recentemente, as imagens


década de 1960, desenvolvida inicialmente térmicas, através de sua sensibilidade
pelos militares dos Estados Unidos da América e sua alta resolução, possibilitaram aos
para detecção de missões noturnas de vigia, profissionais da saúde a capacidade de
guiadas pela presença ou ausência de calor mensurar mínimas mudanças relacionadas
(STROJNIK; D’ACUNTO; ROGALSKI, 2016). à temperatura corporal que reproduzem
alterações no fluxo sanguíneo periférico,
Com a expansão do conhecimento militar fator este que levou a repetidas sugestões
e a divulgação do sucesso da tecnologia e recomendações de que a TMGI seria
a não militares, cientistas e civis, inúmeros uma ferramenta de diagnóstico viável nas
centros passaram a usar extensamente a medicinas veterinária e humana (AL-NAKHLI
TMGI em vários setores como a engenharia et al., 2012a; FERNÁNDEZ-CABALLERO; LÓPEZ;
na avaliação de edifícios, os profissionais da SERRANO-CUERDA, 2014; FERNÁNDEZ-CUEVAS
saúde em imagens médicas e a agricultura et al., 2015; HADŽIĆ et al., 2019; HILDEBRANDT;
em aplicações ecológicas (HADŽIĆ et al., RASCHNER; AMMER, 2010), como também, na
2019; HILDEBRANDT; RASCHNER; AMMER, 2010; medicina esportiva (AL-NAKHLI et al., 2012a;
STROJNIK; D’ACUNTO; ROGALSKI, 2016, 2016). FERNÁNDEZ-CABALLERO; LÓPEZ; SERRANO-
CUERDA, 2014; MOREIRA et al., 2017).

4
UTILIDADE
UTILIDADE EM
PESQUISAS MÉDICAS

DIVERSOS SETORES UTILIZAM Já em pesquisas médicas, por exemplo,


a tecnologia de imagem, permite, em
OS BENEFÍCIOS DA TERMOGRAFIA roedores de laboratório, evitar um comum
POR INFRAVERMELHO acontecimento conhecido como febre
“emocional”, que acompanha o manejo do
rato, ou seja, uma elevação nas medições
Em termos de aplicações de campo, de temperaturas corporal, associadas ao
cientistas agrícolas e ecologistas de manuseio do experimentador e que pode
interferir no resultado final da pesquisa
paisagem têm utilizado a TMGI através de
(AIZAWA; CABANAC, 2000; VOGEL et al.,
veículos aéreos não tripulados, reconstruindo 2016).
a heterogeneidade térmica em uma escala
local (FAYE; DANGLES; PINCEBOURDE, 2016) e Métodos de não contato para medir a
temperatura, como a TMGI, evitam o
trazendo uma abordagem muito inovadora
desconforto experimental, embora contem
através da aquisição de informações com o sacrifício de perdas de informações
térmicas marcadas geograficamente de sobre a temperatura corporal do núcleo -
organismos em seus ambientes naturais. central.

Como tecnologia de imagem, a TMGI A TMGI também produz uma imagem


bidimensional em tempo real da
apresenta inúmeras vantagens resultantes
temperatura de um ambiente, permitindo
da sua abordagem não invasiva e que as áreas selecionadas dentro do
sem contato (USAMENTIAGA et al., 2014; espectro da imagem sejam comparadas
USAMENTIAGA; IBARRACASTANEDO; MAL- offline para diferenças de temperatura
DAGUE, 2018). Dessa forma, a informação mínimas entre si.
térmica pode ser avaliada à distância,
Essas diferenças de temperatura surgem
uma característica muito valiosa para a de numerosos fenômenos físicos,
agronomia de campo sem a necessidade de incluindo a evaporação, a condução
intervenções ou manipulação que tenham térmica diferencial e fenômenos físicos
superficiais alterados, como por exemplo a
efeitos prolongados na temperatura local.
emissividade - que veremos mais abaixo.

5
ENTENDENDO A TÉCNICA
E SUAS LIMITAÇÕES
EVOLUÇÃO DA TERMOGRAFIA POR INFRAVERMELHO

Como a TMGI fornece informações térmicas A resposta a todos esses três questiona-
reais de eventos que podem ser monitorados mentos é: “não”, uma vez que o corpo emite
e que mudam rapidamente de estado sem calor e a TMGI o mensura através da radiação
oferecer risco ao meio ambiente, ao humano infravermelha e, portanto, em aludidos
ou ao animal; permite dessa forma, uma exemplos ela restaria impedida de realizar
excelente técnica de aquisição de imagem, essa tarefa. Destarte, os três exemplos prévios
com ausência de radiação ou a adição explicam os fundamentos pelos quais as
de injeções contrastantes de corante, imagens térmicas não são bem apreciadas
reconhecidamente prejudiciais à saúde, por muitos biólogos. Um termograma (ou
fazendo desta ferramenta uma apropriada imagem termográfica) é simplesmente uma
técnica para uso repetido com preparos, imagem, uma impressão ou representação
riscos e limitações mínimos (THOMPSON et al., visual da temperatura de uma cena ou corpo.
2017; USAMENTIAGA et al., 2014; USAMENTIAGA; Os primeiros termogramas produziam uma
IBARRA-CASTANEDO; MALDAGUE, 2018). reprodução de imagem térmica pré-datada
e valiam-se das taxas de evaporação da
Distintas indagações são suscitadas no que água ou do óleo, que são bastantes sensíveis.
tange à utilização da TMGI em pesquisas,
como por exemplo: se a TMGI pode medir a A descrição de uma versão inicial de
temperatura de um rato nadando dentro de uma representação bidimensional da
um aquário (LATHLEAN; SEURONT, 2014); se a temperatura da pele foi o uso de um pano
TMGI pode mensurar a temperatura através de linho branco úmido cobrindo uma área
de paredes de vidro; ou se a TMGI pode obter da pele de um antebraço com a intenção
medições da temperatura central do corpo de produzir a impressão da temperatura
(AIZAWA; CABANAC, 2000; FERNÁNDEZ-CUEVAS da superfície através da mudança na cor
et al., 2015; HILDEBRANDT; RASCHNER; AMMER, do tecido (OTSUKA; TOGAWA, 1997). Anos
2010; THOMPSON et al., 2017; USAMENTIAGA et depois, (DARWIN, 1912), induzindo um óleo
al., 2014; VOGEL et al., 2016; ZAPROUDINA et al., fino na superfície da pele, mostrou como
2008). um padrão de interferência visual do calor

6
através do pano seria revelado pelas mesmo corpo também irradia energia a
diferentes taxas de evaporação, produzindo uma taxa potencial máxima por unidade de
assim uma “imagem” de temperatura da área a qualquer temperatura. Atualmente,
superfície do braço mais evidenciada. O existe uma grande preocupação quanto a
uso moderno do termo termógrafo passou potenciais erros de medida causada pelo
a ser associado com a produção de uma próprio sistema de imagem. Diante disso,
imagem colorida do ambiente térmico uma série de simples testes foi proposta a
- o termograma, que é frequentemente fim de se garantir a qualidade regular da
chamado de “imagem térmica” - e fornece imagem térmica em medicina. Documentos
uma representação visual da energia publicados por instituições de referência
emitida, transmitida e refletida por um objeto definem o uso de uma câmera térmica
e seu ambiente. Todos os objetos, incluindo de infravermelho no uso de detecção
animais e humanos, consistem em matéria da febre. O primeiro deles, originalmente
em constantes movimentos aleatórios e datado de setembro de 2008 e atualizado
contendo calor cinético. Esse movimento em 2017, descreve o desígnio essencial e
aleatório faz com que As partículas se as características de desempenho de uma
colidam, alterando constantemente seu câmera infravermelha radiométrica para
estado de energia e levando à liberação da rastreamento, onde uma diferença na face
radiação eletromagnética. pode ser pouco mais que 1°C (IEC 80601-
2-59:2017). Já o segundo, com publicação
A energia eletromagnética que sai ou original em março de 2009 e atualização
é emitida por um objeto é radiativa e também em 2017, define o modo de uso de
geralmente medida em Watts. Como aludido equipamento, incluindo os testes do
normalmente existe uma forte relação sistema e o treinamento de seus usuários
positiva entre a temperatura cinética de (ISO/TR 13154:2017).
um objeto (reflexo do estado de energia do
objeto) e a quantidade de fluxo de energia Mais recentemente, foi publicado um novo
eletromagnética irradiada, os radiômetros documento definindo as normas de uso de
que detectam a energia irradiada podem ser câmeras termográficas para ensaios não
usados para estimar a temperatura cinética destrutivos (ISO/TR 18251-1:2017). Nesta nova
do objeto. A relação entre energia irradiada norma, foram atualizadas as características
e temperatura cinética não é definitiva; a das câmeras de infravermelho ante as
temperatura irradiada é geralmente um atuais tecnologias, tendo como objetivo
pouco menor que a temperatura cinética assistir os usuários na escolha do sistema de
real devido às diferenças na emissividade do câmera por infravermelho mais adequado
objeto, e, ante este contexto, existe a teoria e, mais especificamente, considerando os
do corpo negro. Um corpo negro ideal é um seguintes itens: lentes, detector, processador
objeto que absorve completamente toda de imagem, display, fonte de estimulação
a radiação eletromagnética que recebe térmica e acessórios.
em todos os comprimentos de onda. Este

7
EMISSIVIDADE VARIAÇÃO E
APLICABILIDADE

De fato, a geração de imagens térmicas


UTILIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO assume que a maioria dos objetos que está
EM ESTUDOS TÉRMICOS sendo examinada se comporta mais como
corpos cinzentos com relação à radiação
infravermelha e, assim, tipicamente, um
único valor de emissividade é atribuído ou
A emissividade de um material ou corpo estimado.
influencia como esse objeto interage e emite
Por exemplo, a água destilada tem uma
energia eletromagnética – radiação, devido
emissividade muito próxima de (0,99)
a imperfeições da superfície do objeto e nas faixas de comprimento de onda de 8
ângulo de visão; no campo da termografia, a 14 μm, enquanto que o alumínio polido
considerando que um corpo negro é aquele tem uma emissividade muito baixa (0,08;
ou seja, alta refletância). Para tecidos
cujo grau de emissão de radiação seja
biológicos, a convenção tem sido usar
perfeito, a emissividade pode ser definida um valor emissividade de 0,98, (CLAUSEN;
como razão entre a energia irradiada por MORGENSTJERNE; RATHMANN, 1996). É
um objeto e a energia irradiada por um improvável que o valor exato usado
produza muitos erros, uma vez que a
corpo negro. De modo mais prático, uma
maioria das superfícies biológicas consiste
vez que a emissividade muda conforme em substâncias similares, a saber, água e
o objeto analisado, deve-se ajustá-la matéria orgânica, que possuem valores de
adequadamente para que os valores intensidade de emissividade elevados.
de temperatura medidos sejam correto
O corpo humano é homeotérmico, ou
(OTSUKA; OKADA S; TOGAWA, 2001). seja, gera sua própria energia e regula os
níveis essenciais de temperatura para sua
A maioria dos objetos irradia seletivamente sobrevivência. Sendo humanos, buscamos
aumentar o nosso ‘conforto’ usando roupa
radiação eletromagnética, com emissivida-
para isolamento térmico no inverno ou
des específicas de comprimento de onda diminuindo o uso de roupa durante o verão.
variando de 0 a 1. Em contraste, existe a
teoria do corpo cinza, que é simplesmente A temperatura central do corpo humano
é relativamente estável, mas as camadas
classificado como um objeto com
externas do corpo (os tecidos da superfície,
emissividade constante igual a 1 em todos principalmente a pele) integram o
os comprimentos de onda, que é mais processo termorregulador. A pele humana
tipicamente usado em estudos térmicos. se comporta como um “quase” corpo
negro, apresentando uma emissividade de
0,98. (RING; AMMER, 2012).

8
EMISSIVIDADE VARIAÇÃO E
APLICABILIDADE

CONTINUAÇÃO - PARTE 2 Para medir esta temperatura, deve apontar


a câmera por infravermelho na superfície
do fundo e medir a sua temperatura.
Além disso, a reflexão infravermelha do É muito importante escolher um fundo
ambiente (ex: paredes, objetos, móveis, etc.) e homogêneo sem artefatos térmicos.
Em algumas aplicações, especialmente
a aplicação de substâncias na pele também em ambientes fechados, a temperatura
podem levar à alteração de sua emissividade do ar é tomada como temperatura de
(HEJAZI; ANBAR, 1992). A maioria dos fundo (FAYE; DANGLES; PINCEBOURDE, 2016;
LATHLEAN, 2014).
ambientes não é uniforme em temperatura,
então a temperatura de fundo compondo a Em aplicações externas, seria mais
parte de trás da imagem termográfica é de apropriado usar a temperatura média do
suma importância e o termografista precisa céu. Não obstante, insta-se destacar que o
termografista deve evitar apontar sua lente
considerar e ajustar a temperatura refletida em direção ao sol, uma vez que, por se tratar
da câmera de infravermelho, devendo inserir de uma fonte extrema de luz infravermelha
esta informação como temperatura refletida. e calor, tal conduta provocará um dano
permanente à lente.
Quando a temperatura refletida é muito
Cumpre-se também mencionar que
elevada ou muito baixa em relação à
a cobertura de nuvens e a hora do dia
temperatura do corpo ou objeto a ser também afetarão essas estimativas.
medido, isso pode gerar importante impacto No entanto, como a emissividade, que
no corpo que está sendo avaliado e gerar se trata da propriedade física de um
material ideal, dos tecidos biológicos é
erros de aferição, desta forma seria prudente alta, a influência da refletância de fundo
ajustar seu equipamento, desde que seja na temperatura estimada é razoavelmente
possível. baixa, produzindo um erro máximo na
temperatura absoluta que é proporcional
à refletividade do objeto que é cerca de 5%.

9
COMO AS IMAGENS
SÃO GERADAS?
OS EFEITOS ATMOSFÉRICOS E DA DISTÂNCIA

Os gases atmosféricos são principalmente umidade ainda influenciará as medições e


dióxido de carbono, ozônio e vapor de deverá ser registrada ou estimada na coleta,
água, que influenciam a energia radiante a qual deverá ser realizada com o uso de
detectada pelo sensor de imagem térmica um termo-higrômetro. Ademais, a umidade
(FERNÁNDEZ-CUEVAS et al., 2015; ROGALSKI; relativa do ar não deve estar acima de 60%
MARTYNIUK; KOPYTKO, 2016; STROJNIK; para a captura da imagem (UEMATSU et al.,
D’ACUNTO; ROGALSKI, 2016; USAMENTIAGA; 1988).
IBARRA-CASTANEDO; MALDAGUE, 2018). Se
trabalhássemos dentro de um vácuo, a A maioria dos softwares de geração de
absorção da radiação infravermelha seria imagens térmicas incorpora curvas de
zero; no entanto, a maioria das aplicações transmissão atmosféricas empíricas para
em TMGI envolve o trabalho nas condições estimar a perda de sinal resultante da
atmosféricas predominantes. pressão atmosférica e distância (STROJNIK;
D’ACUNTO; ROGALSKI, 2016). As câmeras FLIR,
Para a faixa de comprimentos de onda por exemplo, utilizam uma fórmula para
detectados pelas câmeras TMGI, o vapor a avaliação da transmissão atmosférica
d’água é o mais importante absorvedor de considerando três parâmetros: umidade
radiação (TKÁCOVÁ et al., 2010). A absorção relativa, distância e temperatura atmosférica
de infravermelho pelas moléculas de água na (WALDEMAR; KLECHA, 2015). A maioria dos
atmosfera pode atenuar a radiação em até softwares de imagem térmica realiza
10% em 100 metros e em 90% em distâncias os cálculos para o modelo matemático
de 10 km (FAYE; DANGLES; PINCEBOURDE, mencionado acima, permitindo queo usuário
2016; TKÁCOVÁ et al., 2010). Quanto maior a altere as configurações da temperatura de
distância, mais interferência atmosférica. fundo, temperatura atmosférica, umidade
Para a maioria das aplicações biológicas, é relativa do ar, emissividade do objeto,
provável que as medições sejam realizadas transmissão da janela e distância do objeto
entre 1 e 10 metros. Ressalte-se que a de interesse.

10
TECNOLOGIA TMGI
CALIBRAÇÃO E ESTABILIDADE DA CÂMERA
A maioria das câmeras de TMGI modernas é (MARINS et al., 2014; PLASSMAN; RING; JONES,
calibrada pelo fabricante com padrão NIST e 2007). O processo de calibração do fabricante
normalmente é fornecida com certificados (OTSUKA; OKADA; TOGAWA, 2001; THOMPSON
de calibração. O usuário pode tentar calibrar et al., 2017; ZAPROUDINA et al., 2008) envolve o
ou verificar a veracidade de seu dispositivo uso de uma fonte de radiação de corpo negro
de TMGI simplesmente medindo uma dentro de um ambiente com temperatura
superfície de emissividade e temperatura controlada.
conhecidas e comparando os resultados.
Substituir a calibração não é normalmente A fonte de radiação de corpo negro
permitido, uma vez que o software interno e as está localizada perto da câmera (~ 1 m),
informações de calibração são proprietárias e a emissividade do objeto e pressão
ou não divulgadas pelos fabricantes. atmosférica é assumida como ~ 1.0. Uma
curva de calibração é então construída onde
Apesar do fato de as TMGI serem o sinal do sensor (si) está relacionado a
pensadas como dispositivos que medem a uma série de diferentes temperaturas (Ti, K).
temperatura, é importante para o tamanho Devido ao empírico da natureza do processo
real que todos os valores de temperatura de calibração, cada lente e câmera são
sejam estimados com base em um modelo calibradas individualmente. Ocasionalmente,
matemático do ambiente de visualização e as informações da calibração são
do objeto. Para fins de estabilização, o sensor armazenadas na estrutura do arquivo e
da câmera de infravermelho, a depender convertidas usando o softwarefornecido pelo
do(a) modelo/tecnologia adotado(a), fabricante. Idealmente, o usuário teria acesso
poderá precisar ser ligado com uma ao sinal bruto gravado pelo termovisor para
antecedência de até 30 minutos do horário permitir o processamento pós-aquisição do
em que a avaliação ocorrerá, isso a fim de ambiente de imagem. Após uma calibração
se garantir a consistência das leituras que de uma câmera é fornecido um certificado. É
serão realizadas. Para determinar este tempo necessário manter a câmera calibrada para
de estabilização, recomenda-se consultar o garantir seu melhor desempenho bem como
manual do fabricante ou, ainda, executar um a acurácia das medições.
teste para certificar a qualidade da forma

Laboratório na fabrica da FLIR


Brasil onde as câmeras de
infravermelho são calibradas.

As câmeras estão posicionadas


na frente de diferentes corpos
negros.

11
TECNOLOGIA TMGI
CONVERSÃO DE SINAL PARA TEMPERATURA
Os dispositivos de imagem térmica transmissão (espaço entre câmera térmica
traduzem fundamentalmente a radiação e o objeto), essas fontes adicionais de
eletromagnética dentro da faixa de radiação devem ser levadas em conta. Desta
sensibilidade do sensor de imagem baseada forma, todo o sinal de radiação detectado
em temperatura ou termograma. Medindo pelo sensor pode ser descrito como a soma
com precisão a temperatura do objeto da radiação do objeto avaliado, do reflexivo
com imagens térmicas, no entanto, requer e da atmosfera. É por isso que a maioria dos
conhecimento do ambiente radiativo, bem softwares de geração de imagens térmicas
como dos atributos físicos do objeto de normalmente requer informações sobre as
interesse. Como há sempre várias fontes temperaturas refletidas no ambiente e as
de energia infravermelha em uma imagem atmosféricas antes de estimar a temperatura
térmica, a moderna tecnologia de geração do objeto.
de imagens térmicas utiliza muitas fontes
de informação para ajustar e corrigir essas O sensor de imagem térmica detecta apenas
contribuições. o infravermelho dentro de uma faixa estreita
e específica de comprimentos de onda e,
Por exemplo, o poder irradiante incidente portanto, o meio preciso para se converter
(PII) detectado pelo dispositivo de imagem radiação incipiente em temperatura
térmica é, na verdade, a soma da energia requer uma calibração. Calibrações de um
radiante emitida (ERE) pelo objeto junto fabricante envolvem a determinação da
com qualquer energia radiante transmitida relação não-linear onde os coeficientes
e refletida que são convertidas diretamente são empiricamente ajustados para cada
para a temperatura daquele mesmo objeto. combinação de lente-câmera.
Em última análise, o sensor de imersão
térmica mede todo o ambiente dentro
do campo de visão, o que significa que
enquanto a imagem pode ser focada em
uma determinada região, todo o ambiente
ainda afeta e/ou influencia a radiação que o
sensor detecta. O sinal que chega ao detector
é subsequentemente modelado através de
vários algoritmos matemáticos, fazendo
certas suposições.
Campo de visão da câmera termográfica
Como a radiação que emana do objeto passa
por uma atmosfera e, por uma janela de

12
TECNOLOGIA TMGI
CONVERSÃO DE SINAL PARA TEMPERATURA - PARTE 2
Esse ajuste empírico aproxima a integração
do produto de saída do corpo negro
que é incidente no detector e a curva de
sensibilidade espectral da câmera. Desta
forma, o sinal para o qual cada câmera
é calibrada pode ser convertido em
temperatura por simples rearranjo, embora
o usuário médio não precise aplicar esses
cálculos.

Ao usar o software de análise disponível


comercialmente, o conhecimento do algo-
ritmo usado para produzir as estimativas
de temperatura ajuda nos casos em que
a temperatura já foi estimada usando
configurações padrão ou incorretas e é
necessária uma desconstrução da imagem.
Clique para ver o vídeo de um atleta no aparelho elíptico.

Clique para ver o vídeo de um atleta correndo na esteira.

Pixels convertidos em temperatura

13
REQUISITOS
PARA
MEDICINA
HUMANA
A CRESCENTE BUSCA PELA TMGI E A
PADRONIZAÇÃO NA MEDICINA HUMANA

O grupo de imagens térmicas da Universidade de Glamorgan publicou


uma bateria de testes para verificar a confiabilidade de uma TMGI.
(ROGALSKI; MARTYNIUK; KOPYTKO, 2016; ZAPROUDINA et al., 2008). Uma
câmera infravermelha adequada para avaliar perfis de pele humana deve
ter o seguinte:

i. Alta resolução espacial que reflete a separação entre dois pontos


próximos. Uma resolução de 160 (horizontal) × 240 (vertical) pixels é o
requisito mínimo. A resolução espacial é muito dependente da focagem
da imagem;
ii. Alta resolução térmica como uma expressão de sensibilidade, definida
como a diferença mínima de temperatura que pode ser medida em dois
pontos distintos;
iii. A certificação especializada (CE) é recomendada. Assim que um valor de
temperatura em grau de Celsius for declarado, o dispositivo é classificado
como uma modalidade específica com uma função de medição e deve
ser assinado por uma aprovação de CE específica;
iv. A faixa de calibração estreita, acostumada à faixa de temperatura
humana (ou seja, 20 a 40°C), assegura leituras de temperatura mais
detalhadas; v. Software de exame, incluindo uma função de exportação,
para relatório de análise médica e ferramentas de software bem projetadas
para análise de dados e fusão de imagens.

14
REQUISITOS
PARA
MEDICINA
HUMANA
CONTINUAÇÃO - PARTE 2
De acordo com as diretrizes (e mais recentes revisões) da American
Academy of Thermology(AAT), é preferível que uma câmera de
infravermelho tenha uma resolução de detector absoluta de 640 X 480
pixels, além de uma lente satisfatória.

Não obstante, é reconhecido que câmeras com resolução de 320 X 240 pixels
associadas a lentes avançadas, firmware e softwares mais sofisticados,
atingem a qualidade de uma câmera com resolução de 640 X 480 pixels.
Outras características importantes são a sensibilidade térmica ≤ ± 50 mK
NETD e uma precisão ≤ ± 0.05 ºC (SCHWARTZ et al., 2015; SCHWARTZ et al.,
2015; SCHWARTZ et al., 2019).

Devido ao aumento no interesse de uso da TMGI na área de medicina


esportiva, um estudo padrão Delphi desenvolveu uma listagem que deverá
ser observada (checklist) para a padronização da coleta das análises de
imagens térmicas e a qual é denominada Termographic Imaging in Sport
and Exercise Medicine (TISEM).

A intenção dessa pesquisa se alicerçou na adoção da mesma listagem


(checklist) para os estudos termográficos aplicados na área médica e se
trata do único consenso internacional de 24 especialistas que atualmente
existe em termos de padronização de exame na área de saúde. Nesse
sentido, referida TISEM se encontra abaixo reproduzida (MOREIRA et al.,
2017):

15
CHECKLIST TISEM
CONSENSO INTERNACIONAL EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

16
CHECKLIST TISEM
CONSENSO INTERNACIONAL EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Solicite o arquivo do
Checklist pelo email:

contato@poliscanbrasil.com.br

17
USO SEGURO USO EM
DIFERENTES SITUAÇÕES

APLICAÇÕES E Mudanças de temperatura cutâneas


LIMITAÇÕES PRÁTICAS durante o exercício agora podem ser
detectadas por imagens térmicas
A eficiência, a segurança e o baixo custo da funcionais usando matrizes de sensores de
TMGI a tornam uma ferramenta auxiliar na infravermelho de última geração e podem
imagem e no acompanhamento térmico. fornecer dados úteis adicionais.
Dito isso, pode ser aplicada sem objeções,
visto que esta técnica não invasiva funciona Não obstante, a TGMI se torna ainda
sem emitir radiação. A TGMI tem o potencial mais útil quando suas limitações são
para realizar imagens ao vivo e pode ser conhecidas. Para considerações futuras, é
usada como feedback instantâneo para o importante saber que isso pode fornecer
paciente ou atleta. informações fisiológicas, mas não pode
definir etiologias e anatomia local.
Conceitos inovadores, com imagens térmi-
cas dinâmicas, estão sendo aplicados para
A variabilidade individual combinada com
explorar ade de excisão da amostra, po-
o caráter complexo da termorregulação
dendo, portanto, ser considerada como uma
limita a interpretação. A falta de
medida passiva. Além disso, a informação
especificidade faz com que seja necessário
resultante da sua aplicação tem ainda
combinar essas medidas com outras
mais as propriedades térmicas da pele em
modalidades mais estruturais (raios-X,
resposta a tensões, como desempenho
tomografia computadorizada, ressonância
excessivo de saltos e treinamento, sendo uma
magnética, entre outros), em vez de usá-lo
parte importante do treinamento específico
como um substituto.
no esqui alpino (FERNÁNDEZ-CUEVAS et al.,
2015; HILDEBRANDT; RASCHNER; AMMER, 2010).
O maior desafio é combinar as informações
anatômicas e fisiológicas dadas pelo
padrão térmico da superfície da pele.
Ademais, o uso de técnicas instrumentadas
para medir as condições circulatórias deve
ser considerado.

18
O uso da câmera deve ser feito dentro de um ambiente
adequado. Imagem: Laboratório no CT do Avaí F.C.
USO SEGURO ESTADO DA ARTE
EM TECNOLOGIA

CONTINUAÇÃO - PARTE 2 A maioria das câmeras térmicas oferece


captura simultânea de imagens digitais,
Também a sobreposição automatizada de
de modo que as regiões de interesse na
imagens médicas infravermelhas e visuais,
imagem térmica podem ser sobrepostas
bem como o reconhecimento automatizado
no objeto real para maior precisão espacial.
de alvos, estão sendo ativamente estudados
(STROJNIK; D’ACUNTO; ROGALSKI, 2016). Com
Como uma tecnologia de imagem, as
efeito, ao aplicar essas novas técnicas, é
câmeras de imagem térmica podem
possível reduzir a dependência do operador
capturar uma imagem em qualquer
e aumentar a precisão e a objetividade.
ângulo de incidência (isto é, medido a
partir da perpendicular ao objeto), o que
não produzirá um efeito imediatamente
óbvio.

A empresa FLIR já patenteou uma tec-


nologia da imagenologia com o nome
MSX® (sigla de Multi-Spectral Dynamic
Imaging - MSX). Esta tecnologia inovadora
Como a TMGI é fundamentalmente uma cria imagens enriquecidas com detalhes
técnica de imagem, o enquadramento do da câmera digital em tempo real.
objeto de análise deve seguir princípios Praticamente, a MSX utiliza uma imagem
semelhantes aos da fotografia digital. visual de alto contraste para projetar
Normalmente, a parte do corpo da pessoa aspectos fundamentais em uma imagem
examinada é centralizada no quadro da térmica.
imagem, o que permite medições simétricas.
Sem luz suficiente, o resultado da imagem
Imagens térmicas (especialmente de obje-
não terá os detalhes visuais da MSX, que
tos com emissividades heterogêneas e
auxilia muito na captação da imagem com
condutividades térmicas) não necessa-
o foco da câmera FLIR.
riamente se assemelharão ao objeto da vida
real e, desse modo, a centralização do objeto
de interesse ou de imagens fotodigitais
simultâneas pode auxiliar na localização de
referido objeto de interesse durante a fase de
análise.
19
INOVAR COM TMGI
ESTADO DA ARTE EM PIONEIRISMO CIENTÍFICO
É comum que as imagens sejam capturadas A título exemplificativo, uma única mão pode
em um ângulo de aquisição muito baixo (de ser registrada em um campo de visão de 20
frente para o objeto). Isto porque os ângulos x 20cm, enquanto um quadro abrangendo
elevados influenciarão a emissividade ambos os membros inferiores (de joelhos
da superfície e, portanto, impactarão até tornozelos) pode requerer um campo
a temperatura estimada se não forem de 50 x 50 cm. Caso sejam comparados
contabilizados devidamente. termogramas do mesmo alvo com campos
de visão diferentes, a resolução variável pode
De um modo geral, o ângulo de incidência conduzir a falsas leituras de temperatura
recomendado a ser mantido é menor que (RING; AMMER, 2000).
30°, como demonstra a imagem abaixo
(TKÁCOVÁ et al., 2010), onde os efeitos Quanto mais distante a câmera for mantida
na emissividade são desprezíveis, pois, do objeto de interesse que se deseja medir,
acima disso, a emissividade começa a cair maior ficará o tamanho do ponto, devido à
precipitadamente e precisaria ser medida e natureza dos componentes ópticos. Portanto,
corrigida durante a fase de análise. quanto menor o alvo, maior a aproximação
necessária com a câmera para medição da
temperatura com precisão. Considerando
que existem diferentes lentes que permitem
avaliar um alvo em diferentes distancias, é
aconselhável avaliar o campo de visão (Field
of View – FOV) da câmera de infravermelho.

Os produtores de câmeras termográficas


geralmente utilizam o Campo de Visão
Instantâneo (Instantaneous Field of View-
IFOV). O IFOV é definido como o campo de visão
de um único elemento do detector da matriz de
detectores da câmera. Teoricamente, o IFOV
determina a relação de tamanho do ponto
de uma câmera termográfica. À medida que
O tamanho de imagem depende da distância a radiação infravermelha, emitida pelo alvo,
entre a câmera e o paciente e da distância passa através dos componentes ópticos
focal da lente. A lente é geralmente fixa na e é projetada no detector, ela deve cobrir
maioria dos sistemas de infravermelho completamente ao menos um elemento
médicos e, por esse motivo, a prática do detector, que corresponde a um pixel
recomendada é que se mantenha uma na imagem térmica. Então, teoricamente,
distância constante entre ela e o paciente, cobrir um pixel na imagem térmica deveria
a fim de se adquirir um campo de visão que ser suficiente para garantir medições de
possa ser reproduzido para a imagem. temperatura corretas.

20
TESTES E COMO USAR
NO DIA A DIA
TESTES PROVOCATIVOS TÉRMICOS

A avaliação termográfica pode ser realizada 2008; DOS SANTOS et al., 2014) ou o cold stress
de forma estática ou dinâmica. Na primeira, test ou cold challenge test, que ativa o sistema
são captadas imagens radiométricas em Nervoso autônomo através de exposição ao
posições padronizadas do indivíduo. Já na frio ambiental ou em membros específicos,
segunda, é captada uma sequência de aplicado em casos de dor crônica e avaliação
imagens em curtos intervalos de tempo ou neurológica (DAVEY et al., 2013; SUZUKI et al.,
de filmagens radiométricas, com o objetivo 2013; SCHWARTZ et al., 2015). Um outro teste
de registrar as alterações da temperatura provocativo tem como objetivo quantificar o
de uma superfície sujeita a mudanças da tecido adiposo da gordura marrom, a qual
fisiologia causada por um estímulo. é considerada boa para o organismo por
gastar energia para produzir calor e manter
O objetivo é a medição de respostas o corpo aquecido.
fisiológicas em busca de anisotermias ou
hiperaquecimento ou hipoaquecimento Nesse âmbito, pesquisadores utilizam a
devido à exposição ao frio ou ao calor ou câmera para avaliar a ativação da gordura
como consequência de uma atividade física. marrom durante um exame que simula
Esses testes provocativos incluem a oclusão condições de exposição ao frio (ANG, Q. Y. et
braquial para a avaliação do endotélio (LEY, al., 2017).

Antes do teste provocativo Depois do teste provocativo

Procedimento do teste de Gordura Marrom

21
CORES E USO
DA IMAGEM
GERADA
APRESENTAÇÃO DA IMAGEM TÉRMICA

A luz infravermelha está fora do espectro da visão humana. Desse modo, as


temperaturas da superfície tissular captadas através de uma câmera de
infravermelho são visualizadas em uma imagem digital com uma escala
colorida quantitativa chamada paleta. Na atualidade, a apresentação
das imagens digitais térmicas e o processamento das imagens seguem
padrões com muitas paletas de cores distintas aplicadas por usuários
diferentes.

Em medicina, onde a faixa da temperatura está mais limitada, uma paleta


de cores de alto contraste é preferida no Brasil, com o branco e vermelho
como quente e o azul e preto como frio, contendo as cores de arco íris, é
denominada como arco íris alto contraste. Outras paletas como o cinza
invertido são muito úteis para visualizar padrões vasculares. A paleta
denominada “médica” foi usada na década de 1980 e por isso é comun
encontrar em publicações na aquela periodo. Tais escalas de cores
também podem ser lineares ou logarítmicas em sua distribuição e, em
alguns pacotes de software, o próprio usuário pode gerar suas paletas de
preferência necessárias para uma aplicação específica.

Em regra, a escala de cores de temperatura utilizada no momento da


captura de imagem deve ser exibida ao lado da imagem final. Isso
porque tal informação é um elemento essencial para a comparação
de termogramas que indiquem alterações, além de ser essencial como
material de evidência em assuntos forenses e legais (RING; AMMER, 2012).
que simula condições de exposição ao frio (ANG, Q. Y. et al., 2017).

22
CORES E USO
DA IMAGEM
GERADA
CONTINUAÇÃO - PARTE 2

Saliente-se, ainda, que é fundamental, no âmbito da comparação de


imagens térmicas, a adaptação na mesma faixa da temperatura para
visualização de cores na mesma distribuição térmica, caso contrário, a
comparação torna-se inviável e conduz a graves equívocos graves e,
portanto, a conclusões errôneas.A escolha da paleta é opcional e depende
muito das preferências de cada usuário.

O importante é o que a paleta pode revelar na avaliação visual qualitativa,


por isso alternar paletas na mesma imagem é aconselhável durante a
avaliação termográfica.

23
ERROS NO MANUSEIO
ERROS COMUNS DE UTILIZAÇÃO
É comum que as câmeras térmicas tenham um padrão reverso. Para a faixa típica de
uma configuração de emissividade padrão emissividades usadas em humanos, esse
e, dessa forma, não remetem à emissividade erro pode variar entre -2 e +2°C. A inexatidão
do objeto de interesse (por exemplo, 0,92 ou na temperatura de fundo refletida usada nos
1,0). Se apenas os valores de emissividade algoritmos matemáticos introduzirá um erro
padrão forem usados, as estimativas reais que depende da magnitude da radiação do
de temperatura terão erros sistemáticos. objeto, bem como da temperatura refletida
Para abordagens fisiológicas próximas da (TKÁCOVÁ et al., 2010). Uma umidade relativa
temperatura ambiente média (15 a 20°C), padrão de 50% é típica em vários algoritmos
esses erros são normalmente aceitáveis de imagens térmicas, o que é apropriado
ou, no mínimo, sistemáticos dentro de um para muitas aplicações internas.
determinado padrão.
Se o objeto de interesse estiver a distâncias
No entanto, tais erros podem ser modelados longas da câmera, haverá perda de
matematicamente antes de qualquer transmissão suficiente na atmosfera, o
análise, para avaliar se é aceitável para o que dependeria da quantidade de vapor
tamanho de efeito desejado de um estudo. de água e da temperatura do objeto. Se a
Se a configuração de emissividade utilizada umidade relativa fosse superestimada, um
for maior que a emissividade verdadeira da erro positivo resultaria se o objeto estivesse
superfície avaliada, os algoritmos fornecerão quente, mas um erro negativo resultaria se
dados incorretos quanto à radiação emitida, o objeto estivesse mais frio que o ambiente.
o que introduzirá um erro dependente da Normalmente esses efeitos são pequenos em
temperatura: se o objeto estiver mais quente distâncias curtas (< 10m), mas podem levar a
que o ambiente, a temperatura do objeto valores que variam de –2 a +2 C em relação
será subestimada; por outro lado, objetos na à temperatura real, por isso a umidade local
mesma temperatura serão superestimados. deve ser sempre controlada.
Se a emissividade é subestimada, surge

24
FATORES DE SUCESSO
PREPARO DO PACIENTE ANTES DO EXAME
O preparo do paciente antes do exame é aparar os pelos do corpo antes do exame,
de suma importância para a qualidade da a fim de se evitar qualquer irritação na pele.
imagem. Algumas condições, consoante Adicionalmente, é relevante que o paciente
previamente reproduzido, se encontram verifique, junto a seu médico, a possibilidade/
descritas na lista denominada TISEM. Nos viabilidade de suspensão de medicamentos
dias anteriores ao exame, o paciente deve (analgésicos, anti-inflamatórios, calmantes,
evitar procedimentos que possam irritar a medicação para tireoide, etc.) dos quais esteja
pele, tais como a exposição excessiva ao fazendo uso. Nas 3 horas que antecedem
sol e a realização de depilação. Já no dia do o exame, o paciente também deve evitar
exame, o paciente não pode se submeter a fumar, amamentar, usar descongestionantes
massagens, realizar atividades ou terapias nasais e/ou ingerir bebidas estimulantes
que aqueçam ou esfriem demasiadamente (com cafeína, taurina, alcoólicas).
o corpo e/ou realizar atividade física corporal
intensa. O paciente ainda deve evitar refeições
em grande quantidade, sendo que, de
Também não deve usar cremes, pomadas, preferência, deve se submeter ao exame
filtro solar, maquiagem e cosméticos após 1 hora da última refeição.Na medida
(hidratantes, desodorantes, perfumes, etc.), do possível, seria vantajoso retirar aparelhos
sendo ainda recomendado que não tome imobilizadores, cabendo ainda mencionar
banhos muito quentes. Ademais, deve que, se o exame não envolver a avaliação da
evitar o uso de sutiã e/ou roupas muito região dos olhos, o paciente pode fazer uso
apertadas que deixem marcas na pele. É de lentes de contato (uma vez que óculos
ainda recomendável remover a barba e deverão serremovidos).

O time do Avaí, em Florianopolis-SC, graças ao patrocínio da


Vitafor, possui hoje uma sala do exame de termografia com
todos os requisitos. Uma câmera FLIR T530sc para uso na saúde
está posicionada em tripé, operada pelo fisioterapeuta Ricardo
Burigo. Os atletas descansam em cadeiras esperando o exame
e se aclimatando na sala com o ar condicionado, evitando
correntes. Um termohigrômetro fornece os dados do ambiente.
Após o tempo de 10 minutos, o atleta se posiciona em uma base,
em posições padrão sob as orientações do fisioterapeuta. Uma
TV atrás da câmera mostra ao vivo as imagens térmicas.

Clique na imagem para ver o vídeo.


25
METODOLOGIA NOVA
ACLIMATAÇÃO E REVISÃO NA COLETA DE IMAGENS

No ano 2000, foi publicada uma revisão De acordo com os resultados de um estudo
sugerindo uma metodologia na coleta de realizado (MARINS et al., 2014), o tempo
precisas imagens térmicas em que um fator necessário de aclimatação, em condição de
importante é o tempo necessário para a descanso, para se alcançar um equilíbrio da
aclimatação em um ambiente controlado. temperatura da pele em homens e mulheres
Este processo pode ser definido como o tempo jovens é variável. Não obstante, para a
necessário para alcançar a estabilidade análise do corpo inteiro, recomenda-se um
adequada na pressão sanguínea e na mínimo de 10 minutos para ambos os sexos.
temperatura de pele do indivíduo (RING;
AMMER, 2000). Há muitos fatores que podem Alguns artigos publicados (NIU et al., 2001;
influenciar o resultado da imagem mesmo FRIM et al., 1990; ZAPROUDINA et al., 2008)
com a aclimatização. sugerem que o tempo de exposição em
condições ambientais externas afeta o tempo
Como avaliamos a temperatura da pele, de aclimatação. Dados de temperaturas
faz-se necessário evitar a aplicação de da pele normais colecionados em Taiwan,
cremes hidratantes, pomadas, filtro solar em comparação a valores de regiões na
e/ou maquiagem, uma vezque interferem Escandinávia, demonstraram diferenças
de modo a alterar a emissividade. A fim de de temperatura que foram atribuídas ao
liberar o calor retido pelas roupas, o paciente tempo de exposição ao frio. Exposição ao frio
deve permanecer em sala climatizada por 10 extremo ou à radiação solar pode aumentar
a 15 minutos com o corpo inteiro exposto. Não o tempo necessário para a aclimatação.
obstante, as regiões mamárias e genitais do
paciente podem ser cobertas com tecido leve É importante frisar que as variações em
de algodão (ou similar) caso não integrem temperatura são maiores quando a tensão
a área de interesse do exame. O paciente é gerada de temperaturas frias, sugerindo
deve ser instruído a não palpar, pressionar, que é preciso um tempo de aclimatação
esfregar ou coçar a pele até que todo o mais longo em áreas com um inverno mais
exame termográfico tenha sido concluído. rigoroso.
Os braços não podem ficar cruzados ou em
contato com a lateral do corpo.

26
METODOLOGIA NOVA
CONTINUAÇÃO - PARTE 2
Quando o individuo é exposto a um ambiente máximo de pessoas em qualquer momento.
externo em que está extremamente frio Estes efeitos serão maiores em um quarto
ou quente, o tempo de aclimatação será pequeno com dimensões iguais ou menores
diferente do tempo observado neste estudo a 2 x 3 m. A convecção de ar é um método
em que as condições externas se tratavam de muito efetivo para o esfriamento da pele e é
um ambiente tropical e em que as condições relacionado à velocidade de vento.
internas eram de quarto a uma temperatura
de 19 ± 0.3ºC.O local do exame também pode Por este motivo, o ar condicionado deve ser
anular o efeito da aclimatização, uma vez posicionado de modo que não se formem
que a existência de fontes de calor afeta a correntes de ar em direção ao paciente.
temperatura do local. Adicionalmente, a velocidade do ar-
condicionado deve ser mantida no nível mais
Possíveis fontes de calor são equipamentos baixo possível durante o exame. Em 1985, a fim
eletrônicos como computadores e de se evitar a ocorrência de correntes de ar,
equipamentos, mas também os próprios foi até proposto que o local do exame possua
corpos humanos. Com efeito, o ar- um teto de gesso suspenso e com furos, a fim
condicionado local deverá ser capaz de de que o ar seja distribuído uniformemente
compensar o calor gerado de um número de no ambiente (LOVE, 1985).

27
UM EXAME MODERNO
DEMAIS CONSIDERAÇÕES
A imagem térmica na medicina não é usada como uma ferramenta de avaliação
nova, mas a investigação precoce com multidisciplinar por especialistas de
técnicas antigas e insuficientes levou a diferentes áreas. Com base nas vantagens
resultados duvidosos. Trabalhos recentes da TMGI como uma modalidade de detecção
com a utilização da moderna tecnologia de primeira linha não invasiva, não irradiante
do século XXI demonstraram o valor da e de baixo custo, ela deve ser aplicada no
TMGI na aplicação médica quando usado cenário esportivo como uma ferramenta de
como ferramenta auxiliar. O conhecimento avaliação de equipe e como uma ferramenta
sobre termorregulação, anatomia, fisiologia, de acompanhamento e mapeamento
morfologia é importante para neutralizar térmico.
diagnósticos imprecisos.
A extensão dos bancos de dados específicos
O objetivo desta técnica não é substituir o do esporte pode contribuir ainda mais para a
exame clínico, mas sim aperfeiçoá-lo. Mais detecção de atletas de alto risco e ajudá-los
pesquisas e estudos de acompanhamento a iniciar uma intervenção precoce. No tocante
a longo prazo são necessários para criar a lesões musculares, sabe-se que lesões
bancos de dados para medições clínicas desencadeiam processos inflamatórios e
e determinar ainda mais a sua viabilidade que a inflamação gera calor em decorrência
em ambientes esportivos. A TMGI deve ser do aumento do metabolismo local.

28
UM EXAME MODERNO
DEMAIS CONSIDERAÇÕES
Desse modo, acredita-se que o processo apresentado sinais e sintomas clássicos (dor,
lesivo pode ser avaliado - e talvez prevenido edema e parestesia), podendo, assim, atuar
- por meio de controle de gradientes de de forma preventiva (AL-NAKHLI et al., 2012).
temperatura. Neste contexto, a TMGI é um
método não invasivo utilizado para registrar Há alguns anos a TMGI vem sendo usada,
gradientes e padrões térmicos corporais, dentre outros métodos, para determinar
sendo utilizada para medir a radiação lesões do sistema musculoesquelético.
térmica (calor) emitida pelo corpo ou partes Já a utilização da TMGI como diagnóstico
deste, podendo, portanto, ser utilizada para de lesões musculares após treinamento
diagnóstico e acompanhamento de lesões justifica-se pela facilidade do processo e
causadas pelo treinamento ou competições. por ser uma técnica não invasiva (AL-NAKHLI
et al., 2012; EDWARDS; CLARK, 2006). Caso a
Visto que a TMGI caracteriza-se por detectar hipótese esteja correta, será possível localizar
pequenas variações (gradientes) de comfacilidade os pontos de inflamação
temperatura, as imagens termográficas muscular decorrentes do treinamento e
mostram precocemente o início de um competições.
processo inflamatório que ainda não tenha

29
SOFTWARES DE ANÁLISE
SOFTWARES ESPECIALIZADOS NA TERMOGRAFIA
DISPONÍVEIS NO MERCADO ESPORTIVO

THERMOHUMAN
A startup espanhola Thermohuman foi a pioneira, em 2008. No decorrer dos anos, a empresa
participou em muitas pesquisas (8 doutorados e mais de 40 artigos), consolidando a termografia
nos esportes. Hoje seu software usa inteligência artificial e tem clientes em 20 países nos setores
desportivo, de saúde e de pesquisa.

Maiores informações em:

www.thermohuman.com

30
SOFTWARES DE ANÁLISE
SOFTWARES ESPECIALIZADOS NA TERMOGRAFIA
DISPONÍVEIS NO MERCADO ESPORTIVO

APOLLO
O Apollo é um sistema multiparâmetro que utiliza dados de carga interna, termogramas e
biomarcadores, e por meio de interpretações analíticas, auxilia os profissionais dos clubes
no controle e equilíbrio das cargas de treino e de recuperação do atleta, de forma eficiente e
efetiva, maximizando a performance e minimizando a probabilidade da ocorrência de lesões.

Maiores informações em:

apollo.omnilab.ai

31
SOFTWARES DE ANÁLISE
SOFTWARES ESPECIALIZADOS NA TERMOGRAFIA
DISPONÍVEIS NO MERCADO ESPORTIVO

KELVIN+
O software Kelvin+ é uma ferramenta de automação do processo de aquisição de imagens
termográficas que, através de inteligência artificial, permite análises mais precisas, agiliza a
tomada de decisão e minimiza a possibilidade de erro humano.

Maiores informações em:

www.radsquare.ai

32
SOFTWARES DE ANÁLISE
SOFTWARES ESPECIALIZADOS NA TERMOGRAFIA
DISPONÍVEIS NO MERCADO ESPORTIVO

POWER BI
O Power BI permite a criação de banco de dados, análise de imagens de modelos diários ou
captadas ao longo de um período de tempo e a visualização de indicadores que facilitam a
estratificação de riscos e categorização de imagens.

Assista ao vídeo clicando


nas imagens ao lado

33
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

PRINCIPAIS ARTIGOS
UTILIZADOS NO EBOOK

34
FONTES PESQUISADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELEVANTES

1. AIZAWA, S.; CABANAC, M. Temperature gradient across the skin’s layers has no influence on
local skin vasomotor responses. Journal of Thermal Biology, v. 25, n. 4, p. 313–316, 1 ago. 2000.

2. AL-NAKHLI, H. H. et al. The use of thermal infra-red imaging to detect delayed onset muscle
soreness. Journal of Visualized Experiments: JoVE, n. 59, 22 jan. 2012a.

3. AL-NAKHLI, H. H. et al. The Use of Thermal Infra-Red Imaging to Detect Delayed Onset Muscle
Soreness. Journal of Visualized Experiments, n. 59, 22 jan. 2012b.

4. AMMER, K. The influence of bathing on the infrared emission of the skin (abstract). In: 9th
International Conference on Thermal Engineering and Thermogrammetry. Budapest, Hungary:
MATE, 1995, p. 115-119.

5. ANG, Q. Y. et al. A new method of infrared thermography for quantification of brown adipose
tissue activation in healthy adults (TACTICAL): a randomized trial. The Journal of Physiological
Sciences, v. 67(3), p. 395-406, mai. 2017.

6. CLAUSEN, S.; MORGENSTJERNE, A.; RATHMANN, O. Measurement of surface temperature and


emissivity by a multitemperature method for Fourier-transform infrared spectrometers. Applied
Optics, v. 35, n. 28, p. 5683–5691, 1 out. 1996.

7. DARWIN, G. H. Sir William Herschel. Science, v. 36, n. 917, p. 97–108, 26 jul. 1912.

8. DAVEY, M. The contribution of blood flow to the skin temperature responses during a cold
sensitivity test. European Journal of Applied Physiology, v. 113(9), p. 2411-2417, set. 2013.

9. DOS SANTOS, E. B. et al. Risco de Acidente Vascular Encefálico: avaliação pela termografia
cutânea por radiação infravermelha. Pan American Journal of Medical Thermology, v. 1, n. 1, p.
23-30, 28 jul. 2014.

10. EDWARDS, A. M.; CLARK, N. A. Thermoregulatory observations in soccer match play: professional
and recreational level applications using an intestinal pill system to measure core temperature.
British Journal of Sports Medicine, v. 40, n. 2, p. 133–138, fev. 2006.

35
FONTES PESQUISADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELEVANTES

11. FAYE, E.; DANGLES, O.; PINCEBOURDE, S. Distance makes the difference in thermography for
ecological studies. Journal of Thermal Biology, v. 56, p. 1–9, fev. 2016.

12. FERNÁNDEZ-CABALLERO, A.; LÓPEZ, M. T.; SERRANO-CUERDA, J. Thermal-infrared pedestrian ROI


extraction through thermal and motion information fusion. Sensors (Basel, Switzerland), v. 14, n.
4, p. 6666–6676, 10 abr. 2014.

13. FERNÁNDEZ-CUEVAS, I. et al. Classification of factors influencing the use of infrared thermography
in humans: a review. Infrared Physics & Technology, v. 71, p. 28–55, jul. 2015.

14. FLIR. FLIR MSX® - Multi-Spectral Dynamic Imaging. Disponível em: <https://www.flir.com/
instruments/multi-spectral-dynamic-imaging/>.

15. FLIR. Toolkit IC2 Dig 16: Developers Guide 1.01. FLIR Publication, n. 557344. 2001.

16. FRIM, S.D. et al. Body composition and skin temperature variation. J. Appl. Physiol.v. 68, p.
540–543, fev. 1990.

17. HADŽIĆ, V. et al. Can infrared thermography be used to monitor fatigue during exercise? A
case study. Journal of Sport and Health Science, v. 8, n. 1, p. 89–92, jan. 2019.

18. HEJAZI, S.; ANBAR, M. Effects of topical skin treatment and of ambient light in infrared thermal
images. Biomedical Thermology, v. 12, p. 300-305, dez. 1992.

19. HILDEBRANDT, C.; RASCHNER, C.; AMMER, K. An overview of recent application of medical infrared
thermography in sports medicine in Austria. Sensors (Basel, Switzerland), v. 10, n. 5, p. 4700–
4715, 2010.

20. INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 80601-2-59:2017. Medical electrical


equipment - Part 2-59: Particular requirements for the basic safety and essential performance
of screening thermographs for human febrile temperature screening. 2017.

36
FONTES PESQUISADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELEVANTES

21. LATHLEAN, J. A. Not all space is created equal: distribution of free space and its influence on
heatstress and the limpet Patelloida latistrigata. Journal of Thermal Biology, v. 46, p. 16–23, dez.
2014.

22. LATHLEAN, J.; SEURONT, L. Infrared thermography in marine ecology: methods, previous
applications and future challenges. Marine Ecology Progress Series, v. 514, p. 263–277, 6 nov.
2014.

23. LEY, O et al. Lumped parameter thermal model for the study of vascular reactivity in the
fingertip. Journal of Biomechanical Engineering, v. 130(3), jun. 2008.

24. LOVE, T. J. Heat transfer considerations in the design of a thermology clinic. Thermology, v. 1,
p. 88-91. 1985.

25. MARINS et al. Time required to stabilize thermographic images at rest. Infrared Physics &
Technology, v. 65, p. 30-35, jan. 2014.

26. MOREIRA, D. G. et al. Thermographic imaging in sports and exercise medicine: A Delphi study
and consensus statement on the measurement of human skin temperature. Journal of Thermal
Biology, v. 69, p. 155–162, 1 out. 2017.

27. NIU, H. H. et al. Thermal symmetry of skin temperature: normative data of normal subjects in
Taiwan. Zhonghua Yi Xue Za Zhi (Taipei), v.64, p. 459-468, ago. 2001.

28. ORGANISATION INTERNATIONALE DE NORMALISATION. ISO/TR 13154:2017.Medical electrical


equipment — Deployment, implementation and operational guidelines for identifying febrile
humans using a screening thermograph. Disponível em: <https://www.iso.org/standard/69347.
html>.

29. ORGANISATION INTERNATIONALE DE NORMALISATION. ISO/TR 18251-1:2017.Non-destructive


testing — Infrared thermography — Part 1: Characteristics of system and equipment. Disponível
em: <https://www.iso.org/standard/61882.html>.

37
FONTES PESQUISADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELEVANTES

30. OTSUKA, K.; OKADA S, S.; TOGAWA, T. Estimation of ambient radiation temperature for emissivity
corrected thermography. In: 2001 23rdAnnual International Conference of the IEEE Engineering
in Medicine and Biology Society. Istanbul, Turkey: IEEE, 2001.

31. OTSUKA, K.; TOGAWA, T. Hippocratic thermography. Physiological Measurement, v. 18, n. 3, p.


227–232, 1 ago. 1997.

32. PLASSMAN, P.; RING, E. F.; JONES, C. D. Quality assurance of thermal imaging systems in medicine.
Thermology International. v. 16, p. 10–15. 2006.

33. RING, E. F.; AMMER, K. Infrared thermal imaging in medicine. Physiological Measurement, v. 33,
p. R33-46, mar. 2012.

34. RING, E. F.; AMMER, K. The technique of infrared imaging in medicine. Thermology International,
v. 10(1), p. 7-14, fev. 2000.

35. ROGALSKI, A.; MARTYNIUK, P.; KOPYTKO, M. Challenges of small-pixel infrared detectors: a
review. Reports on Progress in Physics, v. 79, n. 4, p. 046501, 1 abr. 2016.

36. SCHWARTZ, R. G. et al. Guidelines for breast thermography. Pan American Journal of Medical
Thermology, v. 2(1), p. 26-34, 24 jul. 2015.

37. SCHWARTZ, R. G. et al. Guidelines for dental oral and systemic health infrared thermography.
Pan American Journal of Medical Thermology, v. 5: 41-55, 13 mai. 2019.

38. SCHWARTZ, R. G. et al. Guidelines for neuromusculoskeletal infrared thermography sympathetic


skin response (SSR) studies. Pan American Journal of Medical Thermology, v. 2(1), p. 35-43, 24
jul. 2015.

39. STROJNIK, M.; D’ACUNTO, M.; ROGALSKI, A. Advances in infrared technology and applications:
introduction. Applied Optics, v. 55, n. 34, p. ITA1, 1 dez. 2016.

40. SUZUKI, Y. et al. Skin temperature responses to cold stress in patients with severe motor and
intellectual disabilities. Brain Development, v. 25(3), p.265-269, mar. 2013.

38
FONTES PESQUISADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RELEVANTES

41. THOMPSON, C. L. et al. An assessment of skin temperature gradients in a tropical primate using
infrared thermography and subcutaneous implants. Journal of Thermal Biology, v. 63, p. 49–57,
jan.2017.

42. TKÁCOVÁ, M. et al. An importance of camera – subject distance and angle in musculoskeletal
applications of medical thermography. Acta Electrotechnica et Informatica, v. 10(2), p. 57-60,
jan. 2010.

43. UEMATSU, S. et al. Quantification of thermal asymmetry. Part 1: Normal values and
reproducibility. Journal of Neurosurgery, v. 69, p. 552-555, out. 1988.

44. USAMENTIAGA, R. et al. Infrared thermography for temperature measurement and non-
destructive testing. Sensors (Basel, Switzerland), v. 14, n. 7, p. 12305–12348, 10 jul. 2014.

45. USAMENTIAGA, R.; IBARRA-CASTANEDO, C.; MALDAGUE, X. Comparison and evaluation of


geometric calibration methods for infrared cameras to perform metric measurements on a
plane. Applied Optics, v. 57, n. 18, p. D1–D10, 20 jun. 2018.

46. VOGEL, B. et al. Touch-free measurement of body temperature using close-up thermography
of the ocular surface. MethodsX, v. 3, p. 407–416, 2016.

47. WALDEMAR, M.; KLECHA, D. Modeling of Atmospheric Transmission Coefficient in Infrared for
Thermovision Measurements. In: Proceedings of the Sensor 2015 and IRS2 2015 AMA Conferences.
Nürnberg, Germany: AMA, 2015.

48. ZAPROUDINA, N. et al. Reproducibility of infrared thermography measurements in healthy


individuals. Physiological Measurement, v. 29, n. 4, p. 515–524, abr. 2008.

39
CONTEÚDO
EXTRA

PROF. PHD PEDRO RODRIGUES DE MENEZES

40
TMGI NO FUTEBOL
RESULTADOS DE MEDIÇÃO

Relatório realizado com o uso do software FLIR TOOLS, fornecido


gratuitamente pelo fabricante da câmera.

41
TMGI NO FUTEBOL
RESULTADOS DE MEDIÇÃO

Relatório realizado com o uso do software FLIR TOOLS, fornecido


gratuitamente pelo fabricante da câmera.

42
Termografia por
INFRAVERMELHO
nos esportes
GUIA PRÁTICO INTRODUTÓRIO

Prof. PhD. Pedro Rodrigues de Menezes


@pedro_r_menezes

Prof. PhD. Danilo Gomes Moreira


@danilo.gmoreira

Thomas Miliou
@poliscanbrasil

Quer uma solução para gerenciar Quer saber mais sobre aplicações,
alunos, treinos, aulas, resultados e cursos e novidades na termografia
avaliações em uma só plataforma? aplicada à saúde humana e animal?

Baixe o app na App Store/Google Play Siga no Instagram: @poliscanbrasil


E acesse: www.connectfit.com.br E acesse: www.poliscanbrasil.com.br

Diagramação e layout: pedroaoa@live.com

Você também pode gostar