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A síndrome do impostor

Um dos maiores riscos à carreira de qualquer profissional é a síndrome do impostor.


Muito comum na carreira de Coaches de sucesso e nas vidas de nossos Coaches, a
identificação desta síndrome permite que se possa utilizar ferramentas de Coaching e
PNL para superá-la e conquistar resultados mais significativos sem sofrimentos.
Podemos encontrar uma descrição simples desta síndrome na Wikipédia:
A síndrome do impostor, fenômeno do impostor ou síndrome da fraude, do
inglês, impostor syndrome, ou impostor phenomenon, e também chamada de fraud
syndrome, tem sido o assunto principal de vários livros e ensaios por psicólogos
e educadores.
As pessoas que sofrem este tipo de síndrome, de forma permanente, temporária ou
frequente, parecem incapazes de internalizar os seus feitos na vida. Não importando o
nível de sucesso alcançado em sua área de estudo ou trabalho, ou quaisquer que sejam
as provas externas de suas competências, essas pessoas permanecem convencidas de
que não merecem o sucesso alcançado e que de fato são nada menos do que fraudes.
As provas de sucesso são desmerecidas como resultado de simples sorte, ter estado no
lugar certo na hora certa, ou se não por ter enganado as outras pessoas fazendo-as
acreditar que são mais inteligentes do que o são em realidade.
Há estudos mostrando que esta síndrome é mais comum entre mulheres, especialmente
mulheres bem sucedidas em profissões tipicamente ocupadas por homens. Outros, no
entanto, revelam que ela incide em um igual percentual de homens. É comumente
encontrada no mundo acadêmico, especialmente entre estudantes de mestrado e pós-
graduação.
A síndrome do impostor, caracterizada pela incapacidade de pessoas acreditarem nas
suas próprias competências pode ser vista como o oposto do Efeito Dunning-Kruger, em
que as pessoas não conseguem ver as suas próprias incompetências.
7 sinais de que uma pessoa seja vítima da síndrome
do impostor
Em um artigo publicado para o portal huffpostbrasil, Daniela Carrasco elenca 7 sinais de
que uma pessoa seja vítima da síndrome do impostor




By Daniela Carasco

THINKSTOCK

No ano passado, em entrevista à revista Rookie, Emma Watson, uma


das grandes estrelas de Harry Potter, declarou: “Parece que quanto
melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque
penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma
fraude e que eu não mereço nada do que conquistei”. Anos antes, o
mesmo pensamento também atormentava Kate Winslet. “Eu acordava
de manhã, antes de ir para uma gravação e pensava `não posso fazer
isso. Eu sou uma fraude”, contou à Interview. Ambas sensações são
resultado de um fenômeno chamado “síndrome do impostor”, que,
segundo um estudo realizado pela psicóloga Gail Matthews, da
Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, atinge em
menor ou maior grau 70% dos profissionais bem-sucedidos,
principalmente mulheres. E você pode ser um deles.
As vítimas da síndrome são pessoas que jamais creditam seu sucesso
à inteligência, competência ou habilidade pessoal. “Elas se convencem
de que os elogios e reconhecimento de outros em relação à sua
conquista não são merecidos, atribuindo suas realizações à sorte, a
algum encanto repentino, contatos ou outros fatores externos”, explica
a psicóloga americana Valerie Young, autora do livro “Os pensamentos
secretos das mulheres de sucesso”. Soma-se a isso a sensação de que,
a qualquer momento, a sua incompetência será descoberta. Pronto,
está aí o pacote completo para a identificação da baixa autoestima
profissional. “Não importa o que tenha realizado ou o que as pessoas
pensam, no fundo, você está convencido de que é um impostor, uma
farsa, uma fraude”, acrescenta a especialista.

Segundo Valerie, este fenômeno costuma aparecer em momentos de


transição ou quando se é confrontado com um novo desafio, que
costuma vir “acompanhado de uma carga tremenda de ansiedade e
insegurança”. E aí, inconscientemente, as pessoas com a síndrome do
impostor começam a mudar adotar comportamentos que funcionem
como mecanismos de defesa e enfrentamento. A psicóloga listou os
sete sinais mais comuns identificados por ela e pelas psicólogas Pauline
Clance e Suzanne Imes, que descobriram o fenômeno. Descubra se
você é uma das vítimas:

1. Você se tornou um workaholic insano.


“Se você acredita que todos ao seu redor são inerentemente mais
inteligentes ou capazes, então uma maneira de evitar ser descoberto é
contar com um esforço extraordinário para encobrir sua suposta
inaptidão”, escreveu Valerie em seu livro. E aqui não se trata de trabalho
duro, mas de uma obsessão por todos os aspectos de uma
apresentação, relatório, reportagem, ou qualquer que seja o trabalho
em questão. Assim, você reconhece na quantificação do trabalho a
medida mais tangível da sua competência e pensa: “Posso não saber o
que diabos estou fazendo, mas pelo menos ninguém poderá me culpar
por não dar 150%”. Quanto mais sucesso você conquista
sendo workaholic, menos chances você acha que tem de ser
descoberto como uma fraude.
2. Ou você tem se esforçado menos?
Este caso é completamente oposto ao anterior. Você sabe que poderia
ir mais longe, mas não vai, porque, se falhar, prefere que as pessoas
acreditem que foi por preguiça e não por burrice ou incapacidade. “Além
disso, quanto menos razões as pessoas têm para julgar seu
desempenho, melhor a chance de ser julgado”, pontua Valerie. “Parte
de você entende que empreender esforços para atingir um objetivo
também o torna vulnerável. Afinal, e se você dedicar todo esse tempo
e energia para construir um negócio e, de repente, falhar? Não, é muito
menos doloroso não tentar do que expor-se ao julgamento dos outros e
deixar a desejar. Além disso, se nunca realmente der o máximo, você
sempre pode alegar (ao menos a si mesmo) que poderia ter sido um
grande artista, escritor, líder ou advogado - isto é, se realmente tivesse
tentado.”

3. Você adota a discrição absoluta ou, quando ser discreto não


resolve, parte para mudanças desenfreadas.
Na hora de escolher uma área ou carreira, você aponta sempre para
aquelas que lhe permitem ser autônomo ou relativamente
imperceptível. Dessa forma, você sente que pode manter sob controle
qualquer tipo de avaliação ou fiscalização de rotina a que funcionários
de empresas costumam ser submetidos.

Agora, quando a única opção viável de emprego é em uma área


impossível de permanecer com segurança sob o radar dos chefes, você
adota um perfil constante de mudanças. “Como impostor, tem a
sensação de ter um grande alvo nas costas. Que melhor maneira de
esquivar-se daqueles que acredita terem superestimado suas
habilidades do que sendo um alvo móvel?”, conta a psicóloga.

4. Você usa o seu carisma para conseguir aprovação.


Na tentativa de encontrar ao menos uma pessoa para reconhecer o seu
brilho, você usa habilidades sociais para causar boa impressão, já que
não acredita em seu intelecto. “O problema é que, se seus esforços
forem bem-sucedidos, você dispensará a resposta positiva, acreditando
que somente podem pensar que é especial, porque gostam de você.
Além disso, na sua cabeça, precisar de aprovação externa apenas
confirma que você é uma fraude”, dizem Clance e Imes.

5. Você procrastina tudo que pode.


Adiar o trabalho se tornou uma desculpa pronta para te afastar de
qualquer situação que possa “desmascarar” a sua falha. “Você diz para
si mesmo que é por que você ‘funciona melhor sob pressão’. Talvez
seja isso, mas também sabe que, ao deixar tarefas importantes para o
último minuto, há mais chance de que a qualidade seja prejudicada”,
explica Valerie. E aí a desculpa será sempre o tempo e não a sua
possível incapacidade.

6. Você nunca termina nada.


“Não terminando nada, você não só se protege de uma possível
descoberta, como também, efetivamente, evita a vergonha de ser
criticado. Afinal, se alguém questiona seu trabalho, seu talento ou seu
conhecimento, você pode sempre insistir que o trabalho ‘ainda está em
andamento’ ou que ‘você está apenas se aventurando.’”

7. Você apela para a autossabotagem no trabalho.


O medo de ser exposto gera tanta ansiedade que você, sem perceber,
faz coisas para minar qualquer perspectiva de sucesso. Você chega
atrasado ou vai despreparado para um teste importante ou
compromisso. Na noite que antecede uma apresentação, você fica
acordado até tarde ou bebe loucamente. Afinal, se você se der mal,
pode culpar o cansaço ou a ressaca. Já se for bem, então, se sente
digno, porque sabe que se safou dessa vez.

Liberte-se!
Valerie aconselha que, identificado o problema, é essencial que a
pessoa comece a tirar bons proveitos de possíveis falhas, que,
inevitavelmente, vão acontecer uma hora ou outra. Escolha um objetivo
para enfrentar, mas não foque no erro. Pense nas lições que pode
tirar se fracassar. E, se por algum momento você voltar a pensar que a
“Polícia dos Sem Talento” vai chegar para te prender, lembre-se de
quantos aumentos salariais, promoções, prêmios e elogios você já
conquistou na carreira. Nada aconteceu por acaso!

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