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156 O SISTEMA ESQUELÉTICO

TABELA 6.2 Características da superfície do crânio

Características da superfície

Articula-se com
Região Osso os ossos Estruturas Funções Forames Funções

NEURO-
CRÂNIO (8) Occipital (1) Parietais, temporais, Externas:
(Figura 6.6) esfenóide Côndilos occipitais Articulação com a primeira Forame jugular (com o Conduz o sangue das
vértebra cervical osso temporal) pequenas veias na cavidade
do crânio
Crista occipital Fixação de músculos e Canal do nervo Passagem para o nervo
externa, protuberância ligamentos que movem hipoglosso hipoglosso que inerva os
occipital externa e a cabeça e estabilizam a músculos da língua
linhas nucais superior articulação atlantoccipital
e inferior
Internas:
Crista occipital Fixação de meninges que
interna estabilizam o encéfalo
Parietais (2) Occipital, frontal, Externas:
(Figura 6.6) temporais, Linhas temporais Inserção de grandes
esfenóide superior e inferior músculos que elevam a
mandíbula
Túber parietal Fixação do couro cabeludo
ao crânio
Frontal (1) Parietais, nasais, Sutura frontal Marca a fusão dos Forames supra-orbitais Vias de passagem para o
(Figura 6.7) zigomáticos, ossos frontais em nervo supra-orbital, ramo
esfenóide, etmóide, desenvolvimento sensitivo do nervo oftálmico
maxilas e artéria supra-orbital para
a região do supercílio e da
pálpebra
Escama frontal Inserção de músculos do
couro cabeludo
Margem supra-orbital Proteção do olho
Fossas da glândula Recessos contendo as
lacrimal glândulas lacrimais
Seio frontal Torna o osso mais leve e
produz muco
Crista frontal Fixação de meninges
dentro do crânio
Temporais (2) Occipital, Externas: Externos:
(Figura 6.8) parietais, frontal, Parte escamosa: Canal carótico Passagem para a artéria
zigomáticos, Face temporal Inserção para músculos da carótida interna, conduzindo
esfenóide e mastigação sangue ao encéfalo
mandíbula; abriga Fossa mandibular e Formação da articulação Forame estilomastóideo Saída para o nervo motor
os ossículos da tubérculo articular temporomandibular dos músculos da face
audição e sustenta Processo zigomático Articulação com o osso Forame jugular Conduz o sangue das
o osso hióide pelos zigomático (com o osso occipital) pequenas veias na cavidade
ligamentos estilo- do crânio
hióideos
Parte petrosa:
Processo mastóide Inserção para músculos Meato acústico externo Entrada e passagem do ar até
que atuam na flexão e a membrana timpânica
rotação da cabeça
Processo estilóide Fixação do ligamento Forame mastóideo Passagem de vasos
estilo-hióideo e músculos sangüíneos para as meninges
Internas: Externos:
Células mastóideas Tornam mais leves os Forame lacerado, entre Fechado por cartilagem
(aéreas) processos mastóides o osso temporal e o e passagem de pequenas
occipital artérias para a superfície
interna do crânio
Internos:
Parte petrosa Proteção da orelha média e Tuba auditiva Comunica o espaço aéreo
da orelha interna da orelha média com a parte
nasal da faringe
Meato acústico interno Passagem de vasos
sangüíneos e nervos para a
orelha interna e o forame
estilomastóideo
CAPÍTULO 6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial 157

TABELA 6.2 Características da superfície do crânio (continuação)

Características da superfície

Articula-se com
Região Osso os ossos Estruturas Funções Forames Funções

Esfenóide (1) Occipital, frontal, Internas:


(Figura 6.9) temporais, Sela turca Proteção da hipófise Canal óptico Passagem do nervo óptico
zigomáticos, Processos clinóides Proteção da hipófise e do Fissura orbital superior Passgem de nervos sensitivos
palatinos, maxilas, anterior e posterior, nervo óptico e motores do olho
etmóide e vômer sulco pré-quiasmático
Externas:
Processo pterigóide e Inserção para músculos da Forame redondo Passagem para nervo
espinhas do esfenóide mastigação e ligamentos sensitivo da face
Forame oval Passagem para nervo motor
dos músculos da mastigação
Forame espinhoso Passagem de vasos para as
meninges encefálicas
Etmóide (1) Frontal, nasais, Crista etmoidal Fixação para meninges que Forames da lâmina Passagem dos nervos
(Figura 6.10) palatinos, lacrimais, estabilizam o encéfalo cribriforme olfatórios
esfenóide, maxilas e Labirinto etmoidal Torna o osso mais leve e é
vômer local de produção de muco
Conchas nasais Criam turbulência no fluxo
superior e média aéreo
Lâmina perpendicular Divide a cavidade
nasal (com o vômer e a
cartilagem do septo nasal)
VISCERO-
CRÂNIO Maxilas (2) Frontal, Margem infra-orbital Protege o olho Fissura orbital inferior e Passagem de nervos que
(FACE) (14) (Figura 6.12) zigomáticos, forame infra-orbital penetram no crânio pelo
palatinos, lacrimais, forame redondo
esfenóide, etmóide Processo palatino Forma a maior parte do Forames palatinos Passagem de nervos
e conchas nasais palato ósseo menor e maior sensitivos da face
inferiores, vômer, Seio maxilar Torna o osso mais leve, Ducto lacrimonasal Drenagem de lágrima do
nasais secreta muco (com o osso lacrimal) saco lacrimal para a cavidade
nasal
Processo alveolar Envolve as articulações
com os dentes
Palatinos (2) Esfenóide, maxilas e Contribuem para formar o
(Figura 6.13) vômer palato ósseo e a órbita
Nasais (2) Frontal, etmóide, Sustentam o dorso do nariz
(Figuras 6.3c,d; maxilas
6.15)
Vômer (1) Etmóide, maxilas, Forma a porção inferior e
(Figuras 6.3d,e; 6.5; palatinos posterior do septo nasal
6.16)
Conchas nasais Maxilas e palatinos Criam turbulência no fluxo
inferiores (2) aéreo
(Figuras 6.3d; 6.16)
Zigomáticos (2) Frontal, temporais, Processo temporal Com o processo zigomático
(Figuras 6.3c,d; esfenóide, maxilas do temporal, completa
6.15) o arco zigomático, para
inserção de músculos da
mastigação
Lacrimais (2) Etmóide, frontal, Sulco lacrimal Contém o saco lacrimal
(Figuras 6.3c,d; maxilas, conchas
6.15) nasais inferiores
Mandíbula (1) Temporais Ramo Forame da mandíbula Passagem de nervo sensitivo
(Figura 6.14) dos dentes mandibulares
(inferiores) e gengiva
Processo condilar Articulação com o Forame mentual Passagem de nervo sensitivo
temporal da região do mento e do lábio
inferior
Processo coronóide Inserção do músculo
temporal a partir da
superfície do osso parietal

(continua)
158 O SISTEMA ESQUELÉTICO

TABELA 6.2 Características da superfície do crânio (continuação)

Características da superfície

Articula-se com
Região Osso os ossos Estruturas Funções Forames Funções

Mandíbula (1) Parte alveolar Proteção da articulação


(Figura 6.14) com os dentes
Linhas milo-hióideas Inserção de músculos que
constituem o soalho da
cavidade oral
Fóveas Alojam as glândulas
submandibulares submandibulares
OSSOS
ASSOCIADOS Hióide (1) Sustentado por Cornos maiores Inserção de músculos
(7) (Figura 6.17) músculos e da língua e ligamentos à
ligamentos fixos no laringe
processo estilóide Cornos menores Fixação dos ligamentos
do osso temporal; estilo-hióideos
conectado por
músculos e
ligamentos à laringe
Ossículos da A parte petrosa de Conduzem as vibrações
audição (três cada osso temporal sonoras da membrana
pares) engloba três timpânica para as câmaras
ossículos preenchidas por líquido na
orelha interna

■ Os fontículos póstero-laterais (mastóideos) localizam-se nas junções


REVISÃO DOS CONCEITOS das suturas escamosas e sutura lambdóidea.
1. Quais são os nomes e as funções dos ossos da face? Os crânios de crianças e adultos diferem em termos de forma e es-
2. Identifique as funções dos seios paranasais. trutura dos componentes cranianos, e esta diferença é responsável pelas
3. Quais são os ossos que constituem a órbita? variações de dimensão e proporções. O crescimento craniano mais sig-
Veja a seção de Respostas na parte final do livro.
nificativo ocorre antes dos cinco anos de idade; nesta idade, o encéfalo
interrompe seu crescimento e as suturas cranianas se desenvolvem. Como
resultado, o crânio de uma criança em relação ao seu corpo é proporcio-
nalmente maior quando comparado ao de um adulto.
Crânios de bebês, crianças
e adultos [Figura 6.18] A coluna vertebral [Figura 6.19]
Diversos centros de ossificação estão envolvidos na formação do crânio,
mas, ao longo do desenvolvimento, com as fusões resulta um número me- O restante do esqueleto axial é subdividido em coluna vertebral e cai-
nor de componentes ósseos. Por exemplo, o esfenóide inicia-se como 14 xa torácica. A coluna vertebral de um adulto é composta por 26 ossos,
centros individuais de ossificação. Ao nascimento, a fusão ainda não está incluindo as vértebras, o sacro e o cóccix. As vértebras constituem uma
completa e existem “dois” ossos frontais, “quatro” ossos occipitais e vários coluna de apoio que sustenta o peso da cabeça, pescoço e tronco, final-
componentes dos ossos esfenóide e temporal. mente transferindo esse peso para os membros inferiores no esqueleto
O crânio organiza-se em torno do encéfalo em desenvolvimento, e apendicular. Elas também protegem a medula espinal, oferecem passa-
à medida que o nascimento se aproxima, o encéfalo cresce rapidamente. gem para os nervos espinais, que se iniciam ou terminam na medula
O crescimento dos ossos do crânio é defasado em relação ao crescimento espinal, e auxiliam na manutenção da postura ereta do corpo, em pé ou
encefálico e, ao nascimento, os ossos cranianos são interligados por áreas sentado.
de tecido conectivo fibroso. Estas conexões são bastante flexíveis e, assim, A coluna vertebral é dividida em regiões. Partindo-se do crânio, as
o crânio pode ser distorcido sem que haja lesão. Esta distorção normal- regiões são cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea (Figura 6.19). Cada
mente ocorre durante o parto e facilita a passagem da criança pela vagina. região da coluna vertebral apresenta diferentes funções e, como resultado,
As maiores regiões fibrosas entre os ossos cranianos são conhecidas como as vértebras de cada região apresentam especializações anatômicas que
fontículos (Figura 6.18). permitem essas diferenças funcionais. Além disso, as vértebras localizadas
nas junções entre duas regiões da coluna vertebral compartilharão algu-
■ O fontículo anterior é o maior dos fontículos. Localiza-se na inter- mas características anatômicas.
secção das suturas frontal, sagital e coronal. Sete vértebras cervicais constituem o pescoço e estendem-se infe-
■ O fontículo posterior localiza-se na junção das suturas lambdóidea riormente para o tronco. A primeira vértebra cervical forma um par
e sagital. de articulações com os côndilos occipitais do crânio. A sétima vértebra
cervical articula-se com a primeira vértebra torácica. Doze vértebras to-
■ Os fontículos ântero-laterais (esfenoidais) encontram-se nas jun- rácicas constituem a região torácica do dorso, e cada uma se articula
ções das suturas escamosas e sutura coronal.

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