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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Embalagens inteligentes
O estilo de vida das pessoas tem se tornado cada vez mais complexo, devido à atuação
mais expressiva das mulheres no mercado de trabalho e também pelo modo de vida atual da
população em geral, o que tem levado os consumidores a se alimentarem de forma mais
prática e rápida. Por esse motivo as indústrias de alimentos tem desenvolvido embalagens
convenientes e que atendam a essa demanda, sem esquecer-se da função básica de proteção
dos alimentos, e da facilidade de comunicação entre as embalagens e o consumidor final
(MIHINDUKULASURIYA; LIM 2014). Na Figura 1 estão apresentas as funções clássicas
das embalagens, acrescida das novas funções desempenhadas pelas embalagens ativas e
inteligentes.
Figura 3. Exemplo de nariz eletônico (A), gerando códigos de barras (B), por meio de
espectroscopia de infravermelho.
Fonte: Fitzgerald e Fenniri (2016).
3.3 Sensores
Tradicionalmente, os sensores são dispositivos que respondem,
especificamente, a estímulos físicos, químicos ou biológicos, e são projetados para reconhecer
um analito alvo, contendo também um transdutor que converte um sinal/estímulo, gerando um
resultado quantitativo e/ou qualitativo (MAHALIK; NAMBIAR, 2010).
A incorporação dos sensores ao corpo das embalagens para produção de
embalagens inteligentes tem sido amplamente pesquisadas para avaliação de frescor dos
alimentos (MUSTAFA; ANDREESCU, 2018).
Dentre os tipos de sensores existentes, os sensores químicos são definidos
como um dispositivo que transformam uma informação química em um sinal quantificável e
apresentam dois componentes básicos: um sistema de reconhecimento químico ou molecular,
formado pelos receptores e um transdutor físico ou químico, responsável por traduzir o sinal.
Os biossensores são um tipo de sensores químicos, no qual o sistema de reconhecimento
utiliza um mecanismo biológico. Na Figura 4 estão apresenta os principais componentes de
um biossensor.
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3.4 Indicadores
Indicador é um composto que acusa a presença ou ausência de substâncias, ou o
grau de reação entre dois, ou mais elementos, por meio da alteração de algum atributo,
como a cor. Esses por sua vez, comunicam informações por meio de alterações visuais
diretas (KUSWANDI et al., 2011). Existem três categorias de indicadores bem
conhecidas, que são o de tempo-temperatura, o de gás e indicadores de frescor.
Figura 7. Indicadores de frescor, que mudam de cor de acordo com alterações químicas
nos alimentos.
Fonte: Mohebi e Marquez (2015).
Atualmente, as embalagens que utilizam algum tipo de indicador, estão mais
viáveis comercialmente, assim, o interesse nesse assunto, por parte das indústrias e de
pesquisadores, tem aumentado (VANDERROOST et al., 2014). Por esse motivo, o
desenvolvimento de filmes indicadores de mudanças de pH, em diferentes bases
poliméricas, incorporados com antocianinas ou seus extratos, vem ganhando espaço no
mundo científico devido às suas propriedades colorimétricas. Alguns exemplos
recentes são:
· Antocianinas de bagaço de Prunus maackii foram adicionadas ao filme de k-
carragena e hidroxipropil metilcelulosev (SUN et al., 2019);
· Diferentes bases poliméricas (pectina, quitosana e k-carragena) foram
incorporadas com curcumina (EZATI; RHIM, 2020 e LIU et al., 2018 e WU et al.,
2019);
· Indicador de pH foram desenvolvidos com filmes à base de celulose e quitosana
incorporado com antocianinas da cenoura negra (EBRAHIMI TIRTASHI et al., 2019);
· Extratos de berinjela roxos e pretos, ricos em antocianinas sensíveis ao pH,
foram incorporados em solução de quitosana para produção de filmes inteligentes
(YONG et al., 2019);
· Filmes de amido adicionados de polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius)
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