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REDES ELÉTRICAS

8069 – REDES AÉREAS / SUBTERRÂNEAS BT IP


Rede BT

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Ligação de Clientes
q Baixa Tensão (BT) – destina-se a clientes residenciais, lojas, escritórios e
pequenas empresas, alimentadas ao nível de 230/400V;
q Baixa Tensão Normal (BTN) – para potências contratadas iguais ou inferiores a 41.4kVA e
uma potência mínima de 1.15 kVA;
q Baixa Tensão Especial (BTE) – para potências contratadas superiores a 41.4kVA.

q Média Tensão (MT) – destina-se a empresas tipicamente com potências


instaladas superiores a 200kVA, alimentadas de tensão de 10kV, 15kV ou 30kV;

q Alta Tensão (AT) – destina-se a empresas tipicamente com potências


instaladas superiores a 10MVA, alimentadas ao nível de tensão de 60kV.

Simuladores

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Níveis de Tensão

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Potências
q Queda de tensão máxima no ramal não deve ser superior a 2% da
tensão nominal.

q Até 41.4kVA a E-REDES disponibiliza em monofásico e trifásico,


controláveis por meio de um Interruptor de Controlo de Potência
(ICP);

q A leitura dos consumos é feita pelo EMI;

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Potências
q Acima de 41.4kVA até 69kVA, pode ser contratada qualquer potência
até aos limites definidos, sendo o valor para efeitos de tarifário, medido a
cada 15 minutos. A energia medida é a ativa e reativa.

q A fronteira entre a rede BT e a instalação do cliente é à saída dos


fusíveis existentes na portinhola;

q A portinhola fica em local de fácil acesso ao distribuidor de energia, a


partir da via pública.

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Potências

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Potências – Contratáveis e Disjuntores

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Normas e Regulamentos
q RSRDEEBT – Decreto Regulamentar Nº 90/84 de 26 de Dezembro para as LABT
q Documentos da DGEG e ERSE:
q Recomendações para Linhas Aéreas de até 30kV;
q Guia Técnico das RABT em Condutores Isolados;
q Guia Técnico das RABT em Condutores nus;
q Guia Técnico das Instalações de DST;
q Guia Técnico das Instalações Elétricas Estabelecidas em Condomínios Fechados.

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PLR

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Cabos e Proteções

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Cabos BT

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Cabos BT

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Portinhola
q Invólucro;
q Fusível;
q Porta-fusível.

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Portinhola
q Regime de Neutro – as redes de distribuição em BT são exploradas
com o neutro ligado diretamente à terra;
q Corrente de curto-circuito – o valor previsível aos terminais de
entrada da portinhola é de 25kA (valor eficaz);
q O valor pico não excede 2.1 vezes o seu valor eficaz, correspondente a um
fator de potência de 0.25;
q Sobretensões temporárias – não são previstas que ultrapassem
4kV de valor eficaz;

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Derivações
q A entrada dos cabos (ramais) é sempre feita pela parte
inferior da portinhola e ligados aos terminais inferiores
do dispositivo.

q A ligação entre a portinhola e caixa de contagem deve


ser feita por condutores H07V-R ou H07V-U, com secção
e número adequado à potência – 6mm2 para ramal
monofásico de potência até 6.9kVA (30A) ou trifásico até
20.7kVA (30A)

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Ligações à Terra
q Para evitar efeitos de perturbações na linha e assegurar a segurança de
pessoas e instalações.
q Todos os apoios duma linha aérea são individualmente ligados à terra para
evitar tensões de passo e de contacto – perigosas para pessoas e instalações.
q Asseguram condições de fiabilidade e segurança.
q Os valores da resistência de terra dos postes devem ser inferiores a 20Ω.
q Os elétrodos de terra podem ser de: cobre, aço galvanizado, ou aço revestido a
cobre.
q Tipos Elétrodos de Terra:
q Em Serpentina Simples;
q Em Serpentina Dupla;
q Em Serpentina Dupla Longa;
q Em Estrela ou Pata-de-ave;
q Com Varetas em paralelo.

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Ligações à Terra – Elétrodos de Terra
q Em Serpentina Simples:
q Em Serpentina Dupla;
q Em Serpentina Dupla Longa;
q Em Estrela ou Pata-de-ave;
q Com Varetas em paralelo.

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Elétrodos de Terra – Serpentina
q Utiliza-se um condutor de cobre nu de
35mm2 com 10m;

q A vala terá um comprimento de 3m, largura


de 0.6m e profundidade de 0.8m.

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Ligações à Terra – Elétrodos de Terra
q Em Serpentina Simples;
q Em Serpentina Dupla:
q Em Serpentina Dupla Longa;
q Em Estrela ou Pata-de-ave;
q Com Varetas em paralelo.

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Elétrodos de terra – serpentina
q Utiliza-se um condutor de cobre nu de
35mm2 com 10m;

q A vala terá um comprimento de 3m,


largura de 0.6m e profundidade de 0.8m.

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Ligações à Terra – Elétrodos de Terra
q Em Serpentina Simples;
q Em Serpentina Dupla;
q Em Serpentina Dupla Longa:
q Em Estrela ou Pata-de-ave;
q Com Varetas em paralelo.

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Ligações à Terra – Elétrodos de Terra
q Em Serpentina Simples;
q Em Serpentina Dupla;
q Em Serpentina Dupla Longa;
q Em Estrela ou Pata-de-ave:
q Com Varetas em paralelo.

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Elétrodos de Terra – Estrela
q Utiliza-se um condutor de cobre nu de
35mm2 3x10m de comprimento, formando um
ângulo de 120º.

q A vala tem comprimento de 3x10m, mínima


largura possível e profundidade de 0.8m.

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Elétrodos de Terra – Estrela
q Utiliza-se um condutor de cobre nu de
35mm2 3x10m de comprimento, formando um
ângulo de 120º.

q A vala tem comprimento de 3x10m, mínima


largura possível e profundidade de 0.8m.

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Ligações à Terra – Elétrodos de Terra
q Em Serpentina Simples;
q Em Serpentina Dupla;
q Em Serpentina Dupla Longa;
q Em Estrela ou Pata-de-ave;
q Com Varetas em paralelo:

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Elétrodos de Terra – Vareta Simples
q Vareta de 2 a 6 m;

q Profundidade de enterramento de 0.8m;

q Condutor de 35mm2.

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Elétrodos de Terra – Vareta Simples
q Vareta de 2 a 6 m;

q Profundidade de enterramento de 0.8m;

q Condutor de 35mm2.

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Elétrodos de Terra – Vareta Paralelo
q 3 ou 5 varetas com 2m de comprimento;

q Distância entre varetas 2.5m;

q Profundidade de enterramento 0.8m.

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Elétrodos de Terra – Vareta Paralelo
q 3 ou 5 varetas com 2m de comprimento;

q Distância entre varetas 2.5m;

q Profundidade de enterramento 0.8m.

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Resistividade do Solo
o d – é o diâmetro do elétrodo em m;
o hS – é a profundidade de enterramento em m;
o L – é o comprimento do elétrodo de terra em m;
o ln – logaritmo natural ou neperiano;
o ƿ - é a resistividade do terreno;

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Ligação à Terra
q Nos postes de betão todas as estruturas metálicas para suporte
de condutores, são ligadas ao terminal de terra, na cabeça do
poste, através de um cabo de cobre nu de 35 mm2.
q O terminal da cabeça do poste é ligado com cabo de cobre nu
de 50 mm2, no interior do poste, ao terminal da base de ligação
aos elétrodos. Este cabo é embebido no betão quando do fabrico
do poste.
q Além das armações, devem ser ligados à terra a aparelhagem
de corte ou de manobra, ferragens, dispositivos anti nidificação,
descarregadores de sobretensões com fio de cobre 16mm2.
q Os postes metálicos têm uma ligação à terra em cada pé do
apoio.

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Ligação à Terra
q Nos postes de betão todas as estruturas metálicas para suporte
de condutores, são ligadas ao terminal de terra, na cabeça do
poste, através de um cabo de cobre nu de 35 mm2.
q O terminal da cabeça do poste é ligado com cabo de cobre nu
de 50 mm2, no interior do poste, ao terminal da base de ligação
aos elétrodos. Este cabo é embebido no betão quando do fabrico
do poste.
q Além das armações, devem ser ligados à terra a aparelhagem
de corte ou de manobra, ferragens, dispositivos anti nidificação,
descarregadores de sobretensões com fio de cobre 16mm2.
q Os postes metálicos têm uma ligação à terra em cada pé do
apoio.

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Ligação à Terra
q Nos postes de betão todas as estruturas metálicas para
suporte de condutores, são ligadas ao terminal de terra, na
cabeça do poste, através de um cabo de cobre nu de 35
mm2.
q O terminal da cabeça do poste é ligado com cabo de
cobre nu de 50 mm2, no interior do poste, ao terminal da
base de ligação aos elétrodos. Este cabo é embebido no
betão quando do fabrico do poste.
q Além das armações, devem ser ligados à terra a
aparelhagem de corte ou de manobra, ferragens,
dispositivos anti nidificação, descarregadores de
sobretensões com fio de cobre 16mm2.
q Os postes metálicos têm uma ligação à terra em cada pé
do apoio.

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Ligação à Terra
q A plataforma de manobra e a parte fixa do
seccionador, são ligados ao terminal de terra inferior
do poste com cabo de cobre de 35 mm2, que no seu
trajeto será protegido por tudo PVC rígido de 25 mm
de diâmetro.

q Os DST são ligados ao terminal de terra inferior do


poste, com cabo de LXS 70m2. O tubo deve ser de 32
mm, rígido em PVC.

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Linhas Aéreas BT - Antigas
q Constituídas com cabos nus de cobre ou alumínio;
q Postes de madeira ou betão;
q Incluem cabos destinados à iluminação pública;
q Expostas às influencias do meio ambiente:
q Tempestades;
q Descargas atmosféricas;
q Humidade;
q Poeiras;
q Salitre.
q Múltiplas avarias;
q Interrupções no fornecimento de energia.

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Linhas Aéreas BT - Melhorias
q Cabos isolados e cableados entre si – Rede Torçada.
q Melhoria da qualidade no fornecimento de energia;
q Minimização dos impactos ambientais;
q Redução dos custos operacionais.

q Obedecem ao disposto no RSRDEEBT.


q Classificação:
q 1º Classe:
q CA: U < 1kV
q CC: U < 1,5kV
q f = 50 Hz;
q 230V / 400V

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Linhas Aéreas BT - Torçada
q Condutores em alumínio e isolação XLPE;
q Condutores apoiados em postes de betão ou fachadas de edifícios;
q Cabos em torçada normalizados pela EDP são do tipo LXS:
q Condutor em alumínio;
q Isolação XLPE, sem neutro tensor;
q Tensão estipulada: 0,6/1 kV;
q Secções normalizadas pela EDP:
q 4x25+16 mm2
q 4x50+16 mm2
q 4x70+16 mm2
q 4x95+16 mm2
q O condutor de 16 mm2 destina-se à iluminação pública. O neutro é comum a ambas as redes.

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Linhas Aéreas BT - Torçada
q Cabos ligados aos consumidores (ramais) normalizados:
q Tipo LXS;
q 2x16mm2
q 4x16mm2
q 4x25mm2

q Todos têm a mesma secção, logo para identificação da IP:


q Tinta branca;
q Fases: 1, 2, 3
q IP: IP1 e IP2

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Linhas Aéreas BT - Condutores
q Almas condutoras em alumínio ou cobre;
q Isolados a polietileno reticulado (PEX);
q LXS – Torçada em alumínio;
q XS – Torçada em cobre;
q Condutores de fase + IP + neutro.

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Linhas BT – Condutores Ramais

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Linhas Aéreas BT - Acessórios
q Ferragens de fixação;
q Gancho do tipo rabo de porco – rosca e varão redondo – para fixação nos postes / paredes;
q Alongador – varão de ferro galvanizado para fixação por amarração;
q Pinças de amarração e suspensão;
q Ligadores de união e derivação;
q Mangas termo-retrácteis.

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Linhas Aéreas BT - Acessórios
q Pinças de amarração;
q Pinças de suspensão;
q Ligadores bimetálicos;
q Rabos de porco;
q Caixas de fusíveis;
q Uniões e mangas
termoretrácteis.

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Linhas Subterrâneas BT - Acessórios
q Tubo PVC;
q Tubo PEAD;
q Rede de sinalização
vermalha;

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Linhas Aéreas BT - Apoios
q Postes em betão armado com altura entre 8 e 12m;
q Em zonas rurais e distantes, ainda podem existir de
madeira ou até metálicos;
q Os apoios devem suportar a tração dos cabos e as
flechas devem ser consideradas para as piores condições;
q Após regulado o cabo é colocado nas pinças de
suspensão (alinhamentos) ou amarração (ângulos e fins
de linha);
q O cabo fica amarrado nos dois lados da cabeça do poste
e com um seio (1.5m) com folga suficiente para contornar
a cabeça do poste.
q Profundidade de implantação:
!
q + 0,5
"#
q H – altura do poste

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Linhas Aéreas BT – Cabos em Fachadas
q Distâncias:
q 0,3m acima da abertura de portas ou janelas;
q 0,5m abaixo e aos lados de portas ou janelas desde que não tenham varandas;
q 1m abaixo e aos lados de portas ou janelas, se estas tiverem varandas;
q 2,25m acima do solo.

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Linhas Aéreas BT – Ligação do Neutro
q Em vários postes ao longo do trajeto do cabo;
q O condutor de neutro, é ligado sem interrupções, a cabo LXS 70mm2, até à união bimetálica
(10cm acima do solo), e a cabo o H01VV-R 1G35mm2, com bainha exterior preta e isolamento
verde/amarelo;
q A resistividade global da terra de neutro, por cada saída do PT, não deve exceder os 10Ω.

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Redes Subterrâneas BT – AD
q O neutro deve ser ligado diretamente à terra em todos os
armários de distribuição.
q A ligação da barra de neutro dos AD ao elétrodo de terra é
através de cabo VV 35mm2;
q As massas, armaduras e suportes dos cabos devem ser ligados
à barra de neutro através de condutor de cobre de 16 mm2;
q A resistência global de neutro não deve exceder 10Ω.

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Redes Subterrâneas BT – AD
q O neutro deve ser ligado diretamente à terra em todos os
armários de distribuição.
q A ligação da barra de neutro dos AD ao elétrodo de terra é
através de cabo VV 35mm2;
q As massas, armaduras e suportes dos cabos devem ser ligados
à barra de neutro através de condutor de cobre de 16 mm2;
q A resistência global de neutro não deve exceder 10Ω.

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Redes Subterrâneas BT – IP
q São redes de distribuição BT que alimentam luminárias montadas
em colunas de betão ou metálicas;
q Equipamentos:
q Coluna – a ligação à terra deve ser feita em todas as colunas. Os elétrodos de
terra estão interligados com o terminal de terra da coluna com cabo VV
35mm2.
q Quadro elétrico da coluna IP;
q Luminária.

q A resistência global de neutro não deve exceder 10Ω.


q A ligação do neutro à terra deve ser feito através de cabo H07V-R
16mm2.

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Redes Subterrâneas BT – IP
q São redes de distribuição BT que alimentam luminárias montadas
em colunas de betão ou metálicas;
q Equipamentos:
q Coluna – a ligação à terra deve ser feita em todas as colunas. Os elétrodos de
terra estão interligados com o terminal de terra da coluna com cabo VV
35mm2.
q Quadro elétrico da coluna IP;
q Luminária.

q A resistência global de neutro não deve exceder 10Ω.


q A ligação do neutro à terra deve ser feito através de cabo H07V-R
16mm2.

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Edifícios Coletivos

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Coluna Montante e Entrada
q Troço comum – canalização elétrica da instalação coletiva que tem inicio na
portinhola e termina no quadro de colunas;
q Quadro de colunas – quadro alimentado em trifásico, diretamente de um
ramal ou de um troço comum, destinado a alimentar colunas e entradas;
q Coluna – canalização elétrica da instalação coletiva, que tem inicio num
quadro de colunas ou caixa de colunas e termina numa caixa de coluna;
q Caixa de coluna – quadro existente numa coluna para ligação das entradas;
q Entrada – canalização elétrica compreendida entre uma caixa de coluna e a
origem da instalação elétrica de utilização.

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Coluna Montante e Entrada

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Dimensionamento da Potência Total
q 1º - Potência total das diferentes instalações;
q Soma de cada uma das potências das instalações de utilização;

q 2º - Potência total dos serviços comuns;


q Soma das potências dos espaços de serviços comuns (iluminação, tomadas,
elevadores, bombagem água, garagens...);

q 3º - Aplicar o fator de simultaneidade (Ku)

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Fator de Simultaneidade

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Dimensionamento da Potência Total
q Exemplo:
q Um edifício com 12 habitações:
q 6 - T3: Potência de cada T3 – 10.35 kVA
q 6 – T2: Potência de cada T2 – 6.9 kVA
q 1º - Potência Total das instalações:
q ST = 6 x 10.35 + 6 x 6.9 = 103.5 kVA
q 2º - Potência Serviços Comuns: 10.35 kVA
q ST = 103.5 + 10.35 = 113.85 kVA
q 3º - Fator de simultaneidade:
q ST = 113.85 x 0.56 = 63.75 kVA

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Exercício
q Exemplo:
q Um edifício com 8 habitações:
q 4 – T4: Potência de cada T4 – 17.25 kVA
q 4 – T3: Potência de cada T3 – 10.35 kVA
q Serviços comuns: 3.45 kVA

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Exercício

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Características Gerais das Colunas
q As colunas devem ser trifásicas (três fases + neutro + proteção);
q A secção nominal das colunas é determinada em função de:
q Potência total;
q Fator de simultaneidade;
q Quedas de tensão máximas admissíveis;
q Colunas: 1.5%;
q Entradas: 0.5%.
q Correntes máximas admissíveis;
q Condutores das colunas devem ser >= 10 mm2;
q A secção nominal das colunas deve ser, pelo menos igual à das entradas.

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Valores Máximos Queda Tensão

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Caixas de Colunas
q Devem ficar nas zonas comuns dos edifícios;
q Devem ficar situadas entre 2m e 2.8m acima do solo.

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Quadro de Colunas
q Caixa de Corte Geral (C.C.) – onde se encontra o
dispositivo de corte geral da instalação elétrica do
edifício. Deve efetuar o corte simultâneo de todos os
condutores ativos (três fases + neutro), ou seja, deve
ser tetrapolar e omnipolar.
q Caixa de Barramentos (C.B.) – onde se localizam os
barramentos da instalação elétrica, em barras de
cobre, L1, L2, L3, N e PE.
q Caixa de Proteção de Saída (C.P.) – onde se
localizam as proteções contra sobreintensidades,
efetuadas por fusíveis de alto poder de corte do tipo
gG.
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Quadro de Colunas

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Quadro de Colunas

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Quadro de Colunas

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Quadro de Colunas

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Quadro de Colunas

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Entradas
q Liga a Caixa de Coluna à instalação de utilização.
q As entradas, dependem de:
q Potência instalada;
q Tipo de condutores;
q Queda de tensão máxima admissível: 0.5%

q Podem ser monofásicas ou trifásicas e devem incluir sempre o condutor de PE.


q Devem utilizar o mesmo tipo de condutor e conduta que o utilizado nas colunas.
q A secção dos condutores deve ser >= 6mm2
q O diâmetro mínimo dos tubos das entradas é de 32 mm

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Colunas e Entradas
q A secção dos condutores de entrada e da coluna é calculada em função de IB
Corrente de Serviço
𝑺
q Se for monofásica: 𝑰𝑩 = 𝑼𝑺
𝑺
q Se for trifásica: 𝑰𝑩 = 𝟑𝑼𝑪
q S – potência contratada em VA
q Tensão Simples - US – 230V
q Tensão Composta - UC – 400V
q A secção do condutor a utilizar deverá ter um valor IZ>IB

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Tabela correntes máximas admissíveis –
IZ (IZ > IB)

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Tubos a Utilizar

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Proteção Contra Sobreintensidades
q O dispositivo de proteção, é o fusível do
tipo gG, que garante proteção contra
sobrecargas e curto-circuitos.

q A Intensidade nominal (IN) do fusível


será o valor imediatamente acima da
corrente de serviço (IB)

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Exemplo:

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Exemplo: Determinar Potência Total
q Nº colunas: 1
q Nº habitações: 8
q Potência Total: 4 x 10.35 + 4 x 17.25 = 110.4 kVA
q Coeficiente simultaneidade: 0.75
q Potência de dimensionamento: 110.4 x 0.75 = 82.8
kVA

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Exemplo: Determinar Corrente de
Serviço IB
"
𝐼! =
#$!
%&%''
𝐼! =
# × )''
𝐼! = 119.7𝐴

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Exemplo: Secção do Condutor a Utilizar
na Coluna IZ > IB
q Secção do condutor a utilizar será de 70
mm2, para IZ = 136 A, que é maior que IB =
119.7A

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Exemplo: Diâmetro do Tubo a Utilizar
q O diâmetro do tubo será
VD 90 mm

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Exemplo: Fusível a Utilizar
q Seleciona-se o fusível
com IN, imediatamente
acima de IB
q Será fusível do tipo gG,
com IN = 125A

q O valor de I2 = 200A

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Exemplo: Proteção Contra Sobrecargas
1ª condição:
◦ IB<IN<IZ ¡ 1ª condição:
2ª condição: ¡ 119.7 < 125 < 136
◦ I2 <= 1.45 IZ
¡ 2ª condição:
¡ I2 <= 1.45 x 136
¡ I2 <= 197.2 A à mentira
Quando isto acontece, temos que selecionar um condutor com secção imediatamente acima: 95mm2

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Exemplo: Proteção Contra Sobrecargas
1ª condição:
◦ IB<IN<IZ ¡ 1ª condição:
2ª condição: ¡ 119.7 < 125 < 164
◦ I2 <= 1.45 IZ
¡ 2ª condição:
¡ I2 <= 1.45 x 164
¡ I2 <= 237.8 A

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Exemplo: Caixas do Quadro Geral

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Exemplo: Caixas do Quadro Geral

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Exemplo: Caixas do Quadro Geral

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Exemplo: Caixas de Coluna
q Para entradas trifásicas 17,25 kVA, a corrente de saída:

q Caixa CAD - 32A

q Para entradas monofásicas 10,35 kVA, a corrente de saída:


q Caixa CBD – 63A

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Solução

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Exemplo: Secção dos Condutores

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Cálculo das Quedas de Tensão das
Colunas e Entradas:
q A queda de tensão máxima admissível numa coluna é de 1% e das entradas 0.5%.
q Para um sistema monofásico:
! × # ×$$ × %&'∝
q ∆𝑈 = )
q Para um sistema trifásico:
* × ! × # ×$$ × %&'∝
q ∆𝑈 = )
q P – resistividade do material
q IB – Corrente de serviço
q L – comprimento
q S – secção condutor
q A resistividade do cobre é de 0.225 ⍦mm2 /m
q O fator de potência global das colunas e entradas, situa-se entre um valor médio de
0.8 e 1.

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Exercício:

16m

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Exercício:
Um prédio com 8 habitações, duas por piso, com um coluna de altura 17m.
Em cada um dos 4 pisos, temos uma habitação T3 e T4, com as potências,
respetivamente de 6.9kVA e 10.35 kVA.

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Quadro de Serviços Comuns
q Este quadro, irá alimentar e proteger os circuitos elétricos das
zonas comuns do edifício, nomeadamente: iluminação e tomadas de
garagens e escadas, elevadores, bombagem de água...
q As potências a considerar dependem dos dispositivos instalados.
q Normalmente, utiliza-se, como potências mínimas:
q SQSC >3,45kVA , se não tiver elevador
q SQSC > 13,8kVA , se tiver elevador
q O valor real deve ter em consideração todas as potências dos
equipamentos.

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 101


Dimensionamento Coluna Montante +
Serviços Comuns + Lojas

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 102


Instalação

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 103


Instalação

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 104


Instalação

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 105


Exercício:
Um prédio com 10 habitações, duas por piso, com uma coluna de altura 18m.
Em cada um dos 5 pisos, temos uma habitação T2 e T3, com as potências,
respetivamente de 5.75kVA e 6.9 kVA.
O prédio tem elevador.
No R/C existem 2 lojas com uma potência cada de 6.9kVA

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 106


Exercício:
Um prédio com 8 habitações, duas por piso, com uma coluna de altura 14m.
Em cada um dos 4 pisos, temos uma habitação T4 e T5, com as potências,
respetivamente de 6.9kVA e 10.35 kVA.
O prédio tem elevador.
No R/C existe 1 loja com uma potência de 10.35kVA

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 107


Exercício:
Um prédio com 12 habitações, três por piso, com uma coluna de altura 15m.
Em cada um dos 4 pisos, temos uma habitação T1, uma T2 e uma T3, com as
potências, respetivamente de 4.6kVA, 5.75kVA e 6.9 kVA.
O prédio não tem elevador.
No R/C existem 3 lojas com uma potência de 5.75kVA

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 108


Exercício:
Um prédio com 18 habitações, três por piso, com uma coluna de altura 18m.
Em cada um dos 6 pisos, temos uma habitação T2, uma T e uma T5, com as
potências, respetivamente de 5.75kVA, 6.9kVA e 10.35 kVA.
O prédio tem elevador.
No R/C existem 3 lojas com uma potência individual de 6.9kVA

Instalações Elétricas PROF. JUSTINO CORREIA 109


Dimensionamento RDBT – Potência
q Consiste em calcular a potência total da infraestrutura.
q A secção máxima dos condutores dos circuitos de rede subterrânea
alimentados por PT é de 185mm2.
q Para os circuitos das redes aéreas, as secções máximas é de 95 mm2.
q Calcular a potência de cada saída e a respetiva queda de tensão.

𝑃 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 = /(𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 × 𝑆 × 𝐶)

JUSTINO CORREIA 110


Dimensionamento Rede BT – Potência
𝑃 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 = /(𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 × 𝑆 × 𝐶)

Para locais residenciais, uso profissional e serviços comuns de edifícios:


0.8
𝐶 = 0.2 +
𝑛
Para restantes casos:
0.5
𝐶 = 0.5 +
𝑛
n – nº instalações de utilização
JUSTINO CORREIA 111
Dimensionamento Rede BT – Potência
q A queda de tensão máxima num circuito não deve ser superior a 8% da tensão
nominal (desde o PT até ao cliente).
q A queda de tensão máxima ideal é de 5%.
q Regras de dimensionamento:
q 3.45 kVA – monofásico (15A) – locais de um compartimento.
q 6.9 kVA – monofásico (30A) – locais de dois a seis compartimentos.
q 10.35 kVA – monofásica (45A) – locais com mais de seis compartimentos.
q 6.9 kVA – trifásico (10A) – locais até seis compartimentos.
q 10.35 kVA – trifásico (15A) – locais com mais de 6 compartimentos.

JUSTINO CORREIA 112


Dimensionamento Rede BT – Potência
𝑙
∆𝑈 = 3 × 𝐼 (𝜌 × cos 𝛾 + 𝑋 × sin 𝛾)
𝑆

q Considerando:
q cos 𝛾 = 0.8 e sin 𝛾 = 0.5
q 𝜌 – resistividade
q l – comprimento condutor
q S – seção do condutor
q I – corrente de serviço
q X – reactância do condutor

JUSTINO CORREIA 113


Dimensionamento Rede BT – Potência
𝑃&'&()
𝐼% =
3 × 𝑈* × cos 𝛾

q Considerando:
q cos 𝛾 = 0.8
q UC – tensão composta
q Is – corrente de serviço

JUSTINO CORREIA 114


Dimensionamento – Cabo BT
q Comprimento de 200m, e uma corrente que o percorre de IS = 236A.
q Cabo a utilizar: 3x185 + 95mm2.
q Fator de potência de 0.88.

PROF. JUSTINO CORREIA 115


Dimensionamento Rede BT – Potência
q Um ramal para alimentação de um conjunto de habitações em monofásico:
q Distância – 200m
q 10 – T2
q 5 - T3
q 2 - T7
q Cabos de alumínio;

q Calcular a potência total, a queda de tensão e a seção do cabo a utilizar.

JUSTINO CORREIA 116


PROF. JUSTINO CORREIA 117
Dimensionamento Rede BT – Proteção
contra Sobrecargas
q Todas as instalações estão sujeitas a sobreintensidades. Para evitar danos nas infraestruturas,
é necessário existirem proteções, tendo em conta as seguintes condições:

𝐼) ≤ 𝐼+ ≤ 𝐼,

𝐼- ≤ 1.45 × 𝐼,

q 𝐼# - Corrente de serviço na canalização


q 𝐼$ - Corrente admitida no circuito em condições permanentes. Calibre do fusível ou corrente
estipulada do disjuntor. Corrente nominal.
q UC – tensão composta
q IZ – corrente máxima admissível na canalização
q If – corrente de funcionamento (fusão) do fusível ou disparo do disjuntor.

JUSTINO CORREIA 118


Exemplos

JUSTINO CORREIA 120


Exemplos

JUSTINO CORREIA 121


Seletividade das Proteções
q Para haver seletividade é necessário garantir, que em caso de defeito,
apenas atua o aparelho situado imediatamente a montante do defeito.
q As canalizações situadas a montante dessa proteção, não devem ser
afetadas por esse defeito.
q Em fusíveis colocados em serie, a relação deve ser 1:1.6 ou superior, ou
seja, usar fusíveis com “saltos” nos valores normalizados e nunca com
valores seguidos.
q Exemplo:
q 315 A na canalização principal, a canalização derivada não pode ter um fusível de
calibre superior a 200A, uma vez que o de 250A não assegura a seletividade.

JUSTINO CORREIA 122


Seletividade das Proteções
q Exemplo:
q 315 A na canalização principal, a canalização derivada não pode ter um
fusível de calibre superior a 200A, uma vez que o de 250A não assegura a
seletividade.
q Quando a canalização principal tiver uma seção de 185mm2 (LVAV 3x185+95
e fusível de 315A), o cabo derivado nunca pode ser de 150mm2 (LVAV
3x150+70 com fusível de 250A).
q Não é possível usar um condutor derivado de 50mm2 (LXS 4x50 com fusível
de 125A), de um cabo principal de 70mm2 (LXS 4x70 com fusível de 160A).

JUSTINO CORREIA 123

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