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ISSN Impresso: 2316-1299


E-ISSN 2316-3127

FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS NA


ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO:
UM ESTUDO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Maria da Conceição Dantas Dinizio1 RESUMO


Paulo Eduardo Silva Martins2
Este estudo traz uma análise sobre a gestão de
risco nos processos de trabalho, abordando as
ferramentas de gerenciamento de riscos no cam-
po da Engenharia de Segurança do Trabalho, espe-
cificamente as metodologias: Análise Preliminar
de Riscos (APR), Hazard and Operability Studies
(HAZOP) e a Fail Mode & Effect Analysis (FMEA) ou
Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE), sen-
do estas ferramentas que contribuem para redu-
zir os riscos de acidentes no ambiente laboral. O
procedimento metodológico utilizado foi a revisão
de literatura, por meio de levantamento bibliográ-
fico em estudos nacionais e internacionais que
abordam o tema em análise. O pressuposto bási-
co desse estudo parte do entendimento de que o
bem estar no trabalho se arrola a diversas ques-
tões, sobretudo as ambientais, físicas, comporta-
mentais e interpessoais, como pontos essenciais
1 Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Tira- para garantir a segurança e promover a saúde no
dentes – UNIT (2015); Pós-graduanda em Engenharia de Seguran- trabalho. O estudo revelou que o investimento em
ça do Trabalho pela UNIT. E-mail: cecinhadinizio@hotmail.com ferramentas diferenciadas de gestão de risco traz
para a empresa prevenção e controle dos riscos,
2 Doutor em Ciência do Solo – UNESP; Mestre em Ciência do Solo sem comprometer os rendimentos das empresas,
– UNESP (2011); Especialista em Gestão e Manejo Ambiental na mas sim tornando o ambiente laboral mais proa-
Agroindústria – UFLA (2010); Graduado em Engenharia Ambien- tivo e seguro, à medida que permite alterar fatores
tal – UNIT (2008); Professor Titular da Universidade Tiradentes e negativos que impactam o resultado operacional e
Coordenador do Curso de Engenharia Civil – UNIT. sua lucratividade. Promovendo, dessa forma, me-
E-mail: paulo_eduardo@unit.br lhoria contínua no ambiente organizacional.

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PALAVRAS-CHAVE ou periculosos, que em decorrência da falta de um


gerenciamento adequado podem ocasionar lesões,
perdas temporárias ou definitivas para as empre-
Ferramentas; Gerenciamento de Risco; Segurança
sas, a sociedade e os trabalhadores (SILVA, 2018).
no Trabalho.
Nos últimos anos, os estudos vêm mostrando que
apesar dos avanços tecnológicos, jurídicos e desen-
ABSTRACT volvimento de estratégicas de controle dos agentes
insalubres, observou-se a necessidade de aperfeiçoar
This study provides an analysis of risk manage- as condições de trabalho, objetivando maior preven-
ment in work processes, addressing risk manage- ção de acidentes e melhoria dos processos de traba-
ment tools in Occupational Safety Engineering, lho, o que garantirá o sucesso empresarial e melhora-
verifying how the tools: Preliminary Risk Analysis mento do bem-estar dos trabalhadores (CRUZ, 2014;
(APR), Hazard and Operability Studies (HAZOP) DUARTE, 2014; SALLES, 2015; MORAES, 2015).
and Fail Mode & Effect Analysis (FMEA) or Failure Nesse contexto, o gerenciamento de risco nos
Modes and Effects Analysis (AMFE) help reduce processos de trabalho tornou- se relevante para as
the risk of accidents in the work environment. empresas na medida em que permite alterar fatores
The methodological procedure used was the bib- que impactam os resultados empresariais. Assim, o
liographical review, through a bibliographical sur- mapeamento dos riscos passou a contribuir com a
vey in national and international studies that ap- elaboração de estratégias que visam à consecução
proach the theme. The basic assumption of this dos objetivos empresariais (DUARTE, 2014).
study is based on the understanding that the Baseando-se nos aspetos descritos, este estu-
well-being at work is surrounded by environmen- do traz uma análise sobre o gerenciamento de ris-
tal, physical and interpersonal issues as essential cos nos processos de trabalho, abordando as ferra-
points to guarantee safety and promote health mentas de gerenciamento de riscos na Engenharia
at work. The study found that investing in differ- de Segurança do Trabalho, verificando como as fer-
entiated risk management tools brings risk pre- ramentas Análise Preliminar de Riscos (APR), Ha-
vention and control to the company, maintaining zard and Operability Studies (HAZOP) e a Fail Mode
corporate earnings positively, not altering profit- & Effect Analysis (FMEA) ou em português Análise
ability, but rather by promoting a safer work. Thus, de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) podem mini-
risk measurement and management can contrib- mizar os riscos de acidentes no ambiente laboral.
ute to strategy development and cost reduction. A escolha por essas ferramentas se deu por
visualizá-las como mecanismos potenciais no
gerenciamento de riscos e perigos nos postos de
Keywords trabalho, sendo suas principais funções prevenir,
identificar e analisar os riscos que poderão ocorrer
Tools. Risk Management. Safety at Work. em um projeto ou processos de trabalho, visando
extingui-los, diminui-los ou controlá-los, contri-
buindo dessa forma, para minimizar os riscos de
1 INTRODUÇÃO acidentes no ambiente laboral.
A literatura concebe as ferramentas de gestão
Diversos setores de trabalho conferem inú- de riscos como metodologias desenvolvidas para
meros fatores de riscos que expõe seus traba- avaliar os riscos existentes em projetos ou nos
lhadores diariamente a acidentes, por essa razão, processos produtivos, sendo aplicadas para a ob-
a Engenharia de Segurança do Trabalho é basi- tenção de subsídios para fundamentar a tomada
lar para assegurar a integridade física, mental e de decisões dos gestores, sobretudo, na adoção de
saúde dos trabalhadores. medidas para evitar potenciais problemas, e com
Os fatores de riscos presentes nos ambientes isso reduzir os impactos sobre a produção, traba-
de trabalho são avaliados como agentes insalubres lhadores e equipamentos (SILVA et al., 2010).

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Dada importância do gerenciamento de riscos trole e gerenciamento dos custos, métodos mo-
no ambiente organizacional atual, a norma ABNT dernos, sistemas informativos, aparelhos digitais,
ISO 9001/2015 incluiu a gestão de riscos em suas internet, aplicativos, maquinário automatizado,
disposições, objetivando estabelecer um enfoque mão de obra especializada, entre outros, persis-
metódico ao risco, a fim de fazer a empresa mais tem os índices elevados de acidentes de trabalho
proativa e não somente reativa aos problemas e (SILVEIRA, 2011; SALLES, 2015).
dificuldades (OST; SILVEIRA, 2018). Esse cenário passou a exigir uma intensa ne-
O procedimento metodológico adotado nes- cessidade de estratégias empresariais de gestão,
se estudo recaiu sobre a revisão e literatura, por processos, manutenção, controle e segurança no
intermédio de um levantamento bibliográfico em trabalho, visando à qualidade e eficiência dos ser-
estudos nacionais e internacionais que abordam viços, como também, a organização das informa-
o tema, visando verificar as contribuições teóricas ções para o melhor gerenciamento dos riscos e a
de alguns estudos sobre gerenciamento de risco, tomada das decisões (CRUZ, 2014). Por isso, o ge-
com ênfase em bancos de dados digitais. renciamento de risco precisa ser executado com
qualidade e segurança, por meio de ferramentas
que garantam a redução de acidentes e melhoria
2 FERRAMENTAS DE dos processos organizacionais.
GERENCIAMENTO DE É importante conceituar risco, como sendo um
RISCOS NA ENGENHARIA DE evento ou condição incerta que, ao ocorrer, gerará
efeitos positivos (oportunidades) ou efeitos nega-
SEGURANÇA DO TRABALHO tivos (ameaças) aos objetivos de um projeto orga-
nizacional. Por isso, o valor de se gerenciar riscos
As características do atual modelo globalizado nas empresas, na medida em que todo e qualquer
exigem melhoria do gerenciamento dos proces- trabalho a ser executado está sujeito a perigos ou
sos produtivos. Na prática, isso significa que, hoje, adversidades que ao ocorrerem podem gerar se-
para ser competitivo no mercado, qualquer negó- quelas desastrosas ou efeitos que são de difícil
cio, de qualquer porte, necessita rever concepções conserto (MORAES, 2015).
e adotar nova gestão de riscos, já que parte consi- Diversos autores vêm analisando o risco e os fa-
derável das empresas não cresce em decorrência tores de risco associado aos acidentes de trabalho,
da deficiência nesta área, uma vez que a conse- Minayo (2005, p. 708) caracteriza o risco como uma
cução dos procedimentos operacionais necessita “consequência da livre e consciente decisão de se
de sistemas e estratégias de controle de riscos expor a uma situação na qual se busca a realização
eficientes (SALLES, 2015). de um bem ou a realização de uma atividade, em
Apesar de ter conquistando maior produ- cujo percurso se inclui a possibilidade de perda ou
tividade, o processo produtivo atual é ainda ferimento físico, material ou psicológico”. Por sua
tradicional, conservador, reacionário no ciclo vez, Pereira (2015) define risco como sendo:
de aquisição-uso-reaquisição e mão-de-obra,
com reduzida capacitação dos seus trabalha- O grau de probabilidade de ocorrência de um
dores e elevado nível de acidentes de traba- determinado evento. O cálculo do Coeficiente
lho, aspecto que demonstra a necessidade de de Risco (CR) pode estimar a probabilidade de o
avançar na qualidade dos serviços, bem como dano vir a ocorrer em futuro imediato ou remoto,
na segurança dos seus trabalhadores (DUARTE, bem como levantar um fator de risco isolado ou
2014; BARBOSA, 2010). vários fatores simultâneos. São formas possíveis
Mesmo com a ruptura do ambiente empresa- de apresentação dos resultados, com grande uti-
rial originada pelos mercados globais, tecnologia lidade e facilidade de interpretação, bem como
da informação, obsessão pela qualidade, fusões e quantificar a probabilidade de que estes eventos
aquisições de empresas, ferramentas tecnológi- ocorram. (PEREIRA, 2015, p. 596).
cas para melhoria dos processos produtivos, con-

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A partir desses conceitos, entende-se o ser hu- ça e saúde específicas aos riscos existentes no
mano como alguém que possui a capacidade de ambiente laboral (BARBOSA, 2010; DUARTE,2014;
expõe-se ao perigo da morte por um bem, ou seja, MORAES, 2015; SILVA, 2018).
um risco. Logo, o local de trabalho, traz consigo a Comungando desse mesmo entendimento Mi-
possibilidade de risco de acidente, que pode gerar nayo (2005) relata que existem ocupações profissio-
consequências prejudiciais à saúde do trabalha- nais com expressiva existência de fatores de risco,
dor. Logo, o conceito de risco diz respeito à iden- sendo estas condições ou variáveis associadas à
tificação dos possíveis agentes capazes de inter- possibilidade de ocorrência de resultados negativos
ferir na condição física do trabalhador, trazendo para a saúde, o bem-estar e o desempenho profis-
sérios prejuízos para a qualidade de vida. sional. Além disso, considera a autora, que os fatores
Na área de Engenharia de Segurança do Tra- de risco podem estar combinados com situações so-
balho, os riscos de acidentes, passaram a receber ciais, intrapsíquicas e biológicas do trabalhador.
atenção, em virtude do aumento dos acidentes e Barbosa (2010) discorrendo sobre o tema, destaca
as consequências adversas que eles trazem para a importância do gerenciamento da segurança nos
o trabalhador, empresa e a sociedade. processos de trabalho, de maneira especial, na identi-
Nesse cenário, diversos segmentos do mer- ficação dos riscos de acidentes, haja vista à dificuldade
cado organizacional vêm sendo responsáveis por das empresas em utilizar abordagens mais modernas
muitas mortes nas realizações das atividades la- de ferramentas de apoio a gestão, a fim de ultrapas-
borais. Pesquisadores chamam a atenção para o sar a cultura de negação do risco amplamente difun-
fato de que, pelas as características e particula- dida entre trabalhadores. Nesse sentido, a prevenção
ridades de algumas áreas profissionais, elas ofe- de acidentes de trabalho deve ser uma preocupação
recem riscos potenciais a saúde e segurança no em todas as etapas de execução dos processos pro-
trabalho, sobretudo, aquelas cujas estruturações dutivos, e não somente no que diz respeito aos servi-
e mudanças tecnológicas tem sido lenta, com am- ços, a fim de identificar os riscos ambientais, físicos e
pla demora na aplicação de políticas de seguran- químicos, como destacado no Quadro 1:

Quadro 1 – Riscos Ambientais, Físicos e Químicos conforme a Norma Regulamentadora Nº 9


RISCOS ESPECIFICIDADES
De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 9 os riscos ambientais são os agentes
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho, que em função
de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
Riscos Ambientais
causar danos à saúde do trabalhador. A norma não menciona os riscos ergonômicos
e de acidentes, todavia, a NormaRegulamentadora Nº 5 ao tratar do Mapa de Riscos,
estabelece a inclusão desses agentes.

A Norma Regulamentadora Nº 9 considera como riscos físicos às diversas formas a


que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: [...] ruído, vibrações, pres-
Riscos Físicos sões anormais, temperaturas extremas (calor e frio), radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, bem como o infrassom e ultrassom. Consideram-se ainda os campos
magnéticos estáticos e oscampos elétricos estáticos

A Norma Regulamentadora Nº 9 considera riscos químicos as substâncias, compostos


ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade
Riscos Químicos
que possa ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por inges-
tão. Quanto à forma como se apresentam os agentes químicos podem ser classifica-
dos em gases, vapores, aerodispersóides, poeiras, fumos, neblinas, névoas e fibras.
Fonte: NR-9.

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Pelo exposto, observam-se que as situações sobre pessoas, equipamentos, instalações, meio
potenciadoras de riscos de acidentes demandam ambiente, patrimônios ou processos.
medidas preventivas de forma coletiva, visando à Uma pesquisa realizada por Sella (2014) traz
proteção do trabalhador, já que os riscos podem uma análise sobre várias ferramentas de geren-
ser associados a ameaças e a oportunidades, e ciamento de riscos, das quais, destacam-se nes-
quando não identificados se comportam como in- se estudo, a Análise Preliminar de Riscos (APR), o
certezas para qualquer tipo de função desenvol- Hazard and Operability Studies (HAZOP), por suas
vida ou que estar em desenvolvimento (PEREIRA, contribuições na orientação no gerenciamento de
2015). Por essa razão, o desenvolvimento dos pro- riscos e perigos nos postos de trabalho, prevenin-
cessos de trabalhos podem vir associado a perigos do, identificando e analisando os riscos que pode-
e riscos operacionais e, quando estes não são bem rão ocorrer em um projeto, visando extingui-los,
gerenciados, são capazes de exercer impactos sig- diminui-los ou controlá-los.
nificativos à segurança e a saúde do trabalhador. Outros pesquisadores trazem as contribuições
Em virtude do exposto, pesquisadores des- da metodologia Fail Mode & Effect Analysis (FMEA)
tacam a relevância da utilização de programas ou em português Análise de Modos de Falha e Efei-
e ferramentas de prevenção de riscos no campo tos (AMFE), como uma das principais técnicas para a
da Engenharia de Segurança do Trabalho, como identificação e gerenciamento dos perigos nos pro-
destaca Cruz (2014) que essas ferramentas tem cessos de trabalho, por atuar com eficácia na detec-
a finalidade de ajudar as empresas na tomada ção de potenciais riscos de processos e minimizar os
de decisões sobre a frequência e severidade dos resultados adversos associados com riscos de aci-
riscos, objetivando evitar ou reduzir seu impacto dentes, como os apresentados na Figura 1.

Figura 1 – Consequências Adversas Associadas aos Riscos de Acidentes

Fonte: Adaptado de Aiche (2008 apud SELLA, 2014).

De acordo com De Cicco e Fantazzini (2003, p. Trata-se de uma análise onde se identifi-
35), a técnica APR tem sua origem na área militar, cam eventos indesejáveis, suas causas, conse-
conforme descreve os autores: que seu surgimen- quências, modos de detecção e salvaguardas.
to ocorreu quando “foi requerida a análise de risco A análise é centrada na identificação dos riscos
como uma revisão a ser feita nos novos sistemas existentes para as pessoas, o meio ambiente,
de mísseis projetados para uso de combustíveis o patrimônio, a continuidade operacional e a
líquidos, para evitar uso desnecessário de mate- imagem da empresa. Para isso são considera-
riais, projetos e procedimentos de alto risco”. das possíveis falhas de sistemas, equipamen-

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tos, operações e seus respectivos impactos. primeira técnica aplicada durante a análise de riscos
(SELLA, 2014, p. 21). de projetos em fase de concepção, sobretudo, nos
projetos de inovação tecnológica”, a fim de identifi-
A APR visa eliminar ou controlar os riscos de pro- car perigo, causas, efeitos e traçar recomendações,
cesso durante toda a vida útil de um projeto. Loewe como pode ser observado na Fig. 2, os principais pas-
e Kariuki (2007) explicam que ela é, geralmente, “a sos a serem seguidos durante a aplicação da APR.

Figura 2 – Sequência de etapas para o desenvolvimento da APR

Fonte: Adaptado de Sella (2014).

Pesquisadores assinalam que trata-se de uma fornece “uma indicação qualitativa da frequência
metodologia bem estruturada que tem a finalida- esperada de ocorrência para cada cenário identifi-
de de identificar os riscos conexos à ocorrência de cado” (ELETRONUCLEAR, 2014, p. 56), sendo suas
eventos indesejáveis, visando à redução dos ris- principais categorias de frequência, as dispostas
cos e de custos elevados. Para tanto, essa técnica no Quadro 2:

Quadro 2 – Categorias de Frequência


Frequência Extremamente Possível Provável Frequente
Remota (B)
por Ano Remota (A) (C) (D) (E)
Possível Possível Possível
Característica Conceitualmente Não
de de de
possível, mas esperado ocorrer uma ocorrer uma ocorrer
sem referências ocorrer, vez durante a vez durante a muitas vezes
na indústria apesar de vida útil de vida útil da durante a
vida útil
haver um conjunto instalação.
da
referências de unidades instalação.
em similares.
instalações
similares
na
indústria.
Fonte: Sella (2014).

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A técnica APR também possui categorias de severidade, conforme apresentadas no Quadro 3.

Quadro 3 – Categorias de Severidade das Consequências


Categoria Discrição Impacto

Múltiplas fatalidades intramuros ou fatalidade extramuros; Danos


Catastrófica V catastróficos com possibilidade de perda da instalação industrial; Internacional
Danos severos em áreas sensíveis ou se estendendo para outros locais.

Até 3 fatalidades intramuros ou lesões severas extramuros; Danos


Crítica IV severos aos sistemas (reparação lenta); Internacional
Danos severos com efeito localizado.
Média Lesões severas intramuros ou lesões leves extramuros; Danos signifi-
Regional
III cantes aos sistemas; Danos moderados.

Sem lesões ou primeiros socorros;


Marginal II Danos leves a equipamentos sem comprometimento da continuidade Local
operacional; Danos insignificantes.

Sem lesões ou primeiros socorros;


Desprezível Danos leves a equipamentos sem comprometimento da continuidade Insignificante
operacional; Danos insignificantes.
Fonte: Sella (2014).

Observado os Quadros 2 e 3 nota-se que o concei- cia de um evento indesejado e dos seus res-
to de risco está associado a teoria das probabilidades, pectivosdanos”. Logo, é alcançado por meio da
implicando na estimativa de eventos relacionados a junção das classes de frequência e de severi-
perdas e suas consequências. Este entendimento le- dade, pois sugere a adoção ou não de medidas
vou a maioria dos profissionais a adotar o termo risco ou controles adicionais (SELLA, 2014). Sendo
como sinônimo de ameaça (MORAES, 2015). assim, há várias categorias de análise, como
Nesse sentido, conforme Brown (2008, p. 67) apresentadas no Quadro 4 e Figura 3 (Modelo
o risco é função da probabilidade de “ocorrên- de Matriz de Risco).

Quadro 4 – Categorias de Risco

Categorias de Risco Descrição do nível de controle necessário

Sem necessidade de medidas adicionais.


Tolerável (T)
A monitoração é necessária para assegurar que os controles sejam mantidos.

Moderado Controles adicionais devem ser avaliados com o objetivo de reduzir riscos.
(M) Aqueles considerados praticáveis devem ser implementados.
Controles insuficientes.
Métodos alternativos devem ser considerados a fim de reduzir a probabilidade
Não Tolerável (NT)
de ocorrência ou a severidade das consequências, de forma a
trazer os riscos para regiões de menor magnitude.
Fonte: Moraes (2015).

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Figura 2 – Matriz de Risco

Fonte: Moraes (2015).

A Análise Preliminar de Perigo (APP) é uma De acordo com Cruz (2014), essa ferramen-
ferramenta de prevenção cuja relevância se so- ta baseou-se no preenchimento de tabela. Logo,
bressai quando o objeto de estudo não tem seme- a classificação dos riscos é realizada com base
lhança com os já existentes, isso ocorre por possui nos critérios da Norma Militar Americana MIL-
um perfil inovador e avançado. Por essa razão, é -STD-882 (System Safety Program Requirements),
recomendada quando aos riscos dos processos de adotada como padrão em inúmeras situações.
trabalho é deficitário (SILVA, 2018).

Figura 3 – Modelo de APP

Fonte: Amorim (2010).

Explica Amorim (2010) que um dos itens obri- Diante do exposto, Cardella (2013) sinaliza que
gatórios da APP é o cenário acidental, sendo este a APP pode ser enricada por outras técnicas au-
apontado como cenário de acidente, o agrupa- xiliares e complementares: Análise por Árvore de
mento do perigo detectado, suas origens e cada Falhas, Análise por Árvore de Eventos, Lista de Ve-
um dos seus fins. Para Cruz (2014), esse cenário rificação, Registro e Análise de Ocorrências Anor-
de acidente refere-se aos campos iniciais da pla- mais e Inspeção Planejada.
nilha, contendo, cinco colunas onde serão inclusos No tocante à técnica de HAZOP, explica No-
o número identificador do risco, os perigos identi- lan (2004) que ela foi utilizada inicialmente, na
ficados, as causas, o modo de detecção e o efeito. década de 1960 pela indústria britânica Imperial

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Chemical Industries, Ltd. (ICI), com a finalidade A metodologia utilizada por essa técnica é o
de “desenvolver um método para analisar peri- uso de “fluxogramas de processo (PFDs) e todos
gos no processo a partir das condições básicas os fluxogramas de linhas e instrumentos (P&IDs),
de operação, efetuando modificações nos parâ- dividindo o projeto em seções gerenciáveis, de for-
metros e observando as consequências dessas ma a assegurar a análise de todos os equipamen-
mudanças” (NOLAN, 2004, p.98). tos da unidade” (DUNJÓ et al., 2010, p. 57).

Figura 4 – Sequência de Etapas para o Desenvolvimento do HAZOP

Fonte: Elaborado pelos autores.

O objetivo principal da técnica HAZOP é a iden- minimizar ou eliminar completamente as poten-


tificação dos desvios em relação aos objetivos de ciais fontes de risco (CRUZ, 2014).
uma operação ou de um projeto, a fim de verificar Sella (2014) exemplifica um modelo de planilha
as consequências indesejadas, como também a para a associação dos desvios com as palavras-guia
identificação dos perigos e elaborar medidas para e os parâmetros de processos, conforme Figura 5.

Figura 5 – Lista de Desvios de Acordo com os Parâmetros de Processo

Fonte: Sella (2014).

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Dunjó et al (2010) explicam todo processo de exe- tentes e, caso essas sejam insuficientes para
cução desse método, que consiste na utilização de pa- garantir a segurança do sistema, demais re-
lavras-guia compatíveis a parâmetros de processos comendações devem ser feitas. A participação
com a finalidade de identificar os possíveis desvios de representantes de todas as equipes envol-
das intenções de operabilidade. Esse método requer vidas no projeto e/ou operação da instalação
“a divisão da planta em pontos de estudo (nós) entre é imprescindível para que a planilha. (DUNJÓ
os quais existem componentes como bombas, vasos et al., 2010, p. 87).
e trocadores de calor, entre outros” (CETESB, 2003, p.
12). E, após determinar os desvios, analisam-se as Portanto, esta técnica refere-se a um instru-
suas possíveis causas e consequências, ou seja: mento controle de risco que tem a finalidade de
seguir a variabilidade de um processo, a fim de
Para cada par de “causa-consequência”, de- identificar suas causas e suas consequências, a
vem ser identificadas as salvaguardas exis- fim de propor recomendações (FIGURA 6).

Figura 6 – Modelo de Planilha de HAZOP

Fonte: Dunjó e outros autores (2010).

Frente ao exposto, é possível compreender que problemática e não somente os seus sintomas.
o risco é uma condição incerta que, ao ocorrer, ge- Para tanto, faz- se necessário, seguir algumas
rará efeitos aos objetivos de um projeto. Por isso, etapas: discussão do problema a ser analisado,
a necessidade de se gerenciar riscos em empre- verificação de sua ocorrência, onde e quando, áre-
endimentos, na medida em que todo e qualquer as envolvidas e escopo (DE CICCO, 2009).
trabalho a ser executado está sujeito a perigos ou Portanto, a utilização dessa técnica é o pleno
adversidades que ao ocorrerem podem gerar im- resultado de uma investigação profunda sobre as
plicações desastrosas (MORAES, 2015). causas e os efeitos de problemas que ocorrem nos
E, quanto, a técnica AMFE, considerada a mais processos de trabalho, como foco identificação
aplicável às “indústrias de processo, sobretudo, dos riscos e sua ocorrência.
quando possui instrumentos de controle, levan- A AMFE pode ser aplicada de forma qualitativa
tando necessidades adicionais e defeitos de pro- ou quantitativa, a saber:
jeto, para obter configurações seguras e evitar ou
corrigir as falhas de um empreendimento” (ROCHA, Primeiramente de forma qualitativa, quer na re-
2010, p. 3). Sua finalidade é auxiliar na determina- visão sistemática dos modos de falha do com-
ção e encadeamento dos riscos, “quando o sistema ponente, na determinação de seus efeitos em
é colocado em risco e a probabilidade de erro devi- outros componentes e ainda na determinação
do às ações não estruturada é alta, dependendo da dos componentes cujas falhas têm efeito críti-
ação correta dos operadores” (ROCHA, 2010, p. 3). co na operação do sistema, sempre procurando
Na execução da AMFE é preciso observar cui- garantir danos mínimos ao sistema como um
dadosamente a determinação das causas de uma todo. Posteriormente, pode-se proceder à análise

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quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou Assim, para proceder ao desenvolvimento da


probabilidade de falha do sistema ou subsistema, AMFE ou de qualquer outra técnica, é primordial que:
através do cálculo de probabilidades de falhas de
montagens, subsistemas e sistemas, a partir das [...] se conheça e compreenda o sistema em
probabilidades individuais de falha de seus com- que se está atuando e qual a função e obje-
ponentes, bem como na determinação de como tivos do mesmo, as restrições sob as quais
poderiam ser reduzidas estas probabilidades, in- irá operar, além dos limites que podem repre-
clusive pelo uso de componentes com confiabili- sentar sucesso ou falha. O bom conhecimento
dade alta ou pela verificação de redundâncias de do sistema em que se atua é o primeiro pas-
projeto. (ROCHA, 2010, p. 3). so para o sucesso na aplicação de qualquer
técnica, seja ela de identificação de perigos,
Oliveira (2012) chama a atenção para a neces- análise ou avaliação de riscos. Conhecido o
sidade do envolvimento de toda a equipe, além sistema e suas especificidades, pode-se dar
das barreiras hierárquicas para alcançar a meta de seguimento a análise, cabendo à empresa
melhoria nos processos de trabalho. Assim, tanto idealizar o modelo que melhor se adapte a ela.
administradores, quanto técnicos e engenheiros (CORDELLA, 2013, p. 34).
devem executar suas ações com habilidade, pres-
teza e segurança, e, é esta condição que conduzirá O Quadro 5, abaixo, traz um exemplo de mode-
a resultados facilmente detectáveis pela utiliza- lo para aplicação da AMFE, podendo ser adapta-
ção de indicadores, servindo de controle, para ava- do, conforme a realidade da empresa ou projeto e
liar as melhorias e minimizar os riscos. suas particularidades:

Quadro 5 – Modelo para Aplicação da AMFE


AÇÕES/
PALAVRA-GUIA DESVIO CAUSAS CONSEQUENCIAS
ESTRATÉGIAS

Fonte: Adaptado de Cordelha (2013).

Sinteticamente a AMFE representa o percur- al., 2007). Ainda conforme os autores, o gerencia-
so ou caminho percorrido por um elemento para mento de riscos tem por finalidade:
chegar a um determinado fim, descrevendo todas
as etapas percorridas, bem como o tratamento • Alinhar o apetite a risco com a estratégia adota-
que cada um vai lhe dando, visando encontrar as da – os administradores avaliam o apetite a risco
causas, as consequências e elaboração das ações da organização ao analisar as estratégias, defi-
estratégias para reversão dos riscos encontrados. nindo os objetivos a elas relacionados e desen-
Na análise empreendida percebe-se que as volvendo mecanismos para gerenciar esses riscos;
ferramentas de gerenciamento de riscos possi- • Fortalecer as decisões em resposta aos riscos
bilitam aos administradores e/ou gestores tratar – o gerenciamento de riscos corporativos possi-
com eficácia as incertezas, bem como os riscos e bilita o rigor na identificação e na seleção de al-
as oportunidades a elas associadas, a fim de me- ternativas de respostas aos riscos – como evitar,
lhorar a capacidade de gerar valor (STEINBERG et reduzir, compartilhar e aceitar os riscos;

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• Reduzir as surpresas e prejuízos operacionais


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
– as organizações adquirem melhor capacidade
para identificar eventos em potencial e estabe-
Por meio deste estudo buscou-se fazer uma
lecer respostas a estes, reduzindo surpresas e
análise acerca das ferramentas de gerenciamen-
custos ou prejuízos associados;
to de riscos na área de Engenharia de Segurança
• Identificar e administrar riscos múltiplos e en-
do Trabalho. A revisão da literatura mostrou que
tre empreendimentos – toda organização en-
diversas áreas profissionais são potenciadoras
frenta uma gama de riscos que podem afetar di-
de riscos à saúde do trabalhador, sendo os prin-
ferentes áreas da organização. A gestão de riscos
cipais riscos ocupacionais os físicos, ambientais,
corporativos possibilita uma resposta eficaz a
ergonômicos e químicos.
impactos inter-relacionados e, também, respos-
O que se pôde verificar, levando em conside-
tas integradas aos diversos riscos;
ração a literatura pesquisada, foi que existem si-
• Aproveitar oportunidades – pelo fato de consi-
tuações predisponentes a acidentes de trabalho,
derar todos os eventos em potencial, a organiza-
dentre elas, destacaram-se a prática inadequada
ção posiciona-se para identificar e aproveitar as
de equipamentos de proteção individual e coletiva,
oportunidades de forma proativa;
a cultura do improviso, baixos investimentos em
• Otimizar o capital – a obtenção de informações
políticas de segurança do trabalho, entre outras.
adequadas a respeito de riscos possibilita à admi-
E, em virtude do exposto, cresceram os índices de
nistração conduzir uma avaliação eficaz das neces-
acidentes de trabalho, o que demandou investi-
sidades de capital como um todo e aprimorar a alo-
mento em estratégias de gerenciamento de risco
cação desse capital. (STEINBERG et al., 2007, p. 9).
nos processos de trabalho, visando alterar fatores
que impactam o resultado operacional.
Portanto, o gerenciamento dos riscos pressu- Nesse cenário, sugere a literatura as ferramen-
põe um plano capaz de possibilitar a averiguação tas de gerenciamento de risco na Engenharia de Se-
dos riscos do projeto organizacional, iniciando-se gurança do Trabalho, como componentes centrais
pela identificação, análise de riscos específicos do na moderna gestão estratégica das organizações, a
projeto e pelas abordagens de tratamento destes, fim de identificar e tratar os riscos relacionados às
bem como pela monitoração, controle e acompa- atividades e aos negócios com a finalidade de dar
nhamento dos riscos, se definido os responsáveis sustentação a cada atividade, projeto e a avaliação
pela atualização do plano e com que frequência os da organização, aumentando com isso as chances
riscos deverão ser reportados. de sucesso dos empreendimentos. Assim, a men-
Por fim, é importante destacar que, muitas suração e gestão dos riscos podem contribuir para
empresas criam um cenário favorável ao aci- elaboração de estratégias e diminuição dos custos.
dente, pois o trabalho acontece em um ambien- Conclui-se, mostrando que o melhor ambiente
te em constante mudança, onde o trabalhador de trabalho é aquele que se preocupa com a saúde
não se familiarizar com os riscos decorrentes e o bem-estar dos trabalhadores como parte das
de sua atividade e do ambiente que o circunda principais estratégias gerenciais, a partir de uma
(BARBOSA, 2010). concepção de valorização humana, com a criação
Nesse sentido, a adoção das estratégias da de oportunidades de desenvolvimento de seus
Engenharia de Segurança do Trabalho se faz ne- trabalhadores, proporcionando a estes a oportu-
cessária, sobretudo, a adoção das ferramentas nidade de desenvolver suas capacidades e poten-
de gerenciamento de riscos para reduzir os aci- cialidades, em um ambiente seguro e saudável.
dentes de trabalhos, visando proporcionar o de-
senvolvimento de uma nova visão da segurança
e saúde ocupacional, por meio de uma aborda- REFERÊNCIAS
gem sistêmica, que possa ser utilizada por diver-
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Recebido em: 20 de Junho de 2019


Avaliado em: 26 de Agosto de 2019
Aceito em: 5 de Dezembro de 2019

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