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NIDA
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Introdução
Segundo o relatório Global Gender Report 2021, do Fórum Econômico
Mundial, a equidade de gênero só será atingida daqui 135 anos, 36
anos a mais do que antes da pandemia.

E para que esta imensa lacuna seja reduzida é fundamental que

não apenas o desenvolvimento e inclusão de mulheres aconteça,
mas também, que homens se desenvolvam para fazer parte de um
ambiente de igualdade de oportunidades para todas as pessoas,
independente do gênero que possuam.

Mas além do ambiente de trabalho, a forma como homens são

ensinados a desempenhar a masculinidade ainda é bastante nociva
não apenas para mulheres, como também, para eles mesmos.

Meninos criados em meio a ideologias machistas têm dificuldades

de expressar seus sentimentos e podem se tornar adultos violentos.
Mas como mudar este modelo nocivo de masculinidade que afeta a
vida e saúde mental de milhares de pessoas diariamente?

Não existe um tipo ideal e único de masculinidade saudável.

No entanto, é importante refletir quais são os papéis que meninos e

homens são incentivados a desempenhar socialmente.

Neste material, tomamos como referência a legitimidade da existência

e expressão de diversos tipos de homens, sendo eles cis, trans, de
diferentes raças, gerações, sexualidades, relações familiares e demais
aspectos sociais.

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Vamos fazer
um teste?
Você acredita que:

• Homens devem sempre agir com

firmeza, mesmo se sentirem medo ou
nervosismo por dentro?

• Os homens devem resolver seus

problemas pessoais por conta própria,
sem pedir ajuda aos outros?

• Homens precisam controlar suas

emoções?

• Não é bom para um menino aprender

a cozinhar, costurar, limpar a casa e
cuidar de crianças pequenas?

• Um marido não deveria ter que fazer

tarefas domésticas?

• Um homem sempre deve ter a

palavra final sobre as decisões em seu
relacionamento ou casamento?

• Um cara que não reage quando os

outros o empurram é fraco?

• Um cara que passa muito tempo

preocupando-se com sua aparência não
é muito másculo?

• Um homem que gosta de saias ou

roupas curtas não é homem o suficiente?

• Um homem, de maneira geral, lida com

a saúde de modo reativo?

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Desde a infância,
a masculinidade
é definida e
estruturada por
meio de padrões
que são impostos
pela sociedade.

Desde a infância, a masculinidade é definida e estruturada por

meio de padrões que são impostos pela sociedade. Expor emoções,
docilidade, sensibilidade, cuidado, são compreendidos em nossa
sociedade como padrões comportamentais femininos, aos homens
são cobrados comportamentos como força, virilidade, coragem
e brutalidade, portanto, os homens suprimem a expressão de
sentimentos e afetividade que podem ser confundidos como
vulnerabilidade e fraqueza.

+50%
dos homens preferem
49%
dos homens só discutem
caçoar ou até mesmo cuidados pessoais e
não comentar quando trocam dicas de produtos
os amigos mudam quando perguntados
de aparência. sobre o assunto.

Esse silenciamento em relação aos seus sentimentos pode causar

sofrimento mental, físico e dificuldade de agir em situações de
conflito, além de violências contra eles mesmos, com outros homens,
com mulheres, familiares e filhos.

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Por isso denomina-se “masculinidade tóxica”. Essa visão, construída

há décadas pela sociedade patriarcal, apesar de ser um termo que
muitas pessoas desconhecem.

Importante também trazer o fato de que crianças, muitas vezes,

reproduzem mesmo que involuntariamente os padrões familiares.
Portanto, a masculinidade tóxica, sendo ela um tipo de violência
intrafamiliar, poderá ser reproduzida por meninos que cresceram
com este tipo de educação, levando assim a um futuro machista e
desrespeitoso, afetando novas crianças e círculos sociais.

Uma reflexão importante para se propor: homens dentro da

comunidade LGBTI+ não estão isentos de praticar a masculinidade
tóxica, por conta da homofobia internalizada e os padrões ditos
“socialmente masculinos” naturalizados nas diferentes fases da vida
e desenvolvimento pessoal/profissional.

75%
dos homens brasileiros entre
25-44 anos nunca ouviram falar
em “masculinidade tóxica”

?
Você sabia?
O tema “masculinidade tóxica” foi o conceito explorado
no curta “Boys Don’t Cry”.

O objetivo era mostrar como um garoto sofre os impactos

da masculinidade tóxica ao longo de toda a sua infância
e adolescência para o movimento canadense White
Ribbon, que luta pelo fim da violência masculina contra
meninas e mulheres no país.

FONTE: Revista Claudia, 2019

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Vejam alguns
dados:
Segundo o documentário
O Silencio dos Homens
• 83% das mortes por acidentes e
homicídios no Brasil tem homens
como vítimas;

• 17% dos homens lidam com algum

tipo de dependência alcoólica;
• 95% da população carcerária
brasileira são homens;

• 56,6% dos homens gostariam de ter

uma relação mais próxima com os
amigos, expressando mais afeto.

Segundo o documentário
The Mask you live in
• 90% dos jogos para crianças de
mais de 10 anos contêm algum tipo
de violência. Especialistas apontam
que essa exposição excessiva pode
deixar os garotos menos sensíveis
ao sofrimento alheio, causar medo
e estimular comportamentos
agressivos.

• 68% dos homens consomem

pornografia semanalmente e 21%
usam-na diariamente para a maioria
dos homens, essa é a única forma de
“educação” sexual.

• Segundo a Organização Mundial da

Saúde, a OMS, homens representam
76% do índice de suicídio no Brasil.
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Paternidade
de fato
Para refletir:

A ideia de paternidade ativa começou a ser mais divulgada nos

últimos tempos para se contrapor à imagem do pai ausente ou que
apenas “ajuda” de vez em quando.

Mas será que é a melhor forma de se dizer? Uma mãe que cumpre
as responsabilidades da maternagem é chamada de mãe ativa? Ou
apenas mãe?

Ao se ler paternidade ativa, podemos pressupor pode existir dois tipos

de paternidade e que uma dela é a “paternidade passiva”, uma vez
que, alienação parental é uma realidade muito presente nas famílias
brasileiras.

Em uma pesquisa realizada em 2018 pelo Google, 88% dos homens

brasileiros declararam que ser um um bom pai significa participar
ativamente da rotina dos filhos. Mas na prática mais de 80% das
crianças de até 4 anos têm como primeira responsável uma mulher -
mães, avós, mães de criação ou madrastas.

Além disso, na pandemia por uma grande sobrecarga de funções

mulheres foram as mais afetadas emocionalmente foram as
mulheres, respondendo por 40,5% de sintomas de depressão, 34,9%
de ansiedade e 37,3% de estresse.

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E qual a melhor
forma de sair
da passividade?

Compartilhando Estando presente física Expressando o amor

tarefas e emocionalmente de forma clara

Dando suporte nas Empoderando filhos(as) Demonstrando

decisões e sonhos para ser quem querem a vulnerabilidade
ser, e não quem
gostariam que fossem.

E as empresas?
Como se tornam
aliadas?
Minimizar a lacuna de duração de licença maternidade
e paternidade;

Promover iniciativas com espaço de segurança para

que homens compartilhem suas vulnerabilidades;

Acompanhar de forma contínua do rotatividade de

mulheres no pós-licença maternidade;

Minimizar vieses inconscientes relacionados às

questões de gênero;

Não criar comunicações estereotipadas.

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Para
saber mais:
DOCUMENTÁRIOS

The mask you O silêncio O poder da Dzi

live in dos homens vulnerabilidade Croquettes

SÉRIES

Heartstoper Sex Education O Método Queer Transparent

Kominsky Eye

FILMES

Eu não sou um Moonlight: Sob Tomboy

homem fácil a Luz do Luar

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LIVROS

Vidas trans Na minha pele João de Ferro A história da

(Vários autores) (Lázaro Ramos) (Robert Bly) virilidade
(Vários autores)

História dos As cores da De guri a Seja homem: a

homens no Brasil masculinidade cabra macho: masculinidade
(Mary Del Priore & (Mara Viveros Vigoya) Masculinidades desmascarada
Marcia Amantino) (JJ Bola)
no Brasil
(Vários autores)

PODCAST

Diálogos Macho Detox

Contemporâneos (Fabio Mazoli
e Isabella Felix)
sobre homens
negros e
masculinidade
(Vários autores)

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Vocabulário
Diversidade:
São as distintas possibilidades de expressão e vivência social das
pessoas, dadas por aspectos de orientação sexual, gênero, sexo, faixa
etária, raça/cor, etnia, pessoa com deficiência, entre outros.

Equidade:
É a possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas
sem discriminação, em condição de igualdade. Situação que favoreça
o combate das práticas de preconceito em relação às diferenças de
gênero, políticas, étnicas, religiosas e culturais.

Equidade e Igualdade de Gênero no Trabalho:

É a disposição de reconhecer a equivalência de valor entre os
sexos, para que homens e mulheres tenham as mesmas chances,
oportunidades e reconhecimento nos diferentes ambientes de
trabalho.

Gênero:
É o saber que estabelece significados para as diferenças corporais.
Esses significados são construídos historicamente e variam de cultura
para cultura. O conceito de gênero possui também a dimensão das
relações sociais entre os sexos, a partir da qual é possível perceber
desigualdades entre homens e mulheres.

Identidade de gênero:
Independente do sexo, um ser humano pode ter a identidade de
gênero de mulher, de homem ou ainda outras identidades de gênero
possíveis, lembrando que a identidade de gênero é uma construção
social, e não um signo físico ou biológico.

Identidade sexual:
É o conjunto de características sexuais que diferenciam cada
pessoa das demais e que se expressam pelas preferências sexuais,
sentimentos ou atitudes em relação ao sexo. A identidade sexual é
o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a
pessoa ao longo da vida. Nem sempre está de acordo com o sexo.

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Padrão heteronormativo:
É o padrão social ou sistema social vigente na sociedade brasileira,
onde a heterossexualidade é ensinada, reforçada e exclusivamente
aceita pelas instituições sociais e pela própria sociedade.

Patriarcado:
Sistema de organização política, econômica, religiosa, social etc,
fundada numa hierarquia na qual a maioria das posições superiores
é ocupada por homens. O patriarcado é também responsável pela
exclusão social das mulheres nas várias esferas da vida.

Fontes
Sartorato, Gabriela. O que é masculinidade tóxica e como ela
influencia crianças desde o berço. Revista Cláudia, 2020. Disponível
em: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/o-que-e-masculinidade-
toxica-e-como-ela-influencia-criancas-desde-o-berco/.

Glossário. Fio Cruz, 2010. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/

noticia/glossario.

Dossiê Brandlab: A Nova Masculinidade e os Homens Brasileiros.

Globo, 2018. Disponível em: https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-
br/tendencias-de-consumo/tendencias-de-comportamento/dossie-
brandlab-nova-masculinidade-e-os-homens-brasileiros/.

Souza, Ana Paula Lemes e. Violência Intrafamiliar: seus impactos na

vida das crianças e adolescentes. Pontifícia Universidade Católica
de Goiás, 2021. Disponível em: pucgoias.edu.br.

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DE M OGR AFI A DO TI ME

59% são 56% são 68% são 6% são pessoas

mulheres LGBTI+ pessoas negras com deficiência
38% são homens Sendo 12% Sendo 35% pretas
e 3% pessoas pessoas trans e 32% pardas.
não binárias As outras 32% são brancas.

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mundo com mais respeito, justiça e amor para todas
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Introdução Masculinidades Dados Paternidade As Empresas Indicações Vocabulário Fontes

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uma jornada.
Rumo é mais
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