100 Dicas Home Office

Marina Sell Brik + André Brik
Prefácio de Jaime Lerner

Copyright © 2011, Marina Sell Brik e André Brik
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma

parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida sem a autorização por escrito
dos editores, sejam quais forem os meios empregados.
Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto nº 1.825 de 20/12/1907.
Autores: Marina Sell Brik e André Brik

Capa: André Brik
ISBN 978-85-912149-0-7
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Brik, Marina Sell & Brik, André

As 100 dicas do Home Office : um guia básico para montar e manter
seu escritório em casa / André Brik, Marina Sell Brik. – Curitiba : Edição do Au-
tor, 2011.
ISBN 978-85-912149-0-7
1. Home Office 2. Escritório em casa 3. Trabalho em domicílio 4. Empre-

sas com sede em casa I. Título
CDD – 658.041
Índices para Catálogo Sistemático

1. Trabalho em Casa : Pequenos Negócios : Administração 658.041
2 As 100 dicas do Home Office

Marina Sell Brik + André Brik
As 100 dicas
do Home Office
Um guia básico para montar
e manter seu escritório em casa
1ª edição
Curitiba
Edição do Autor
2011
Aos pais, irmãos e avós, pelo apoio incondicional e infinito.
Aos clientes, por acreditarem que grandes trabalhos

podem ser realizados em pequenos espaços.

Prefácio 9
Welcome Home! 11
Prá começo de conversa

1. Você tem o perfil? 13
2. Sua família tem o perfil? 13
3. Sua casa tem o perfil? 14
Como levar seu escritório para casa

4. Sugira um programa de home office em sua empresa... 17
5. ...ou peça as contas e vire autônomo ou empresário 17
6. Antes de ir para casa, passe na empresa 18
7. Não bata portas 18
8. Crie uma rede de contatos 18
9. Conhecimento é poder 19
10. Tome fôlego 19
11. Evite golpes e “esquemas” 19
12. Aprenda inglês e informática 20
Montando o seu Home Office

13. Defina um espaço exclusivo para o home office 23
14. Invista no ambiente 23
15. Equipamento essencial 24
16. Evite improvisos de mobiliário 24
17. Evite o emaranhado de fiação 24
18. Procure um local silencioso 25
19. Use luz natural 25
20. Pense na ergonomia 25
21. Invista em segurança 26
22. Instalações elétricas em dia 26
23. Não transforme seu quarto de dormir em um escritório 26
24. Personalize seu espaço (mas sem exagerar) 27
25. Estabeleça um expediente... e obedeça-o 27
Dicas extras para autônomos e empresários

26. Desenvolva um plano de negócios e uma estratégia de marketing 27
27. Prepare-se para lidar com a burocracia 28
28. Tenha um bom contador 28
29. Atenção à legislação municipal 28
5 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

30. Tenha material de apresentação profissional 29
31. Compre um domínio 29
32. Tenha um website 29
33. Faça seguro da casa 30
34. Tenha um plano de aposentadoria 30
Evitando os erros de principiante

35. Atitude profissional (mostre que você é PRO!) 33
36. Derrube o preconceito com atitude 33
37. O home office é um escritório! 33
38. Controle suas finanças (e separe gastos da casa e do escritório) 33
39. Evite distrações 34
40. Seu escritório não é “centro de convivência familiar” 34
41. Reduza interrupções 34
42. Como lidar com sons externos 35
43. Não encha a geladeira e a despensa com junk food 35
44. Sua casa não é pequena, é você que acumula muita coisa 36
45. Cuidado com as tentações 36
Programa de incentivo
46. Planeje um “auto-agrado” diário 39
47. Faça pausas 39
48. Tire férias (curtas e longas) 40
49. Estabeleça metas e monitore seu progresso 41
50. Organize-se (e mantenha-se organizado) 41
51. Trabalho = remuneração 41
52. Faça trabalho voluntário 41
53. Esteja preparado para demitir clientes 42
54. Não seja prisioneiro do seu próprio home office 42
55. Seja flexível 42
56. Respeite o seu ritmo 42
57. Não espere ter sucesso do dia para a noite 43
Produtividade já!
58. É importante ou é urgente? 45
59. Evite noites em claro 45
60. Menos papel, mais produtividade 45
61. Troque a perfeição pela produtividade 45
62. Crie uma rotina para você e seus clientes 46
63. Tenha bons fornecedores 46
64. Tenha uma lista “plano B” de fornecedores 46
65. Use a tecnologia para ganhar tempo... 46

66. ... e para economizar dinheiro 47
67. Seja proativo 47
68. Fique firme no escritório 47
69. Otimize as ligações telefônicas 47
70. Retorne em tempo 48
71. Mantenha sua agenda atualizada 48
72. Chegue no horário 48
73. Faça back-ups 48
74. Preguiça: como engatar a primeira 49
75. Sobretrabalho: sabendo a hora de frear 49
Filhos na área
76. Filhos no home office? Sem problemas! 51
77. Prepare o terreno 51
78. Envolva seus filhos na causa 51
79. Algumas regras para os filhos 51
80. Regras são regras 52
81. Prepare-se para ser testado 52
82. Deixe a cabeça no escritório 53
83. Envolva-se nas atividades dos seus filhos 53
84. Envolva seus filhos em suas atividades 53
85. Cuidado com a culpa… 53
86. Evite expor seus filhos a problemas corporativos 54
87. Seus filhos são as crianças da casa 54
Uma casa mais profissional

88. Tabalhos domésticos e hobbies vs. trabalho 57
89. Copeira ou não copeira 57
90. Equipe Interna 57
91. Prenda o Totó 57
92. Mantenha a casa e o escritório limpos 58
93. Mantenha um banheiro limpo para visitas 58
94. Evite (ou reduza) visitas de clientes 58
95. Evite (ou reduza) visitas de parentes e vizinhos 59
96. Não descuide do visual 59
Considerando outras opções

97. Alugue um escritório virtual 61
98. Adote o coworking 61
99. Decida como (ou se quer) crescer 61
Para lembrar todos os dias

100. Divirta-se! 63

Prefácio

M
obilidade, sustentabilidade e sociodiversidade são os pontos cen-
trais de qualquer discussão sobre cidades. O futuro e a melhoria da
qualidade de vida nos centros urbanos dependem de como nos-
sas cidades vão tratar esses problemas.
Mudar nossos conceitos é fundamental. Morar perto do trabalho, usar

menos o automóvel, poupar mais e desperdiçar menos são exemplos bási-
cos de como podemos começar a resolver questões tão importantes. Sem-
pre uso como exemplo a tartaruga Vita, personagem de um livro que es-
crevi para crianças. A Vita leva a casa onde vai, ou seja, vida, trabalho e
movimento juntos. Em seu casco, com um olhar aguçado, podemos ver o
desenho de uma malha viária.
O André e a Marina nos mostram aqui que tudo pode ser ainda mais simples
e sustentável. Morar e trabalhar no mesmo ambiente. Uma atitude cheia
de modernidade mas que, ao mesmo tempo, nos remete aos ateliês e
oficinas dos grandes mestres do passado.
Simples, como toda boa ideia deve ser.
Jaime Lerner
Jaime Lerner é arquiteto, urbanista, foi prefeito de Curitiba por três mandatos e governador do Paraná por dois.
Seja através de seus projetos em planejamento urbano, arquitetura ou criações sustentáveis, Lerner conta com
uma mente criativa para transformar problemas em soluções. Premiado e reconhecido mundialmente por suas
ações inovadoras, Lerner dá palestras ao redor do globo, redige livros da área e preside hoje a Jaime Lerner Ar-
quitetos Associados. Para saber mais, visite: www.jaimelerner.com.

Welcome
Home!

T
rabalhar em casa não é uma ideia nova. Já nos burgos da Idade
Média, a loja ou oficina ficava no térreo e a casa no andar de cima
(ou nos fundos). E esta fórmula funcionou muito bem até o século
XIX, quando a Revolução Industrial levou os trabalhadores para as fábricas,
onde as condições de trabalho eram insalubres e exploratórias.
Nos anos 50, no modernismo funcional, a dinâmica era simplificada: você

saía da sua garagem na zona residencial para trabalhar na área comercial.
Com o trânsito que havia naquela época, isso ainda funcionava. Hoje, com
as cidades apinhadas, o contexto mudou. Em levantamento feito pelo IBOPE
(2008), 63% dos paulistanos gastam até três horas nos deslocamentos
para o trabalho, escola ou universidade.
Em 1980, Alvin Toffler já profetizava em seu best seller “A terceira onda”

que a tecnologia permitiria que as pessoas voltassem a trabalhar de casa.
Dito e feito. Com o fim da era industrial e o início da era da informação, da
valorização dos serviços, da criatividade e da produtividade (que alguns
chamam de “quarta onda”), trabalhar em casa passou a ser uma tendên-
cia. O home office já é realidade para 58 milhões de pessoas no mundo
todo, segundo dados do IDC (International Data Corporation/projeção para
2011). No Brasil, estatísticas garantem que 4,5 milhões de pessoas tra-
balham de casa (Jornal Nacional/2009), um número que aumenta 10% ao
ano. E segundo previsões para 2015, cerca de 30% das pessoas em todo
o mundo vão trabalhar pelo menos uma vez por semana de casa ou de
outro local fora da empresa (Época Negócios/49).
Se analisarmos a questão do deslocamento, da autonomia e qualidade de

vida, em muitos casos o escritório em casa faz mais sentido que o tradicio-
nal. Nesta mesma comparação, o home office ganha também em produ-
tividade, já que 45% do tempo dos executivos é gasto em reuniões e 28%
perdido com interrupções (Época/467). O trabalhador que tem escritório
em casa é de 10 a 20% mais produtivo que seus colegas de escritório.
Flexibilidade, ausência de engarrafamentos e ônibus lotados, mais tempo

para lazer, prática de esportes, poder curtir os amigos e a família, participar
da educação dos filhos, ter uma alimentação mais saudável, entre outras van-
tagens fazem do escritório em casa uma ótima opção para os novos tem-
pos. Descubra você mesmo os benefícios deste estilo de vida: Go Home!

Prá começo
de conversa
Você consegue trabalhar de casa? Sua casa comporta um

home office? Sua estrutura familiar permite que você adote
esta forma de trabalhar? Tire suas dúvidas a seguir.
1. Você tem o perfil?
Esta é uma pergunta pertinente, já que nem todo mundo se enquadra no
estilo home office. Via de regra, as três competências essenciais para
trabalhar de casa são: disciplina, concentração e organização. Sem elas,
é muito difícil tocar um escritório em casa. Outras questões que também
devem ser levadas em conta são: você se sente bem trabalhando sozinho?
Vai conseguir gerenciar seu tempo e seus trabalhos sem a presença de um
supervisor? Você gosta de tomar decisões? Consegue cumprir prazos?
Tem determinação e autoconfiança? Tem facilidade para lidar com a tec-
nologia? Consegue administrar suas finanças?
Se este perfil não é a sua cara, não precisa desanimar. Considere um aper-
feiçoamento pessoal para poder aproveitar tudo o que um home office
pode trazer de positivo para sua vida. Analise alguns pontos básicos de
sua personalidade, habilidades pessoais e profissionais. Isso evita futuras
decepções e confirma onde estão as possibilidades de êxito.
2. Sua família tem o perfil?

Ao iniciar um escritório em casa, você precisa contar com o apoio daqueles
que estão em volta. E isso vai desde a sua família até vizinhos, emprega-
dos, pais, sogros, até amigos. Prepare especialmente a sua família para
esta nova realidade, pois é com quem você mais convive e vai querer
evitar atritos. Às vezes a família pode confundir a sua autonomia com
disposição em tempo integral. Então, é fundamental explicar que ali é o
seu escritório, seu trabalho. A postura é profissional e, para tanto, é pre-
ciso contar com o silêncio e colaboração de todos.
O que funciona muito bem em alguns casos, depois da conversa, é trabalhar

com placas na porta do escritório, como aquelas de hotel, de “não per-
turbe”. No caso de um escritório em casa, podem ser personalizadas com
algo do tipo: “estou em uma ligação, por favor, não façam barulho”, ou
“em horário de trabalho”. Com o tempo, todos vão se acostumar com a
ideia e, mais tarde, vão poder usufruir dos benefícios do escritório em
casa. Porque assim que o expediente termina – e é você quem manda
nisso – o tempo restante é todo seu e da sua família.

3. Sua casa tem o perfil?
A gente sabe que a vontade de montar um escritório em casa muitas
vezes é maior até do que a estrutura permite. Mas dependendo da sua
área de atuação, um espaço reservado, com móveis e acessórios apro-
priados já cumpre bem sua função. Porém, se o seu trabalho exige con-
tato com os clientes, investir em uma estrutura que tenha uma entrada
separada para o escritório é essencial. E se em um primeiro momento isso
não for possível, coloque como uma meta, com prazo e tudo. De qualquer
forma, é bom estar sempre preparado para visitas que aparecem de sur-
presa como clientes, fornecedores, etc.
Além dessas questões, é preciso atentar para o tipo de atividade que você
exerce. Se for uma pequena indústria, com funcionários, ou até uma em-
presa de alimentos, confira na sua cidade a questão de alvarás e licenças
para funcionamento.
Outro ponto fundamental é poder contar com silêncio para trabalhar. Se

possível, separe um cômodo da casa para montar seu escritório. Para di-
minuir os ruídos externos, uma porta bem vedada ajuda muito quando se
está ao telefone com um cliente, por exemplo.

Caso Real: O pontapé inicial
O medo de perder os benefícios de assalariado e o temor da mu-

dança brusca na carreira são os grandes vilões de quem quer se
tornar autônomo. Com Leonardo Valle, jornalista de São Paulo
(SP), não foi diferente. “Meu grande medo em me tornar autôno-
mo era ter problemas financeiros e me afastar do mercado edito-
rial”, conta o jornalista. Porém, vários outros pontos contaram a
favor da grande mudança. Ele havia morado por 8 anos em Bauru
e, apesar da vida mais tranquila, queria voltar a ficar perto da
família e encarar novos desafios profissionais. Voltou à capital,
mas passou a perder 4 horas no trânsito diariamente, tinha pouco
tempo para esporte e lazer, o trabalho estava massante e não
tinha nenhuma flexibilidade de horário (ele mantém um relaciona-
mento à distância e por isso precisa viajar com frequência). Além
disso, surgiam outros trabalhos, que por questões contratuais,
Leonardo não podia aceitar.
Por estes motivos, decidiu migrar seu trabalho para casa. Pes-
quisando sobre o assunto, encontrou o Go Home e ali percebeu
que seu caso era mais comum do que imaginava. “O site me aju-
dou a entender que eu não estava sozinho; há profissionais de
várias áreas com os mesmos anseios, que querem ganhar quali-
dade de vida, aumentar a renda, passar por outras experiências,
potencializar o convívio com a família. Outro ponto é que o home
office é uma tendência corporativa internacional e as empresas
estão lidando de uma nova forma com este formato”, explica
Leonardo. Atualmente, o jornalista está muito satisfeito com a de-
cisão de ter montado seu home office e pretende continuar até o
final da carreira trabalhando de casa.
Pontos a favor do jornalista: ele é organizado com prazos, mora

sozinho e sabe lidar com a burocracia do escritório. Separar as
questões de trabalho das pessoais também exige disciplina e o
jornalista ensina: “reservo um horário específico para lidar com
as questões da casa, como fazer compras, ligar para o encana-
dor, etc.”. É tudo uma questão de organização.

Como levar
seu escritório
para casa
A grande dúvida é saber como começar. Neste capítulo

você vai ver quais são as opções disponíveis para trazer
seu trabalho para casa e conferir dicas que podem te aju-
dar a dar os primeiros passos em direção ao home office.
4. Sugira um programa de home office
em sua empresa...
O trabalho a partir de casa é uma tendência mundial e no Brasil está cada
vez mais popular. Segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Trabalho,
a atividade cresce 10% ao ano. Para sugerir esta nova experiência na sua
empresa, prepare-se para argumentar sobre os benefícios do home office.
Na Ticket, empresa de convênios para refeições, por exemplo, o programa
de home office gerou economia e aumento de produtividade. A equipe
comercial da empresa foi trabalhar em casa e, após cinco anos do início
do processo de implantação, a economia gerada chegou a R$3,5 milhões.
Isso sem falar no ganho em produtividade, que proporcionou um cresci-
mento de 40% no volume de vendas novas, aumentando 76% a receita
proveniente de vendas. Dalva Braga, superintendente de vendas da Ticket,
explica: “o colaborador trabalha mais motivado, com ganho de qualidade
de vida, flexibilidade de horário e proximidade da família. Além disso, tem
mais mobilidade, consegue planejar melhor suas visitas e dedicar mais
energia a cada cliente ao invés de ser tomado pelas atividades administra-
tivas de um escritório, tempo perdido em trânsito para se locomover até a
empresa, entre outras coisas”.
O projeto também fez com que os gestores reavaliassem sua forma de

liderar, estando mais próximos de sua equipe, marcando reuniões periódi-
cas e disseminando boas práticas. A empresa como um todo também foi
envolvida: o RH criou uma célula exclusiva para atender aos profissionais
de home office, foi contratada uma consultoria especializada em teletrabalho
para apoiar a área comercial, além de reuniões de feedback, coaching e
conversa com os familiares. Também fez parte da preparação a compra de
toda a infraestrutura necessária para a realização do trabalho. Você en-
contra mais informações sobre este assunto no site Go Home. Estes dados
são valiosos para argumentar sobre esta nova modalidade com seu chefe.
5. ...ou peça as contas e vire um empresário

Se você tem aquela veia empreendedora que faz com que pense todo dia
“ainda vou ser meu próprio chefe”, ou se a empresa onde trabalha não tem

(nem pretende ter) um programa de home office, a saída é uma só: peça
as contas e comece o seu negócio já. Se não sabe qual atividade seguir, o
site apresenta uma lista de sugestões de trabalhos que podem ser exe-
cutados de casa. E para ajudar no processo de abertura da empresa, re-
comendamos entrar em contato com o Sebrae (Serviço de Apoio Brasileiro
às Micro e Pequenas Empresas) da sua cidade. Formalizar uma empresa
tem os seus custos (de abertura, impostos, etc.), mas também tem um
grande ganho em credibilidade e respeito. Inclusive respeito próprio.
6. Antes de ir para casa, passe na empresa

Apesar de não ser uma condição, é importante passar por um emprego
formal antes de abrir seu escritório em casa. Esta experiência garante
mais segurança e autoconfiança na migração. Quem já passou por uma
empresa sabe como lidar com o mercado, traz o know-how da sua ativi-
dade e os processos do funcionamento de uma empresa, aprende a con-
viver e se relacionar com os outros, carrega uma bagagem de experiência
(essencial na prospecção de clientes), e consegue valorizar ainda mais –
por comparação – os benefícios de trabalhar em casa. Será ainda mais
proveitosa a sua experiência em um home office se você já partir com este
conhecimento.
7. Não bata portas

Não se esqueça: muitas vezes o seu antigo patrão ou colega de trabalho
pode tornar-se seu futuro cliente. Portanto, nada de sair do emprego
batendo a porta. Relação cordial é sempre um bom negócio, principal-
mente porque pode influenciar o seu. Envie um e-mail aos seus colegas
agradecendo a oportunidade de convívio e informe que em breve entrará
em contato para apresentar sua nova atividade.
Ao pedir demissão, não crie um clima ruim, exponha a importância dos

benefícios do home office sem depreciar o trabalho antigo. E uma vez com
o novo escritório consolidado, retome os contatos do trabalho anterior.
8. Crie uma rede de contatos

Um bom network pode garantir trabalho por muitos anos. E as ferramen-

tas de redes sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn, etc.) tornaram este pro-
cesso ainda mais fácil. Neste caso, quanto maior o número de amigos,
mais eficaz será a divulgação da sua empresa. Mas lembre-se de somente
começar a divulgar seu trabalho depois de tudo estabelecido: da escolha
da atividade ao cartão de visitas. Estes cartuchos não devem ser queima-
dos à toa.
9. Conhecimento é poder
Uma vez que você definiu qual atividade executará no seu home office,
aprenda tudo que puder sobre ela. Compre livros, assista palestras, con-
verse com pessoas da área e visite – “à paisana” – futuros concorrentes
(prática conhecida como benchmarking). Arme-se de todas as informa-
ções antes de colocar a mão na massa. Procure também complementar
as áreas onde seu conhecimento e habilidades estão fracos (ex.: relações
interpessoais, falta de disciplina, etc.). Existem livros e cursos de desen-
volvimento pessoal com esta finalidade. E, finalmente, procure saber o
básico sobre cada parte do funcionamento de uma empresa, já que pro-
vavelmente por um bom tempo você vai acumular as funções de departa-
mento financeiro, informática, atendimento e vendas.
10. Tome fôlego

Tenha em mente que as coisas demoram para engrenar. Mesmo os melhores
negócios levam algum tempo até começarem a render frutos. E considere
ainda o investimento para montar o escritório (mobiliário, equipamento,
material de divulgação, etc.). Por isso, o ideal é usar a estratégia da for-
miga: acumular folhas para os meses de inverno que estão chegando. A
regra básica é ter uma poupança suficiente para sustentar seus gastos
por 6 meses até as coisas entrarem nos trilhos. Você não sabe qual é o
gasto mensal para manter sua casa e sua família? Leia a dica #38, pois
este controle é um pré-requisito para realizar o sonho de trabalhar em casa.
11. Evite golpes e “esquemas”

É só digitar “trabalhe em casa” em qualquer ferramenta de busca na in-
ternet que logo aparecem dezenas de ofertas do tipo “trabalhe pouco e
ganhe muito”. Estas promessas atraem muita gente que, por confiar de-

mais ou desconfiar de menos, acaba virando alvo fácil de picaretas. Por
outro lado, existem empresas idôneas e representar seus produtos pode
ser um ótimo complemento na renda familiar. Para separar o joio do trigo,
siga algumas regras:
• Procure se informar com conhecidos ou pessoas de confiança que traba-

lham com a empresa sobre sua seriedade.
• Prefira trabalhar com produtos e serviços que já possuam uma marca
reconhecida no mercado. Antes de assinar qualquer linha pontilhada,
pesquise desde quando a empresa atua no mercado.
• Pergunte se o contrato pode ser cancelado e se existe multa contratual
por cancelamento (e qual o valor).
• Confirme se a empresa oferece material de apoio às vendas e se isso
tem algum custo extra para você. Tenha tudo por escrito e assinado por
um representante da empresa.
O ideal é – antes de mais nada – conversar com um advogado de confiança.

Lembre-se de que perguntar não ofende. E, neste caso, pode evitar bas-
tante dor de cabeça.
12. Aprenda inglês e informática

Para que o seu negócio seja catapultado para além das fronteiras de sua
cidade, estado e até país é fundamental ter conhecimentos nestas duas
áreas. Este diferencial vai fazer com que você expanda sua rede e faça
contato com pessoas do mundo todo, seja como freelancer, como profis-
sional contratado por uma empresa ou vendendo o seu produto. Opor-
tunidades não vão faltar.

Caso Real: Cada coisa em seu lugar
O frio na barriga sempre existe. Ao deixar um emprego “estável” e se
aventurar em um negócio próprio, o nervosismo vai bater uma hora ou
outra. Vail José Biotto Filho, designer gráfico de Rio Claro (SP), sabe
bem disso. “A mudança de empregado para proprietário de uma em-
presa (de impressões e plotagens) envolveu uma sensação de ansie-
dade e medo, pois estaria deixando de ter o salário fixo de todo mês
para entrar na oportunidade de um negócio próprio sem saber como
seria essa renda mensal”, explica o empresário. Porém, esta sensação
tão comum a todos os novos empresários durou até a chegada da docu-
mentação de abertura da empresa, o que deixou Vail mais seguro. “De-
pois que comecei a trabalhar, a sensação foi fantástica, ainda mais pelo
conforto de ter um escritório em casa”, completa.
Passada essa fase, começou a vir a empolgação e a vontade de querer
fazer o negócio dar certo, o que acabou levando o designer gráfico a
trabalhar muito além do planejado: “no início, começava pela manhã e
trabalhava direto ao longo do dia, completando oito horas de expedi-
ente e parando apenas para o almoço. O problema da ansiedade no
início da empresa foi que passei a trabalhar à noite, quando checava os
e-mails e já corria para adiantar o serviço. Ou seja, passei a trabalhar
de manhã, tarde e noite”, explica. Ao perceber isso, Vail começou a se
disciplinar para que o descanso e o lazer não fossem afetados. Hoje, ele
trabalha as oito horas diárias sem maiores complicações, e ensina:
“para ter disciplina ao administrar meu tempo, me baseei na seguinte
ideia: trabalho em casa, porém com a mesma responsabilidade de uma
empresa de portas abertas, então, tenho que seguir os horários do
comércio para que não deixe um cliente bater com a cara na porta e
também para que ele não se acostume a vir fora de horário”.
Outra questão que envolve disciplina na transição para o home office é
não misturar os dois ambientes, da casa e do escritório. Vail também
passou por essa situação e dá a dica: “isso afeta o seu dia-a-dia e suas
responsabilidades, pois ao misturar casa e trabalho você corre o risco
de não fazer nenhuma das duas coisas direito. Tem que estabelecer
regras e segui-las. Trabalho em casa e é tudo de bom, porém, o que
aconteceu comigo no início foi que quem estava em casa achava que
eu estava disponível. Pediam até para eu ir buscar coisas, já que não
podiam sair dos seus trabalhos para fazer isso. Foi complicado resolver,
mas tive que criar regras”, finaliza.

Montando
o seu
home office
Agora que você vai trabalhar de casa, por onde começar?

O espaço do escritório é prioridade. Acompanhe as dicas
para iniciar o seu negócio com seriedade e eficiência.
13. Defina um espaço exclusivo para o home office
Quanto mais profissional, melhor. Isso vale para uma série de aspectos do
home office, mas quando o assunto é o próprio escritório, faz ainda mais
sentido. Para ter uma separação boa entre casa e trabalho, invista em um
espaço só para isso. Sabemos que hoje as residências são cada vez
menores, mas também sabemos que há uma solução prática para tudo.
Tente separar ao máximo o escritório da casa, seja ele em um quarto sem
uso, dependência externa ou cômodo de serviço. Mas faça com que ele
seja apropriado para a função. E quanto maior a separação física, melhor.
Se tiver espaço, deixe o escritório “solto” da casa (para quem mora em
casa, claro). Assim, haverá menor interferência (de barulhos externos,
família, etc.) e você também se sentirá mais profissional.
14. Invista no ambiente

Pense agora como seria o ambiente de trabalho ideal para você. Qual es-
tilo ele segue? Mais clean, moderno ou clássico? Agora é a sua chance de
ter um escritório exatamente do seu gosto. Vale lembrar que, apesar de
você estar em um escritório em casa, ele ainda é um escritório. Então,
cuide para não carregar muito na decoração, nas cores, nos itens que
podem ter uma manutenção difícil e que possam atrapalhar a sua concen-
tração.
Fundamental também é pensar na sua atividade profissional, o que ela

representa e como está representada. Pode ser mais descontraída ou tem
que ser sóbria? Também cuide para não improvisar no mobiliário e equi-
pamentos. Contar com móveis ergonômicos (e aí incluímos um item fun-
damental, a cadeira!) é essencial, pois você ainda vai passar longas horas
do seu dia no trabalho.
Claro que sempre dá para reciclar os móveis que você já tem, desde que
sejam específicos para trabalhar (veja a dica #16). O importante é ser
funcional e também confortável. E caso você sinta que é hora de investir
no espaço e não sabe bem como, chame um profissional (arquiteto ou
decorador).

15. Equipamento essencial
Claro que cada profissão conta com diferentes necessidades e tipos de
equipamento. Mas vamos começar pelo básico, que se aplica à maioria:
• Linha de telefone separada da casa
• Computador exclusivo para o trabalho
• Serviço de internet banda larga
• Wi-fi (sistema de rede de internet sem fio)
• Aparelho multifuncional (com scanner, copiadora, impressora e fax)
• Smartphone (para ter ainda mais autonomia)
• Móveis: mesa, cadeira, armário, arquivo e estante
• Almoxarifado (tenha um kit extra do que mais usa no escritório, além do
contato do fornecedor de material)
16. Evite improvisos de mobiliário

Sabemos que em tempos de sustentabilidade é sempre uma boa opção
reciclar. Somos a favor da reciclagem de móveis de escritório, mas tam-
bém defendemos a qualidade de vida no trabalho. E, muitas vezes, o que
temos para reciclar não está de acordo com o que precisamos. Nestes
casos, vale vender ou doar o que não serve mais. O que não é legal é ficar
com o escritório todo baseado em gambiarras. Puxa fio dali, aquela porta
velha vira uma mesa, a cadeira da cozinha vai pro escritório... Nada disso!
Assim você vai acabar sacrificando o seu profissionalismo e a sua saúde
(física e mental). Faça orçamentos, informe-se sobre empresas que traba-
lham com mobiliário para escritório. Elas seguem normas de ergonomia
(uma delas é a NR 17), estipuladas pelo Ministério do Trabalho e que exi-
gem um mínimo de cuidado nas medidas e materiais dos móveis para não
causar danos à saúde. Se não der para comprar tudo de uma vez, compre
aos poucos, comece pelo básico.
17. Evite o emaranhado de fiação

Emaranhado de fiação aparente sempre compromete o visual, criando um
ambiente nada agradável para trabalhar e pouco profissional aos olhos

dos clientes. Uma saída barata é enrolar os fios e apoiá-los em cestas
metálicas parafusadas embaixo do tampo da mesa. Para diminuir a quan-
tidade de fiação, instale um modem wireless e conecte computadores e
impressoras por wi-fi. Considere reservar um espaço para fundos falsos
na mesa ou canaletas no rodapé para esconder qualquer indício de ba-
gunça. Alguns mobiliários já trazem estas canaletas embutidas no próprio
móvel. E em uma versão mais sofisticada, a parte posterior da mesa já
vem com entradas de áudio, vídeo, USB, rede e tomadas elétricas.
18. Procure um local silencioso

Estude o nível de ruído em diversas partes da casa antes de estabelecer o
local para o escritório. Se a rua é barulhenta, monte o escritório na parte
de trás da casa. Se o vizinho geralmente corta a grama toda semana ou
tem um cachorro histérico, pule para o outro lado da casa. Lembre que
sótãos e porões oferecem um bom isolamento acústico. Se nada disso
funcionar, existem empresas que produzem janelas e portas anti-ruído.
O investimento é alto, mas os ganhos em produtividade e credibilidade
compensam.
19. Use luz natural

Além da iluminação direta na sua área de trabalho (com luminária flexível
ou luzes no teto), procure ter luz natural no seu escritório. Se esta janela
puder contar com um visual para um local bacana e com vegetação, melhor
ainda. Lembre de que se você for destro, a luz deve vir da esquerda, para
seu braço não fazer sombra. Canhotos, vice-versa.
20. Pense na ergonomia

Uma boa postura garante saúde e produtividade. Então siga estas dicas
para não precisar faltar ao trabalho por motivo de doença no seu próprio
escritório:
• Procure variar a postura. Levante-se durante 10 minutos a cada 50 tra-
balhados ou sempre que o corpo “reclamar”.
• O monitor deve estar na altura dos olhos.
• Descruze as pernas e apoie os pés no chão ou em uma caixa (mas

nunca soltos no ar). O importante é que as pernas façam um ângulo de
90º. Para quem é alto, a solução é colocar calços nos pés da mesa.
• A cadeira deve ter o assento regulável para que o cotovelo, o punho e a
mão fiquem na mesma altura da mesa.
• A profundidade mínima da mesa para o computador é de 75 cm.
• Bordas arredondadas são mais indicadas, pois não machucam o corpo,
e tampos de cores opacas não refletem a luz.
• Instale seu monitor de forma que não reflita janelas.
• Desvie seu olhar do monitor de tempo em tempo e olhe para um ponto
focal distante.
21. Invista em segurança

Considere investir em um sistema de alarme para proteger seu equipa-
mento de eventuais furtos. Se o seu equipamento é caro (no caso de es-
túdios de música, por exemplo), vale a pena também pensar em con-
tratar os serviços de uma empresa de segurança monitorada. Lembre-se
de que todo o seu patrimônio de trabalho está ali, naquelas máquinas. E
as máquinas, por sua vez, estão somente sob sua responsabilidade.
22. Instalações elétricas em dia

Chame um eletricista de confiança para fazer tomadas onde necessário e
evitar improvisos (“tês”, emendas, etc.). Se a sua casa não tem aterra-
mento, aterre ao menos seu computador. Compre um no-break para evitar
perder o trabalho que está fazendo no caso de apagões. Também é reco-
mendável usar réguas elétricas ou filtros de linha para proteger seu equi-
pamento quando há aumento de tensão na rede.
23. Não transforme o quarto de dormir em escritório

Apesar de parecer uma boa ideia – principalmente se você mora em um
lugar compacto – este é o primeiro erro que você pode cometer no seu
novo home office. A não ser que queira ter pilhas de papel, equipamentos
com fios por todo o lado, móveis e objetos como companheiros de quarto.
Cedo ou tarde você vai precisar de um refúgio dentro de casa para se

proteger do seu trabalho. Se o seu escritório estiver dentro do seu quarto,
a divisão entre vida pessoal e profissional vai ficar ainda mais difícil de ser
estabelecida.
24. Personalize seu espaço (mas sem exagerar)

Seu espaço de trabalho tem que refletir sua personalidade. Afinal de con-
tas, se você quisesse que seu home office tivesse a cara de um escritório
tradicional, provavelmente continuaria trabalhando em um escritório tradi-
cional. Fotos pessoais, mousepads, toy art, trazem um pouco de descon-
tração ao ambiente do home office. Mas evite exagerar na ornamentação.
Lembre-se de que seu escritório em casa continua sendo um espaço de
trabalho e que elementos muito lúdicos podem ser interpretados por clien-
tes e fornecedores como falta de seriedade.
25. Estabeleça um expediente... e obedeça-o

Procure determinar um número diário de horas necessárias para cumprir
tarefas no prazo estabelecido. Crie uma rotina, seguindo o mesmo horário
para começar e terminar o expediente. Sem ela, o home office pode ser
um tanto estressante. Agora você é dono do seu horário e isso ao mesmo
tempo que lhe dá total liberdade, traz junto muita responsabilidade. Para
aproveitar da melhor forma, estabelecer uma rotina é fundamental. Há
quem marque no relógio o horário de entrada e saída do escritório. No
artigo 24h é pouco para você? do site GoHome você pode fazer um teste
para ver quantas horas de trabalho precisa ter todos os dias para cumprir
suas tarefas.
Dicas extras para autônomos e empresários

26. Desenvolva um plano de negócios
e uma estratégia de marketing
Começar algo novo sempre dá um frio na barriga. Mas uma vez com es-
pírito empreendedor e as ferramentas certas, suas chances de sucesso
são maiores. Antes de se aventurar no novo negócio, pesquise e leia mui-
to. Converse com as pessoas e informe-se. Para ajudar nessa área, o
portal do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre-

sas) oferece uma série de informações super úteis para o pequeno em-
preendedor. Análise de mercado, viabilidade, concorrência, enfim, esses
são apenas alguns dos vários dados que valem ouro nessa hora e que vão
lhe ajudar a ter um começo bem estruturado.
Uma vez com o negócio formatado, é hora de partir para a estratégia de

marketing. Analise qual vai ser o seu foco, quem é o seu público-alvo, o
que você busca com o seu produto/serviço, enfim, este é o momento de
se posicionar e buscar a sua fatia do mercado.
27. Prepare-se para lidar com a burocracia

Uma vez autônomo, esteja preparado para lidar com todos os meandros de
ter uma empresa no Brasil. Provavelmente você terá que abrir uma em-
presa (caso não trabalhe com registro de autônomo) e ter um CNPJ para
poder emitir nota fiscal. Para isso, primeiro pesquise se o nome que você
quer para a sua empresa está disponível no INPI (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial www.inpi.gov.br). Veja no portal Go Home o artigo
Portal do Empreendedor auxilia formalização e oferece garantias onde
estão postadas várias dicas para iniciar o seu novo negócio.
28. Tenha um bom contador

Para toda aquela parte financeira de fechar o mês, reunir as notas fiscais,
impostos, etc., é preciso ter à disposição um bom contador. Só assim a
sua empresa se manterá na linha e você ficará despreocupado com toda
essa papelada e cálculos de finanças. É o seu contador também quem vai
lhe dar as dicas sobre descontos, prazos, e em qual categoria a sua em-
presa se enquadra. Dependendo da cidade onde você mora, a taxação
pode ser maior ou menor, assim como o tipo de atividade que você exerce.
Vale a pena contratar um profissional dessa área para solucionar todas
essas dúvidas.
29. Atenção à legislação municipal

É importante checar a legislação municipal para questões de zoneamento,
higiene e saúde, que na maioria das vezes é mais rigorosa para quem atua
nas áreas de alimentos e cosméticos. Algumas cidades possuem legisla-
ção específica para estabelecer um home office. Antes de abrir sua em-

presa em casa, verifique se a legislação que rege o zoneamento do bairro
onde você mora permite esta formatação.
30. Tenha material de apresentação profissional

Um cartão de visitas profissional pode abrir muitas portas e gerar novos
negócios. O mesmo vale para o papel timbrado onde você vai imprimir seus
orçamentos e propostas, envelopes, etc. Pesquise em gráficas as melhores
opções de acabamento, papel, tiragem. E não esqueça também da parte
virtual, cada vez mais presente. Uma assinatura no e-mail com a sua logo-
marca e seus contatos é sempre bem-vinda. Além disso, vale diagramar
sua marca em editores de texto (ex.: Word) e programas de apresentação
em slides (ex.: Powerpoint).
31. Compre um domínio

Se o domínio (endereço de site) com o nome da sua empresa está dis-
ponível, registre-o agora mesmo. Para fazer uma pesquisa de disponibili-
dade gratuita, vá até o site: registro.br. Com o domínio devidamente regis-
trado, crie uma conta de e-mail (ou várias) usando este domínio. Desta
maneira, você pode ter um e-mail como “fulano@nomedaempresa.com.br”
que é muito mais profissional do que “fulano@hotmail.com”. Usar contas
de e-mail gratuitas como hotmail, gmail, yahoo, etc., não transmite serie-
dade e pode comprometer o seu negócio. O registro de um domínio custa
cerca de R$30,00 por ano, ou seja, o investimento é pequeno em compa-
ração ao ganho em credibilidade.
32. Tenha um website

É essencial investir em um site que represente a sua empresa no mundo
virtual. Cada vez mais a internet faz parte do cotidiano dos brasileiros e,
como dizem, a empresa que não está na rede, não existe. Seja para pro-
curar o telefone, endereço, ou para saber mais sobre ela, o site é um exce-
lente canal de comunicação entre a sua empresa e seus clientes e for-
necedores. Converse com um profissional de web design para checar
quais são as possibilidades de fazer a sua empresa (ou o seu serviço)
aparecer da melhor forma possível na internet.

33. Faça seguro da casa
Um home officer prevenido vale por dois. Um seguro contra incêndio e
roubo pode garantir a tranquilidade a um custo bem razoável. Pense que
todo o seu patrimônio está concentrado em um mesmo lugar e é melhor
não correr o risco de perder absolutamente tudo. Claro que ninguém gos-
ta de pensar nessas coisas, mas no caso de um profissional que trabalha
de casa, isso faz parte do pacote. Assim, você sai de casa descansado e
consegue aproveitar melhor o seu tempo fora do home office.
34. Tenha um plano de aposentadoria

Consulte seu gerente bancário ou outro consultor financeiro sobre as pos-
sibilidades de plano de aposentadoria para definir qual é a melhor opção
para o seu caso. Pode ser uma previdência privada, investimentos em te-
souro direto, fundo imobiliário, fundos de ações, etc. Mesmo que você já
contribua com o INSS, pesquise as demais opções, inclusive aquelas que
garantam aposentadoria por invalidez. Assim, você fica mais tranquilo
com relação ao futuro.

Caso Real: Uma estrutura cada vez melhor
Ao trazer o escritório para a casa é comum economizar tudo o que
pode – e deve – nos primeiros meses até o negócio vingar. No meu
caso (André Brik), foi bem isso o que aconteceu. A minha casa tem
dois quartos e um deles era destinado à bagunça. Arrumei então
toda a desordem para dar espaço ao escritório, reutilizei uma ca-
deira (de escritório) que eu já tinha, peguei uma mesa ampla de
madeira que meu pai não queria mais e investi em algo muito impor-
tante para o começo da minha empresa: um bom computador. Nos
primeiros meses, a situação estava sob controle.
Porém, com o passar do tempo, e o negócio mais encaminhado,

senti a necessidade de profissionalizar o espaço. No andar de baixo
da minha casa havia uma sala também subutilizada (servia para alo-
jar meus instrumentos musicais e eventuais ensaios). Como era uma
sala que já contava com banheiro, foi ainda mais conveniente. Para
aproveitar melhor cada espaço desta sala e ter mais conforto e ergo-
nomia para trabalhar, encomendei os móveis em uma empresa es-
pecializada em mobiliário para escritório. Com persianas na janela,
uma porta que me isola do restante da casa e uma cadeira bem
confortável, resolvi o meu escritório em casa. Isso foi em 2003.
Três anos depois, minha esposa também veio trabalhar em casa,

com sua empresa totalmente independente da minha. Como eu ha-
via feito os móveis sob medida, já havia previsto esta situação
(contando até com um estagiário ou um funcionário) e portanto, já
estava lá o outro posto de trabalho. Ela só precisou plugar o note-
book e telefone na bancada. Agora, estamos na fase de ampliar ainda
mais o ambiente de trabalho. Fizemos um projeto de escritório mais
espaçoso, com sala de reuniões, copa e espaço para funcionários.
Estamos na fase de construção da nova “sede”, que fica a poucos
metros da casa, no mesmo terreno. Agora que temos certeza ab-
soluta de que queremos seguir nossas carreiras trabalhando de
casa, tomamos esta decisão tão definitiva. Mas o mais importante
disso tudo é dar um passo de cada vez. Não é muito prudente já
começar o home office com tudo do bom e do melhor ou em grandes
escalas se você não sabe se vai estar ali daqui a um ou dois anos.
Porém, quando o escritório em casa é a sua opção definitiva, vale
investir em uma estrutura adequada.

Evitando os
erros de
principiante
Para escapar das armadilhas do home office é preciso ter

foco e disciplina. Deve-se também evitar que o cotidiano
do escritório interfira no ritmo da casa, e vice-versa. Veja
como fazer isso neste capítulo.
35. Mostre que você é PRO!
Não é porque o escritório está a um pulo da cama que você deve continu-
ar de pijama pelo resto do dia! Como vai conseguir disposição vestido
assim? Procure usar uma roupa confortável, mas apropriada para receber
alguém que chega de surpresa. Terno e salto alto são dispensáveis, claro.
Mas você deve tentar criar o costume de se vestir para trabalhar. Isso faz
com que você se sinta mais confiante e motivado. Não chegamos a perce-
ber, mas uma vez que estamos nos sentindo mais profissionais, até a
entonação ao falar ao telefone, por exemplo, muda.
36. Derrube o preconceito com atitude

Por ser uma atividade relativamente nova no Brasil, ainda vemos uma
dose de preconceito com o profissional que trabalha de casa. E isso pode
acontecer na sua própria família! Às vezes aquele tio pode achar que você
está trabalhando de casa enquanto “não acha coisa melhor”, ou os vizinhos
ficam confabulando “como é que ele faz para ganhar dinheiro?”. Tenha
certeza de que se você estiver encarando o seu home office com serie-
dade, esse tipo de preconceito não tem lugar na sua vida. Deixe que falem!
37. O home office É um escritório!

Sempre refira-se ao home office como “escritório”, nunca como “casa”,
por mais que as pessoas saibam que você é um home officer. Não deixe
escapulir: “assim que eu chegar em casa, já te retorno” ou “me ligue aqui
em casa”. A palavra correta reforça uma atitude profissional para os outros
e, mais importante, para você também.
38. Controle suas finanças

Planejamento financeiro é chato mas vale a pena. Saber quanto ganha e
quanto gasta já é um bom começo. Veja aqui mais algumas dicas:
a. Gaste menos do que ganha: para isso, é necessário saber quanto se

gasta. É preciso anotar TODOS os gastos diariamente, somá-los no final
do mês e subtrair da receita familiar (salários, rendimentos, etc.).

b. Poupe para o futuro: separe parte da receita (entrada de dinheiro) e
guarde para o futuro, seja em uma poupança, investimento ou plano de
previdência. O mínimo ideal neste caso é guardar 10% por mês.
c. Coloque o dinheiro para trabalhar para você: use a força dos juros
compostos (juros rendendo sobre juros) e invista em fundos que tragam
uma porcentagem de juros satisfatória, mas que não recebam a incidên-
cia de taxas de administração altas por parte dos bancos.
39. Evite distrações

Distração é o que não falta. A TV logo ali, a cozinha também, o vizinho
apareceu e eu tinha que dar uma palavrinha com ele, enfim, é preciso
(mais uma vez) ter disciplina para se concentrar no trabalho. Estipule os horá-
rios para trabalhar e deixe as distrações para a hora delas, no descanso
ou no intervalo. Se começar a prestar atenção a cada pequena coisa que
lhe tire do trabalho, a sua produtividade vai ficar seriamente comprometida.
40. Home office não é centro de convivência familiar 

Quanto mais distrações você tiver no seu escritório, menor o foco que
conseguirá dar ao seu trabalho (como vimos na dica anterior). O escritório
deve ser um local destacado exclusivamente para o trabalho. Por isso,
evite usar o seu tempo útil para resolver conflitos familiares ou deixar que
façam muita parte da sua vida, de forma invasiva e danosa. Tem quem
pense que já que você está trabalhando de casa, tem que dar atenção a
todas as picuinhas familiares. Coloque limite desde o início do seu es-
critório. Tem hora pra tudo.
41. Reduza interrupções

Deixe claro para família e amigos que sua casa, em certos horários, tam-
bém é local de trabalho. Interrupções são aceitas apenas em casos urgen-
tes. Para muitos este é o principal desafio de trabalhar em um home office.
Seja em relação ao espaço físico do escritório ou com relação ao tempo
que o trabalho e a família demandam. Trabalhar e viver sob o mesmo teto
pode trazer uma série de pequenos problemas: interrupções, interferên-
cias de assuntos domésticos na rotina profissional, perda da privacidade,

visitas inesperadas, cães que latem durante uma ligação com o cliente e
principalmente a falta de um período de transição entre o expediente e o
descanso. Apesar do cenário assustador, pesquisas norte-americanas
mostram que 82% das pessoas que trabalham em casa conseguem ge-
renciar bem estas interrupções. É questão de saber o que tem que ser
priorizado.
42. Como lidar com sons externos

Pesquise a legislação da sua cidade com relação aos ruídos. Se você acha
que o vizinho pode estar ultrapassando o nível máximo de decibéis, talvez
seja o caso de uma boa conversa, antes de acionar as autoridades. Muitas
vezes, antes da sua reclamação, seu vizinho pode nem ter se dado conta
do problema que está causando. Muita gente pode até lhe surpreender,
baixando a música ou calando o cachorro uma vez que fique sabendo que
o barulho está incomodando. Caso isso não aconteça, apele para uma
carta (pode ser anônima), pedindo educadamente que a pessoa tome pro-
vidências. De qualquer forma, para evitar barulho de qualquer tipo, tente
bloquear o som fechando a janela e porta do seu home office. Vale tam-
bém instalar um ar condicionado para não passar calor (o zumbido do
aparelho também atenua o barulho). Se ajudar na concentração, trabalhe
com uma música suave ao fundo.
Em casos extremos, invista em isolamento acústico; acaba tendo um óti-

mo custo X benefício. Ou então apele para as autoridades locais que po-
dem resolver este problema advertindo (ou multando) o vizinho inconveni-
ente. Caso não queira recorrer a essas ferramentas, faça suas ligações
telefônicas em horários em que sua casa é mais silenciosa, desde que
seja conveniente para seus clientes e colegas.
43. Acabe com o junk food da despensa e da geladeira

Se a tentação está a três passos de distância, previna-se já na lista de
supermercado. Troque salgadinhos, refrigerantes e bolachas por frutas,
saladas, barras de cereal, frutas secas, shakes, etc. Seja disciplinado neste
departamento para não ganhar uns quilos a mais quando se mudar para o
home office. Pense que esta pode ser a oportunidade que você estava
esperando para se tornar uma pessoa mais saudável.

44. S
ua casa não é pequena,
é você que acumula muita coisa
Você acha a sua casa pequena? Ou na verdade ela está é entulhada de
coisas que você não usa? Existe um conceito chamado living large que
prega uma vida plena com consumo consciente. Pense nas caixas com
coisas guardadas que você tem em casa. Se as coisas que estão ali estão
em caixas é porque não são necessárias, certo? Então, trate de praticar o
desapego e livrar a sua casa da entulheira desnecessária para abrir es-
paço para o que realmente importa (ou para o nada, só para deixar o ar
circular melhor).
45. Cuidado com as tentações

É preciso saber administrar a liberdade conquistada trabalhando em casa.
A falta de supervisão pode levar muita gente a trocar as obrigações por
uma soneca prolongada, muito tempo diante da TV ou um eventual drink
no meio da tarde. O segredo aqui é comportar-se como se estivesse em um
escritório tradicional.
Aproveite a flexibilidade e autonomia do escritório em casa, mas não es-

queça do compromisso com os prazos e o cuidado com os excessos.

Caso Real: Cadeado na despensa
O escritório em casa traz muitos confortos e, consequentemente,

melhora a qualidade de vida. Porém, é preciso ficar atento a cer-
tas tentações que estão logo ali, tão pertinho, e por isso mesmo
são tão difíceis de controlar. Uma delas é a gula, aquela vonta-
dinha de fazer lanche a toda hora, de beliscar em frente ao com-
putador e nem sentir que lá se foi um pacote inteiro de biscoito
ou salgadinho. Quem sabe bem disso é Luciana Souza, repre-
sentante comercial em Fortaleza (CE), que logo no início do seu
projeto home office ganhou uns quilinhos a mais. “Sempre gos-
tei de ter a despensa cheia de gulodices, seja para as visitas ou
para aquela fominha à noite. Quando comecei a trabalhar de
casa, comecei também a assaltar essa despensa mais vezes.
Estava ainda em uma fase de ansiedade inicial e acabava co-
mendo as guloseimas sem nem sentir, vidrada no computador”,
conta Luciana.
Resultado disso foram 5 quilos a mais na balança, além da clás-

sica culpa. Mas Luciana não se abalou e correu atrás do prejuízo.
Começou uma dieta, mudou radicalmente os itens da despensa
e se disciplinou a fazer pausas para o lanche saudável e exercí-
cios. “Agora me sinto mais disposta e segura, tanto do lado pes-
soal como do profissional. Inclusive perdi o excesso de peso que
me incomodava e estou mais magra ainda, como nunca estive
antes”, comemora a representante comercial. Luciana se disci-
plinou a fazer um intervalo de manhã e um à tarde para comer
uma fruta ou iogurte: “o meu organismo já está adaptado a esta
rotina e agora não tenho mais aquela fome insaciável nas re-
feições”.
Um dos itens da disciplina no home office certamente envolve a

alimentação. Agora que você tem total domínio do seu tempo,
aproveite para avaliar as opções para se alimentar melhor. É a
chance de ter qualidade de vida também através de uma alimen-
tação mais saudável. De quebra, você ainda pode ficar em forma.

Programa
de Incentivo
Neste capítulo, aprenda a estabelecer um ritmo saudável,

valorizar seu trabalho e manter-se motivado.
46. Planeje um “auto-agrado” diário
Uma ou duas vezes ao dia você pode se recompensar com pequenos agra-
dos. Por exemplo: passear em volta da quadra, tomar um banho relaxante,
regar as plantas, comprar um pequeno presente, ler sua revista favorita,
sentar-se ao sol ou tirar um cochilo de 15 minutos depois do almoço.
Também é super positivo tirar um tempinho para dar uma olhada no que
você já produziu no seu escritório e – por que não? – orgulhar-se do tra-
balho bem feito. São pequenas atitudes que ajudam você a se motivar e
manter a saúde mental em dia.
47. Faça pausas

Trabalhando em casa ou não, fato é que sempre existirão dias mais estres-
santes que outros. Muita calma nessa hora! Quando esse dia chegar, faça
o seguinte:
a. Respire fundo. Cérebro oxigenado pensa melhor.
b. Conte até dez. Assim, você retoma o foco e consegue gerenciar melhor
a situação.
c. Faça uma pausa de 5 minutos. Parece pouco, mas quando você espai-
rece, as perspectivas melhoram.
d. Visualize o melhor cenário. Cuidado para não ficar pensando só no pior.

Siga o exemplo dos atletas olímpicos e concentre-se na vitória.
e. Pense que para aprender a andar, você precisou cair várias vezes.
Não chore pelo leite derramado, pense no que você conseguiu aprender
com esta experiência.
f. R
eduza a velocidade e dê um passo de cada vez. Os problemas po-
dem vir a galope, mas para encontrar as soluções é preciso ter calma.
g. L embre-se de que não há mal que dure para sempre. Passamos por
coisas muito piores e sobrevivemos. Mais fortes! E citando mais um
sábio ditado: nada como um dia após o outro.

48. Tire férias (curtas e longas)
Todos precisamos de descanso. No home office temos ainda mais liberdade
de escolher quando tirar as tão merecidas férias. Só que às vezes ficamos
preocupados com o que os clientes vão pensar, que eles podem precisar
do meu serviço, que se eu não trabalho, não ganho, etc. Mas é bom deixar
a culpa de lado e começar a planejar as férias para o seu bem, da sua famí-
lia e da sua empresa. Para auxiliar neste processo, acompanhe as dicas:
a. Planejamento. Escolha a época do ano em que o volume de trabalho é
menor e consulte seus clientes (ou gerente) sobre a data. Avise então os
seus contatos sobre o período de folga.
b. C
uidado com o “trabalho represado”. Não tente compensar o período de
férias trabalhando alucinadamente antes de tirá-las. Este volume de trabalho
pode lhe dar a impressão de que talvez não seja o melhor momento para
tirar férias. Não se deixe enganar por esta sensação!
c. Evite trabalhar pensando só na aposentadoria. Não adie suas férias

pensando que pode acumular mais um pouco de dinheiro para o futuro.
Descanse e depois retorne ao trabalho com mais energia.
d. T ire mini-férias. Se por algum motivo você não pode deixar seu escritório
por muito tempo, faça valer sua autonomia e tire eventuais finais de se-
mana prolongados. Mesmo assim, tente se programar para férias mais lon-
gas pelo menos uma vez ao ano.
e. Deixe o trabalho no escritório. Deixe claro para os seus contatos que você
não vai estar disponível nas férias (há quem veja os e-mails, atenda ao ce-
lular, etc.). E cumpra o prometido!
f. Fique inacessível (se a sua atividade permitir). Para a maioria das pro-
fissões, não é tão grave ficar em “off” por um tempo. Coloque uma res-
posta automática no seu e-mail ou uma mensagem na secretária eletrônica
para garantir férias mais tranquilas. E se achar necessário, deixe os contatos
de algum encarregado para os casos mais urgentes.
g. Pense na segurança: invista em segurança na casa e alarme monitorado.

Como o seu ganha-pão está dentro de casa, é preciso contar com este
serviço para sair de férias despreocupado. Até mesmo porque você já colo-
cou na sua secretária eletrônica que não está em casa, o que é sinal verde
para os ladrões.

49. Estabeleça metas e monitore seu progresso
A partir de agora você não vai mais ter que prestar contas a ninguém.
O que também significa que não vai mais ter como medir seu desem-
penho. Para manter-se na linha e prosperar, é bom estipular metas.
Assim como fazemos com as resoluções de ano novo, as metas do seu
trabalho em home office servem como estímulo e, uma vez conquistadas,
são grandes motivadoras. Não precisa fazer nada elaborado, mas anote
em lugar visível quantos clientes você quer ter daqui a três meses, qual
renda quer alcançar até o final do ano, etc. É bom saber qual rumo seguir,
objetivamente.
50. Organize-se (e mantenha-se organizado)

Regra básica: tirou qualquer coisa do lugar, coloque-a de volta depois de
usá-la. Bagunça é caminho certo para perder o foco. Por isso, dedique
alguns minutos por dia para arrumar os materiais que estão fora do lugar.
Podem ser apenas cinco minutos, mas você vai ver como já fazem uma
grande diferença. Naquela hora de correria, conseguir achar suas anota-
ções ou uma proposta importante vale muito. Isso sem falar que trabalhar
em um ambiente organizado ajuda a encarar o escritório com outro ânimo.
51. Trabalho = remuneração

Você pode até dar uma amostra grátis do seu conhecimento para um
prospect promissor, mas deve evitar sair distribuindo seu tempo e sua
experiência por aí sem cobrar por isso. Não se esqueça que o seu trabalho
e conhecimento valem dinheiro. Não é porque você está trabalhando de
casa que está fazendo trabalho voluntário para quem aparecer. O seu tra-
balho pode até ser super bacana, mas não é hobby. E uma vez que não
cobrou nada, outros virão atrás desta mesma proposta…
52. Faça trabalho voluntário

Agora sim, empreste seu tempo para quem realmente precisa realizando
trabalho voluntário. Já que é dono do seu tempo, corra atrás daquela cau-
sa que sempre admirou mas nunca conseguiu encaixar na agenda. Além
de ajudar os outros, a sensação de plenitude acaba auxiliando você em
todas as outras áreas da sua vida, inclusive na profissional.

53. Esteja preparado para demitir clientes
Coloque na balança. Se a quantidade de trabalho, ou de “pepinos”, não
estiver compensando o quanto você ganha - e uma revisão no fee está
fora de cogitação - você tem duas opções: 1. propor a redução na quanti-
dade de trabalho com o mesmo pagamento, ou 2. demitir este cliente. Se
tiver com outro já fechado, melhor ainda. O importante é fazer o trabalho
valer a pena. Agora, você tem autonomia para decidir quem quer atender.
54. Não seja prisioneiro do seu próprio home office

Aquele bate-papo no cafezinho, o almoço com os colegas e a troca de
ideias durante o expediente já não existem mais no home office. Este é
mais um alerta: cuidado para não ficar muito isolado do mundo exterior.
Para isso, marque encontros com pessoas da sua área, faça reuniões na
empresa (caso você trabalhe de casa para uma), inscreva-se em cursos,
enfim, recicle-se! É preciso ficar atualizado e fugir do isolamento para
estar sempre em dia com o mercado. Não é porque você começou a trabalhar
de casa que precisa ficar acomodado.
55. Seja flexível

Determinação é fundamental, mas não pode virar teimosia. Não tenha
medo de mudar o que não está funcionando. Se mudar te causa descon-
forto, mude aos poucos. Nos dias de hoje, ter jogo de cintura é um grande
diferencial e pode lhe render bons frutos. Se você já optou por um home
office é porque aposta na flexibilidade. Agora, é só questão de adaptar
essa flexibilidade para outras áreas do seu trabalho: como lidar com os
clientes, família, problemas que vão surgir, adaptações de proposta de
trabalho. Esteja pronto para lidar com as mais variadas situações.
56. Respeite o seu ritmo

Tem quem não consiga nem conversar pela manhã. Outros, não rendem
nada à noite e ficam só no bocejo. Fato é que cada um tem seu ritmo. Se
o seu pique é maior à noite, por exemplo, adapte seu dia de trabalho para
este horário. Mas lembre-se que terá restrições de horário, ficando à par-
te da rotina comercial (e do contato com clientes, colegas e fornecedores).
Se possível, mude o horário do seu expediente. O mesmo vale para quem

rende mais pela manhã. Se às 17h30 o seu expediente já acabou (já que
começou bem cedo), avalie se os clientes não vão precisar da sua ajuda
às 18h30, por exemplo. Seja flexível e lide com isso de forma produtiva.
57. Não espere ter sucesso do dia para a noite

Ao contrário do que “garantem” as empresas de marketing de rede do tipo
“trabalhe de casa”, o sucesso é lento e trabalhoso. A verdadeira “fórmula
mágica” do sucesso é trabalho duro + persistência.
Caso Real: Liberdade com responsabilidade

Quando o assunto é home office, cada um é responsável por estipular
o seu ritmo. Alguns rendem mais pela manhã, outros precisam estar
bem vestidos para produzir melhor. Emerson Cardinal trabalha de
casa como promotor de vendas individual e segue uma rotina de tra-
balho que começa lá pelas 8 da manhã, quando liga o notebook e dá
início a algumas tarefas matinais. Ele afirma que não trabalha de pi-
jama mas também não veste nenhuma roupa formal. O estilo é ca-
sual, mas troca de roupa quando tem algum compromisso profis-
sional fora de casa. Até o meio-dia trabalha angariando clientes,
quando pára para o almoço e retorna lá pelas 13 horas. “Como pres-
to serviços para outra empresa, às vezes vou até o escritório deles,
que fica a uma distância de menos de 1 km. Faço alguns contatos e
volto para casa”, afirma Emerson.
Com relação aos horários, o promotor de vendas explica que não

segue uma estrutura rígida: “tem dias que fico até as 22 horas tra-
balhando. Porém, há dias em que às 17 horas eu paro tudo!”. Sa-
bendo quando é melhor trabalhar, fica mais fácil modificar o expedi-
ente. “A vantagem é justamente essa liberdade de você produzir no
seu horário. Tem dias que vejo que não estou muito produtivo e então
eu paro, saio, dou uma caminhada, ando de bicicleta, vou à aca-
demia, e quando volto, estou renovado e cheio de ideias. Esse é o tipo
de coisa que não aconteceria se eu estivesse em uma empresa ‘tradi-
cional’, onde teria que obrigatoriamente cumprir horário mesmo sem
produzir. Acho isso ultrapassado”, completa Emerson.

Produtividade
já!
Saiba como administrar o tempo de forma produtiva usando

a tecnologia, a proatividade e a organização a seu favor.
58. É importante ou é urgente?
A diferença entre importante e urgente é você quem vai julgar. Muitas
vezes passamos o dia correndo e mesmo assim não riscamos os itens da
lista. Isto ocorre porque demos foco nas coisas urgentes, mas que não
eram importantes. Defina as três tarefas mais importantes do seu dia e
trabalhe nelas logo pela manhã, antes que os incêndios comecem a surgir.
As importantes são aquelas que têm maior impacto a longo prazo e pro-
porcionam mais valor para você. Para driblar o famoso “é pra ontem”,
negocie datas de entrega.
59. Evite noites em claro

O trabalho será finalizado e entregue a tempo, mas você vai ter que varar
a madrugada e perder o dia seguinte inteiro por estar imprestável. Pro-
grame-se para não ter que utilizar a madrugada. Vale lembrar as dicas
anteriores, como não perder tempo com conversas inúteis ao telefone,
distrações desnecessárias, etc. Foque no que é preciso (e importante!).
Em último caso, passe a noite em claro. Mas não faça disso uma rotina
porque não conseguiu administrar o tempo corretamente.
60. Menos papel, mais produtividade

Quanto mais sua empresa crescer, mais espaço você vai precisar. Por
isso, não perca preciosas gavetas e armários com papelada inútil. Se for
necessário guardar, acomode as caixas de arquivo morto na garagem,
sótão ou porão. Só não se esqueça de checar frequentemente se os pa-
péis não podem ser descartados. Muitos inclusive podem ser digitalizados
e arquivados em nuvens. Deixe no escritório apenas os papéis que são
realmente importantes e aproveite o espaço extra para expandir seu
negócio.
61. Troque a perfeição pela produtividade

Não queira fazer tudo com perfeição. Algumas coisas podem ser feitas de
forma mais objetiva. E isso vale tanto para o trabalho como para a vida
pessoal. Às vezes ficamos em cima de um trabalho horas e horas, finais

de semana, dormimos e acordamos pensando nele e, de repente, na hora
da entrega, o cliente muda absolutamente tudo. Essa é uma das grandes
lições do home office. A sua produtividade está em suas mãos. Não perca
tempo nem energia com miudezas.
62. Crie uma rotina para você e seus clientes

Para que a sua produtividade seja ainda maior, estipule uma rotina de horá-
rios para você e seus clientes. Se para você o início da tarde é um ótimo
horário para trabalhar, comente com o seu cliente que às 14h30 é uma boa
hora para conversarem. Desta forma, você trabalha mais feliz, produz mais
e se condiciona a estar disponível sempre naquele mesmo horário.
63. Tenha bons fornecedores

Já que a empresa é administrada por você – e somente você – tenha à
mão uma agenda de ouro, com contatos não só de trabalho como de for-
necedores para você realizar o seu trabalho. Muitas vezes precisamos de
uma ajuda em TI (o cara do computador), itens de papelaria (e impressão),
serviço de entregas, etc., de uma hora para outra. Neste momento, é bom
ter a agenda na mão para solucionar o problema com rapidez (e com uma
equipe de confiança). Minutos e horas preciosos poupados.
64. Tenha uma lista “plano B” de fornecedores

Quem tem um fornecedor, na verdade não tem nenhum. Às vezes a Lei de
Murphy dá as caras e, bem quando você mais precisa, seu fornecedor não
pode lhe atender (ou não existe mais). Por isso, é fundamental contar com
um Plano B, ou melhor, uma lista B com opções de fornecedores (moto-
boys, suporte técnico, cartuchos, etc.). O mesmo plano vale para o caso de
ficar sem luz ou sem internet no home office. Saiba quais são as opções de
lan houses, cafeterias com wi-fi e escritórios de coworking na sua região.
65. Use a tecnologia para ganhar tempo...

Está cada vez mais fácil adquirir um smartphone, internet banda larga ou
qualquer outro recurso que facilite a vida (e muito!). Às vezes você vai se
atrasar no trânsito ou em um compromisso e não vai conseguir voltar para

o escritório. Com o acesso ao e-mail e telefone nas mãos, dá para saber o
que está acontecendo no escritório sem se preocupar e resolver muita
coisa à distância. Pesquise qual é a melhor opção para o seu caso e avalie
o uso. Mas é certo que com a tecnologia a seu favor, a vida descomplica.
66. ... e para economizar dinheiro

Skype, LinkedIn e redes sociais são boas formas virtuais para manter con-
tato com as pessoas da sua área. Graças à revolução da internet, podemos
trabalhar de casa e ainda manter contato com o mundo lá fora. E isso de
forma rápida e barata. Se você ainda não usa esses recursos, vale tentar.
Os programas de mensagem instantânea ajudam até na interação com
clientes e fornecedores. A instalação é bem fácil e o custo X benefício é
dos melhores.
67. Seja proativo

Não fique esperando que o trabalho vá até você. Prospecte. Anuncie. Es-
teja disponível para novos projetos. Deixe os outros saberem o que você
faz e espalhe o seu cartão por aí. Vale até entrar para associações da sua
área. O essencial é que você firme o seu nome na sua área para que, as-
sim que precisarem do seu produto ou serviço, já saibam a quem recorrer.
E esteja também disponível para conversar sobre o que você faz por várias
vezes, todas elas com muita paciência e sorriso no rosto.
68. Fique firme no escritório

O difícil de trabalhar em casa é convencer os outros que você não está à
disposição. E que naquele momento não pode pegar os filhos de uma
amiga na escola, comprar pão ou jogar conversa fora no meio da tarde.
Seja forte e não ceda. Desta maneira você não perde prazos, clientes e o
grande privilégio de trabalhar de casa. Para argumentar contra insistentes,
seja assertivo e deixe claro que não está disponível, mas que pode combi-
nar algo em outra ocasião, determinado dia, hora e local.
69. Otimize as ligações telefônicas

Mesmo que você use Skype para fazer ligações de graça, procure ser
objetivo em seus telefonemas. Tempo também é dinheiro. Seja breve e não

jogue conversa fora. A exceção só vale quando isso fizer parte da sua
atividade. Caso receba uma ligação não relacionada ao trabalho (de famí-
lia, amigos), peça para retornar quando estiver menos ocupado. Muitas
vezes um papo furado pode tirar boa parte do seu expediente.
70. Retorne em tempo

Já comentamos que o profissionalismo deve ser um ponto forte no seu
escritório em casa. Nisso, está incluso o retorno breve para quem lhe
procurou. Telefonemas devem ser retornados em até 12 horas e e-mails
em até um dia. Não deixe ninguém sem resposta, isso é falta de educação.
71. Mantenha sua agenda atualizada

Por mais que a rotatividade das empresas e clientes seja alta, mantenha
contato com o contato da vez. Estipule uma atualização a cada seis me-
ses, por exemplo. Claro que cada profissão tem uma rotatividade dife-
rente, mas mesmo que a pessoa não tenha mudado de cargo, vale dar
uma ligadinha para saber das novidades e não perder o contato. É aquela
velha história de que quem não é visto não é lembrado.
72. Chegue no horário

Tem gente que acha que chegar atrasado é um charme e demonstra que
a pessoa é ocupada. Mas para a maioria das pessoas, é uma grande falta
de respeito. Existe até um ditado que diz que “fazer uma pessoa perder
tempo é roubar parte da vida dela”. Por isso, seja profissional e mantenha
o olho no relógio. Tanto o seu tempo como o do outro são muito valiosos.
73. Faça back-ups

Crie o hábito de fazer back-ups dos seus trabalhos mais importantes. O
back-up nada mais é do que ter gravado (fora do seu computador) todo o
material que tem nele. Afinal de contas, a gente nunca sabe quando um
vírus vai invadir o computador ou em qual momento ele vai decidir pifar.
Então, grave CD’s, DVD’s ou contrate um serviço de HD virtual/nuvem.
Coloque também na sua agenda: de quando em quando, fazer back-up.

74. Preguiça: como engatar a primeira
A tentação está sempre logo ali. Chove lá fora e a caminha está a poucos
passos, tão pertinho. Ou então, que tal emendar a aula de tênis com um
cafezinho, com um papo com os amigos? Quando você vê, sobraram pou-
cas horas para o trabalho. Uma vez no home office você pode fazer tudo
isso sim, mas quando realmente está com este tempo livre. Caso con-
trário, fique atento a essas dicas para não procrastinar:
a. Tenha uma rotina de trabalho.
b. Comece pela tarefa mais interessante.
c. Estipule metas e prazos.
d. Pergunte a si mesmo: o que eu quero ter cumprido até o final do dia?
e. Se auto-suborne: se eu completar essa tarefa eu vou poder...
f. T ransforme a tarefa em jogo: quantos desses eu consigo fazer em
meia hora?
g. U
se ditados populares e frases de incentivo: “Deus ajuda quem cedo
madruga”, “primeiro a obrigação, depois a diversão”, etc.
75. Sobretrabalho: sabendo a hora de frear

A maioria das empresas estabelece um horário de expediente, feriados e
férias a cada ano trabalhado. Porém, quando o escritório fica na sua casa, é
muito fácil cair na armadilha de não adotar as paradas dos escritórios tradi-
cionais e trabalhar 24 horas por dia, 7 dias na semana, 365 dias por ano.
Além de se tornar um sério candidato a queimar os miolos, você afetará tam-
bém sua vida pessoal. Muitas vezes até poderá ser desvalorizado por seu
cliente, uma vez que está muito disponível (ele não tem outros clientes?).
A solução está em estabelecer um expediente (e obedecê-lo), tirar pelo

menos um dia de folga na semana, não trabalhar em feriados, fazer diver-
sas pausas no decorrer do dia e separar bastante tempo para ficar com a
família.
Vale até criar hábitos que demarquem o início e fim do expediente (há
quem vá até o carro e bata a porta para marcar no cérebro que o trabalho
chegou ao fim).

Filhos na área
Fato comum é começar a trabalhar em casa e dividir espaço

e tempo com os filhos. Para a experiência não ser trau-
mática nem o escritório virar uma bagunça, as dicas deste
capítulo mostram como lidar com os filhos do home office.
76. Filhos no home office? Sem problemas!
O home office permite que você fique mais perto dos seus filhos. Isso não
quer dizer que você vai conseguir trabalhar com crianças brincando dentro
do seu escritório. Estabeleça limites, feche portas e contrate uma babá.
Caso contrário, não vai conseguir se concentrar ou se comunicar de forma
eficaz com seus clientes ou colegas.
77. Prepare o terreno

Ao trazer seu escritório para casa, provavelmente seus filhos vão estranhar
a mudança. Surgirão dúvidas e talvez até um pouco de insegurança. Tente
tranquilizá-los explicando seus motivos e as vantagens que todos ganha-
rão com a mudança. É normal que também confundam sua presença com
a disponibilidade para brincar. O segredo aqui é tentar convencê-los de
que o escritório em casa funciona da mesma maneira que o anterior, longe
de casa: é como se os pais não estivessem por perto. E que também por
este motivo, a babá está ali mesmo que os pais não tenham saído de casa.
78. Envolva seus filhos na causa

Explique que poderão ocorrer algumas mudanças na casa e que de ago-
ra em diante você vai precisar muito da ajuda deles. Seja para ceder um
quarto de brinquedos que vai virar escritório ou para juntar os brinque-
dos do chão, já que um cliente pode chegar a qualquer momento. De-
pendendo da idade das crianças, esta pode ser uma oportunidade para
assumirem responsabilidades extras, como fazer seu próprio lanche da
tarde uma vez ou outra (claro que tudo depende da idade). Comente
também sobre reuniões e como devem se comportar na presença de
clientes, fornecedores e colegas de trabalho.
79. Algumas regras para os filhos 

Se seus filhos já têm idade suficiente para entender e seguir regras, defina
uma lista curta, simples e clara de atitudes que você espera deles:
• Estabeleça em quais situações e horários é permitido ou não interromper.
Por exemplo: quando estiver ao telefone, é proibido interromper.

• Permita ser interrompido somente em caso de emergência, definindo
através de exemplos quais situações podem ser consideradas emergên-
cias e quais podem esperar para mais tarde.
• Crie uma sinalização para pendurar na porta do seu escritório indicando
que naquele momento não pode ser incomodado. Peça aos seus filhos
que ajudem a criar e desenhar a sinalização para envolvê-los ainda mais
no processo.
• Não permita que seus filhos atendam a linha do escritório ou a utilizem
para ligações pessoais. Eles deverão utilizar somente a linha telefônica
residencial.
80. Regras são regras

De nada adianta criar uma lista de regras e abrir exceções a todo momento.
Pode ser confuso para a criança saber quando a regra está valendo ou
não. E uma vez que se permite quebrar uma regra, é difícil voltar atrás.
Avise seus filhos que novas regras (ou adaptações complementares)

poderão ser estabelecidas e também deverão ser obedecidas. Regras po-
dem não funcionar tão bem com crianças pequenas, principalmente as
que não permitem interrupções. Neste caso, vale a pena mostrar alguma
flexibilidade e compreensão, e implementar as regras gradativamente.
81. Prepare-se para ser testado 

É grande a possibilidade de que as crianças – principalmente as mais
velhas – testem os limites do código de regras que você estabeleceu. Uma
vez que as regras já foram explicadas, entendidas e são justas para ambos
os lados, você tem argumentos para ser firme com a obediência do que foi
combinado.
Por outro lado, muita gente não consegue dizer “não” para os filhos. Ou
quando o fazem, trazem na voz um tom de conivência, que é percebido de
longe por qualquer criança. Se você realmente quer trabalhar de casa, é
crucial que aprenda a dizer “não” com firmeza para seus filhos, quando
isso for necessário.

82. Deixe a cabeça no escritório
Nos momentos em que estiver disponível para sua família, esteja 100%
presente. Procure não atender o telefone ou checar e-mails no smart-
phone. Caso contrário, vai ser difícil convencer seus filhos de que você dá
mais importância a eles do que ao trabalho. Além disso, eles podem acabar
associando trabalho a algo negativo, que disputa a atenção dos pais.
83. Envolva-se nas atividades dos seus filhos

Encaixe na sua agenda um tempinho para participar da rotina dos seus
filhos. Por exemplo: levar no treino de futebol ou buscar na escola. Pro-
grame com antecedência como e quando isso vai acontecer. E então,
aproveite sem culpa mais este privilégio que o home office pode oferecer.
84. Envolva seus filhos em suas atividades

Outra forma de passar mais tempo com seus filhos é levá-los com você
quando sai para rápidas atividades relacionadas ao trabalho: uma ida ao
banco ou à loja de materiais para escritório. De vez em quando deixe que
entrem em seu escritório e mostre algum projeto que está desenvolvendo.
Demonstre seu entusiasmo pelo que faz e permita que também sintam-se
parte do seu sucesso.
85. Cuidado com a culpa… 

É bem comum que pais que trabalham em casa sintam-se culpados por
não estarem com os filhos o tempo todo. Afinal de contas, eles estão bem
ali, na sala ao lado. Outro tipo de culpa é a de não estar trabalhando nos
momentos em que brincam com seus filhos.
Para lidar com estas culpas, tão contraditórias, procure conscientizar-se

do seguinte: 1. é com o dinheiro ganho no seu trabalho que você pode
prover o bem-estar dos seus filhos, e 2. ao trabalhar de casa você pre-
senteia seus filhos com uma quantidade e qualidade de tempo e diverti-
mento que eles não teriam se você trabalhasse em um escritório tradicio-
nal. E nesta equação entra também o tempo ganho por não precisar se
deslocar até o trabalho. Conclusão: relaxe, pois você tem crédito com seus
filhos e seus clientes.

86. Evite expor seus filhos a problemas corporativos
Os assuntos do escritório não devem – na medida do possível – invadir o
espaço da casa. Se seus filhos se mostram muito preocupados com fatos
que não pertencem à sua realidade infantil (o preço das coisas ou a falta
de dinheiro, por exemplo) ou se demonstram nervosismo quando os pais
discutem assuntos do trabalho, talvez estejam sendo prematuramente
imersos em um mundo de preocupações e aflições para os quais não têm
(e nem deveriam ter) estrutura. Fique atento aos temas.
87. Seus filhos são as crianças da casa

A disciplina dos seus filhos é essencial para o bom funcionamento do
home office. Mas também é importante levar em conta que esta é a única
infância que terão. Para não tirar a liberdade deles, invista em um isola-
mento acústico para permitir que brinquem sem se preocupar em fazer
barulho, sem perder a espontaneidade. Lembre-se de que antes de ser
escritório a sua casa é uma casa, um lar. E você não gostaria que tivessem
feito isso com você na sua infância, certo?

Caso Real: Filhos, filhos, negócios à parte
Você precisa entregar um trabalho com prazo super apertado e não
consegue se concentrar porque seu filho está na sala ao lado, pedin-
do atenção. Difícil, né? Difícil, porém bem comum. Quem tem filhos
e optou por trabalhar de casa precisa fazer alguns ajustes para con-
seguir dar conta das duas funções. Alessandra Okazaki, de Curiti-
ba (PR), é jornalista, mãe da Maria Luisa e encarou o desafio desde
o primeiro instante da maternidade. “Montei uma estrutura apropri-
ada, com escritório fechado com porta e não dispensei a ajuda da
empregada”, conta Alessandra. “A partir do momento que você de-
cide voltar a trabalhar, tem que se concentrar. Por mais que um filho
seja importante, não dá para deixar que qualquer tipo de interferên-
cia prejudique o trabalho”, explica a jornalista.
Unanimidade entre as mães entrevistadas pelo Go Home, e Alessan-

dra faz parte do coro, é que a hora em que a criança está dormindo
é um bom momento para trabalhar. Maggi Krause, também jor-
nalista, é mãe de dois meninos, mora em São Paulo (SP), e encon-
trou um meio para conseguir se concentrar no trabalho em casa.
“Mantive as crianças na escola em período extensivo, ou seja, quando
eles chegam (no final da tarde), eu costumo parar tudo e dar atenção
só pra eles. Se precisar, volto a trabalhar mais tarde, depois que eles
dormem”, conta Maggi.
As vantagens do home office para a relação mãe e filho também é

uma unanimidade entre as entrevistadas, mesmo para aquelas que
abriram mão de um salário maior. Alessandra confirma: “poder
acompanhar o desenvolvimento do seu filho, ganhar um sorriso mais
lindo do mundo nos intervalos – motivação total! – e ter a tranquili-
dade de saber que seu filho está sendo bem cuidado são as grandes
vantagens do home office”. Maggi ainda acrescenta: “agora tenho
um tempo maior dedicado aos meninos, não me canso tanto por
conta do trânsito (esse fator é bem pesado numa cidade como São
Paulo) e sinto mais prazer em meus projetos, o que acaba se refle-
tindo no relacionamento com a família”. Você pode conferir as entre-
vistas da Alessandra e da Maggi no www.gohome.com.br.

Uma casa mais
profissional
A aparência do seu home office diz muito sobre a seriedade

do seu trabalho. Veja neste capítulo como tornar seu es-
critório em casa ainda mais profissional.
88. Trabalhos domésticos e hobbies vs. trabalho
A hora de trabalhar é sagrada. Não é hora de trocar a lâmpada, sair para
comprar pão, navegar nas redes sociais ou checar sua página do Facebook.
Tem hora para tudo. Além de se convencer disso, avise também as outras
pessoas da casa (incluindo funcionários) para que fiquem cientes da nova
atitude. Depois do seu expediente, ou no intervalo, você cuida dessas outras
coisas. Mas para fazer o seu trabalho bem feito, conte com suas horas
produtivas, não perca o foco.
89. Copeira ou não copeira

Se você tem uma empregada ou diarista em casa, pode pedir para que ela lhe
dê uma ajuda no escritório, como copeira. De forma discreta, ela pode oferecer
um café ou água quando aparecer um cliente. Caso isso não seja possível,
deixe por perto uma bandeja com jarra de água, copos e guardanapo. Biscoi-
tos ou chocolates artesanais também demonstram atenção ao receber. E
uma máquina de café espresso não deixa de ser um mimo para você, seu
escritório e cliente. Se você dispõe de um espaço extra, também é bom pre-
ver um local para reuniões, para receber este tipo de visita profissional. Por
fim, atenção é bom, mas dispense formalidades que inibam sua visita.
90. Equipe interna

Se não for possível ter uma equipe de apoio à sua disposição, considere ao
menos a ideia de mostrar para a família (e quem trabalha na casa) como
atender os clientes. Quando um deles lhe telefona ou bate à porta de casa,
tem que ser recebido por todos de maneira profissional. A boa e velha eti-
queta é um bom começo. “Bom dia”, “fulano não está, mas posso anotar
o recado” e “obrigada” são alguns exemplos básicos de bom tratamento
ao cliente. Querendo ou não, todos ali acabam representando o seu es-
critório.
91. Prenda o Totó

Animais de estimação, mesmo que sejam mansos, devem ficar afastados
das visitas profissionais. Algumas pessoas temem cachorros, gatos e até

aves. Deixe os pets na parte “casa” do seu home office. Este contato muito
próximo com os bichos pode parecer falta de profissionalismo para alguns.
92. Mantenha a casa e o escritório limpos

Não é para ficar neurótico por limpeza (até mesmo porque isso consome
muito do seu precioso tempo), mas procure deixar o escritório (e a casa,
por consequência) sempre apresentáveis. Seu cliente pode associar a
falta de limpeza ao descaso com o trabalho. É como visitar a cozinha de
um restaurante. Aquele espaço pode dizer muito sobre todo o resto. Então,
mais uma vez, organização e limpeza são itens bem importantes. Veja se
a entrada da casa está limpa, a sala, corredor e escritório. Cheque por
onde o cliente pode passar e confira se tem pó, manchas, vidros sujos.
O seu local de trabalho também é um cartão de visita.
93. Mantenha um banheiro limpo para visitas

Nunca se sabe quando o cliente ou alguém importante para o seu negócio
vai precisar usar o banheiro. Às vezes pode ser aquela famosa passadinha
porque estava ali por perto e não tinha aonde ir. Ou até mesmo quando
você marca reunião no seu escritório. Um banheirinho limpo, com toalha
seca, um sabonete líquido, papel higiênico extra, etc., é um mimo a mais
para o cliente e também para você.
94. Evite (ou reduza) visitas de clientes

Se você acha que o seu home office não conta com uma estrutura ade-
quada para receber visitas de trabalho, acompanhe essas dicas:
a. Utilize serviços de coleta e entrega.
b. Marque reuniões no cliente (ou em um café, ou em um escritório com-
partilhado, do tipo coworking).
c. Priorize o contato por telefone e e-mail.
d. Alugue uma sala de reunião (em escritório virtual ou hotel).
O importante é você estar seguro ao tratar com o cliente.

95. Evite (ou reduza) visitas de parentes e vizinhos
Vale reforçar mais uma vez para parentes e amigos que você não está em
casa enquanto não acha nada melhor. Ali é o seu escritório oficial, local de
trabalho mesmo. Ok, vamos dar um desconto porque ali também é a sua
casa e as pessoas têm o direito de fazer um pouco de confusão. Mas cabe
a você delimitar o espaço e tempo destinado a isso.
96. Não descuide do visual

Quando você trabalha em um escritório formal, com chefia e colegas por
perto, acaba dando mais atenção ao visual. Não pense que por estar em
um escritório em casa pode adotar o moletom como uniforme oficial e
nem pentear mais o cabelo! Como já citamos em dicas anteriores, é pre-
ciso cuidar com a questão do profissionalismo e um visual descuidado
passa uma péssima impressão. Mantenha os cuidados básicos como a
barba feita, para os homens, e unhas e cabelo em dia, para as mulheres,
por exemplo. Se você começar a se descuidar, pode acabar deixando a
preguiça tomar conta da sua vida e aí já viu, o trabalho e até a vida pes-
soal ficam comprometidos.

Considerando
outras opções
Muitas vezes o escritório em casa que era sob medida para

o seu trabalho começa a ficar pequeno. É comum que a
equipe aumente, a empresa cresça ou que a atividade passe
a exigir uma estrutura maior. O que fazer?
97. Alugue um escritório virtual
Hoje podemos contar com diversos recursos para profissionalizar o home
office. Um deles é o escritório virtual, onde você pode contratar os ser-
viços de uma empresa que aluga toda a estrutura de escritório, com sala
de reuniões, equipamento, mobiliário, secretária, etc. Informe-se sobre
este serviço, que pode ser de grande ajuda se você trabalha de casa e
volta e meia precisa de um suporte maior.
98. Adote o coworking

Você não conseguiu se adaptar ao escritório em casa? Não se preocupe,
você não vai precisar voltar ao velho esquema do emprego anterior. Estão
surgindo locais de trabalho coletivo por todo o Brasil (coworking). Eles
oferecem a estrutura e você a utiliza sempre que precisar, pagando por hora,
semana ou mês. A diferença com o escritório virtual é que você interage
com pessoas de outras áreas (ou da sua mesmo). É uma nova formatação
que muitas vezes ajuda na realização do seu trabalho.
99. Decida como (ou se quer) crescer

Quando o negócio prospera e a home fica pequena para o office, é hora de
reavaliar escritório em casa. Pondere:
a. Contratar outros home-officers.
b. Alugar um escritório convencional, sem desmontar o seu em casa.
c. Terceirizar as atividades operacionais.
d. Mudar para uma casa maior (ou reformar a atual).
e. Alugar o imóvel vizinho ou outro apartamento no mesmo edifício.
f. Alugar um barracão ou espaço para estoque (se trabalha com produtos).
g. Aceitar que o home office foi uma ótima incubadora para sua ideia e dar o
passo seguinte. Várias grandes empresas começaram sua história assim.
h. Não crescer. Aumentar o preço dos serviços ou abrir mão de alguns clien-
tes, para poder manter a estrutura (e os benefícios) do home office.

Para lembrar
todos os dias

100. Divirta-se!
Aproveite o seu home office! Agora é hora de curtir esta conquista da sua
autonomia, do seu tempo, da sua carreira, de começar esta nova emprei-
tada com novo gás. Aproveite o seu espaço da melhor forma possível e
sinta-se inspirado para trabalhar! Boa sorte e Sucesso!

Links úteis
• DropBox - HD virtual gratuito (até 5MB): www.dropbox.com
• E-lance - Leilão de trabalhos freelance online: www.elance.com
• E-Mail Large File - Permite enviar arquivos pesados (até 150MB) na forma
de um link para download: www.emaillargefile.com
• Google Docs - Softwares online essenciais (processador de texto, planilhas,

apresentações, etc), gratuitos e compatíveis com o Office:
docs.google.com
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As 100 dicas do Home Office
Perdendo muito tempo no trânsito de casa até o
M
trabalho? Trabalhe de casa! E seja bem-vindo ao seuohnte o
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traba e e
lhar. Aqui você encontra qualidade de vida, produ- de c lhe
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tividade, flexibilidade e economia. Mais tempo para a
família, lazer e esportes. Um ambiente que tem a sua
cara, uma alimentação mais saudável e uma vida com muito menos
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traz 100 dicas básicas para montar e manter o seu home office de
forma produtiva e profissional. Saiba como preparar a família para a mu-
dança, estabelecer o local de trabalho e solucionar problemas comuns como
o isolamento profissional, a preguiça, ruídos domés-ticos, desorganização e a
proximidade da geladeira. Leve seu trabalho para casa, encare os desa-
fios e transforme sua vida.

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Prefácio de Jaime Lerner

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Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto nº 1.825 de 20/12/1907.

Autores: Marina Sell Brik e André Brik

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Brik, Marina Sell & Brik, André

1. Home Office 2. Escritório em casa 3. Trabalho em domicílio 4. Empre-

Índices para Catálogo Sistemático

2 As 100 dicas do Home Office

Aos clientes, por acreditarem que grandes trabalhos

4 As 100 dicas do Home Office

Prá começo de conversa

Como levar seu escritório para casa

Montando o seu Home Office

Dicas extras para autônomos e empresários

5 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

Evitando os erros de principiante

6 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

Uma casa mais profissional

Considerando outras opções

Para lembrar todos os dias

7 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

8 As 100 dicas do Home Office

Mudar nossos conceitos é fundamental. Morar perto do trabalho, usar

Simples, como toda boa ideia deve ser.

9 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

10 As 100 dicas do Home Office

Nos anos 50, no modernismo funcional, a dinâmica era simplificada: você

Em 1980, Alvin Toffler já profetizava em seu best seller “A terceira onda”

Se analisarmos a questão do deslocamento, da autonomia e qualidade de

Flexibilidade, ausência de engarrafamentos e ônibus lotados, mais tempo

11 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

Você consegue trabalhar de casa? Sua casa comporta um

2. Sua família tem o perfil?

O que funciona muito bem em alguns casos, depois da conversa, é trabalhar

13 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

Outro ponto fundamental é poder contar com silêncio para trabalhar. Se

14 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

O medo de perder os benefícios de assalariado e o temor da mu-

Pontos a favor do jornalista: ele é organizado com prazos, mora

15 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

A grande dúvida é saber como começar. Neste capítulo

O projeto também fez com que os gestores reavaliassem sua forma de

5. ...ou peça as contas e vire um empresário

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6. Antes de ir para casa, passe na empresa

7. Não bata portas

Ao pedir demissão, não crie um clima ruim, exponha a importância dos

8. Crie uma rede de contatos

18 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

10. Tome fôlego

11. Evite golpes e “esquemas”

19 As 100 dicas do Home Office www.gohome.com.br

• Procure se informar com conhecidos ou pessoas de confiança que traba-

O ideal é – antes de mais nada – conversar com um advogado de confiança.

12. Aprenda inglês e informática

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Agora que você vai trabalhar de casa, por onde começar?

14. Invista no ambiente

Fundamental também é pensar na sua atividade profissional, o que ela

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16. Evite improvisos de mobiliário

5. ...ou peça as contas e vire um empresário

• Procure se informar com conhecidos ou pessoas de confiança que traba-

a. Gaste menos do que ganha: para isso, é necessário saber quanto se

40. Home office não é centro de convivência familiar 

43. Acabe com o junk food da despensa e da geladeira

d. Visualize o melhor cenário. Cuidado para não ficar pensando só no pior.

c. Evite trabalhar pensando só na aposentadoria. Não adie suas férias

g. Pense na segurança: invista em segurança na casa e alarme monitorado.