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4.

Embalagens inteligentes

O aumento da conscientização dos consumidores sobre a segurança e qualidade


dos alimentos vem motivando inovações nas embalagens alimentícias e gradualmente tem
favorecido o desenvolvimento das embalagens inteligentes (VANDERROOST et al., 2014). A
União Europeia define materiais de embalagem inteligentes como “materiais e artigos que
monitoram a condição dos alimentos embalados ou o ambiente ao redor dos alimentos”
(EUROPEAN COMISSION, 2004). Estas embalagens fornecem informações sobre a situação
atual dos produtos acondicionados permitindo interagir com os componentes internos e
externos dos alimentos e do ambiente em que estão condicionados, e fornecer como resultado
uma resposta imediata (mudança de cor, por exemplo) que se correlaciona com as
propriedades físicas, químicas e biológicas dos alimentos (POYATOS-RACIONERO et al.,
2018). De forma geral, o principal objetivo das embalagens inteligentes é monitorar e indicar,
mediantes dispositivos e equipamentos, as condições e as propriedades em que os alimentos
são submetidos, ocasionando tomadas de decisões facilitadas dos consumidores aos produtos
embalados na hora da compra (DAINELLI et al., 2008).

4.1 Tipos e aplicações

Os dispositivos das embalagens inteligentes podem ser baseados em sensores,


indicadores de crescimento microbiano, indicadores de tempo e temperatura, indicadores de
impacto físico, corantes de detecção de gás e outros exemplos de tecnologias à prova de
violação, tais como antifurto e anti-falsificação (DOBRUCKA; CIERPISZEWSKI, 2014). No
entanto, destacam-se os sistemas de identificação por radiofrequência, os sensores e os
indicadores (KERRY, 2012; VANDERROOST et al., 2014).
A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) é uma importante
ferramenta emergente capaz de automatizar a identificação e gerenciamento de estoque na
cadeia de alimentos. A tecnologia de identificação de radiofrequência é amplamente utilizada
em embalagens inteligentes, que utiliza sensores sem fio para coletar e identificar dados, sem
a intervenção humana. O RFID é composta por leitores (receptores), etiquetas ou radares
(suporte de dados), software, hardware, rede e banco de dados (HONG et al., 2011).
Etiquetas de RFID armazenam números de identificação no qual o leitor pode recuperar
informações de um banco de dados, fazendo com que o mesmo conheça toda a cadeia de
produção, de modo a permitir a rastreabilidade e maior segurança dos alimentos
(TODOROVIC; NEAG; LAZAREVIC, 2014).
Há duas categorias expressas de etiquetas de RFID: passivas e ativas. As etiquetas
passivas contêm antenas em forma de espiral, que formam um campo magnético e utilizam
ondas de rádio possíveis de serem identificadas por um leitor. Já as etiquetas ativas são
alimentadas por uma bateria interna, usada para executar o circuito dos microchips e
transmitir um sinal ao leitor (VANDERROOST et al., 2014). Essas etiquetas podem ser
usadas em várias aplicações como em produtos hortícolas, carnes, produtos de pesca,
laticínios, panificação, bebidas e outros alimentos (COSTA et al., 2013).
Os sensores são dispositivos que respondem, especificamente, a estímulos físicos,
químicos ou biológicos, e são projetados para reconhecer um analito alvo, contendo também
um transdutor que converte um sinal/estímulo, gerando um resultado quantitativo e/ou
qualitativo (MAHALIK; NAMBIAR, 2010). A incorporação dos sensores ao corpo das
embalagens para produção de embalagens inteligentes tem sido amplamente pesquisadas para
avaliação de frescor dos alimentos (MUSTAFA; ANDREESCU, 2018).
Dentre os tipos de sensores existentes aplicados nas embalagens de alimentos,
destacam-se: (i) os sensores químicos, são definidos como um dispositivo que transformam
uma informação química em um sinal quantificável e apresentam dois componentes básicos:
um sistema de reconhecimento químico ou molecular, formado pelos receptores e um
transdutor físico ou químico, responsável por traduzir o sinal; (ii) os biossensores, são um tipo
de sensores químicos, no qual o sistema de reconhecimento utiliza um mecanismo biológico
(geralmente utilizados para identificar os microrganismos patogênicos); (iii) sensores de
gases, capazes de detectar a presença de analito gasoso no interior das embalagens (BIJI et al.,
2015).
Segundo Poyatos-Racionero et al., (2018) os sensores surgem como uma nova
aplicação para a indústria de alimentos, com o intuito de garantir a segurança dos alimentos,
de proporcionar o controle de qualidade e de conquistar a confiança do consumidor. Assim, a
comercialização de tais sensores, vem se difundindo cada vez mais, devido ao menor custo do
produto/processo e também, pela possibilidade de desenvolvimento de novas tecnologias. No
entanto, a sua aplicação na indústria ainda precisa competir com as técnicas analíticas padrão
quanto ao custo, desempenho e confiabilidade.
Quanto aos indicadores, são dispositivos que acusam a presença ou ausência de
substâncias, ou o grau de reação entre dois, ou mais elementos, por meio da alteração de
algum atributo, como a cor. Esses por sua vez, comunicam informações por meio de
alterações visuais diretas, não fornecendo, portanto, informações quantitativas (KUSWANDI
et al., 2011). Os principais indicadores encontrados na indústria de embalagens alimentícias
são os indicadores de tempo-temperatura, indicadores de frescor, indicadores de gás e as tintas
termocrômicas (LLOYD; MIROSA; BIRCH, 2019).
A temperatura é um dos fatores ambientais mais substanciais e suas flutuações, por
determinado período, levam à deterioração dos alimentos. O indicador de tempo-temperatura
foi desenvolvido para mostrar, de forma bastante simples, se um produto foi exposto a
diferenças drásticas de temperatura, o tempo de duração, bem como o efeito dessa exposição,
fornecendo informações sobre a qualidade e a segurança microbiana do produto (MOHEBI;
MARQUEZ, 2015).
Indicador de frescor, por sua vez, fornece informações sobre crescimento microbiano,
mudanças químicas que podem ocorrer durante o armazenamento e principalmente a
qualidade do produto (LLOYD; MIROSA; BIRCH, 2019). Baseia-se numa alteração de cor
do indicador devido à presença dos metabólitos microbiológicos como dióxido de enxofre,
dióxido de carbono, aminas, etanol, ácidos orgânicos, enzimas ou toxinas produzidas durante
a deterioração (OTLES; SAHYAR, 2016). O indicador de frescor é uma solução econômica
para o problema de armazenar alimentos após a sua abertura e também para indicar,
especificamente, o prazo de validade de cada alimento influenciado pelas condições
individuais submetidas a cada produto.
Gases produzidos durante a oxidação lipídica e a deterioração por microrganismos
podem alterar a composição gasosa no interior da embalagem. Portanto, indicador de gás na
forma de etiqueta ou códigos impressos nas embalagens podem monitorar as alterações
gasosas, como a de oxigênio, etanol, sulfeto de hidrogênio, dióxido de carbono, etileno e
alertar sobre a segurança e qualidade de produtos alimentícios (HAN et al., 2018). Os mais
comuns são os indicadores de oxigênio, uma vez que a presença deste composto na atmosfera
pode causar efeitos deletérios na qualidade dos alimentos provocando o ranço oxidativo,
alterações de cor e deterioração microbiana (FANG et al., 2017).
A tinta termocrômica é uma tinta dinâmica que quanto expostas a diferentes
temperaturas, mudam de cor. As temperaturas de ativação das tintas podem variar desde
baixas temperaturas de refrigeração a altas temperaturas de aquecimento (LLOYD; MIROSA;
BIRCH, 2019). De modo a garantir ao consumidor que uma bebida está “perfeitamente
refrigerada” as tintas termocrômicas estão sendo aplicadas (VANDERROOST et al., 2014).
Além disso, o dispositivo é capaz de alertar quando um pacote no micro-ondas atinge a
temperatura desejada ou quando está muito quente. Em alguns casos, a mudança de cor é
ainda acompanhada pela exibição simultânea de uma mensagem curta, como por exemplo
“pronto para consumir” (GHAANI et al., 2016).
Atualmente as embalagens inteligentes tem despertado interesse por parte das
indústrias e de pesquisadores, ganhando espaço nas prateleiras dos supermercados mesmo
representando um custo adicional. A Tabela 1 reporta algumas embalagens inteligentes
comercialmente disponíveis.
Tabela 1 – Embalagens inteligentes disponíveis comercialmente.

Categoria Nome Comercial Empresa País Função


3M™MonitorMark
3M Estados Unidos Estima quanto tempo um produto ficou acima de 31ºC.

Timestrip Alerta sobre violação de temperatura e mostra o tempo de
Timestrip®PLUS™ Reino Unido
Plc duração que a cadeia foi violada.
Dispositivo escurece de forma irreversível e mais rápida à
Fresh-Check LifeLines Reino Unido temperaturas mais altas e mais lenta à temperaturas mais
baixas.
Mudança de pH causada pelo crescimento
Indicadores (eO)® Cryolog França
microbiano controlado (dependente da temperatura).
tempo-
Mudança de coloração após incidência de luz ultravioleta
temperatura OnVu™ Basf Alemanha
(ativação que depende do tempo e da temperatura).
Avery Difusão de compostos polares que propagam-se
TT Sensor® Estados Unidos
Dennison (dependente do tempo/temperatura)
Atuação enzimática causada pela mudança de coloração
CheckPoint® Vitsab Suécia (alteração no pH), sendo a velocidade desta reação
governada pela temperatura.
Mudança de coloração em decorrência as variações de pH
I Point® I Point AB Estados Unidos
devido a hidrólise enzimática de substratos lipídicos.
COX
Mudança de coloração em resposta a produção de aminas
FreshTag® Technologie Escócia
Indicadores de voláteis comuns a todos os frutos do mar.
s
frescor
Jenkins
RipeSense® Nova Zelândia Mudança de coloração indicando a maturação da fruta.
Group
Freshpoint Verifica se a quantidade de O2 presente em uma embalagem
O2Sense™ Estados Unidos
Lab lacrada está dentro dos limites especificados (mudança de cor).
Indicares de
Mitsubishi Quando exposto ao oxigênio, o indicador fica azul ou roxo,
gases
Ageless-eye® Gas Japão depois retorna à sua cor rosa original à medida que o oxigênio
Chemical no recipiente é reduzido.
Tintas Chromicolor® Matsui Estados Unidos Mudança de coloração quando exposta a temperatura quente
International
termocrômicas ou fria.
Company
4.2 Aspectos legais

As embalagens inteligentes foram introduzidas no mercado na década de 1970,


começando no Japão e aos poucos foram chegando em outros países (DAINELLI, D., 2015).
A presença dessas embalagens no mercado japonês já está consolidada, mas ainda faltam
regulamentações específicas para elas (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020). A segurança
é garantida pela Lei Japonesa de Saneamento de Alimentos de 1947, juntamente com a Lei de
Base de Segurança Alimentar de 2003 (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020). Para
introduzir um filme inteligentes no Japão, adota-se critérios de avaliação de risco, incluindo
também o cumprimento de regulamentações estrangeiras, como a da União Européia ou dos
Estados Unidos (EUA) (DAINELLI, D., 2015).
Até 2004 o mercado europeu foi considerado atrasado em relação ao Japão, EUA e
Austrália por apresentar uma regulamentação inadequada e inflexível, que não permitia
acompanhar as inovações tecnológicas do setor de embalagens alimentícias, impedindo a
penetração das embalagens inteligentes na Europa (DAINELLI, Dario, GONTARD, et al.,
2008, RESTUCCIA, SPIZZIRRI, et al., 2010).
Para contornar esse cenário e proporcinar maior segurança alimentar e transparência
para os consumidores, foi criado o primeiro Regulamento 1935/2004 (EUROPEIA, 2004) a
ser cumprido pela Uniaõ Europeia. Neste constam todos os materiais e artigos destinados a
entrar em contato com alimentos, requisitos gerais sobre a segurança das embalagens
inteligentes e define o quadro para o processo de avaliação de segurança da EFSA -
Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (DAINELLI, Dario, GONTARD, et al.,
2008).
Em 2009, entrou em vigor na Europa o Regulamento 450/2009 (COMISSÃO
EUROPEIA, 2009), sendo a legislação mais importante neste domínio (RESTUCCIA,
SPIZZIRRI, et al., 2010). Até hoje em vigor, esse é o único regimento dedicado inteiramente
as embalagens inteligentes, onde são determinadas regras específicas sobre o seu uso,
aplicação, segurança, autorização e comercialização (DRAGO, CAMPARDELLI, et al.,
2020) (DAINELLI, D., 2015).
O Regulamento 450/2009 diz que os sistemas de embalagens inteligentes não devem
liberar seus componentes nos alimentos (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020). O
componente inteligente ou sensor pode ser colocado na parte externa da embalagem e o
contato com alimentos pode ser evitado por uma barreira funcional que impede a migração de
substâncias (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020). Além disso, também é especificado o
risco do uso de nanopartículas, que deve ser analisado até que mais informações sobre seu uso
e suas possíveis interações com alimentos e com a saúde humana sejam estudadas e
divulgadas (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020). Recomenda-se que a rotulagem dessas
embalagem tenha descrita de forma visível, clara e legível o termo, "NÃO COMESTÍVEL", e
sempre que possível venha com um símbolo específico, para instruir a não ingestão do
material (PEREIRA, TEIXEIRA, et al., 2020).
Segundo a normativa europeia, ainda existem algumas normas específicas para cada
tipo de embalagem inteligente, que devem ser seguidas de acordo com o objetivo da
respectiva (PEREIRA, TEIXEIRA, et al., 2020).
Nos EUA a legislação para as embalagens inteligentes é muito parecida com as das
embalagens tradicionais (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020) e nenhum regulamento
específico foi desenvolvido pressupondo que esses conceitos já foram cobertos pela legislação
atual de embalagens (DAINELLI, D., 2015). Os materiais que entram em contato com
alimentos são submetidos à liberação regulatória antes de serem colocados no mercado, pela
Food and Drug Administration (FDA), se forem considerados aditivos alimentares, sob a Lei
Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos (RESTUCCIA, SPIZZIRRI, et al., 2010).
Nos EUA a embalagem inteligente que não se destina a adicionar qualquer substância
ao alimento, nem a ter efeito técnico no alimento, não há regulamentação específica e são
simplesmente regulamentados como todas as substâncias de contato (RESTUCCIA,
SPIZZIRRI, et al., 2010). As substâncias que não causam nenhum problema de saúde pública
quando usadas em doses mínimas, são liberadas por não apresentar motivo de preocupação
toxicológica (RESTUCCIA, SPIZZIRRI, et al., 2010).
O sistema regulatório do Canada para embalagens alimentícias tem altos padrões de
segurança e é semelhante ao dos EUA (DRAGO, CAMPARDELLI, et al., 2020) A diferença
crucial entre os dois países diz respeito à migração de componentes que não são considerados
aditivos alimentares, exigindo legalmente a pré-liberação de Produtos de Saúde e Seção de
Alimentos (RULIBIKIYE, NIELSEN, 2010).
No Brasil não há regulamentação específica para embalagens inteligentes, pois esse
novo conceito ainda não foi introduzido na legislação do MERCOSUL (PEREIRA,
TEIXEIRA, et al., 2020). O uso dessas embalagens atualmente está restrito à substâncias que
podem entrar em contato como alimento descritas nas resoluções: Resolução RDC, nº 17, de
17 de março de 2008 (ANVISA, 2008) e na Resolução RDC nº 56, de novembro de 2012
(ANVISA, 2012). Não há exigência de declaração do componente no rótulo e não há
necessidade de declaração de conformidade pelo fabricante da embalagem (PEREIRA,
TEIXEIRA, et al., 2020). A RDC nº 91, de maio de 2001, estabelece os critérios gerais e
classifica os materiais para embalagens e equipamentos em contato com alimentos (ANVISA,
2001).
O uso de nanotecnologia em embalagens inteligentes já está ocorrendo e isso têm sido
fortemente discutido devido à preocupação existente em relação à segurança, por se ter pouca
informação sobre a toxicidade e ingestão de nanopartículas, que por terem um tamanho muito
pequeno apresentam propriedades químicas e físicas únicas e diferentes das conhecidas em
escala maior (PEREIRA, TEIXEIRA, et al., 2020, RESTUCCIA, SPIZZIRRI, et al., 2010).
Para apoiar uma tecnologia tão inovadora, como as embalagens inteligentes, é necessário uma
legislação flexível e clara para que não haja aversão ao seu uso e métodos de ensaio
adequados para acompanhar o mercado atual e futuro (DAINELLI, Dario, GONTARD, et al.,
2008).
Observa-se que a regulamentação nos países europeus é menos flexível em
comparação com Japão, Estados Unidos e Canadá, o que explica uma maior dificuldade na
entrada de inovações tecnológicas no setor de embalagens de alimentos nesses países. Em
muitas nações, como o Brasil, essas regulamentações para embalagens inteligentes ainda não
existem e, com isso, a legislação aplicada é semelhante a das embalagem tradicionais. Apesar
da rigidez e complexidade dessas leis, elas são extremamente importantes para se evitar
diversos problemas e garantir segurança ao consumidor. Dessa forma espera-se que sejam
contempladas em países que ainda seguem sem legislação específica para embalagens
inteligentes.

Referências
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