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O transporte escolar e a nucleação das escolas rurais de Maringá e região


vinculada de 2007 a 2013

Conference Paper · July 2015

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Julyerme Tonin
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O TRANSPORTE ESCOLAR E A NUCLEAÇÃO DAS ESCOLAS RURAIS DE
MARINGÁ E REGIÃO VINCULADA DE 2007 A 2013

LEANDRO COLAUTE TURETA1; JULYERME MATHEUS TONIN1


1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Grupo de Pesquisa: Grupo 9. Políticas Sociais para o Campo.

Resumo
O presente estudo sobre políticas de transporte escolar público e nucleação das escolas,
baseia-se na exploração destes instrumentos adotados por parte do Governo acerca do
melhoramento da educação no Brasil, bem como do cenário social-econômico da região em
questão. Em detrimento à educação no campo, observa-se o fechamento de escolas públicas
rurais com adoção de políticas públicas adotadas no âmbito do processo de municipalização.
De forma a vincular esse processo às políticas de transporte escolar público, fez-se necessário
obter informações sobre os gastos nesse setor e identificar a relação direta entre ambas as
políticas: a nucleação e o transporte escolar. Para tanto, buscou-se explanar as características
regionais predominantes em termos de população, população escolar, número de escolas, pois
se tem como relevante justificativa para o processo de nucleação a redução do número de
matrículas no setor rural.
Palavras-chave: Políticas educacionais, municipalização, nucleação, transporte escolar.

Abstract
In this study on public school transport policies and nucleation of schools is based on the
exploitation of these instruments adopted by the Government on the improvement of
education in Brazil, as well as the social-economic situation of the region concerned. In
detriment of education in the countryside, there is the closure of rural public schools being
called out by instruments of these public policies adopted according to the municipalization
process. In order to link this process to public school transport policies, it was necessary to
obtain information on expenses in this sector and identify the direct relationship between the
two policies: nucleation and school transport. Therefore, we sought to explain the regional
characteristics predominant in terms of population, school population and number of schools,
as relevant justification for the nucleation process is reducing the number of enrollments in
the rural sector.

Key words: Educational policies, municipalization, nucleation, school transportation.

João Pessoa - PB, 26 a 29 de julho de 2015


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1. INTRODUÇÃO

Na primeira metade do século XX, o Brasil acentuou seu processo de transformação


denominado como segregação sócio espacial. Diante disso, o transporte escolar desempenha
um papel estruturador do espaço, podendo minimizar os problemas de segregação espacial
dos dois ambientes, rural e urbano. Em relação à educação, a União passa a legislar sobre as
diretrizes e bases de forma exclusiva e cabe aos municípios, “em cooperação técnica e
financeira da União e do Estado” (Art. 30, VI), a competência de manutenção de programas
de educação pré-escolar e de Ensino Fundamental (BRASIL, 1988). Nesse ínterim, o processo
de descentralização da educação fundamental se intensifica e as políticas criadas
impulsionaram o processo de municipalização do ensino.
O processo de nucleação das escolas públicas, após as reformas realizadas no ensino
fundamental por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, teve como objetivo
reduzir os custos de manutenção do funcionamento e, por conseguinte, a desativação de
instituições multisseriadas situadas na zona rural. Dessa forma, o transporte escolar é um
serviço essencial no deslocamento das crianças até as escolas situadas na área urbana do
município.
Quanto a política de transporte escolar público, cabe ao Ministério da Educação a
execução do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), instituído pela
Lei nº 10.880, de 9 de julho de 2004. Esse programa objetiva garantir o acesso e a
permanência nas escolas dos alunos do ensino fundamental público moradores da zona rural,
por meio de repasses de recursos federais diretamente aos municípios, colaborando com as
necessidades de financiamento (BRASIL, 2004). Esse programa, além de destinar recursos
financeiros à infraestrutura e financiamento do programa, tem como objetivo incentivar a
população rural a permanecer no campo.
De acordo com Eloi (2007), no município de Maringá havia duas escolas que estavam
passando por esse processo: a Escola Municipal Delfim Moreira e a Escola Municipal João
Gentilin. Nesse período, essas escolas atendiam juntas pouco mais de 140 alunos do ensino
fundamental, e por esse motivo, encerraram suas atividades devido ao processo de
municipalização. Dentro desse cenário, é convencional admitir que ao reduzir o número de
alunos em determinada escola, a manutenção do seu funcionamento se torna cada vez mais
improvável (GNIGLER, 2014).
Com intuito do Governo em manter as famílias no campo, deslocam-se apenas as
crianças diariamente rumo aos centros de ensino localizados no município. Porém, como um
aspecto negativo dessa política de redução de custos e favorecimento da mobilidade,
identifica-se o capital investido na construção dessas escolas não sendo aproveitado de forma
eficaz pelo setor público, caracterizando um custo social que apresenta externalidade negativa
para a sociedade.
Ademais, mediante os objetivos traçados pelo Governo para implantação dessas
políticas de transporte, quando de um lado identifica-se a busca pelo aumento da
acessibilidade às escolas urbanas mediante utilização desse serviço e, concomitantemente,
redução dos custos em relação às escolas rurais, pode-se também identificar a desativação

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dessas escolas sendo acompanhada pelo abandono por parte do poder público, ao invés de
destinação dessas estruturas físicas para outras atividades. Dessa forma, a hipótese inicial
deste estudo é de que as novas políticas, como a de transporte, levaram a desativação de
escolas na região de Maringá.
Nesse contexto, o presente estudo objetiva verificar quais os resultados atingidos em
termos de utilização das estruturas destinadas à educação no setor rural, perante implantação
da política de nucleação das escolas públicas. Para isso, como o transporte escolar exerce
papel importante no processo descrito, estabelecem-se objetivos específicos, como explanar
sua política, o PNATE, procurando fazer um comparativo entre os períodos de dois Planos
Plurianuais da administração pública municipal, que está inserido no período de 2006 a 2013,
bem como a descrição da sua definição. Também se faz necessário, uma vez mencionado que
o custo motiva a implementação da política de nucleação, demonstrar a relação entre os gastos
com transporte para esse setor e relacionando-o com o número de matrículas efetivadas na
educação básica para o período de estudo.

2. A POLÍTICA DE NUCLEAÇÃO VINCULADA AO TRANSPORTE ESCOLAR

As políticas de vinculação utilizadas como instrumentos de melhoria e


condicionamento de gestão no que tange a distribuição de recursos dos estados e municípios,
aumentaram a complexidade do quadro de receitas sob o controle das esferas de governo. Não
somente, a prática da municipalização no oferecimento do ensino público também foi motivo
de mudanças na esfera municipal no que se refere à autonomia de controle do ensino.
Decorrente desses fatores destaca-se as políticas de nucleação das escolas rurais,
multisseriadas ou não, vinculadas ao transporte escolar público.
Considerando as escolas multisseriadas como problema incidente à educação no
campo, Hage (2008) declara que essas escolas sofrem com a desorganização do trabalho
pedagógico e com a falta de planejamento. Isso ocorre pelo fato do trabalho dos pedagogos e
professores ser prejudicado justamente pela existência de muitas séries agrupadas num mesmo
espaço e também pela faixa etária, o interesse e o nível de aprendizagem dos estudantes serem
muito distintos. Complementa o autor que existem dificuldades por parte dos professores no
atendimento aos alunos que não dominam, por exemplo, a leitura e a escrita, acarretando em
aumento de reprovações e defasagem idade-série nas turmas. Menciona também a postura das
secretarias de educação em pressionar as aprovações ao máximo de estudantes no final do ano
letivo, de forma a relativizar os índices elevados de fracasso escolar.
Em seu estudo de campo, Hage (2008) revela que a população do campo acredita que
o modelo de escola seriada urbana seria a solução desse problema, obtendo assim uma
educação de qualidade. No entanto, aponta alternativas que contradizem essa mentalidade,
como a criação de metodologias próprias e material pedagógico para o aperfeiçoamento do
ensino nessas escolas, formação de professores competentes para a multissérie e também a
extinção dessas escolas do meio rural, concomitantemente à implantação da seriação por meio
da nucleação e o investimento no transporte escolar. Essa última torna-se o principal
instrumento da política pública na tentativa de erradicação do problema da multissérie.
Em sua pesquisa sobre a educação no campo, Hage (2008) indica, por meio de dados
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), que o número de escolas multisseriadas

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reduziu de 62.024 em 2002 para 50.176 em 2006, bem como o número de matrículas, que
passou neste mesmo período, de 2.462.970 para 1.875.318, correspondendo a 60,6% do
número de escolas e 32,4% do número de matrículas no meio rural do país. A apresentação
desses dados, segundo o autor, relaciona a redução do número de escolas e matrículas com a
política de nucleação vinculada ao transporte escolar, seja no sentido campo-campo ou no
sentido campo-cidade.
O autor completa sua hipótese apresentando dados que indicam crescimento no
deslocamento dos alunos para os centros urbanos ou para outras regiões rurais, somando um
total de 220 mil alunos em 2006. De acordo com Barros et al. (2011), na região Sul do país,
por meio da indicação do Censo Escolar, o número de escolas multisseriadas possui taxa de
crescimento negativa de 33,9% de 2006 a 2009. No Sudeste, também negativa de 34,1%; na
região Centro-Oeste, a taxa negativa foi de 51%; o valor mais expressivo de redução ocorreu
no Nordeste, atingindo 258,5% nesse período, e no Norte, o equivalente a 31,6%.
Nesse contexto, Hage (2008) cita pressupostos que configuram a problemática que
envolve a efetivação da política de nucleação no país: i) o fechamento das escolas vinculadas
ao transporte escolar pela busca de melhores estruturas e que sejam cumpridoras da função
administrativa e pedagógica, ou ao menos a transferência de sua administração para essas de
melhores condições; ii) a atribuição do fracasso escolar no campo às deficiências estruturais
das escolas e à existência de classes multisseriadas; iii) a retirada das escolas acarretando no
abandono infraestrutural por parte do poder público, que acaba por se afastar ainda mais do
meio rural, além de prejudicar os laços culturais dos alunos; e iv) a permanência das crianças
no campo é primordial para a preservação nesse espaço de redes sociais e produtivas, e que
caso contrário, torna-se um incentivador para a saída das famílias de suas propriedades. Para o
autor, a manutenção da escola na comunidade rural afirma os valores que mantém os sujeitos
vinculados ao seu modo de vida, tendo em vista que a educação é direito de toda a população
e que deve ser assegurado pelo Estado, sendo do meio rural ou urbano.
A partir desse cenário, evidencia-se o descaso por parte do Governo com o bem
patrimonial abandonado após a desativação das escolas que se enquadram na situação
apresentada neste capítulo, culminando em prejuízos ao Erário municipal (GNIGLER, 2014).
De acordo com Cancian (2014), a cada dia, em média, oito escolas rurais são desativadas em
todo o país. Nos últimos dez anos, 32,5 mil unidades foram desativadas, sendo que em 2013,
o número atingiu 3.296 escolas. Ante as 103,3 mil unidades existentes em 2003, em 2014
apenas 70,8 mil escolas continuam suas atividades. Conforme a autora, a prática ocorre com o
objetivo de redução dos custos de manutenção e problemas de estruturas que estão sob
responsabilidade da esfera municipal.
Diante da problemática apresentada, observa-se um cenário de contraposição no que se
refere à política de nucleação das escolas. Ao passo que há esforço por parte do poder público
em melhorar a qualidade do ensino e gestão dos recursos, esse instrumento utilizado para
realização da política de nucleação acaba por provocar prejuízos ao patrimônio público. O
abandono considerável das estruturas espelham o planejamento e gestão públicos, colocando
em cheque a viabilidade das medidas adotadas, inclusive a política de transporte escolar.

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3. METODOLOGIA

3.1. OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

No presente estudo busca-se avaliar as políticas de municipalização do ensino e alguns


dos seus instrumentos de execução, sendo eles primordialmente, por meio da descrição da
política de nucleação das escolas vinculada ao transporte escolar público, basicamente o
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE). A fonte de dados com os gastos com
transportes foram obtidos por meio do Tribunal de Contas do Estado (TCE, 2014). É sob a
ótica da implementação dessas políticas que o estudo pretende explanar o atual cenário
educacional por meio dos dados obtidos e a caracterização do mesmo.
Os níveis de educação estabelecidos para o objeto de estudo foram os do Ensino
Básico, composto pela Educação Infantil e Ensino Fundamental, com Creches e Pré-escolas
compondo a Educação Infantil e Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental. Quanto às
escolas em atividade, identificou-se de forma segmentada, o número de escolas municipais e
estaduais de todos os municípios que compõe a região de Maringá, com o objetivo de
identificar se os municípios possuem ou não escolas rurais.
Da mesma forma foram obtidos os dados referente ao número de matrículas em cada
nível de ensino. Identificaram-se em alguns anos, de forma a complementar os dados, o
número de matrículas no período integral e no período parcial. Com o número de matrículas e
as despesas com transporte escolar coletados, calculou-se as despesas por aluno entre os anos
de 2007 e 2011.
Para tanto, buscou-se dados referentes à população residente da Região Metropolitana
de Maringá a fim de caracterizar os municípios quanto ao processo de urbanização. Em
seguida, de maneira similar, observou-se a população em idade escolar e seu comportamento
entre os anos de 2000 e 2010, anos de realização do Censo. E por fim, a identificação das
escolas urbanas e rurais de Maringá e região, de modo a identificar o abandono dessas
estruturas sem a adequada utilização econômica e social que podem oferecer. Diante disso,
utilizou-se o método que segue para sugestão da reutilização.

3.2. FONTE DE DADOS

O presente trabalho utilizou como fontes para a construção da base de dados os anos
que compreendem o período entre 2007 a 2013, equivalente à análise parcial de dois Planos
Plurianuais (PPA). Para definição da abrangência demográfica, utilizou-se os municípios que
compõem a Região Metropolitana de Maringá, que está inserida na Associação dos
Municípios do Setentrião Paranaense (AMUSEP), mais especificamente o Consórcio de
Desenvolvimento da região do Vale do Bandeirantes, Consórcio de Desenvolvimento da
Região do Vale do Ivaí, Consórcio de Desenvolvimento da Região do Médio Ivaí.
Para a coleta de dados referentes ao número de escolas da região, empregaram-se
através do site de Indicadores Demográficos e Educacionais (IDE - sob domínio do Ministério
da Educação) para o período entre 2007 a 2010 e os Indicadores Educacionais da Educação
Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)
para o período entre 2011 a 2013. E para a análise do número de matrículas, buscou-se através

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do Sistema de Consulta a Matrícula, dos Indicadores Educacionais e do Censo Escolar –
Anexo I, este para o ano de 2013.
Verificou-se também a população residente e população em idade escolar pelos
Indicadores da Educação em Todos Pela Educação, e também por meio do Sistema IBGE de
Recuperação Automática de Dados (SIDRA). No estabelecimento do gasto de transporte por
aluno fez-se necessário à obtenção dos dados disponíveis no Tribunal de Contas do Estado
(TCE). Diante disso, a veracidade dos dados coletados é responsabilidade das instituições
governamentais que disponibilizam as informações conforme regulamentação.

4. CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM MARINGÁ E REGIÃO

Neste capítulo buscou-se caracterizar a educação básica em Maringá e região por meio
de dados coletados acerca da população residente, da população em idade escolar e por fim
pelo comportamento da Região Metropolitana de Maringá quanto ao número de escolas e
matrículas.

4.1. POPULAÇÃO RESIDENTE

A Região Metropolitana de Maringá (RMM) foi instituída por meio da Lei


Complementar Estadual nº 83/1998 de 17 de Julho de 1998, sendo formada pelos municípios
de Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Paiçandu, Ângulo, Iguaraçu e Mandaguaçu
(PARANA, 1998). A partir de 2002 a região passa a conter nove municípios com a integração
de Floresta à Região. Em 2005, por meio da Lei Complementar Estadual nº 110/2005 de 10
de Agosto de 2005, a região passa a integrar mais quatro municípios, sendo eles Doutor
Camargo, Ivatuba, Astoga e Itambé (PARANÁ, 2005).
A inclusão de dez novos municípios à região ocorreu em 17 de Fevereiro de 2010 pela
Lei Complementar Estadual nº 127/2010 e passa a compreender também Atalaia, Bom
Sucesso, Cambira, Floraí, Flórida, Jandaia do Sul, Lobato, Munhoz de Mello, Ourizona,
Presidente Castelo Branco, Santa Fé e São Jorge do Ivaí (PARANÁ, 2010). A inclusão do
município de Nova Esperança foi a última inclusão à Região Metropolitana, ocorrendo por
meio da Lei Complementar Estadual nº 145/2012 (PARANÁ, 2012).
Vale ressaltar que a RMM está parcialmente inserida na Associação dos Municípios
do Setentrião Paranaense (AMUSEP), ficando exclusos apenas os municípios de Bom
Sucesso, Cambira e Jandaia do Sul. A entidade foi criada por meio da Lei nº 11.121 de 30 de
Junho de 1995 e têm como principais características a desvinculação partidária, personalidade
jurídica, livre administração de seus bens e de utilidade pública estadual (AMUSEP, 1995).
A AMUSEP é regida pelo Consócio de Gestão PROAMUSEP, órgão responsável
pelas deliberações nos respectivos consórcios que compõem a entidade, sendo eles: i)
Consórcio de Desenvolvimento da Região do Médio Ivaí (CIMEIV), que compreende os
municípios de Floresta, Itambé, Ivatuba, Mandaguari, Marialva, Maringá e Sarandi; ii)
Consórcio de Desenvolvimento da Região do Vale do Ivaí (CINDIV), que integra os
municípios de Doutor Camargo, Floraí, Mandaguaçu, Nova esperança, Ourizona, Paiçandu,
Presidente Castelo Branco, São Jorge do Ivaí; iii) Consórcio de Desenvolvimento do Vale do
Bandeirantes (CINDEB), responsável pelos municípios Astorga, Ângulo, Atalaia, Iguaraçú,

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Flórida, Munhoz de Melo, Santa-fé; e iv) Consórcio de Desenvolvimento do Vale do
Parapanema (CINDEP), que compõe os municípios de Colorado, Itaguajé, Lobato, Nossa
Senhora das Graças, Paranacity, Santa Inês, Santo Inácio e Uniflor (AMUSEP, 2014).
Dessa forma a Região Metropolitana compreende vinte e seis municípios e população
estimada em 690.303 habitantes (IBGE, 2010) compreendendo uma a área de 5.577,122 km2,
representando 2,80% do território e 6,61% da população paranaense (Tabela 1).

Tabela 1 – Caracterização da Região Metropolitana de Maringá.


Var. Percentual
Variável 2000 2010 % PR (2010)
na RMM No PR
Área (km2) 5.577,10 2,80% - -
Densidade Demográfica 106,04 123,87 -- 16,81% 9,21%
População 591.387 690.303 6,61% 7,85% 3,05%
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php.

Nesse aspecto, que tange as características da população regional, faz-se necessário


explanar os números referentes à população residente do meio urbano e do meio rural. De
acordo com a Tabela 2 verifica-se um aumento da região em termos de participação na
população urbana do estado em contraposição ao meio rural, quando neste observa-se redução
da população.

Tabela 2 – População Residente – Urbana e Rural (Censos de 2000 e 2010).


RMM Paraná % RMM/PR % Maringá/RMM
Urbana 548.918 7.782.560 7,05% 51,73%
2000

Rural 42.469 1.782.083 2,38% 11,01%


Total 591.387 9.564.643 6,18% 48,81%
Grau Urbanização 92,82% 81,37%
Urbana 657.082 8.912.692 7,37% 53,37%
2010

Rural 33.221 1.531.834 2,17% 19,34%


Total 690.303 10.444.526 6,61% 51,73%
Grau Urbanização 95,19% 85,33%
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: SIDRA/IBGE (2014).

Mediante o exposto permitiu-se apresentar e analisar as variações das populações rural


e urbana nos anos de 2000 e 2010, bem como estabelecer o grau de urbanização que incorreu
devido a essas mudanças demográficas. Além do aumento do grau de urbanização de 92,82%
para 95,19%, pode-se destacar os municípios que alcançaram maiores graus de urbanização,
sendo eles Cambira, Iguaraçu, Lobato, Ourizona e Presidente Castelo Branco.

4.2. POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR

Para a análise da população em idade escolar deste estudo, buscou-se informações


sobre a educação básica do ensino público no que tange o número de matrículas e escolas no
período de análise, sendo ela provida pelas esferas municipal e estadual. A partir da Lei nº
11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que amplia o Ensino Fundamental para nove anos de
duração, o ensino básico ficou assim estabelecido: para a Educação Infantil, a creche recebe
alunos de até 3 anos de idade; a pré-escola, alunos que possuem idade de 4 e 5 anos. Para o

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Ensino Fundamental, alunos que possuem idade entre 6 a 10 anos para os Anos Iniciais e
alunos com idade entre 11 e 14 anos para os Anos Finais da educação básica. Na Tabela 3
verifica-se redução do número de alunos da RMM, em todos os níveis de ensino, no
comparativo entre 2000 e 2010.
Tabela 3 – Participação da população em idade escolar da RMM no Paraná.
NÍVEL DE ENSINO / PRÉ-ESCOLA ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
ANO / ABRANG.
2000 2010 2000 2010 2000 2010
RMM 10649 8803 51637 45348 43956 42205
PARANÁ 191647 151669 917830 799060 751380 726734
% RMM/PR 5,56% 5,80% 5,68% 5,67% 5,85% 5,81%
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: SIDRA/IBGE (2014).

Agrupando a população em idade escolar em dois grandes grupos (5 a 9 anos e 10 a


14 anos), nota-se que A RMM apresentou para o grupo de 5 a 9 anos de idade redução de
12,45%, condizendo com a expectativa de que a população vem crescendo menos. Por sua
vez, para a idade escolar entre 10 e 14 anos, também apresentou redução na região, de 1,30%.
Tabela 4 – Variação da população em idade escolar na área urbana.
Ano/ 2010 2000 Var. 2010 / 2000
Idade Escolar 5 a 9 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos
Ângulo 155 178 185 228 -16,22% -21,93%
Astorga 1.398 1.684 1.805 1.865 -22,55% -9,71%
Atalaia 188 266 262 252 -28,24% 5,56%
Bom Sucesso 385 468 448 481 -14,06% -2,70%
Cambira 346 405 360 376 -3,89% 7,71%
Doutor Camargo 304 378 372 421 -18,28% -10,21%
Floraí 205 303 382 377 -46,34% -19,63%
Floresta 361 404 407 385 -11,30% 4,94%
Flórida 162 181 175 174 -7,43% 4,02%
Iguaraçu 208 291 258 292 -19,38% -0,34%
Itambé 376 407 490 448 -23,27% -9,15%
Ivatuba 131 204 155 202 -15,48% 0,99%
Jandaia do Sul 1.168 1.415 1.441 1.582 -18,95% -10,56%
Lobato 275 345 261 333 5,36% 3,60%
Mandaguaçu 1.244 1.485 1.346 1.323 -7,58% 12,24%
Mandaguari 2.019 2.479 2.469 2.571 -18,23% -3,58%
Marialva 1.712 1.975 1.872 2.179 -8,55% -9,36%
Maringá 20.495 24.319 23.151 25.444 -11,47% -4,42%
Munhoz de Melo 190 263 231 242 -17,75% 8,68%
Ourizona 186 213 217 276 -14,29% -22,83%
Paiçandu 2.600 3.063 2.942 2.888 -11,62% 6,06%
Pres. Castelo Branco 324 372 286 273 13,29% 36,26%
Santa Fé 588 707 576 635 2,08% 11,34%
São Jorge do Ivaí 275 356 386 413 -28,76% -13,80%
Sarandi 6.183 7.552 6.901 6.706 -10,40% 12,62%
RMM 41.478 49.713 47.378 50.366 -12,45% -1,30%
Paraná 646.089 759.795 735.481 742.059 -12,15% 2,39%
% RMM/ PR 6,42% 6,54% 6,44% 6,79% - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: SIDRA/IBGE (2014).

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No que tange a população rural em idade escolar (Tabela 5), tanto para o grupo de 5 a
9 anos quanto para o de 10 a 14 anos, todos os municípios, com exceção de Maringá, houve
uma queda acentuada. A população entre 5 a 9 anos de idade apresentou na RMM redução de
44,58% na área rural, e a população com idade entre os 10 e 14 anos também sofreu redução,
de 33,63%, no comparativo entre 2010 e 2000. Quanto ao Estado do Paraná, os números
apresentaram o mesmo comportamento, reduzindo em 35,38% a população entre 5 a 9 anos e
23,16% a de 10 a 14 anos.

Tabela 5 – Variação da população em idade escolar na área rural.


Ano/ 2010 2000 Var. 2010 / 2000
Idade Escolar 5 a 9 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos
Ângulo 46 57 84 79 -45,24% -27,85%
Astorga 138 175 301 357 -54,15% -50,98%
Atalaia 45 55 100 82 -55,00% -32,93%
Bom Sucesso 100 124 190 127 -47,37% -2,36%
Cambira 129 146 258 256 -50,00% -42,97%
Doutor Camargo 33 39 104 57 -68,27% -31,58%
Floraí 32 47 70 65 -54,29% -27,69%
Floresta 27 35 43 101 -37,21% -65,35%
Flórida 13 20 32 22 -59,38% -9,09%
Iguaraçu 39 40 93 93 -58,06% -56,99%
Itambé 18 36 52 69 -65,38% -47,83%
Ivatuba 22 68 67 69 -67,16% -1,45%
Jandaia do Sul 155 147 289 208 -46,37% -29,33%
Lobato 20 25 95 56 -78,95% -55,36%
Mandaguaçu 173 189 283 336 -38,87% -43,75%
Mandaguari 105 154 257 370 -59,14% -58,38%
Marialva 441 517 555 592 -20,54% -12,67%
Maringá 480 508 467 376 2,78% 35,11%
Munhoz de Melo 48 48 104 93 -53,85% -48,39%
Ourizona 31 32 72 61 -56,94% -47,54%
Paiçandu 29 44 124 129 -76,61% -65,89%
Pres. Castelo Branco 46 60 144 153 -68,06% -60,78%
Santa Fé 77 100 168 178 -54,17% -43,82%
São Jorge do Ivaí 61 76 101 70 -39,60% 8,57%
Sarandi 54 61 209 224 -74,16% -72,77%
RMM 2.362 2.803 4.262 4.223 -44,58% -33,63%
Paraná 122.303 149.276 189.269 194.281 -35,38% -23,16%
% RMM/ PR 1,93% 1,88% 2,25% 2,17% - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: SIDRA/IBGE (2014).

O primeiro aspecto importante a ser observado é a elevação do grau de urbanização


identificado nos municípios da RMM, bem como o de todo o Estado. Nota-se que esse
processo se evidencia ainda mais quando se analisa o setor urbano e o setor rural
separadamente. Apesar dos dois meios estudados apresentarem, de forma geral, redução em
seus números, essa variação da população em idade escolar na área rural apresentou-se maior
do que a da área urbana. Isso leva a assumir que existem menos alunos nas escolas,
concomitantemente ao fator de queda da população rural em função do processo de

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urbanização. Diante do exposto, buscou-se estabelecer uma relação direta entre o cenário
apresentado e a política de nucleação das escolas vinculada ao transporte escolar público.

4.3. COMPORTAMENTO DA RMM QUANTO AO NÚMERO DE ESCOLAS E


MATRÍCULAS

Nessa sessão buscou-se apresentar o número de escolas das áreas urbanas e rurais
existentes nos municípios, bem como mensurar o número de matrículas correspondente aos
níveis de ensino em questão, que são a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Para isso,
primeiramente ilustraram-se as mudanças referentes ao número de escolas no decorrer da
série juntamente à utilização de mapas geográficos territoriais pertencentes a cada município
da RMM. Definiu-se a priori a análise de três momentos distintos da série, sendo eles os anos
de 2007, 2010 e 2013. A Figura 1 ilustra os municípios que fazem parte do Consórcio de
Gestão PROAMUSEP e por meio dela estabeleceram-se os municípios que fazem parte da
Região Metropolitana. Vale lembrar a composição da RMM, que está inserida parcialmente
nos Consórcios e abarca também os municípios de Bom Sucesso, Cambira e Jandaia do Sul.

Figura 1 – Mapa Geográfico do Consórcio de Gestão PROAMUSEP.

Consórcio de Desenvolvimento da Região do


Médio Ivaí (Cimeiv).
Consórcio de Desenvolvimento da Região do Vale
do Bandeirantes (Cindeb).
Consórcio de Desenvolvimento da Região do Vale
do Vale do Ivaí (Cindiv).
Consórcio de Desenvolvimento da Região do Vale
do Paranapanema (Cindep).

Fonte: PROAMUSEP (2014).


*Ressalta-se a indisponibilidade de dados referentes ao município de Nova Esperança, impossibilitando sua
análise

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Figura 2 – Comportamento dos municípios da região de Maringá com escolas rurais (anos selecionados).

Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

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Algum dos municípios que possuíam escolas rurais no início do período analisado
(2007), independentemente da esfera que a provia, estadual ou municipal, apresentaram
reduções no número de escolas que ofertavam esse serviço. Esse comportamento observou-se
nos municípios de Marialva, Bom Sucesso e de forma mais acentuada em Maringá.
Apenas os municípios de Cambira, Mandaguaçu e Sarandi apresentaram
comportamento distinto aos demais municípios. É importante destacar que o município de
Ivabuta, embora apresente escola rural, não provê a educação nesses níveis de ensino por
meio de recursos públicos. A escola localizada nesse município chama-se Instituto Adventista
Paranaense Ensino Fundamental e Médio e é provida por meio de recursos privados.
Destaque para o município de Maringá que no início da série apresentou nove
instituições de ensino que ofertavam o serviço na área rural e que três anos mais tarde reduziu
esse número para sete. Em 2013 pôde-se observar a significativa mudança de comportamento
da educação do campo no decorrer do período em análise, quando apresentou apenas três
escolas que disponibilizam os níveis de ensino em questão. O mesmo ocorreu para Bom
Sucesso e Marialva, que apresentaram em 2007, uma e três escolas rurais, respectivamente.
Em 2013, destaque para Bom Sucesso que não mais possui escolas rurais. Vale
mencionar que o provimento da educação na área rural por meio de recursos diretos do Estado
ocorreu até o final de 2007, quando o serviço ainda era disponibilizado no município de
Marialva. Os demais municípios não apresentaram existência de escolas rurais no período em
análise, convergindo, de modo geral, no comportamento da oferta de ensino nas diferentes
instituições, seja da esfera municipal ou da esfera estadual. Essa convergência trata-se de um
comportamento similar na questão da elevação ou redução da oferta dos níveis de ensino. Em
sua maioria, os municípios mantiveram constantes ou até mesmo elevaram o número de
instituições que ofertam os níveis de ensino na área urbana.
Diante disso, após a identificação desse comportamento, buscou-se analisar o
comportamento do número de matrículas existentes nos diferentes níveis de ensino. É
importante destacar que a Rede Estadual de Ensino não provê, nesse período de análise, a
Educação Infantil, que compete ao município o adequado controle, também reflexo da
municipalização. A seguir, os quadros mostram a evolução dos dados no período:

Quadro 1 – Número de Matrículas na Rede Estadual da RMM – Ens. Fund.


ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 3.805 - 37.982 158
2008 3.131 - 39.109 70
2009 2.079 - 39.482 -
2010 1.111 20 - - 37.530 1.230 - -
2011 466 6 - - 37.083 528 - -
2012 249 - - - 33.783 1.702 - -
2013 361 - - - 32.052 1.135 - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

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No que tange os Anos Iniciais da área urbana da Rede Estadual de Ensino, observa-se
no Quadro 1 que o número de matrículas reduziu do primeiro até o último ano de análise. Isso
ocorreu em função das políticas de municipalização do ensino, pois se justifica por meio do
número de escolas correspondentes a esse nível que também reduziu; no caso de Maringá,
passou de 20 escolas em 2007 para apenas 1 escola em 2013.
O comportamento dos dados para os Anos Finais nas escolas urbanas mantiveram-se
conforme o esperado, sem grandes oscilações. Destaque para duas situações evidentes: a
primeira trata-se do início das matrículas para o período integral a partir de 2010. A segunda,
o encerramento da oferta dos Anos Finais na área rural ao final de 2008, quando se torna
nítido a redução das matrículas. Em se tratando da Rede Municipal de Ensino na RMM,
observa-se os seguinte dados no Quadro 2:

Quadro 2 – Número de Matrículas na Rede Municipal da RMM – Ed. Infantil.


EDUCAÇÃO INFANTIL
CRECHE PRÉ-ESCOLA
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 5.992 35 11.038 297
2008 6.330 45 15.565 104
2009 6.912 38 15.875 111
2010 554 6.994 16 21 4.600 5.536 40 42
2011 664 8.184 - 19 4.161 5.782 37 14
2012 610 9.675 - 74 4.419 6.207 34 43
2013 657 9.870 - 58 4.588 6.654 37 48
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

As mudanças na área rural são compatíveis com o comportamento das políticas em


questão. No caso das Creches, é preciso encará-las como exceção para essa análise uma vez
que se trata de crianças de até 4 anos de idade. Embora o serviço seja disponível para alunos
de todas as idades, o mais comum é que o transporte ocorra para crianças que estão iniciando
os estudos na Pré-Escola (a partir dos 5 anos de idade). Fato que se comprova pelo número de
matrículas, que ao contrário das demais, se elevou. Ademais, é notória a redução de
matrículas da área rural para os níveis Pré-Escola e Anos Iniciais, este que é observado no
Quadro 3 a seguir:

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Quadro 3 – Número de Matrículas na Rede Municipal da RMM – Ens. Fund.
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 33.502 1.001 2.189 606
2008 35.750 1.152 1.348 610
2009 36.081 1.052 581 628
2010 32.828 2.981 855 122 - - 575 2
2011 30.647 4.041 214 277 - - - -
2012 30.803 4.493 126 460 - - - -
2013 31.201 4.744 185 454 - - - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

Na Rede Municipal da RMM também ocorre o encerramento da oferta de um dos


níveis de ensino. Os Anos Finais do Ensino Fundamental deixam de ter provimento municipal
ao final do ano de 2010 para a área urbana e ao final de 2011 para a área rural, também
observando a redução do número de matrículas de modo geral. Nos demais níveis de ensino
(Creche, Pré-escola e Anos Iniciais), de modo a convergir com o fato de haver um maior grau
de urbanização da Região, o número de matrículas na área urbana se elevou, ou pelo menos se
manteve no mesmo patamar.
Da mesma maneira observaram-se as mudanças em Maringá, município com a mais
acentuada mudança no comportamento das matrículas. Para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, as variações das matrículas são as mesmas identificadas na RMM, motivo que
se justifica pelo fato de que o único município da RMM que provê o ensino desse nível pela
esfera estadual é o de Maringá. Esse comportamento está exposto no Quadro 4 a seguir:

Quadro 4 – Número de Matrículas na Rede Estadual de Maringá – Ens. Fund.


ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 3.805 - 15.164 -
2008 3.131 - 16.071 -
2009 2.079 - 16.662 -
2010 1.111 20 - - 16.044 728 - -
2011 466 6 - - 16.126 287 - -
2012 249 - - - 14.873 846 - -
2013 361 - - - 14.468 335 - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

Muito próximo das características apresentadas nos quadros referentes à RMM, o


Quadro 5 mostra que as matrículas na Rede Municipal de ensino apresentaram
comportamento semelhante na Educação Infantil, mais especificamente as Creches, que

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elevaram seu número, salvo as Creches do meio rural que não apresentaram mais matrículas a
partir de 2011. A Pré-Escola, apesar de apresentar elevação nas matrículas no meio urbano,
apresentou também a redução no meio rural, de 218 em 2007 para apenas 14 matrículas em
2013.

Quadro 5 – Número de Matrículas na Rede Municipal de Maringá – Ed. Infantil.


EDUCAÇÃO INFANTIL
CRECHE PRÉ-ESCOLA
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 2.870 28 4.404 218
2008 3.168 36 3.194 38
2009 3.516 38 3.771 53
2010 2 3.903 - 21 686 3.382 - 42
2011 2 4.274 - - 404 4.058 - -
2012 16 5.114 - - 296 4.469 - 11
2013 - 5.330 - - 315 4.657 - 14
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

De forma similar, o Quadro 6 mostra que os Anos Iniciais do Ensino Fundamental no


meio urbano apresentaram elevação no número de matrículas, ao posso que reduziu no meio
rural de 711 em 2007 para 467 em 2013. Quantos aos Anos Finais, como se espera, não mais
apresentou matrículas a partir de 2011, da mesma forma como se comportou a RMM.

Quadro 6 – Número de Matrículas na Rede Municipal de Maringá – Ens. Fund.


ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS
NÍVEL/ÁREA
URBANA RURAL URBANA RURAL
ANO Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral Parcial Integral
2007 11.041 711 2.189 606
2008 13.259 818 1.348 610
2009 13.761 748 581 628
2010 13.010 1.272 730 - - - 575 2
2011 12.370 2.342 119 170 - - - -
2012 12.201 2.732 73 338 - - - -
2013 12.302 2.876 83 384 - - - -
Fonte: elaboração própria. Adaptado de IDE e INEP. 2014.

Nesse ínterim, sabido que a população em idade escolar tenha se reduzido no período
compreendido entre 2000 e 2010 e o número de matrículas na área urbana tenha, no mínimo,
se mantido constante, e concomitantemente a esse processo observa-se redução das matrículas
rurais, supõe-se a hipótese de que a política de transporte escolar tenha contribuído
diretamente para a manutenção dos níveis de matrículas do meio urbano. Outro aspecto

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importante para sustentação desse argumento segue por meio da apresentação dos dados da
Tabela 6 a seguir:

Tabela 6 - Gastos com Transporte Escolar em Maringá (Valores Nominais - R$).


Ano Total de Matrículas Gasto Transporte Gasto Transporte / Matrícula
2007 41036 1.907.409 46,48
2008 41673 1.920.622 46,09
2009 41837 2.901.273 69,35
2010 41528 3.156.113 76,00
2011 40624 2.053.570 50,55
Fonte: elaboração própria. Adaptado de: Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Embora o número total de matrículas em Maringá tenha se mantido regular quando


considerada toda a Educação Básica, o gasto com transporte escolar se comportou de maneira
irregular. Nota-se que nos anos de 2009 e 2010 os gastos se elevaram consideravelmente em
relação aos anos de 2007 e até mesmo de 2011. Em 2010 o gasto em valores nominais
alcançou R$ 3.156.113,00, correspondendo a R$ 76,00 por aluno, bem distante do valor
identificado em 2007, quando alcançou R$ 46,48. Esse comportamento pode ser explicado
pelo investimento realizado no serviço de transporte a partir de 2010, quando já estava
ocorrendo o processo de nucleação das escolas.

Quadro 7 – Cenário das escolas rurais na Região Metropolitana de Maringá (2007-2013).


Município Escola Ano de Desativação
Bom Sucesso VILA BOM FIM E R M E FUND 2011
ANTONIO CARLOS E R M. E FUND.
Cambira Em funcionamento
DONA NINA CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
MIGUEL DE SOUZA E M E FUND
Mandaguaçu Em funcionamento
LUIZ GABRIEL SAMPAIO C M E I
ROMARIO MARTINS C E E FUND MEDIO 2007
Marialva BENEDITO R. DE SOUZA E E E FUND 2008
GUMERCINDO LOPES E R M PROF E I E FUN Em funcionamento
DELFIM MOREIRA E M ED INF ENS FUND
2007
JOAO GENTILIN E M ED INF ENS FUND
LAZARA R. VILELLA E M DONA E INF E FUND.
PAULO FREIRE E M ED INF ENS FUND
2010
Maringá RUY ALVINO ALEGRETTI E M E INF FUND
TEREZA M.FERNANDES CTO MUN ED INF PION
FERNAO DIAS E M ED INF ENS FUND
JOAQUIM MARIA M DE ASSIS E M EI EF Em funcionamento
VICTOR BELOTI E M ED INF ENS FUND
Sarandi LUIZ GABRIEL SAMPAIO E R M DR E I E F Em funcionamento
INSTITUTO ADVENTISTA PARANAENSE - ENSINO
Ivatuba Em funcionamento
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Fonte: elaboração própria. Adaptado de INEP.

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De acordo com o Quadro 7 observa-se que entre os anos de 2007 e 2010, em Maringá
foram desativadas sete escolas rurais, quatro delas só em 2010. O mesmo ocorreu nos
municípios de Bom Sucesso e Marialva, quando em 2007 e 2008 tem-se o fechamento de
duas escolas em Marialva e uma escola em Bom Sucesso no ano de 2011. Diante ao quadro
apresentando, evidenciam-se as escolas rurais da RMM de forma específica, citando as que
foram desativadas e também aquelas que ainda estão em funcionamento. Dessa forma, fica
estabelecida a relação vincular existente entre as políticas de nucleação das escolas com a
política de transporte escolar público.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de mudança no sistema educacional brasileiro iniciado a partir de reformas


e novas políticas advêm de objetivos criados por meio da iniciativa do Governo. Fato que
diante um cenário que exigia preocupação das autoridades governamentais com o
desenvolvimento do país, acabou gerando melhores regulações e controle no que tange o
provimento da educação pública. As medidas de vinculação de recursos tomadas pelo
Governo aceleraram as mudanças no ensino quanto às responsabilidades incumbidas às
diferentes esferas, seja federal, estadual ou municipal. A complexidade criada no quadro de
vinculação de recursos à educação decorre da intenção por parte do poder público na
descentralização dessas responsabilidades.
Atinente a essas medidas adotas pelo Governo, as políticas de municipalização
tornaram favorável o processo de nucleação das escolas rurais no Brasil. Ao vincular novas
políticas que viessem a melhorar e adequar o ensino básico de modo a cumprir o objetivo da
universalidade, observa-se, concomitantemente aos objetivos traçados, falhas de planejamento
público referente às infraestruturas que posteriormente apresentar-se-iam abandonadas. A
nucleação, embora pudesse tornar o ensino mais acessível e de melhor qualidade, também
acabou gerando externalidades negativas. Devem-se levar em consideração os impactos
sociais e culturais decorrentes da mudança do ambiente social e familiar que os indivíduos
sofrem após implementação da política de transporte. Discussões a cerca desses fatores são
cada vez mais acentuados quando associados ao descaso com o bem publico sinalizado nesse
estudo.
É verdade que as novas políticas acabaram por gerar caminhos facilitadores para a
tomada de decisões, que para este estudo, resultaram na desativação dessas escolas mediada
pelo maior investimento em transporte escolar. Nesse contexto, observa-se o aumento do
gasto com transporte a partir do fechamento de seis escolas em Maringá entre os anos de 2007
e 2010. Motivo pelo qual também é observado pelo comportamento de outras variáveis
encaradas como objetivos nesse estudo, como o das matrículas de certos níveis de ensino, que
apresentaram reduções na série analisada. Dessa forma, admite-se que alguns fatores como,
melhoria e qualidade de ensino, redução dos custos, redução do número de matrículas (este
também decorrente da redução da população em idade escolar) levaram o poder público a
adotar políticas que pudessem suprir esses obstáculos, que neste caso resultou na desativação
dessas escolas.
Vale mencionar que o estudo realizou-se em detrimento da descrição e análise da
política de nucleação na Região Metropolitana de Maringá e na identificação de escolas rurais

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e a apresentação do atual cenário que se encontram. É sugestivo estabelecer parâmetros que
possam gerar comparações entre os diferentes cenários originados a partir das medidas
tomadas pelo setor público. A tentativa de mensurar o valor residual que uma escola
representa e compará-lo aos novos gastos gerados pela política implantada, que neste caso, a
de transporte escolar, revelaria a melhor compensação financeira diante as duas situações.
Além disso, as infraestruturas não mais utilizadas a partir da implantação dessas
políticas são passíveis de averiguação para eventual reutilização. Dessa forma, não se
restringe apenas na atividade educacional, mas também em atividades voltadas, por exemplo,
ao setor agropecuário, sindical, ou até mesmo um posto médico, entre outros, de forma a
beneficiar a população que a circunda. Esse problema é encontrado em todo país e alvo de
discussões políticas acerca do planejamento e gestão públicos, pois a sociedade brasileira
depara-se com a seguinte situação: um investimento inicial elevado para construção e
manutenção dessas escolas rurais, e que mais tarde não se identifica o adequado
aproveitamento ou até mesmo a reutilização das infraestruturas que são passíveis a
averiguações quanto às suas condições de uso.
Acerca da proposta levantada para reutilização das estruturas, pode-se citar o Serviço
de Nacional Aprendizagem Rural (SENAR), instituído pela Lei nº 8.315 de 23 de Dezembro
de 1991. Tem como missão a formação profissional e a promoção social do homem no
campo. No caso do Paraná, o SENAR é administrado pela Federação da Agricultura do
Estado do Paraná e envolve profissionais que exercem papel de instrutores, formadores,
supervisores, entre outros. Dessa forma, alunos que integravam colégios agrícolas passaram a
frequentar polos como o de Curitiba, Ibiporã e Assis. (TORRES et al., 2005).
Por fim, esse processo de transferências dos alunos no sentido campo-cidade, embora
seja tema de discussões por parte dos gestores públicos e pedagogos acerca das dificuldades
de adaptação dos mesmos num novo convívio social, talvez essa seja a melhor opção. Diante
os obstáculos enfrentados em termos de obtenção de recursos e aplicação dos mesmos para
esse serviço, a busca pela melhor qualidade de educação nesses níveis de ensino tem
prevalecido, o que torna a política de nucleação a melhor opção.

6. REFERÊNCIAS
AMUSEP. Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense. Estatuto. 1995. Disponível
em: <http://amusep.com.br/sistema/arquivos/bbc3f3743061.pdf>. Acesso em: 18 Set. 2014.
________. Consórcio de Gestão PROAMUSEP. 2014. Disponível em:
<http://amusep.com.br/site/proamusep>. Acesso em: 18 Set. 2014.
BARROS, O. F.; HAGE, S. M. Panorama Estatístico e Aspectos Legais das Políticas de
Nucleação e Transporte Escolar: Reflexões Sobre a Extinção das Escolas Multisseriadas e a
sua Permanência nas Comunidades do Campo. In: I Encontro de Pesquisas e Práticas em
Educação do Campo da Paraíba, 01 a 03 de junho de 2011. João Pessoa. Anais...Paraíba.
Centro de Educação – UFPB, 2011
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Congresso Nacional,
1988. Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/acervo/legislacao>. Acesso em: Ago.
2014.

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