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Terminologia

O gênero dos termos usados para descrever pessoas transexuais sempre se refere ao
gênero-alvo. Por exemplo, um homem transexual é alguém que foi identificado como
fêmea no nascimento em virtude de seus genitais, mas identifica-se como um homem que
está em transição para um papel social de gênero masculino e um corpo reatribuído como
masculino (um termo alternativo usado em inglês é transexual FtM - female-to-male
transsexual - ou homem transexual).
Todos os que pesquisam o assunto precisam estar atentos para o fato de que alguns
textos médicos antigos fazem referência ao sexo original da pessoa, em vez de ao sexo-
alvo; em outras palavras, referindo-se a uma transexual MtF (Masculino para Feminino)
como "um transexual masculino". Essa forma está fortemente em desuso e é considerada
inadequada e ofensiva.
A utilização de "transexual" como substantivo, em vez de adjectivo (homem transexual,
mulher transexual, pessoa transexual), também é considerada desumanizadora, e está a
cair em desuso.
Certas pessoas preferem o termo transexuado sobre transexual, pois consideram que a
palavra "sexual" encontrada em transexual é um erro. Outra justificativa feita para tal
preferência é que sentem que esta está mais próxima do termo intersexo. Muitos grupos
transexuais abriram espaço para intersexos porque sentem que ambos os grupos
possuem muito em comum. Por algumas definições é possível ser tanto intersexuado
como transexuado. Outras tentativas de evitar interpretações errôneas da junção com a
base -sexual têm tornado aceitável o uso de "transgênero".

Aspectos históricos
Não existem referências disponíveis a respeito de pessoas transgênero antes do Império
Romano.[10]
Filo, filósofo judeu helenizado do século I e morador de Alexandria, segundo Hyde (1994)
[11]
 e GREEN (1998),[12] descreve homens que se travestiam e viviam como mulheres,
chegando até a se emascular e retirar o pênis. Seriam os chamados eunucos, termo que
deriva da expressão grega para guardião ou zelador do leito. Aqueles que guardavam,
sem riscos, os leitos das mulheres de seus senhores. [13]
GREEN (1998)[12] cita descrições e poemas feitos pelos romanos Manilo e Juvenal acerca
desses indivíduos que viviam e se comportavam como mulheres e
tinham vergonha e ódio de serem vistos como homens. Esses eunucos, em Roma, tinham
os testículos extirpados, mas muitas vezes mantinham seus pênis, o que lhes possibilitava
ereções. Alguns, todavia, tinham os testículos e pênis removidos.
Nero por ter remorsos de matar a esposa grávida transformou Esporo, um escravo, em mulher e se
casou com este

Vários imperadores romanos são descritos por se travestirem (transexuais, travestis e


transgêneros) ou apresentarem características afeminadas. Contudo, dois casos merecem
destaque. O primeiro diz respeito a Nero que após chutar sua esposa grávida, Popeia
Sabina, até a morte, arrependeu-se e, tomado de remorsos, buscou alguém parecido com
ela. Encontrou em um escravo, Esporo, essa semelhança. Nero então ordenou a seus
cirurgiões que o transformassem em mulher. Após a cirurgia os dois se casaram
formalmente – inclusive com direito a véu de noiva e enxoval – e Esporo viveu como
mulher a partir de então.[12][14]
Já o imperador romano Heliogábalo casou-se formalmente com um poderoso escravo,
adotou o papel de esposa e oferecia metade de seu império ao médico que o equipasse
com uma genitália feminina

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