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Atividades Pedagógicas Complementares (APCs)

Disciplina de Arte
Professora: Dagmar Herculano da Silva
Turma: 8º Ano
*Conteúdo: Dança clássica – Ballet
*Atividades:
Orientações:
1° Assistir os vídeos para compreensão dos conteúdos;
2º Copiar ou imprimir os conteúdos teóricos no caderno de Arte;
3º Fazer as atividades com capricho;
Bons estudos!
HISTÓRIA DO BALLET CLÁSSICO

O Ballet surgiu como uma forma de entreter a realeza, nas cortes italianas, no início do século
16. "Com a transição do pensamento medieval ao renascentista a sociedade ocidental começa a produzir
manifestações culturais próprias daquele contexto"  A então princesa italiana, Catarina de Médici, foi à
França para tornar-se rainha ao se casar com Henrique II, rei da França e levou com ela artistas que
produziam óperas e balés na Itália, berço do Renascimento. Ela também fez questão de contratar o
grande coreógrafo italiano, o mais importante da época: Balthasar de Beaujoyeulx, nome artístico de
Batazarini Di Belgioioso.

Beaujoyeulx transformou o balé de corte em balé teatral" a companhia dele apresentava um


espetáculo bem diferente dos balés de hoje, reunindo não apenas dança, mas também poesia, canto e
uma orquestra musical. Esse formato variado entusiasmou os nobres franceses desde o início, mas o
balé só atingiria seu apogeu no século seguinte, na corte do rei Luís XIV"
O Rei Luís XIV era um grande entusiasta da dança. Fundou a Accademie Royale de Musique
(1661), onde existia uma escola de balé. Também bailarino, recebeu o apelido de "Rei Sol" por ter
protagonizado, este papel no espetáculo Ballet de La Nuit, vestindo um figurino muito brilhante. Além de
Ballet de La Nuit (1653).
Voltando à escola da Accademie Royale de Musique, foi ali, sob a direção do compositor italiano Jean-
Baptiste Lully e de seu assistente, o professor de dança francês Pierre Beauchamps, o balé se tornaria
um espetáculo mais sofisticado, conhecido como “Ópera-Balé” por combinar dança, diálogos e canto.
Começa também a introdução de bailarinos profissionais e com isso o aprimoramento do que
chamamos atualmente de técnica clássica.
O ballet a corte se muda para o teatro

Alguns anos depois, o Rei Luís XIV fundou a Escola Nacional de Ballet, futura Ópera de Paris. A
dança se tornou mais que um passatempo dos nobres: tornou-se uma profissão. Os espetáculos foram
transferidos dos salões para os teatros.
"O “En Dehors” (para fora), aquela posição em que o bailarino apresenta-se com as cochas, joelhos e
pés girados para fora da linha central do corpo, fazendo uma rotação externa da articulação coxo-femoral,
foi criada quando o balé de corte começou a ser levado para os palcos italianos, em que a plateia assistia
ao espetáculo de frente, e não mais como nos salões reais, sobre as bancadas e camarotes, vendo-os de
cima. Então para que o artista nunca se coloque de costas para o público, composto de nobres e
convidados, cria-se esta posição aberta que ao dançar de uma diagonal a outra se evita ficar de costas
para o público".

Após a morte de Luís XIV, a Europa vivenciou mudanças que refletiram nas artes e na dança. A
Ópera de Paris, fundada no século 17, continuou sendo o centro do universo do ballet, mas isso
estava prestes a mudar no começo do século 18. Neste período é importante ressaltarmos o nome de
Jean Georges Noverre, que recebeu créditos pela criação de mais de 150 balés. Apresentou a
primeira obra que rompia com estilo de ópera e deu início ao que chamamos de Ballet d'action (o
Ballet de Repertório, como conhecemos hoje), forma de balé que, além das coreografias, traz gestos,
e pantominas para representar uma história única.
Durante o século 18, e principalmente após a Revolução Francesa, o balé de espalhou por toda a
Europa, Rússia e também aos EUA, levado por bailarinos e mestres franceses. 
Com o Romantismo, movimento artístico, predominando na Europa entre o final do século 18 e o início
do século 19, todas as outras formas de arte, incluindo a dança, foram atingidas. Os Balés Românticos
foram populares e o balé despontou como arte performática independente.

Marie Taglioni
Foi este período que as bailarinas mulheres chegaram ao centro e assumiram os papéis
principais. A Belga Marie Camargo. Atribui-se a ela o encurtamento das saias, permitindo maior
movimento às bailarinas e deixando mais visível seu trabalho de pés, em especial nos saltos.
Outra bailarina que também marcou seu nome na história do ballet foi. Marie Taglioni, que ficou
reconhecida como a primeira bailarina a utilizar um tutu (romântico) e a se apresentar
dançando com sapatilhas de ponta, também criada pelo pai, para dar a impressão de que
estava flutuando.
Ainda no século XIX o balé clássico foi se aperfeiçoando de tal forma, que grandes
escolas se consolidaram na Rússia, Itália, França e Inglaterra. "Ainda hoje, além desses países
há também escolas ou técnicas desenvolvidas por Cuba, Dinamarca, Estados Unidos, China e
muitas outras, que adaptam técnicas clássicas e elementos da sua própria cultura visando a
melhor performance técnica e a estética distinta do balé clássico".

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