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INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS-IFTO

CLEICIELE MARTINS ALVES

SEGUNDA AVALIAÇÃO
Cortes, aterros e locação.

Palmas-Tocantins
2022
Introdução

A princípio, antes de explicar o que é corte e aterro, é necessário entender o conceito


de terraplanagem ou movimentação do solo, visto que trata-se de uma etapa
extremamente necessária na construção de edifícios, estradas ou, até mesmo, para
evitar possíveis acidentes com o solo. Define-se terraplanagem como o conjunto de
operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação e acabamento, e
tem a finalidade de passar o terreno do seu estado natural para a topografia desejada.

Para se ter uma maior compreensão do conceito estudado, faz-se necessário realizar
uma análise acerca de seu contexto histórico. Na antiguidade, a técnica de
terraplanagem já era utilizada há muitos séculos, pelos egípcios e babilônios, na
construção de canais de irrigação às margens dos rios Nilo e Eufrates. Como grande
exemplo de escavação e transporte dessa época temos a construção das pirâmides,
que transportaram milhares de metros cúbicos de rochas. Posteriormente, os
romanos, considerados por muitos os grandes engenheiros da Idade Antiga, e de
forma manual ou com o auxílio de animais que carregavam ou rebocavam
instrumentos rudimentares, executaram enormes e importantes serviços de terras,
estes fundamentais à construção de aquedutos e estradas, por exemplo.

A aplicação desta técnica permaneceu, sem modificações, até meados do século XIX,
com a utilização do instrumento denominado “pá de cavalo”, que constituía-se de
uma caçamba dotada de uma lâmina de corte, que escavava e transportava o material
através do reboque executado pela tração animal. Logo mais, a partir da segunda
metade do século XIX, com o surgimento da máquina a vapor, foram realizadas as
primeiras tentativas de utilização dessa inovação em conjunto com as técnicas de
terraplanagem, sendo que, no final do século já existiam escavadeiras providas de
“shovel”, que eram montadas em vagões e usadas na construção ferroviária.

Além disso, com o avanço da tecnologia a mão-de-obra foi se tornando cada vez
mais escassa, e por consequência mais cara, inviabilizando seu uso para grandes
construções, o que acarretou, logo, o baixo uso da terraplenagem manual atualmente.
Tal fato, segundo o estudo (apostila) acerca do tema, de autoria da professora Jisela
Aparecida Santanna Grecco, possibilitou o surgimento da terraplanagem mecanizada,
por consequência direta da escassez e encarecimento de mão-de-obra, e devido à
eficiência dos equipamentos, trazendo alta produtividade e com isso uma
concorrência no preço do serviço.

Dessa forma, nota-se que a terraplanagem é um processo fundamental e de extrema


importância na construção civil, pois além de preparar o terreno e ter a função de
nivelá-lo e alinhá-lo, a fim de obter no final uma topográfica desejada, não é possível
executar pavimentação e edificação de grandes obras sem a execução dessa etapa.
Além disso, a terraplanagem reduz o valor necessário para construir imóveis,
permitindo que áreas que seriam ignoradas agora sejam utilizadas e desempenhem
um importante papel na segurança de toda a área, podendo ainda ser utilizada para a
construção de barragens, estradas, ruas, valas entre outros, oferecendo uma maior
liberdade para que o trabalho possa ser realizado com facilidade e da maneira como
foi planejado.

Desenvolvimento
No desenvolvimento científico “Manual prático de escavação - Terraplanagem e
escavação de rocha” a terraplanagem é definida como um conjunto de operações
necessárias à remoção do excesso de terra para locais onde esta esteja em falta, tendo
em vista um determinado projeto a ser implantado.

O movimento de terras apresenta quatro operações básicas: escavação, carga do


material escavado, transporte e a descarga e espalhamento.

ESCAVAÇÃO:
A escavação é o processo empregado para romper a compacidade do solo em seu estado
natural, através do emprego de ferramentas cortantes, como a faca da lâmina ou os dentes da
caçamba de uma carregadeira, desagregando-o e tornando possível o seu manuseio.

CARGA:
A carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material
que já sofreu o processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado e o transporte na
movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.

TRANSPORTE:
Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carregado, isto é, a
caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em
que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra.
DESCARGA:
A descarga e o espalhamento constituem a execução do aterro propriamente dito. Quando as
especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro haverá, ainda,
a operação final de adensamento do solo até os índices mínimos estabelecidos.

Na execução dos serviços de terraplanagem várias máquinas são utilizadas, são elas:

Escavadeira

É um dos mais importantes equipamentos para a


construção civil. Ela é utilizada principalmente para
executar a escavação no solo e o corte de material.
Além disso, possui a capacidade de carregar os
caminhões basculantes que farão o transporte do
solo.

Pá Carregadeira

Este equipamento é utilizado para nivelar os terrenos.


Também faz a remoção do solo quando houver
excessos de terra em determinados pontos da obra.
Outro ponto positivo desta máquina é que ela pode
carregar diversos tipos de materiais encontrados no
canteiro de obra.
Retroescavadeira

Ela é comumente caracterizada pela construção civil como


uma fusão entre a escavadeira e a pá carregadeira. Em sua
parte dianteira, ficam acopladas uma pá e uma lança, além
de possuir uma caçamba na parte traseira. Recomendada
para escavações de grande porte, pode movimentar
materiais de diversos tipos, nivelar o solo e também
realizar a terraplenagem.

Rolo compactador

O rolo compactador tem como principal função compactar


o solo ou camadas de construção. Eles funcionam com
força mecânica, reduzindo ao máximo as partículas do solo
e fazendo o seu reagrupamento. Assim, conseguem
preencher os vazios do terreno e aumentar a capacidade de
suporte. Tudo isso colabora com o projeto, evitando
depressões e irregularidades.

Motoniveladora

Utilizada para cortar ou aterrar subleitos, sub-bases e bases


de acordo com as estacas de marcação topográfica.
Ela também é bastante utilizada para corrigir
irregularidades do terreno, fazer espalhamento e
nivelamento do material de aterro. Também é capaz de
espalhar ou cortar grandes volumes de material.

Caminhão basculante

Equipamento padrão para transportar o solo para


outras localidades. Para a colocação do material na
caçamba é preciso a utilização de outros
equipamentos, no entanto o processo de descarga é
simples e eficiente.
Sapo mecânico

É uma máquina utilizada para adensamento de terra,


areia ou outros tipos de solo para estabilizar todo o
terreno que recebe uma estrutura em construção.
Podem ser utilizados em obras de fundação, aterros,
áreas grandes que receberão um piso, valas, entre
outros.

Atualmente, existem dois tipos de processo que fazem parte da terraplanagem e têm a função
de nivelar e alinhar o solo na topografia desejada, são eles: os cortes e os aterros.

O corte e o aterro são etapas de terraplenagem, sendo o corte a retirada da terra excedente no
terreno, e o aterro a colocação dessa terra onde ela se encontra escassa. É possível a
necessidade de empréstimo de terra de locais próximos, para ocupar o espaço escasso,
possibilitando assim o nivelamento do local a ser pavimentado. Essa movimentação de terra
deve ser calculada de tal forma que as escavações e os volumes retirados sejam aproveitados
ao máximo, evitando assim o bota fora.

CORTES (ESCAVAÇÃO DE MATERIAIS) - é a remoção de solo ou rocha mediante


escavação, com a finalidade de regularizar o terreno (aplainamento) ou para se atingir uma
cota inferior;
Com relação aos cortes, sempre é necessário prestar atenção no fator de empolamento. O
empolamento representa o aumento de volume de um material após ter sido retirado do seu
estado natural. Esse é um elemento fundamental no cálculo de transporte de materiais

As operações de cortes compreendem:

● Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide da


terraplenagem, indicado no projeto.
● Escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno natural, em
espessuras abaixo do greide da terraplenagem, conforme indicações do projeto,
complementadas por observações da Fiscalização durante a execução dos serviços.
● Transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-foras.
● Retirada das camadas de má qualidade visando ao preparo das fundações de aterro. O
volume a ser retirado constará do projeto. Esses materiais serão transportados para
locais previamente indicados de modo que não causem transtorno à obra, em caráter
temporário ou definitivo.
● As escavações destinadas à alteração dos cursos d’água, objetivando eliminar
travessias ou fazer com que as mesmas se processem em locais mais convenientes –
corta-rios – deverão ser executados em conformidade com o projeto e com esta
Especificação.
● As escavações destinadas a degraus ou arrasamentos nos alargamentos de aterros.

Os materiais ocorrentes nos cortes serão classificados de conformidade com as seguintes


definições.

● Materiais de 1ª Categoria: Compreendem solos em geral, residual ou sedimentar,


seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15m, qualquer que seja o
teor de umidade que apresentem.
● Materiais de 2ª Categoria: Compreendem os materiais com resistência ao desmonte
mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação
de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente. A extração eventualmente poderá envolver o uso de explosivos ou
processos manuais adequados. Estão incluídos nesta classificação os blocos ou pedras
de rocha, de volume inferior a 2m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio
compreendido entre 0,15m e 1,00m.
● Materiais de 3ª Categoria: Compreendem os materiais com resistência ao desmonte
mecânico equivalente à da rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro
superior a 1,00m, ou de volume igual ou superior a 2m³ cuja extração e redução, a fim
de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de
explosivos. A escavação de cortes será executada mediante a utilização racional de
equipamento adequado, que possibilite a execução dos serviços sob as condições
especificadas e produtividade requerida.

EXECUÇÃO - CORTES

● Escavação de cortes subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao executante


e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto.
● A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento
e limpeza.
● O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização
adequada, ou rejeição dos materiais que, pela classificação e caracterização efetuadas
nos cortes, sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em
conformidade com o projeto.
● Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos
cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o
depósito dos referidos materiais, para sua oportuna utilização.
● Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a Juízo da
Fiscalização, as massas em excesso que resultam em bota-foras, poderão ser
integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos
taludes e bermas de equilíbrio. A referida operação deverá ser efetuada desde a etapa
inicial da construção do aterro.
● As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado no parágrafo anterior
será objeto de remoção, de modo a não constituírem ameaça à estabilidade da rodovia,
e nem prejudicarem o aspecto paisagístico, normas de proteção ambiental.
● Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada ocorrência de rocha sã ou
em decomposição, ou de solos de expansão maior que 2%, baixa capacidade de
suporte ou solos orgânicos, promover-se-á rebaixamento, respectivamente, da ordem
de 0,40m e 0,60m, procedendo-se a execução de novas camadas, constituídas de
materiais selecionados, os quais serão objeto de fixação nas Especificações
Complementares.
● Os taludes dos cortes deverão apresentar, após a operação de terraplenagem, a
inclinação indicada no projeto, para cuja definição foram consideradas as indicações
provenientes das investigações geológicas e geotécnicas. Qualquer alteração posterior
da inclinação, só será efetivada, caso o controle tecnológico, durante a execução, a
fundamentar. Os taludes deverão apresentar desempenada a superfície obtida pela
normal utilização do equipamento de escavação. Não será permitida a presença de
blocos de rocha nos taludes, que possam colocar em risco a segurança do trânsito.
● Nos pontos de passagem de corte para aterro, onde o terreno apresenta-se com
inclinações acentuadas (φ > 25º ), a Fiscalização deverá exigir a escavação de degraus
com a finalidade de assegurar a junção dos maciços, evitando-se assim futuros
recalques diferenciais.
● Nos cortes em que vierem ocorrer instabilidade, no decorrer da execução da obra,
deverão ser estudadas soluções específicas.
● As valetas de proteção dos cortes serão executadas, independente de demais obras de
proteção projetadas e implantadas concomitantemente com a terraplenagem do corte
em execução, sendo de 3,00m o afastamento mínimo do off-set para sua implantação.
● As obras específicas de proteção de taludes, objetivando sua estabilidade, serão
executadas em conformidade com estas Especificações Gerais. As obras de proteção
recomendadas excepcionalmente serão objeto de projetos específicos.
● Os sistemas de drenagem superficial e profunda dos cortes serão executados em
conformidade com as indicações constantes destas Especificações Gerais.
● O alargamento de cortes existentes, deverão ser projetados, considerando a largura
máxima igual ao menor equipamento exigido contratualmente.
● Na eventual necessidade de alargamento de corte o projeto deverá estabelecer seus
parâmetros de conveniência técnico-econômica, a fim de propiciar a sua execução
simultânea à do corte.

MANEJO AMBIENTAL - CORTES

Nas operações referentes a este serviço devem ser adotadas as seguintes medidas de proteção
ambiental:
● Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporar este excesso
ao corpo de aterros, serão feitos bota-foras. As áreas destinadas aos bota-foras serão
localizadas preferencialmente a jusante do terrapleno.
● Os taludes dos bota-foras deverão ter inclinação suficiente para evitar
escorregamentos.
● Os bota-foras deverão ser executados de forma a evitar que escoamento de águas
pluviais possam carregar o material depositado, transportando-o para os vales
causando assoreamento dos cursos d’água.
● Recomenda-se que, em havendo excesso de material de corte, procure-se executar
alargamentos de aterros (reduzindo a inclinação dos taludes, por exemplo) e até
construindo plataformas contínuas à estrada, que sirvam como áreas de
estacionamento e descanso para os usuários. No caso de bota fora com materiais de 3ª.
Categoria (rochoso) seu uso é possível e desejável como dissipadores de energia nas
áreas de descarga dos sistemas de drenagem.
● Quando economicamente viável, deverá ser feito revestimento vegetal dos bota-foras,
após sua conformação final, para serem incorporados à paisagem local.
● Evitar o quanto possível o trânsito dos equipamentos e veículos de serviço fora das
áreas de trabalho, principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico e/ou ecológico.
● O revestimento vegetal dos taludes, quando previstos, deverá ser executado
imediatamente após a execução do corte.

EMPRÉSTIMO - Empréstimos são escavações realizadas com intuito de obter o material


necessário para o aterro de determinada área. Este procedimento é necessário para o
nivelamento de terrenos que precisam ser levantados, de certa maneira que o material
fornecido pelo corte não é suficiente. Os empréstimos destinam-se a prover ou complementar
o volume necessário à constituição dos aterros por insuficiência do volume dos cortes, por
motivos de ordem tecnológica de seleção de materiais ou razões de ordem econômica.
EXECUÇÃO - EMPRÉSTIMO

● Atendidas as condições do projeto, os empréstimos terão seu aproveitamento


dependente da ocorrência de materiais adequados e respectiva exploração em
condições econômicas, mediante autorização da Fiscalização.
● Sempre que possível, deverão ser executados empréstimos contíguos ao corpo
estradal, resultando sua escavação em alargamento dos cortes.
● Os empréstimos em alargamento de corte deverão, preferencialmente, atingir a cota
do greide, não sendo permitida em qualquer fase da execução a condução de águas
pluviais para a plataforma da rodovia.
● Nos trechos em curva, sempre que possível, os empréstimos situar-se-ão no lado
interno desta.
● Os empréstimos não decorrentes de alargamento de cortes, quando no interior da faixa
de domínio, devem situar-se de modo a não interferir no aspecto paisagístico da
região.
● Quando destinados a trechos construídos em greide elevado, os bordos internos das
caixas de empréstimos deverão localizar-se à distância mínima de 5,00m do pé do
aterro.
● Entre o bordo externo das caixas de empréstimos e o limite da faixa de domínio,
deverá ser mantida sem exploração uma faixa de 3,00m de largura, a fim de permitir a
implantação da vedação delimitadora. No caso de caixas de empréstimos definidos
como alargamento de cortes, esta faixa deverá ter largura mínima de 3,00m, com a
finalidade de permitir também a implantação da valeta de proteção.
● Constatada a conveniência técnica e econômica da reserva de materiais escavados nos
empréstimos para confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o
depósito dos referidos materiais para sua oportuna utilização.
● A escavação será procedida da execução dos serviços de desmatamento e limpeza da
área do empréstimo.
● O acabamento dos bordos da caixa de empréstimos deverá ser executado sob taludes
estáveis.

MANEJO AMBIENTAL - EMPRÉSTIMO

Nas operações referentes a este serviço devem ser adotadas as seguintes medidas de proteção
ambiental:

● A interligação das caixas de empréstimos que acumulam água tem sido prática
comum na mitigação dos efeitos sobre a drenagem. Contudo, há que se ter atenção
nos volumes d'água que acumulam e na velocidade que o escoamento pode atingir em
trechos longos. A prática pode, ao fim, apenas trocar o problema original por erosões
e ravinamentos de grande porte.
● As caixas devem ter suas bordas afastadas do off-set, evitando que se somem as
alturas dos taludes. Entre o pé do aterro e o bordo dos empréstimos, deve ser mantida
a vegetação natural.
● Os empréstimos que não puderem ser obtidos por alargamento de cortes devem ser
localizados de preferência em terrenos que possuam declividade suave, com o fundo
também em declive, facilitando o escoamento. Não devem ser obtidos materiais de
empréstimo em talvegues, prejudicando o escoamento natural. De preferência, as
caixas de empréstimo concentrado devem ter seus bordos afastados do talude da
rodovia e de outras benfeitorias vizinhas. Em áreas de solos muito suscetíveis à erosão
os empréstimos devem ser feitos longe da rodovia, conservando-se o terreno e a
vegetação natural numa faixa de, pelo menos, cinqüenta (50) metros de largura,
separando a estrada e a caixa.
● Procurar evitar a obtenção de empréstimos próximos a zonas urbanizadas, que
terminam sendo usadas como depósitos de lixo, retendo a drenagem e causando a
proliferação de insetos, roedores e répteis, além de contribuir com mau cheiro e afetar
o aspecto visual de toda a área. Tornam-se, como consequência, a causa da
degradação de uso de toda área, o foco de doenças infecciosas e, ainda, causam
transtornos e custos adicionais aos serviços de conservação rodoviária.
● desmatamento, destocamento e limpeza será feito dentro dos limites da área que será
escavada e o material retirado deverá ser estocado de forma que, após a exploração do
empréstimo, o solo orgânico possa ser espalhado na área escavada visando
reintegrá-la à paisagem.
● Não é permitida a queima da vegetação removida.
● Deve ser evitada a localização de empréstimo em áreas de boa aptidão agrícola.
● Evitar a localização de empréstimos em áreas de reservas florestais ou ecológicas, ou
mesmo nas proximidades, quando houver perigo de danos a estas áreas.
● As áreas de empréstimos, após a escavação, deverão ser reconformadas com
abrandamento de taludes, de modo a suavizar seus contornos e reincorporá-la ao
relevo natural. Esta operação deve ser realizada antes do espalhamento do solo
orgânico.
● Disciplinar o trânsito de equipamentos e veículos de serviço para evitar a formação de
trilhas desnecessárias e que acarretam a destruição da vegetação.
● As áreas de empréstimos deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o
acúmulo de águas.

ATERROS (DEPOSIÇÃO E COMPACTAÇÃO DE MATERIAIS ESCAVADOS) - É o


ato de colocar terra e materiais para preencher e elevar o terreno, ou seja, é quando há um
depósito de material, geralmente de terra ou cascalho oriundos do corte, em um terreno, com
o objetivo de aumentar o material da base para atingir determinado nível.

EXECUÇÃO - ATERROS
● A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao
Executante e constantes das notas de serviço elaboradas de conformidade com o
projeto.
● A operação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento
e limpeza.
● Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas as obras-de-arte
correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica interceptada pelos mesmos,
salvo quando houver indicação contrária.
● É sempre aconselhável que, na construção de um aterro, seja lançada uma primeira
camada de material granular permeável, de espessura prevista em projeto, que
funcionará como dreno para as águas de infiltração no aterro.
● No caso de aterros totalmente assentes sobre encostas com inclinação transversal
acentuada, de acordo com o projeto, as encostas naturais deverão ser escarificadas
com um trator de lâmina, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível.
● Se a natureza do solo condicionar a adoção de medidas especiais, para a solidarização
de aterro ao terreno natural, a Fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao
longo da área a ser aterrada.
● O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas
sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e, em extensões tais, que permitam
seu umedecimento e compactação de acordo com o previsto nestas Especificações
Gerais. Para o corpo dos aterros, a espessura da camada compactada não deverá
ultrapassar de 0,30m. Para as camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar de
0,20m.
● Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo dos
aterros, deverão ser na umidade ótima, até se obter a massa específica aparente seca
correspondente a 95% da massa específica aparente máxima seca, do ensaio
DNER-ME 47-64. Para as camadas finais, aquela massa específica aparente seca deve
corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do referido ensaio.
Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação e máxima de
espessura, deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e
novamente compactados, até atingir a massa específica aparente seca exigida.
● No caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será procedida de
baixo para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificado em
projeto, poderá a execução ser feita por meio de arrasamento parcial do aterro
existente, até que o material escavado preencha a nova seção transversal,
complementando-se após, com material importado, toda a largura da referida seção
transversal. No caso de aterros em meia encosta, o terreno natural deverá ser também
escavado em degraus.
● A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos solos e as condições
locais, será fornecida pelo projeto.
● Para a construção de aterros assentes sobre terreno de fundação de baixa capacidade
de carga, o projeto deverá prever a solução e controle a ser seguido. No caso da
consolidação por adensamento da camada mole, será exigido o controle por medição
de recalques e, quando prevista, a observação da variação das pressões neutras. O
preparo da fundação, onde o emprego de equipamento convencional de
Terraplenagem não for possível, ou que as características da fundação exijam soluções
específicas, terão obrigatoriamente Projetos detalhados.
● Os aterros-barragens terão o seu projeto e construção fundamentados nas
considerações de problemas referentes à compactação de solos, estabilidade do
terreno de fundação, estabilidade dos taludes e percolação da água nos meios
permeáveis. Constarão especificamente do projeto.
● Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia admitir-se-á à execução de
aterros com o emprego da mesma, desde que haja conveniência, e a critério da
Fiscalização. Deverão ser atendidos requisitos visando ao dimensionamento da
espessura de camadas, regularização das mesmas, execução de leivas de contenção
sobre material terroso e a compactação das camadas de material terrosos subseqüentes
ao aterro em areia.
● A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua
conveniente drenagem e obras de proteção, com o objetivo de diminuir o efeito
erosivo da água, tudo de conformidade com o estabelecido no projeto.
● Havendo a possibilidade de solapamento da saia do aterro, em épocas chuvosas,
deverá ser providenciada a construção de enrocamento, no pé do aterro. Na execução
de banquetas laterais ou meios-fios, conjugados com sarjetas revestidas, desde que
previstas no projeto, as saídas de água serão convenientemente espaçadas e ancoradas
na banqueta e na saia do aterro. O detalhamento destas obras será apresentado no
projeto.
● Nos locais de travessia de cursos d’água ou passagens superiores todas as medidas de
precaução deverão ser tomadas a fim de que o método construtivo empregado na
construção dos aterros de acesso não origine movimentos ou tensões não previstas nos
cálculos das obras-de-arte.
● Os aterros de acesso próximos dos encontros de pontes, o enchimento de cavas de
fundações e das trincheiras de bueiros, bem como todas as áreas de difícil acesso ao
equipamento usual de compactação, serão compactados mediante o uso de
equipamento adequado, como soquetes manuais, sapos mecânicos, etc. A execução
será em camadas, nas mesmas condições de massa específica aparente seca e umidade
descritas para o corpo de aterros.
● Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa
conformação e permanente drenagem superficial.

MANEJO AMBIENTAL - ATERROS


Nas operações referentes a este serviço devem ser adotadas as seguintes medidas de proteção
ambiental: As providências a serem tomadas visando a preservação do meio ambiente
referem-se a execução dos dispositivos de drenagem e da proteção vegetal dos taludes
previstos no projeto, para evitar erosões e o conseqüente carreamento de material que poderá
assorear os cursos d’água. Os bota-foras, em alargamento de aterros, deverão ser
compactados com a mesma energia utilizada nos aterros

LOCAÇÃO
A locação é um dos procedimentos iniciais em toda e qualquer obra. Se mostra como uma
etapa muito importante na execução, podendo acontecer em diversos momentos ao longo da
obra, baseia-se em transportar o projeto elaborado pelo engenheiro para o terreno, aderindo
assim todas as medidas impostas pelo profissional, como recuos, afastamentos, alicerces,
paredes e aberturas. Esta é uma etapa que traz consigo fundamental importância dentro da
construção, onde evidencia a total materialização do projeto. (SILVA, 2015).

Conceitualmente, de maneira informal, tem-se o seguinte sobre locação: Demarcação, por


meio de estacas, do eixo de uma via férrea ou estrada projetadas, assim como do lugar a ser
ocupado por uma construção (DICIONÁRIO MICHELIS, UOL). Já em âmbito técnico,
cita-se: Locar ou marcar uma obra corresponde aos trabalhos de, com o máximo de exatidão,
transferir para um determinado terreno na escala natural, as medidas de um projeto executado
em escala reduzida (BRUCK,1983, p. 67).

A locação é feita com o intuito de implantar os diversos pontos necessários à execução da


obra no terreno, sendo também referida como a própria implantação de obras. Através dela é
possível demarcar as posições de quaisquer pontos, em quaisquer obras, seja edificações,
rodovias, portos, hidrelétricas, saneamento, entre outros.

Os diversos processos e métodos de locação de obras podem ser tomados como o primeiro
passo para uma boa execução das obras de engenharia e devem ser feitos com o maior rigor
possível. Para bons resultados na etapa de locação é primordial que as etapas anteriores,
como levantamentos topográficos, implantação de marcos e poligonais de apoio, elaboração
de projetos, entre outras, sejam feitas com o mesmo rigor. Isso resulta em trabalhos de
qualidade e obras bem executadas.
Existem diversas maneiras de se fazer a locação, sendo esta uma escolha que depende das
especificidades de cada obra. Algumas delas são muito simples e não dependem de
equipamentos, onde com simples fios de nylon, estacas e trena, podem ser atendidas as
necessidades da obra. Porém, para grandes obras o volume de trabalho e as suas
peculiaridades obrigam o uso de meios mais avançados, como a topografia. Assim, pode-se
dizer que a topografia tem grande importância para os projetos e obras, desde sua concepção
até sua execução propriamente dita. Nos trabalhos de locação a topografia é amplamente
empregada, colaborando para resultados confiáveis e precisos.

De maneira geral, podemos destacar os seguintes passos na locação de obra:

1. Limpeza do terreno: Serviço preliminar que é um dos mais importantes na


construção civil. A limpeza do terreno nada mais é do que a preparação do espaço
para receber o canteiro de obra. Assim, a limpeza age tanto no sentido de retirar
resíduos como remover árvores e matéria orgânica que venham a prejudicar o
andamento da obra
2. Acompanhamento de profissional de topografia: A topografia do terreno interfere
diretamente na locação de obra. Desse modo, é recomendado que essa etapa seja
acompanhada por topográfos especializados e experientes, pois quanto mais irregular
for o terreno, maior é a necessidade da presença e acompanhamento desses
profissionais.
3. Definição das referências: É nesta etapa que de fato começa a locação. Aqui são
definidas as referências para a locação da obra no espaço do terreno. Eixos,
alinhamento da rua e divisas do terreno devem ser analisados nesta etapa, respeitando
as distâncias existentes.
4. Marcação do gabarito: A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar
uma das faces do gabarito com uma trena metálica e uma linha de nylon, obedecendo
a uma distância de pelo menos 1 metro da face da edificação. As demais faces do
gabarito podem ser marcadas a partir da primeira face e do projeto de locação,
verificando o esquadro de todos os cantos por meio do processo do triângulo
retângulo.

GABARITO

A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto para o terreno, ou


seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, sapatas, pilares, etc. Sendo o
gabarito utilizado para isso, em sua construção é comum o emprego da madeira, pois é um
material de qualidade suficiente para as necessidades e o tempo de uso, geralmente são
utilizadas a madeira serrada das espécies de pinus ou eucalipto. Ela deve possuir dimensões
compatíveis e conferir rigidez ao gabarito, utilizam-se pontaletes cravados no solo na posição
vertical e réguas pregadas nos mesmos na posição horizontal.

Devem ser estabelecidos um ou mais níveis de referência, que serão marcados no gabarito
para que sejam pregados os sarrafos na posição horizontal, criando uma “superfície” nivelada
de base. Este nível de referência pode ser demarcado nas estacas por uma série de maneiras.
Uma delas, talvez a mais simples, seja através do nivelamento de mangueira.

O nivelamento de mangueira funciona pelo princípio dos vasos comunicantes, sendo usada
uma mangueira transparente adequadamente cheia com água, de modo a sair todo o ar,
possibilitando transferir o nível do ponto de referência para os demais. Também podem ser
utilizados os níveis laser, que uma vez posicionados em um ponto estratégico da área,
projetam seu lazer nas estacas e o nível pode ser marcado nas mesmas. Ainda se tem a opção
dos equipamentos topográficos, podendo ser um teodolito, nível óptico ou uma estação total,
que são específicos para esse tipo de serviço. Marcado o nível de referência nas estacas,
procede-se a fixação das réguas horizontais, materializando uma superfície estável e nivelada.

A fixação é feita pregando-se as réguas nos pontaletes verticais de maneira que fiquem bem
firmes. Concluída essa montagem inicial, é importante que se proceda uma conferência do
nível em algumas partes do gabarito, por exemplo suas arestas, e então faça-se um
contraventamento, para garantir a posição final durante todo o período de locação da obra

Os pregos são para fixação de fios de nylon ou arame e orientação das posições de vigas e
paredes, tendo os mesmos tamanho adequados para que sejam cravados no gabarito de forma
segura e fiquem visíveis, podendo se fazer o uso de pelo menos dois tamanhos de pregos, um
maior para marcação dos eixos e um menor para marcação de cada uma das faces da parede
ou viga.

Geralmente, o gabarito é feito pelo mestre de obra, carpinteiros e pedreiros, tendo que ser
estabelecidos um ou mais níveis de referência, mantendo a horizontalidade do gabarito, sendo
possível apenas com o uso da técnica de nivelamento com mangueira e o auxílio do nível de
bolha. Marcado o nível de referência nas estacas, procede-se a fixação das réguas horizontais,
materializando uma superfície estável e nivelada. A altura do gabarito geralmente é de 60 cm
acima do nível do solo e em terrenos com um grande desnível, toda vez que o gabarito atinja
uma altura de 1,50 m em relação ao solo deve ser fazer o rebaixo do gabarito novamente para
altura inicial em relação ao solo.

Côrrea (2006) ressalta que a confecção do gabarito deverá estar cerca de 1,50 metros afastada
da área real da construção, permitindo a passagem dos trabalhadores e das máquinas
bate-estacas. Para a locação da armação do gabarito devem ser cravadas estacas de madeira
3"x3"in loco. devendo estar 0,60 metros abaixo do solo para uma fixação ideal e com
espaçamento de 2,50 metros, assim obtendo resistência nos vãos das tábuas a serem pregadas

A utilização do gabarito fundamenta-se em marcar os eixos provenientes do projeto em


tábuas de madeira, com auxílio de linhas, pregos e martelo por meio de referências, que assim
permanecem posicionadas no contorno do canteiro e da locação da fundação (estacas),
somente após os eixos principais serem transmitidos para a estrutura é liberada a sua retirada,
sendo a mesma responsável por servir de referência para locar as vedações verticais
(paredes).
A locação de obra pode ser feita, em casos em que a mesma seja de pequeno porte utilizando
de métodos simples, sem o auxílio de aparelhos topográficos, que nos garantem certa
precisão. Embora seja conveniente o seu uso em construções de maior dimensão para evitar
acúmulos de erros (MCCORMAC, 2007)

Azeredo (1997), expõe que este método de locação de convencional é aquele executado com
auxílio de uma trena de aço, prumo de centro, marreta, piquete e linha. O método mais
utilizado e seguro são por tábuas corridas, onde as marcações realizadas mantêm-se por um
período de tempo maior, ficando disponível a conferência para o profissional encarregado
durante o progresso da obra (MILITO 2009).

Inicializando os preparativos para a execução da locação da obra, deverá previamente já estar


definido um ponto de origem, para os eixos de coordenadas ortogonais e fundamentados,
neste ponto todas as distâncias que forem demarcadas serão de modo acumulativo.
Respeitando o projeto e o cálculo efetuado pelo engenheiro projetista no escritório, deverá ser
executado o gabarito (armação de madeira) envolvendo toda a área que será construída, assim
tomando uma forma retangular, no devido esquadro e nível (CORRÊA, 2006)

Outro método bastante utilizado para demarcação de forma convencional, é o método do


cavalete, o mesmo baseia-se em montar a estrutura utilizada de marcação pelo alinhamento
dos elementos que serão demarcados. Seu uso é por conta de não ser possível utilizar o
método de tábuas corridas no contorno da obra, ou também quando a obra obtém trechos
espaçados de construção e não for necessário contar com os devidos eixos traçados, que não
será de utilidade para locação de algum elemento da obra. Tomando como exemplo a locação
de um galpão, para o mesmo é apenas necessário obter a locação no alinhamento da fundação
executada, coibindo qualquer distribuição de marcação de eixos pela periferia do canteiro de
obra (SILVA, 2015)
LOCAÇÃO UTILIZANDO EQUIPAMENTOS

A locação de uma obra por equipamento topográfico, normalmente é provida do uso de uma
estação total, que se constitui de uma luneta com facilidade de movimentos horizontais e
verticais, dois discos graduados, sendo um aparelho totalmente eletrônico e o outro digital,
capaz de fazer cálculos de distâncias e armazenar dados que podem ser facilmente repassados
a um computador, podendo assim elaborar cálculos e projetos supremos (DAIBERT, 2014).

Conforme Coelho Junior et al (2014), para se iniciar o devido procedimento com o aparelho
topográfico, se faz necessário a obtenção de um ponto base, dotado de um piquete ou prego
como referência, onde a estação ocupada estará como suporte acima de um tripé de alumínio,
para sua melhor orientação e no sistema de coordenadas servindo como norteamento é
localizado um ponto conhecido, chamado de RÉ, onde com o prisma em 9 conjunto com um
bastão provido de bolha de nível é aprumado em um local de coordenada conhecida (X,Y,Z),
podendo ser executado também o procedimento de zerar o aparelho, atribuindo o azimute =
0° ou um valor de azimute verdadeiro e conhecido.

Após a execução do procedimento acima citado, o profissional estará livre para realizar as
medições, gravar e locar qualquer ponto de sua escolha dentro da obra, e se acaso houver a
necessidade de mudança de estação devido há algum obstáculo a frente, se faz por necessário
o reconhecimento de dois pontos já medidos pelo aparelho. É de suma importância também
levar em conta o valor do azimute apenas para a primeira estação base, após isso nas demais
estações é aderido os valores já obtidos e incluído as suas coordenadas (COELHO JUNIOR
et al., 2014).

Afirma Silva (2015), que a estação total no trabalho de locação repassa os pontos a serem
demarcados na obra por meio de ângulos e distâncias ou coordenadas. A estação total por ser
definida como a combinação de um teodolito, medidor de distância, e um microprocessador
que mede e calcula essas grandezas já dando seu resultado em um visor (tela). O instrumento
calcula através da posição do prisma, a magnitude e a direção onde o mesmo se encontra,
assim captando o local desejado.

A operação da estação em campo será feita em base nas duas seguintes etapas: alinhamento
do ângulo horizontal até zero, partindo de um ponto base conhecido com as devidas
coordenadas salvas na estação total, ou seja, o ângulo horizontal será zero partindo de um
ponto conhecido, assim estabelecendo o alinhamento do ponto que será demarcado e a
distância da estação total até o prisma refletor, que é uma etapa que necessita de muito
sincronismo entre o operador da estação e o operador do bastão portador do prisma, que com
o 10 clique “distance” no microprocessador da estação será dada a distância entre a mesma e
o prisma, sendo que se a distância em tela for negativa, o operador do prisma deverá
afastar-se da estação e se for positiva, aproximar-se. Esta é uma etapa que requer muita
paciência, pois poderá ser feita inúmeras tentativas até se alcançar o ponto desejado. (SILVA,
2015

Ilustração de como é feita a locação planimétrica de um Estação total sobre tripé de alumínio
determinado ponto, utilizando uma estação total

CONCLUSÃO:

Portanto, com a revisão bibliográfica fica ainda mais evidente a importância que tem o
projeto de terraplanagem e todos os outros que engloba, como o corte, aterro e até mesmo a
locação. A terraplanagem é de extrema importância para construção civil, pois ela é a base da
maioria das obras. Por mais que pareça simples, a técnica é primordial para uma obra ser
iniciada, além de que, se feita sem a supervisão de bons profissionais, problemas como
erosão e deslizamento de terra podem aparecer futuramente e causar prejuízo tanto financeiro
como para a saúde.

Os cortes e os aterros devem ser feitos com cuidado e muito estudo para saber que tipo de
solo irá se encontrar em determinado lugar, além disso, precisam seguir todas as normas
necessárias para não causar acidentes. Vale ressaltar que para esses trabalhos deve-se usar
equipamentos bons e traçar projetos que danifiquem menos o meio ambiente, já que a
construção civil é uma das áreas que mais polui o planeta.

E por fim, uma das partes mais essenciais da obra é a locação, que é o processo de
transferência da planta baixa do projeto para o terreno, podendo ser feita pelo método
convencional que são os gabaritos e tem o método dos equipamentos que pode ser feita pelo
teodolito e por medidor de distâncias. Nessa etapa se deve muita dedicação, e tem que ser
feita depois de todo o processo de terraplanagem, sempre respeitando o ângulo de 90 graus,
pois qualquer erro pode afetar toda a construção, exigindo que o solo esteja limpo e na
topografia solicitada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://core.ac.uk/download/pdf/30432018.pdf

https://www.researchgate.net/profile/Raul-Novasco/publication/312565970_Boa_Parada_um
_lugar_de_casas_subterraneas_aterros-plataforma_e_'danceiro'/links/59e662050f7e9b13ac
a3c54e/Boa-Parada-um-lugar-de-casas-subterraneas-aterros-plataforma-e-danceiro.pdf

https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/740/576

https://www.lafaetelocacao.com.br/artigos/o-que-e-terraplanagem/

https://adenilsongiovanini.com.br/blog/corte-e-aterro-topografia-conceitos-e-procedi
mento/

https://www.terrabrasilterraplenagem.com.br/afinal-como-funciona-a-terraplenagem/

https://www.escolaengenharia.com.br/locacao-de-obra/

https://www.orcafascio.com/papodeengenheiro/locacao-de-obra/

https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/topografia/livros/APOSTILA%20IN
TRODUCAO%20A%20TERRAPLANAGEM.pdf

http://www.goinfra.go.gov.br/arquivos/documentos/rodoviario/arq_947_EspRodoviar
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https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/59184/1/000129829.pdf

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/157056/TCC_Rafael_Hilleshe
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https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/218706/An%C3%83%C2%A
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C2%A7%C3%83%C2%A3o%20de%20obras.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://presencial.unipar.br/files/tccs/be98dcb4bc453b2974930ed5aa958d56.pdf

https://www.arteris.com.br/wp-content/uploads/2019/11/ARTERIS-108.TERRAPLA
NAGEM-ATERRO-REV.2.pdf

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