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UNIVERSIDADE DE GURUPI

CURSO DE DIREITO

MATHEWS AMADEU VERLANGIERI

OS DIREITOS AUTORAIS E O DIREITO DE IMAGEM NA INTERNET: A REALIDADE BRASILEIRA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

GURUPI - TO
DEZEMBRO - 2020

MATHEWS AMADEU VERLANGIERI

OS DIREITOS AUTORAIS E O DIREITO DE IMAGEM NA INTERNET: A REALIDADE BRASILEIRA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Projeto de pesquisa Jurídica apresentado à disciplina Metodologia da
Pesquisa Jurídica II, visando à elaboração de artigo científico, requisito
imprescindível a obtenção do título de Bacharel em Direito da Universidade
de Gurupi.
Orientador: Prof. Ainda sem

GURUPI - TO
DEZEMBRO- 2020
RESUMO

Cada vez mais estamos ligados à internet, utilizando-a como entretenimento, passatempo e, muitas vezes, trabalho. As plataformas de

vídeo e imagem estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, mas como vivemos em um mundo que está cada vez mais público,

como podemos resguardar nossos Direitos da Personalidade? Esse estudo vem com a proposta de entender como o Direito Brasileiro está

lidando com a questão do Direito de imagem e os Direitos Autorais na internet, em foco nas redes sociais, nos aplicativos de transmissão

ao vivo(streaming) e em plataformas de vídeos autorais . Utilizando a Constituição Federal, o Código Civil, e as normas e diretrizes dos

mais famosos aplicativos da atualidade (Instagram, Youtube, Twitter e Twitch) pretendo realizar uma pesquisa para verificar como estamos

lidando com estas novas formas de exposição e promoção pessoal dos tempos modernos. Pretendo analisar nossa legislação e

jurisprudências e identificar como estamos lidando com essa inovação do mundo moderno.

Palavras-chave: Direito da Personalidade. Direitos Autorais. Direito de Imagem. Internet. Rede Sociais.

SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................4 2 DELIMITAÇÃO DO

TEMA.................................................................................5 2.1 Tema delimitado..............................................................................................5

2.2 Delimitações específicas..................................................................................5

2.2.1 Delimitação temporal....................................................................................5

2.2.2 Delimitação espacial.....................................................................................5

2.2.3 Delimitação procedimental............................................................................5

2.2.4 Delimitação territorial ...................................................................................5


2.2.5 Delimitação populacional .............................................................................6

2.3 Linha de pesquisa ...........................................................................................6

3 JUSTIFICATIVA................................................................................................7 4 PROBLEMÁTICA E

HIPÓTESES......................................................................8

5 OBJETIVOS.......................................................................................................9 5.1 Objetivo

Geral .................................................................................................9 5.2 Objetivos

Específicos ......................................................................................9 6 REFERENCIAL

TEÓRICO...............................................................................10 6.1 Nossa legislação e o direitos autorais e direito de

imagem….......................10 6.2 O espaço digital e a adaptação da lei...……………………......……….…...…11

7 METODOLOGÍA ..............................................................................................13 7.1 Tipo de

pesquisa............................................................................................13 7.2 Meios de

busca..............................................................................................13 7.3 Critérios de inclusão e

exclusão ...................................................................13 7.4 Metodologia de análise de dados .................................................................13 7.5

Aspectos éticos..............................................................................................13 8 ESTRUTURA PROVÁVEL DO TRABALHO DE

CONCLUSÃO ....................14 9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ...................................................................15 10 ORÇAMENTO

FINANCEIRO E RECURSOS NECESSÁRIOS.....................16

REFERÊNCIAS...................................................................................................17

1 INTRODUÇÃO 

O Direito das Personalidades apareceu em nossa legislação em 1891, mas somente em 2002, temos pela primeira vez legislação que

trata sobre o Direito de Imagem e o Direito Autoral.

O mundo das redes sociais e aplicativos de vídeos vêm trazendo inúmeras oportunidades financeiras para muitas pessoas. Temos

pessoas que viraram grandes empresários, atores e atrizes conhecidos, influenciadores de ideias, roupas e costumes que conseguiram tudo isso

utilizando uma câmera e a internet. Com isso temos também grandes empresas que observando esse novo mercado digital crescendo, focou suas

propagandas para esse meio digital, procurando alcançar um público ainda maior. Mas o maior problema que temos é o nosso Código e as Leis e

Diretrizes das Plataformas normalmente não andam juntos.


Temos inúmeros casos onde legislações brasileiras não são respeitadas dentro das plataformas, como propagandas voltadas para o

público infantil, e somente quando o judiciário obriga essas empresas é que a norma brasileira é levada em consideração. Nós possuímos leis de

direitos autorais e direito de imagem, mas não somos levados em consideração na criação de normas e diretrizes desses sites.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA 

2.1 Tema delimitado

Direitos autorais e o direito de imagem na internet 

2.2 Delimitações específica

Análise do assunto dentro das redes sociais (Twitter, Instagram) e de plataformas de vídeos (Youtube, Twitch) 

2.2.1 Delimitação temporal

Período de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2020 

2.2.2 Delimitação espacial

Território Brasileiro 

2.2.3 Delimitação procedimental


Documental 

2.2.4 Delimitação territorial

Rede de computadores

2.2.5 Delimitação populacional


Usuários e criadores de conteúdo das plataformas 
2.3 Linha de pesquisa

A linha de pesquisa a ser abordada neste pré-projeto, é a da cidadania, visto que, se fundamenta em princípios constitucionais,
enquadrando toda a população brasileira no rol interessado

3 JUSTIFICATIVA 

Com o mundo em constante mudança, nosso Código não pode ficar correndo atrás do problema. Conforme aconteceu com a Lei

Carolina Dieckmann, foi necessário que o problema acontecesse para que possamos, depois de estudo e análises dos nossos representantes,

criar uma lei para lidar com o tema. Isso acarreta um problema porque foi necessária, anos depois, uma nova legislação penal para tratar do

assunto. Infelizmente, quando tratamos das nossas leis, sempre estamos correndo atrás para resolver problemas, não pensando de forma

retroativa de como impedi-los.


Como o mundo atual está em constante mudança, é necessário que nós, brasileiros, tenhamos conhecimento de como nos

defendermos dentro das redes sociais. Um grande problema que nosso país enfrenta é que, grande parte da população e até mesmo de pessoas

estudadas dentro do direito, não conhecem a dimensão da legislação na internet.

É extremamente necessário que busquemos entender como essas plataformas digitais funcionam para que, de forma efetiva,

adaptamos nossas leis para que não estejamos sempre correndo atrás de secar o chão quando molha o importante é identificar a goteira e

arrumá-la.

4 PROBLEMÁTICA E HIPÓTESES 

Quando verificamos a legislação vigente, percebemos a ausência de leis específicas sobre o assunto, o que faz com que as Leis e

Diretrizes de uso das plataformas sejam as únicas normas para tratar do assunto. Alguns países, os Estados Unidos da América em sua maioria,

consegue forçar essas plataformas a se adaptarem a realidade das normas do país, vimos acontecer sobre a questão de propagandas infantis na

plataforma do Youtube. Também aconteceu do CONAR retirar uma propaganda do canal do Felipe Neto por ferir algumas diretrizes de

propaganda no Brasil.

Mas o que impede um produtor de conteúdo de outro país de fazer a mesma coisa e não receber punições? Ou porque um criador de

conteúdo do Brasil deve se adaptar ao seu conteúdo baseado nas normas de outro país? Entendo que o ponto mais importante dessa discussão é

o que manda mais, a legislação brasileira ou as normas e diretrizes das plataformas? E como o Brasil pode ajudar os produtores de conteúdo a se

sentirem seguros nas plataformas.


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5 OBJETIVOS 

5.1 Objetivo Geral

Identificar como os casos que envolvem direitos autorais e os direitos da personalidade são tratados no Brasil são tratados 

5.2 Objetivos Específicos 

• Demonstrar as leis vigentes no nosso país sobre redes sociais e plataformas de transmissão ao vivo; 

• Analisar como essas leis influenciam na vida dos criadores de conteúdo no Brasil e se essas as leis são levadas em consideração na
elaboração das normas e diretrizes dos sites;

• Apresentar jurisprudências de casos brasileiros e as decisões que as cortes tomaram frente aos casos que envolvem direitos de imagem
e direitos autorais na internet.

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6 REFERENCIAL TEÓRICO 

6.1 Nossa legislação e os direitos autorais e direito de imagem.


Desde o início dos tempos, há registro do direito das personalidades existente em nossa sociedade, mesmo analisando a constituição

imperial brasileira há registro de direitos da personalidade, sendo assim seria muito difícil uma garantia tão fundamental não ficar expresso em

nossa carta magna e em outros códigos legislativos.

Quando trazemos para os dias atuais, Os Direitos Individuais e Coletivos, estão garantidos na Constituição Federal de 1988, no Capítulo

I, inserindo-os no Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais. Estão destacados ainda, no artigo 5o, os Direitos Individuais e Coletivos,

sendo priorizados os direitos: à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, derivando destes todos os demais que estão

assegurados nos incisos I a LXXVII e seis parágrafos. 

Conforme explicitado em todo nosso código, os direitos da personalidade são inerentes a todas as pessoas, físicas ou jurídicas (Art. 52

do Código Civil), protegidos pela Legislação Constitucional (art. 5º da Constituição Federal Brasileira) e Infraconstitucional (arts. 11 a 21 do CC) do

Estado Democrático de Direito, sendo aplicados desde a concepção dos nascituros até mesmo posteriormente à sua morte do sujeito.

Nesse sentido, os professores Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona ensinam que: 

“Conceituam-se os direitos da personalidade como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e

em suas projeções sociais” (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo. Manual de Direito Civil. Vol. Único. 3ª ed., rev. ampl. e atual. São

Paulo: Saraiva, 2019, p. 96.)

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Quando falamos sobre direitos autorais, esta é a denominação utilizada em referência ao rol dos direitos dos autores de suas obras

intelectuais que podem ser literárias, artísticas ou científicas a qual pertence exclusivamente ao Autor que detém os direitos de reivindicar,

modificar, assegurar sua integridade e objetar quaisquer modificações ou prática de atos que possam prejudicá-la de qualquer forma, em sua

reputação ou honra e a qualquer tempo, não podendo ser passíveis de cessão ou de renúncia pelo autor e que inclui também os Direitos

Patrimoniais como os de utilizar, fruir, dispor da obra sob qualquer forma, enfim, os direitos de controle sobre a reprodução (na totalidade ou em

parte), a edição, a tradução ou adaptação, a incorporação da obra em um fonograma ou numa obra audiovisual, dentre outros. Verificamos esse

embasamento nos artigo 5º., parágrafos 27 e 28, da Constituição Federal bem como pelo Código Civil Brasileiro e pela Lei 9.610/98.

6.2 O espaço digital e a adaptação da lei


A internet ainda é um espaço novo para a legislação do mundo inteiro. Vários países lutam para entender quais são as formas de estar

regularizando melhor o convívio social e da divulgação de ideias. Muito se fala sobre regulamentação acerca do combate a fake news, mas nosso

foco é outro.

Vários artistas veem na internet hoje formas de ganhar dinheiro, seja vendendo sua imagem, ou criando filmes e séries para consumo da

população geral, mas este criador não divulga seu conteúdo sem utilizar uma plataforma de terceiros. Temos casos de pessoas que ficaram

famosas simplesmente postando vídeos na internet falando da sua vida, como Whindersson Nunes ou o Felipe Neto, utilizando o site Youtube,

outras fazendo “lives”, transmissões ao vivo, em plataformas como Twitch ou Instagram. Conforme isso foi acontecendo, ações referentes a

direitos de imagem e direitos autorais começaram a surgir no Brasil.

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Todas essas plataformas possuem normas e diretrizes de utilização para nortear os usuários da plataforma, mas nunca é o suficiente. É

muito comum termos ações judiciais envolvendo marcas sendo mostradas de forma indevida, músicas e imagens sendo utilizadas em produções

audiovisuais sem as devidas licenças, até mesmo conteúdos sendo copiados por terceiros, a lista é imensa. Mas temos uma grande questão, em

grande maioria das vezes, a legislação brasileira não é levada em consideração, tivemos o caso recente em que a legislação brasileira proíbe a

propaganda infantil em TV aberta mas na plataforma Youtube ainda é permitido, e a plataforma só proibiu a propaganda quando uma lei dos

Estados Unidos da América veio e solicitou que a plataforma vetasse tais propagandas.
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7 METODOLOGIA 

A pesquisa irá abordar sobre como a legislação brasileira influencia as plataformas e os criadores de conteúdo. Identificar
jurisprudências e analisar como os casos são decididos no Brasil, utilizando as normas e diretrizes dos sites ou a legislação brasileira.

7.1 Tipo de pesquisa 

A pesquisa é de caráter exploratório, realizado por meio de análises bibliográficas, doutrinárias, como como o estudo de casos concretos
que aconteceram nas cortes brasileiras

7.2 Meios de busca 

Serão utilizados sites, análises bibliográficas, doutrinas, bem como o estudo de jurisprudências.

7.3 Critérios de inclusão e exclusão 

Serão estabelecidos por meio de legislações e julgados a partir do ano de 2012, além da Constituição Federal e suas derivadas, as
normas e diretrizes de utilização dos sites informados e as leis derivadas que criaram eles. 

7.4 Metodologia de análise de dados 

A pesquisa será realizada através da pesquisa bibliográfica e análise de casos concretos, fundamentada em sites, artigos científicos e
casos julgados.

7.5 Aspectos éticos 

O então trabalho não necessitará ser submetido para aprovação junto ao Comitê de Ética em Pesquisa, conforme estabelece a
resolução CNS 466/2012, devido tratar-se de uma pesquisa cujas informações serão buscadas em materiais já publicados e legislação vigente. A
pesquisa implicará na análise de legislações e casos concretos, servindo para a população como meio de atribuição de conhecimento e inovação
sobre um tema tão pouco divulgado.
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8 ESTRUTURA PROVÁVEL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO 

A pesquisa científica do artigo "OS DIREITOS AUTORAIS E O DIREITO DE IMAGEM NA INTERNET: A REALIDADE BRASILEIRA DOS

DIREITOS DA PERSONALIDADE” provavelmente será apresentada na seguinte ordem: 


RESUMO 

ABSTRACT  

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 

2 NOÇÕES GERAIS SOBRE O DIREITO DA PERSONALIDADE…………………...

2.1 O DIREITO DE IMAGEM FRENTE AO CÓDIGO BRASILEIRO........................... 

2.2 O DIREITO AUTORAL FRENTE AO CÓDIGO BRASILEIRO...............................

3 AS NORMAS NO ÂMBITO DIGITAL……................................................................

3.1 O INICIO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NO AMBIENTE DIGITAL……………

3.2 COMO AS NORMAS E DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO MODIFICAM O DIREITO DOS


USUÁRIOS..........................................................................................

4 ANÁLISE DE JULGAMENTOS REALIZADOS, QUE ENVOLVAM DIREITO DA PERSONALIDADE NO


BRASIL………………………………………………………......

5 CONCLUSÃO ..........................................................................................................

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................

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9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ANO: 2020/2021

ATIVIDADES

AGO SET OUT NOV FEV MAR ABR MAI JUN

1 Leituras para escolha do tema X


2 Elaboração do projeto de pesquisa X X

3 Defesa do projeto em banca X

4 Redação do esboço do artigo X X

5 Construção da Discussão Teórica X X

6 Considerações Finais X

7 Revisão final X

8 Estudo para a Defesa X

9 Simulação da Defesa X

10 Apresentação do Artigo Científico X


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10 ORÇAMENTO FINANCEIRO E RECURSOS NECESSÁRIOS 

Serviço/Material Descrição Quantidade Quantidade Valor Valor Total


Unitário

Aquisição Doutrinas sobre o  tema (e-book) 04 Diversos R$ 146,01


bibliográfica

Impressões Impressão do 60 R$ 0,15 R$ 9,00


trabalho

Encadernação Encadernação para  a avaliação do 03 R$ 3,50 R$ 10,50

trabalho

TOTAL GERAL R$ 165,51

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REFERNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Promulgada em 05 de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 01 out. 2020.
______. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm>. Acesso em 01 out. 2020.

______. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Lei dos Direitos Autorais. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm>.
Acesso em 01 out. 2020.

BECKER, Keiffer. Proteção intelectual e os aplicativos de celular: qual a proteção adequada para os apps?. Disponível em
<https://jus.com.br/artigos/85781/protecao-intelectual-e-os-aplicativos-de-celular-qual-a-protecao-adequada-para-os-apps> Acesso em 05 ou.
2020.

GIL, Antonio. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo, Editora Atlas, 2002. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo.
Manual de Direito Civil. Vol Único. 3ª ed., rev. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2019.

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