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SEGUNDA AVALIAÇÃO
Cortes, aterros e locação.
Palmas-Tocantins
2022
Introdução
Para se ter uma maior compreensão do conceito estudado, faz-se necessário realizar
uma análise acerca de seu contexto histórico. Na antiguidade, a técnica de
terraplanagem já era utilizada há muitos séculos, pelos egípcios e babilônios, na
construção de canais de irrigação às margens dos rios Nilo e Eufrates. Como grande
exemplo de escavação e transporte dessa época temos a construção das pirâmides,
que transportaram milhares de metros cúbicos de rochas. Posteriormente, os
romanos, considerados por muitos os grandes engenheiros da Idade Antiga, e de
forma manual ou com o auxílio de animais que carregavam ou rebocavam
instrumentos rudimentares, executaram enormes e importantes serviços de terras,
estes fundamentais à construção de aquedutos e estradas, por exemplo.
A aplicação desta técnica permaneceu, sem modificações, até meados do século XIX,
com a utilização do instrumento denominado “pá de cavalo”, que constituía-se de
uma caçamba dotada de uma lâmina de corte, que escavava e transportava o material
através do reboque executado pela tração animal. Logo mais, a partir da segunda
metade do século XIX, com o surgimento da máquina a vapor, foram realizadas as
primeiras tentativas de utilização dessa inovação em conjunto com as técnicas de
terraplanagem, sendo que, no final do século já existiam escavadeiras providas de
“shovel”, que eram montadas em vagões e usadas na construção ferroviária.
Além disso, com o avanço da tecnologia a mão-de-obra foi se tornando cada vez
mais escassa, e por consequência mais cara, inviabilizando seu uso para grandes
construções, o que acarretou, logo, o baixo uso da terraplenagem manual atualmente.
Tal fato, segundo o estudo (apostila) acerca do tema, de autoria da professora Jisela
Aparecida Santanna Grecco, possibilitou o surgimento da terraplanagem mecanizada,
por consequência direta da escassez e encarecimento de mão-de-obra, e devido à
eficiência dos equipamentos, trazendo alta produtividade e com isso uma
concorrência no preço do serviço.
Desenvolvimento
No desenvolvimento científico “Manual prático de escavação - Terraplanagem e
escavação de rocha” a terraplanagem é definida como um conjunto de operações
necessárias à remoção do excesso de terra para locais onde esta esteja em falta, tendo
em vista um determinado projeto a ser implantado.
ESCAVAÇÃO:
A escavação é o processo empregado para romper a compacidade do solo em seu estado
natural, através do emprego de ferramentas cortantes, como a faca da lâmina ou os dentes da
caçamba de uma carregadeira, desagregando-o e tornando possível o seu manuseio.
CARGA:
A carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material
que já sofreu o processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado e o transporte na
movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.
TRANSPORTE:
Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carregado, isto é, a
caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em
que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra.
DESCARGA:
A descarga e o espalhamento constituem a execução do aterro propriamente dito. Quando as
especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro haverá, ainda,
a operação final de adensamento do solo até os índices mínimos estabelecidos.
Na execução dos serviços de terraplanagem várias máquinas são utilizadas, são elas:
Escavadeira
Pá Carregadeira
Rolo compactador
Motoniveladora
Caminhão basculante
Atualmente, existem dois tipos de processo que fazem parte da terraplanagem e têm a função
de nivelar e alinhar o solo na topografia desejada, são eles: os cortes e os aterros.
O corte e o aterro são etapas de terraplenagem, sendo o corte a retirada da terra excedente no
terreno, e o aterro a colocação dessa terra onde ela se encontra escassa. É possível a
necessidade de empréstimo de terra de locais próximos, para ocupar o espaço escasso,
possibilitando assim o nivelamento do local a ser pavimentado. Essa movimentação de terra
deve ser calculada de tal forma que as escavações e os volumes retirados sejam aproveitados
ao máximo, evitando assim o bota fora.
EXECUÇÃO - CORTES
Nas operações referentes a este serviço devem ser adotadas as seguintes medidas de proteção
ambiental:
● Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporar este excesso
ao corpo de aterros, serão feitos bota-foras. As áreas destinadas aos bota-foras serão
localizadas preferencialmente a jusante do terrapleno.
● Os taludes dos bota-foras deverão ter inclinação suficiente para evitar
escorregamentos.
● Os bota-foras deverão ser executados de forma a evitar que escoamento de águas
pluviais possam carregar o material depositado, transportando-o para os vales
causando assoreamento dos cursos d’água.
● Recomenda-se que, em havendo excesso de material de corte, procure-se executar
alargamentos de aterros (reduzindo a inclinação dos taludes, por exemplo) e até
construindo plataformas contínuas à estrada, que sirvam como áreas de
estacionamento e descanso para os usuários. No caso de bota fora com materiais de 3ª.
Categoria (rochoso) seu uso é possível e desejável como dissipadores de energia nas
áreas de descarga dos sistemas de drenagem.
● Quando economicamente viável, deverá ser feito revestimento vegetal dos bota-foras,
após sua conformação final, para serem incorporados à paisagem local.
● Evitar o quanto possível o trânsito dos equipamentos e veículos de serviço fora das
áreas de trabalho, principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico e/ou ecológico.
● O revestimento vegetal dos taludes, quando previstos, deverá ser executado
imediatamente após a execução do corte.
Nas operações referentes a este serviço devem ser adotadas as seguintes medidas de proteção
ambiental:
● A interligação das caixas de empréstimos que acumulam água tem sido prática
comum na mitigação dos efeitos sobre a drenagem. Contudo, há que se ter atenção
nos volumes d'água que acumulam e na velocidade que o escoamento pode atingir em
trechos longos. A prática pode, ao fim, apenas trocar o problema original por erosões
e ravinamentos de grande porte.
● As caixas devem ter suas bordas afastadas do off-set, evitando que se somem as
alturas dos taludes. Entre o pé do aterro e o bordo dos empréstimos, deve ser mantida
a vegetação natural.
● Os empréstimos que não puderem ser obtidos por alargamento de cortes devem ser
localizados de preferência em terrenos que possuam declividade suave, com o fundo
também em declive, facilitando o escoamento. Não devem ser obtidos materiais de
empréstimo em talvegues, prejudicando o escoamento natural. De preferência, as
caixas de empréstimo concentrado devem ter seus bordos afastados do talude da
rodovia e de outras benfeitorias vizinhas. Em áreas de solos muito suscetíveis à erosão
os empréstimos devem ser feitos longe da rodovia, conservando-se o terreno e a
vegetação natural numa faixa de, pelo menos, cinqüenta (50) metros de largura,
separando a estrada e a caixa.
● Procurar evitar a obtenção de empréstimos próximos a zonas urbanizadas, que
terminam sendo usadas como depósitos de lixo, retendo a drenagem e causando a
proliferação de insetos, roedores e répteis, além de contribuir com mau cheiro e afetar
o aspecto visual de toda a área. Tornam-se, como consequência, a causa da
degradação de uso de toda área, o foco de doenças infecciosas e, ainda, causam
transtornos e custos adicionais aos serviços de conservação rodoviária.
● desmatamento, destocamento e limpeza será feito dentro dos limites da área que será
escavada e o material retirado deverá ser estocado de forma que, após a exploração do
empréstimo, o solo orgânico possa ser espalhado na área escavada visando
reintegrá-la à paisagem.
● Não é permitida a queima da vegetação removida.
● Deve ser evitada a localização de empréstimo em áreas de boa aptidão agrícola.
● Evitar a localização de empréstimos em áreas de reservas florestais ou ecológicas, ou
mesmo nas proximidades, quando houver perigo de danos a estas áreas.
● As áreas de empréstimos, após a escavação, deverão ser reconformadas com
abrandamento de taludes, de modo a suavizar seus contornos e reincorporá-la ao
relevo natural. Esta operação deve ser realizada antes do espalhamento do solo
orgânico.
● Disciplinar o trânsito de equipamentos e veículos de serviço para evitar a formação de
trilhas desnecessárias e que acarretam a destruição da vegetação.
● As áreas de empréstimos deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o
acúmulo de águas.
EXECUÇÃO - ATERROS
● A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao
Executante e constantes das notas de serviço elaboradas de conformidade com o
projeto.
● A operação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento
e limpeza.
● Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas as obras-de-arte
correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica interceptada pelos mesmos,
salvo quando houver indicação contrária.
● É sempre aconselhável que, na construção de um aterro, seja lançada uma primeira
camada de material granular permeável, de espessura prevista em projeto, que
funcionará como dreno para as águas de infiltração no aterro.
● No caso de aterros totalmente assentes sobre encostas com inclinação transversal
acentuada, de acordo com o projeto, as encostas naturais deverão ser escarificadas
com um trator de lâmina, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível.
● Se a natureza do solo condicionar a adoção de medidas especiais, para a solidarização
de aterro ao terreno natural, a Fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao
longo da área a ser aterrada.
● O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas
sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e, em extensões tais, que permitam
seu umedecimento e compactação de acordo com o previsto nestas Especificações
Gerais. Para o corpo dos aterros, a espessura da camada compactada não deverá
ultrapassar de 0,30m. Para as camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar de
0,20m.
● Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo dos
aterros, deverão ser na umidade ótima, até se obter a massa específica aparente seca
correspondente a 95% da massa específica aparente máxima seca, do ensaio
DNER-ME 47-64. Para as camadas finais, aquela massa específica aparente seca deve
corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do referido ensaio.
Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação e máxima de
espessura, deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e
novamente compactados, até atingir a massa específica aparente seca exigida.
● No caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será procedida de
baixo para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificado em
projeto, poderá a execução ser feita por meio de arrasamento parcial do aterro
existente, até que o material escavado preencha a nova seção transversal,
complementando-se após, com material importado, toda a largura da referida seção
transversal. No caso de aterros em meia encosta, o terreno natural deverá ser também
escavado em degraus.
● A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos solos e as condições
locais, será fornecida pelo projeto.
● Para a construção de aterros assentes sobre terreno de fundação de baixa capacidade
de carga, o projeto deverá prever a solução e controle a ser seguido. No caso da
consolidação por adensamento da camada mole, será exigido o controle por medição
de recalques e, quando prevista, a observação da variação das pressões neutras. O
preparo da fundação, onde o emprego de equipamento convencional de
Terraplenagem não for possível, ou que as características da fundação exijam soluções
específicas, terão obrigatoriamente Projetos detalhados.
● Os aterros-barragens terão o seu projeto e construção fundamentados nas
considerações de problemas referentes à compactação de solos, estabilidade do
terreno de fundação, estabilidade dos taludes e percolação da água nos meios
permeáveis. Constarão especificamente do projeto.
● Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia admitir-se-á à execução de
aterros com o emprego da mesma, desde que haja conveniência, e a critério da
Fiscalização. Deverão ser atendidos requisitos visando ao dimensionamento da
espessura de camadas, regularização das mesmas, execução de leivas de contenção
sobre material terroso e a compactação das camadas de material terrosos subseqüentes
ao aterro em areia.
● A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua
conveniente drenagem e obras de proteção, com o objetivo de diminuir o efeito
erosivo da água, tudo de conformidade com o estabelecido no projeto.
● Havendo a possibilidade de solapamento da saia do aterro, em épocas chuvosas,
deverá ser providenciada a construção de enrocamento, no pé do aterro. Na execução
de banquetas laterais ou meios-fios, conjugados com sarjetas revestidas, desde que
previstas no projeto, as saídas de água serão convenientemente espaçadas e ancoradas
na banqueta e na saia do aterro. O detalhamento destas obras será apresentado no
projeto.
● Nos locais de travessia de cursos d’água ou passagens superiores todas as medidas de
precaução deverão ser tomadas a fim de que o método construtivo empregado na
construção dos aterros de acesso não origine movimentos ou tensões não previstas nos
cálculos das obras-de-arte.
● Os aterros de acesso próximos dos encontros de pontes, o enchimento de cavas de
fundações e das trincheiras de bueiros, bem como todas as áreas de difícil acesso ao
equipamento usual de compactação, serão compactados mediante o uso de
equipamento adequado, como soquetes manuais, sapos mecânicos, etc. A execução
será em camadas, nas mesmas condições de massa específica aparente seca e umidade
descritas para o corpo de aterros.
● Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa
conformação e permanente drenagem superficial.
LOCAÇÃO
A locação é um dos procedimentos iniciais em toda e qualquer obra. Se mostra como uma
etapa muito importante na execução, podendo acontecer em diversos momentos ao longo da
obra, baseia-se em transportar o projeto elaborado pelo engenheiro para o terreno, aderindo
assim todas as medidas impostas pelo profissional, como recuos, afastamentos, alicerces,
paredes e aberturas. Esta é uma etapa que traz consigo fundamental importância dentro da
construção, onde evidencia a total materialização do projeto. (SILVA, 2015).
Os diversos processos e métodos de locação de obras podem ser tomados como o primeiro
passo para uma boa execução das obras de engenharia e devem ser feitos com o maior rigor
possível. Para bons resultados na etapa de locação é primordial que as etapas anteriores,
como levantamentos topográficos, implantação de marcos e poligonais de apoio, elaboração
de projetos, entre outras, sejam feitas com o mesmo rigor. Isso resulta em trabalhos de
qualidade e obras bem executadas.
Existem diversas maneiras de se fazer a locação, sendo esta uma escolha que depende das
especificidades de cada obra. Algumas delas são muito simples e não dependem de
equipamentos, onde com simples fios de nylon, estacas e trena, podem ser atendidas as
necessidades da obra. Porém, para grandes obras o volume de trabalho e as suas
peculiaridades obrigam o uso de meios mais avançados, como a topografia. Assim, pode-se
dizer que a topografia tem grande importância para os projetos e obras, desde sua concepção
até sua execução propriamente dita. Nos trabalhos de locação a topografia é amplamente
empregada, colaborando para resultados confiáveis e precisos.
GABARITO
Devem ser estabelecidos um ou mais níveis de referência, que serão marcados no gabarito
para que sejam pregados os sarrafos na posição horizontal, criando uma “superfície” nivelada
de base. Este nível de referência pode ser demarcado nas estacas por uma série de maneiras.
Uma delas, talvez a mais simples, seja através do nivelamento de mangueira.
O nivelamento de mangueira funciona pelo princípio dos vasos comunicantes, sendo usada
uma mangueira transparente adequadamente cheia com água, de modo a sair todo o ar,
possibilitando transferir o nível do ponto de referência para os demais. Também podem ser
utilizados os níveis laser, que uma vez posicionados em um ponto estratégico da área,
projetam seu lazer nas estacas e o nível pode ser marcado nas mesmas. Ainda se tem a opção
dos equipamentos topográficos, podendo ser um teodolito, nível óptico ou uma estação total,
que são específicos para esse tipo de serviço. Marcado o nível de referência nas estacas,
procede-se a fixação das réguas horizontais, materializando uma superfície estável e nivelada.
A fixação é feita pregando-se as réguas nos pontaletes verticais de maneira que fiquem bem
firmes. Concluída essa montagem inicial, é importante que se proceda uma conferência do
nível em algumas partes do gabarito, por exemplo suas arestas, e então faça-se um
contraventamento, para garantir a posição final durante todo o período de locação da obra
Os pregos são para fixação de fios de nylon ou arame e orientação das posições de vigas e
paredes, tendo os mesmos tamanho adequados para que sejam cravados no gabarito de forma
segura e fiquem visíveis, podendo se fazer o uso de pelo menos dois tamanhos de pregos, um
maior para marcação dos eixos e um menor para marcação de cada uma das faces da parede
ou viga.
Geralmente, o gabarito é feito pelo mestre de obra, carpinteiros e pedreiros, tendo que ser
estabelecidos um ou mais níveis de referência, mantendo a horizontalidade do gabarito, sendo
possível apenas com o uso da técnica de nivelamento com mangueira e o auxílio do nível de
bolha. Marcado o nível de referência nas estacas, procede-se a fixação das réguas horizontais,
materializando uma superfície estável e nivelada. A altura do gabarito geralmente é de 60 cm
acima do nível do solo e em terrenos com um grande desnível, toda vez que o gabarito atinja
uma altura de 1,50 m em relação ao solo deve ser fazer o rebaixo do gabarito novamente para
altura inicial em relação ao solo.
Côrrea (2006) ressalta que a confecção do gabarito deverá estar cerca de 1,50 metros afastada
da área real da construção, permitindo a passagem dos trabalhadores e das máquinas
bate-estacas. Para a locação da armação do gabarito devem ser cravadas estacas de madeira
3"x3"in loco. devendo estar 0,60 metros abaixo do solo para uma fixação ideal e com
espaçamento de 2,50 metros, assim obtendo resistência nos vãos das tábuas a serem pregadas
Azeredo (1997), expõe que este método de locação de convencional é aquele executado com
auxílio de uma trena de aço, prumo de centro, marreta, piquete e linha. O método mais
utilizado e seguro são por tábuas corridas, onde as marcações realizadas mantêm-se por um
período de tempo maior, ficando disponível a conferência para o profissional encarregado
durante o progresso da obra (MILITO 2009).
A locação de uma obra por equipamento topográfico, normalmente é provida do uso de uma
estação total, que se constitui de uma luneta com facilidade de movimentos horizontais e
verticais, dois discos graduados, sendo um aparelho totalmente eletrônico e o outro digital,
capaz de fazer cálculos de distâncias e armazenar dados que podem ser facilmente repassados
a um computador, podendo assim elaborar cálculos e projetos supremos (DAIBERT, 2014).
Conforme Coelho Junior et al (2014), para se iniciar o devido procedimento com o aparelho
topográfico, se faz necessário a obtenção de um ponto base, dotado de um piquete ou prego
como referência, onde a estação ocupada estará como suporte acima de um tripé de alumínio,
para sua melhor orientação e no sistema de coordenadas servindo como norteamento é
localizado um ponto conhecido, chamado de RÉ, onde com o prisma em 9 conjunto com um
bastão provido de bolha de nível é aprumado em um local de coordenada conhecida (X,Y,Z),
podendo ser executado também o procedimento de zerar o aparelho, atribuindo o azimute =
0° ou um valor de azimute verdadeiro e conhecido.
Após a execução do procedimento acima citado, o profissional estará livre para realizar as
medições, gravar e locar qualquer ponto de sua escolha dentro da obra, e se acaso houver a
necessidade de mudança de estação devido há algum obstáculo a frente, se faz por necessário
o reconhecimento de dois pontos já medidos pelo aparelho. É de suma importância também
levar em conta o valor do azimute apenas para a primeira estação base, após isso nas demais
estações é aderido os valores já obtidos e incluído as suas coordenadas (COELHO JUNIOR
et al., 2014).
Afirma Silva (2015), que a estação total no trabalho de locação repassa os pontos a serem
demarcados na obra por meio de ângulos e distâncias ou coordenadas. A estação total por ser
definida como a combinação de um teodolito, medidor de distância, e um microprocessador
que mede e calcula essas grandezas já dando seu resultado em um visor (tela). O instrumento
calcula através da posição do prisma, a magnitude e a direção onde o mesmo se encontra,
assim captando o local desejado.
A operação da estação em campo será feita em base nas duas seguintes etapas: alinhamento
do ângulo horizontal até zero, partindo de um ponto base conhecido com as devidas
coordenadas salvas na estação total, ou seja, o ângulo horizontal será zero partindo de um
ponto conhecido, assim estabelecendo o alinhamento do ponto que será demarcado e a
distância da estação total até o prisma refletor, que é uma etapa que necessita de muito
sincronismo entre o operador da estação e o operador do bastão portador do prisma, que com
o 10 clique “distance” no microprocessador da estação será dada a distância entre a mesma e
o prisma, sendo que se a distância em tela for negativa, o operador do prisma deverá
afastar-se da estação e se for positiva, aproximar-se. Esta é uma etapa que requer muita
paciência, pois poderá ser feita inúmeras tentativas até se alcançar o ponto desejado. (SILVA,
2015
Ilustração de como é feita a locação planimétrica de um Estação total sobre tripé de alumínio
determinado ponto, utilizando uma estação total
CONCLUSÃO:
Portanto, com a revisão bibliográfica fica ainda mais evidente a importância que tem o
projeto de terraplanagem e todos os outros que engloba, como o corte, aterro e até mesmo a
locação. A terraplanagem é de extrema importância para construção civil, pois ela é a base da
maioria das obras. Por mais que pareça simples, a técnica é primordial para uma obra ser
iniciada, além de que, se feita sem a supervisão de bons profissionais, problemas como
erosão e deslizamento de terra podem aparecer futuramente e causar prejuízo tanto financeiro
como para a saúde.
Os cortes e os aterros devem ser feitos com cuidado e muito estudo para saber que tipo de
solo irá se encontrar em determinado lugar, além disso, precisam seguir todas as normas
necessárias para não causar acidentes. Vale ressaltar que para esses trabalhos deve-se usar
equipamentos bons e traçar projetos que danifiquem menos o meio ambiente, já que a
construção civil é uma das áreas que mais polui o planeta.
E por fim, uma das partes mais essenciais da obra é a locação, que é o processo de
transferência da planta baixa do projeto para o terreno, podendo ser feita pelo método
convencional que são os gabaritos e tem o método dos equipamentos que pode ser feita pelo
teodolito e por medidor de distâncias. Nessa etapa se deve muita dedicação, e tem que ser
feita depois de todo o processo de terraplanagem, sempre respeitando o ângulo de 90 graus,
pois qualquer erro pode afetar toda a construção, exigindo que o solo esteja limpo e na
topografia solicitada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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