2ª Prova diagnóstica – 2015
– 9º Ano
SEDUCE-GO – Língua
Portuguesa
ESCOLA: ________________________
Prof.:____________________________
Nome: ___________________________
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens
1, 2 e 3.
Pátria Madrasta Vil
Clarice Zeitel Vianna Silva
Onde já se viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência… Exagero de
escassez… Contraditórios? Então aí está! O novo
nome do nosso país! Não pode haver sinônimo
melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o
excesso de falta de caráter, a abundância de
inexistência de solidariedade, o exagero de
escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma
combinação mal engendrada – e friamente
sistematizada – de contradições. Há quem diga
que ‘dos filhos deste solo és mãe gentil’, mas eu
digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela
definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está
mais para madrasta vil.
A minha mãe não ‘tapa o sol com a peneira’.
Não me daria, por exemplo, um lugar na
universidade sem ter me dado uma bela formação
básica. E mesmo há 200 anos atrás não me
aboliria da escravidão se soubesse que me restaria
a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a
minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela
me daria um verdadeiro PACote que fosse efetivo
na resolução do problema, e que contivesse
educação + liberdade + igualdade. Ela
1
sabe que de nada me adianta ter educação pela
metade, ou tê-la aprisionada pela falta de
oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada
pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que
eu só vou crescer se a minha educação gerar
liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a
outra… Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças
estruturais, revolucionárias, que quebrem esse
sistema-esquema social montado; mudanças que
não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma
contradição. Os governantes (às vezes) dão uns
peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a
educação libertadora entra aí. O povo está tão
paralisado pela ignorância que não sabe a que tem
direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental
para o alcance da igualdade: nossa participação
efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático
do Estado não modificam a estrutura. As classes
média e alta – tão confortavelmente situadas na
pirâmide social – terão que fazer mais do que
reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa
culpa) …
Mas estão elas preparadas para isso? Eu
acredito profundamente que só uma revolução
estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua
nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar
com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não
administra? De que serve uma mãe que não
afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que
não se posiciona? Talvez o sentido de nossa
própria existência esteja ligado, justamente, a um
posicionamento perante o mundo como um todo.
Sem egoísmo. Cada um por todos… Algumas
perguntas, quando autoindagadas, tornam-se
elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta
vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como
gente… Ou como bicho?
Disponível em https://joserosafilho.wordpress.com/2008/08/14/patria-madrastavil-
clarice-zeitel-vianna-silva/. Acesso em 01/04/2015.
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D7 –––––––– QUESTÃO 01 –––––––––––

01/04/2015.
O humor desse texto está
A tese defendida pela autora a de que o Brasil (A) no título do texto.
(A) precisa de mudanças para vencer a (B) na forma de João falar.
desigualdade social. (C) na última resposta de João.
(B) é uma mãe que não afaga os seus filhos. (D) no jeito de o doutor se expressar.
(C) se tornou uma pátria madrasta vil.
(D) é um país cheio de contradições.
D11 –––––––––– QUESTÃO 05 ––––––––––
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
D8 ––––––––– QUESTÃO 02 ––––––––––
O principal argumento que sustenta a tese O Leão e o Ratinho
defendida pela autora desse texto é: Um leão, cansado de tanto caçar, dormia
(A) “O povo está tão paralisado pela ignorância espichado debaixo da sombra boa de uma árvore.
que não sabe a que tem direito.” Vieram uns ratinhos passear em cima dele e
(B) “... acredito profundamente que só uma ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um,
revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que o leão prendeu debaixo da pata. Tanto o
que não exclua nada nem ninguém de seus ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de
efeitos, possa acabar com a pobreza e esmagá-lo e deixou que ele fosse embora.
desigualdade no Brasil.” Algum tempo depois, o leão ficou preso na
(C) “Talvez o sentido de nossa própria existência rede de uns caçadores. Não conseguindo se soltar,
esteja ligado, justamente, a um fazia a floresta inteira tremer com seus uivos de
posicionamento perante o mundo como um raiva.
todo.” Então apareceu o ratinho, que, com seus
(D) “Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?” Moral da história: Uma boa ação ganha outra.
Disponível em:http://clairmazzutti.blogspot.com.br/2013/02/atividades-variadascom-
textos-e.html. Acesso em 01/04/2015.

D19 –––––––––– QUESTÃO 03 –––––––––– O leão fazia a floresta inteira tremer com seus
No trecho “Porque o Brasil nada mais é do que
uivos de raiva porque
o excesso de falta de caráter, a abundância de
(A) queria esmagar o ratinho.
inexistência de solidariedade, o exagero de
(B) deixou o ratinho ir embora.
escassez de responsabilidade.”, as palavras
(C) foi solto da rede dos caçadores pelo ratinho.
destacadas sugerem
(D) não conseguia se soltar da rede dos
(A) humor.
caçadores.
(B) comparação.
(C) ambiguidade.
(D) intensificação.
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 6
e 7.
D16 –––––––––– QUESTÃO 04 –––––––––– Epitáfio
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda. Titãs

RECEITA Devia ter amado mais

Ter chorado mais
O doutor pergunta: Ter visto o sol nascer
- João, você tomou o remédio que eu Devia ter arriscado mais
receitei? E até errado mais
- Não, doutor. Ter feito o que eu queria fazer
- Mas, por quê? Queria ter aceitado
- Porque estava escrito no remédio: As pessoas como elas são
conservar fechado. Cada um sabe a alegria
Disponível em: humortadela.bol.uol.com.br/piadas-texto/1299. Acesso em:

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E a dor que traz no coração febre com o paracetamol ou dipirona. Outro grupo
O acaso vai me proteger de medicamentos contraindicados na suspeita de
enquanto eu andar distraído dengue são os anti-inflamatórios não hormonais
O acaso vai me proteger, como, por exemplo, ibuprofeno, nimesulida ou
enquanto eu andar... diclofenaco. Por isso, fique atento à bula e evite
consumir quaisquer medicamentos sem orientação
Devia ter complicado menos médica.
Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/1.html.
Trabalhado menos Acesso em 01/04/2015.
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos De acordo com o texto, no caso de suspeita de
Com problemas pequenos dengue, deve ser usado
Ter morrido de amor (A) ibuprofeno e nimisulida.
Queria ter aceitado (B) paracetamol e dipirona.
A vida como ela é (C) diclofenaco e paracetamol.
A cada um cabe alegrias (D) dipirona e diclofenaco.
E a tristeza que vier
[...]
Devia ter complicado menos D20 –––––––––– QUESTÃO 09 ––––––––––
Trabalhado menos Leia os dois textos abaixo e, a seguir, responda.
Ter visto o sol se pôr Texto I
Disponível em<http://letras.mus.br/titas/48968/>. Acesso em 01/04/2015.

D6 –––––––––– QUESTÃO 06 ––––––––––

A ideia central do texto é
(A) o desejo de ter aceitado a vida como ela é.
(B) o esforço inútil de querer levar uma vida
comum.
(C) a certeza de sempre ter feito muitas coisas
boas na vida.
(D) a lamentação por ter deixado de fazer o que
queria fazer.
Disponível em http://kikacastro.com.br/2014/10/16/de-novo-o-desperdicio-deagua/.

D4 –––––––––– QUESTÃO 07 ––––––––––

Acesso em 06/04/2015.

Nesse texto, infere-se que o eu lírico faz Texto II

(A) um desabafo. Bom-senso no uso da água
(B) uma solicitação. Antônio Aguiar
(C) uma dedicatória. [...] Diante da realidade de escassez da água
(D) um agradecimento. nos grandes centros, nos quais Juiz de Fora se
inclui, percebemos a necessidade de incutir nos
próprios cidadãos este processo de avaliação e
D1 –––––––––– QUESTÃO 08 ––––––––––
responsabilidade contra os gastos excessivos
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
deste recurso natural não renovável, que precisa
Estou com febre. O que fazer? ser usado com mais inteligência e menos
MUITA ATENÇÃO: algumas medicações desperdício. Por isso, propusemos a lei que
estão formalmente contraindicadas na suspeita de impede a lavagem de nossas calçadas com água
dengue. É o caso do ácido acetilsalicílico. Por isso, tratada.
muito cuidado com todos os medicamentos, mas No entanto, ressaltamos que o bom-senso
essencialmente com os antigripais. Vários deles
contêm ácido acetilsalicílico em suas fórmulas. precisa estar sempre à frente. Quando a lei propõe
Todos os medicamentos que o contêm não devem, a proibição deste comportamento, é porque a água
portanto, ser utilizados. Recomenda-se baixar a tem sido usada comumente no lugar da vassoura
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para retirar a poeira dos nossos passeios. Quantos um seu amigo, que, num momento de lucidez,
de nós já não nos indignamos com este meteu uma bala na cabeça, não quebrou a cabeça,
comportamento em nossas ruas? Quantas vezes a mas quebrou a sua cara, pois a bala resvalou e ele
própria imprensa já não realizou ficou apenas ferido, doido e vivo contra a sua
flagrantes deste comportamento, que não pode ser vontade.
mantido diante da nova realidade mundial e que o Sou obrigado a concordar em parte com que
Brasil já enfrenta, mesmo sendo a nação que escreveu Claudio de Moura Castro, pois é inegável
possui 12% de toda a água doce superficial do que, em alguns aspectos, o mundo evoluiu da
planeta, recurso este que não é maior do que 3% barbárie para a civilização, mas acontece que, a
de toda a água do planeta Terra? [...] partir das últimas décadas do século XX e dos
Disponível em http://www.tribunademinas.com.br/bom-senso-no-uso-da-agua/.
Acesso em 06/04/2015. primeiros anos do século XXI, o mundo começou a
regredir.
Esses dois textos tratam
Tomemos, como exemplo, as perdas de
(A) da quantidade de água no planeta.
direitos trabalhistas, conquistados a duras penas
(B) do percentual de água doce no Brasil.
pelo trabalhador através da organização sindical
(C) da falta de consciência no uso da água.
(sindicato), que hoje não passa de abrigo para
(D) da lei que proibe o uso de água tratada.
sindicalistas pelegos e para compor um cenário de
democracia plena. A violência é outro dado
D21 –––––––––– QUESTÃO 10 –––––––––– assustador, com as pessoas vivendo nas grandes
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda. cidades, como se estivessem morando numa
Selva de Pedra, com o bicho homem sendo o
Duas opiniões diferentes sobre um mesmo
algoz, carrasco do próprio homem.
assunto
Só para ficarmos num exemplo recente, a
O articulista da revista Veja, Claudio de tentativa de Hugo Chavez em se eternizar no poder
Moura Castro, no seu artigo “Vamos de Mal a na Venezuela. Já disse e repito: reeleição e eleição
Pior?”, publicado esta semana, trata de um ilimitada é um tipo de ditadura disfarçada. Na
assunto que hoje é muito frequente, a comparação Venezuela, os outros poderes que legitimam uma
entre o mundo atual e o passado não muito democracia foram praticamente eliminados.
recente. Nesse seu artigo, após estabelecer as Disponível em:http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/130614. Acesso em:
01/04/2015.
comparações inevitáveis, entre o passado e o
No texto, as opiniões de Claudio de Moura
presente, conclui o seu estudo comparativo,
Castro e de Carlos Heitor Cony em relação à
chegando à seguinte conclusão: que em que pese
comparação do mundo atual e o passado não
os graves problemas do mundo atual, a
muito recente são
humanidade experimenta dias melhores.
(A) contrárias.
Já o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony,
(B) excludentes.
no seu artigo semanal do jornal Folha de São
(C) semelhantes.
Paulo, “Tudo podia Ser Pior”, do dia 13/02, no
(D) complementares.
caderno Ilustrada, traça um panorama um tanto
quanto pessimista do mundo atual e, para
exemplificar esse mundo terrível em que nós
vivemos (eu, ele, você), conta um caso de um
amigo seu que abandonou São Paulo e seguiu em
direção ao Rio de Janeiro para fugir da pressão
psicológica, do consumismo, da pressa, do
imediatismo, da crueldade dos negócios do toma
lá da cá, que marcam a temperatura humana da
nossa maior cidade. Concluindo esse seu artigo,
Carlos Heitor Cony nos conta uma triste história de
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