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Boa tarde, hoje vou apresentar o livro “sensibilidade e bom senso” de Jane Austen.

Publicado sob o pseudónimo “a lady”, sensibilidade e bom senso foi o primeiro livro publicado da
autora, em 1811, embora não tenha sido o primeiro que a mesma escreveu.

Nascida a 16 de dezembro de 1775 em Steventon no Reino Unido, Jane Austen baseou-se na sua
vida e na sociedade que a rodeava para escrever as suas obras. Estas são conhecidas pela ironia
utilizada pela autora para descrever personagens e situações de tensão bem como por abordar um
alvo específico: a sociedade. O seu contacto com os livros iniciou-se muito cedo na biblioteca do seu
pai e também desde cedo Jane iniciou o seu gosto pela escrita, escrevendo romances baseados na
sua própria vida. Jane veio a falecer a 18 de julho de 1817.

Este livro apresenta uma capa verde com algumas flores desenhadas que visam imitar a capa original
de publicação. O título encontra-se ligeiramente acima do meio, seguido do nome da autora e em
baixo a editora, neste caso a Cranford collection. A lombada é a continuação da capa e contém as
mesmas informações. A contracapa é bastante simples condizendo com a restante capa e contém
uma flor que simboliza a beleza, a perfeição, o amor e a alegria e uma borboleta, o símbolo da
transformação, da mudança e da renovação. Representa também o recomeço, e a proteção. Todos
estes são temas que se encontram na obra. Esta edição não contém contracapas.

Sensibilidade e bom senso apresenta a história de duas irmãs: Marianne e Elinor que são o oposto
uma da outra. Enquanto Marianne é espontânea, romântica e dá mais ouvidos ao coração do que à
razão, Elinor é sensata, reservada e extremamente privada em relação aos seus sentimentos.

Ao longo da narrativa, estas duas irmãs encantam o leitor com a sua forma de agir e viver e
percebemos que têm muito a aprender uma com a outra. Apesar da história começar de forma
lenta, os eventos e revelações apresentadas no meio tornam esta leitura interessante e mostra as
desvantagens tanto da sensibilidade como do bom senso.

Sensibilidade e bom senso foca-se essencialmente na história destas duas irmãs que após a morte
do pai de veem obrigadas a abandonar o seu lar uma vez que este passa a pertencer ao seu meio-
irmão mais velho e à sua esposa. Acompanhadas pela mãe e pela irmã mais nova, acabam por ir
morar para Devonshire onde Marianne conhece Willougbhy, um jovem por quem se sente
imediatamente atraída. Quanto isso Elinor vê-se atormentada com a possibilidade de Edward Ferraz
casar com outra pessoa, mas, como sensata que é, percebe que seria mais vantajoso para Edward
casar com alguém com mais poses.

Apesar da obra ser fluída, característico da escrita de Jane, o início foca-se muito nos eventos sociais
aos quais as irmãs vão sem haver muitos acontecimentos que despertem o interesse do leitor, no
entanto, por volta das últimas 100 páginas existem diálogos e cenas muito reveladoras sobre certas
personagens.

Como sempre, Jane apresenta uma crítica à sociedade, desta vez focada no dinheiro, ou falta dele,
para a realização de um casamento. E também cé visível uma crítica ao excesso de “sensibilidade”,
ser-se “sensível” e “sensato”. O comportamento romântico de Marianne acaba por a colocar em
problemas, no entanto o comportamento reservado e sensato de Elinor impede-a de se expressar
romanticamente, bem como de tentar avançar para conquistar Edward.

Passando para as personagens, estas vão senso desenvolvidas à volta de Elinor e Marianne, por isso
apenas conseguimos entender realmente estas duas. No início achei Marianne muito ingénua, mas
ao longo da narrativa é notável o amadurecimento da mesma. Mesmo assim apenas gostei
realmente de Elinor, uma vez que mesmo sendo a personagem principal esta tem defeitos, mas
tenta melhorar em cada parte do livro.

Quanto às restantes personagens não gostei propriamente de nenhuma sem ser o Coronel, uma
personagem bastante nobre, bondosa e leal. Todas as outras são utilizadas para criticar a arrogância
e a futilidade predominantes na época. Quanto a Willougbhy, este, bem como em orgulho e
preconceito é utilizado para mostrar que as aparências iludem.

Escolhi também uma frase que acredito ser muito atual mesmo que o livro tenha sido escrito há
mais de 200 anos. Post-it laranja

Concluindo, Sensibilidade e bom senso não é das obras mais atrativas envolventes, no entanto, a
escrita de Jane e o contraste entre Elinor e Marianne torna esta narrativa interessante mostrando-
nos os prós e os contras das diferentes personalidades. Não foi a minha obra favorita da autora mas
não deixa de ser um bom livro.

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