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00002/21/CNMLC/CGU/AGU
PÁGINA 17 ; ITEM 2.12 ATÉ O FINAL (PÁGINA 29)
“EMENTA:
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V - Os arts. 7º, 11, parágrafo único e 169, §1º são consideradas como medidas
preferenciais antes de proceder às contratações: recomenda-se que o gestor se
prepare, iniciando gestão por competências/processos de controle interno antes de
iniciar a aplicação da nova lei, sem prejuízo de, justificadamente, fazer
contratações antes disso;
XI - Nos dois anos a que se refere o art. 191, o gestor poderá eleger se em
determinada contratação se valerá dos comandos da Lei nº 8.666/93, da Lei n.º
10.520/2002 e dos artigos 1º a 47-A da Lei n.º 12.462/2011, inclusive
subsidiariamente, ou se adotará a Lei n.º 14.133/2021, inclusive subsidiariamente,
nos termos do art. 189;
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ou 12.462/11 para a Lei nº14.133/21, enquanto todas essas leis permanecerem em
vigor, independentemente de compatibilidade de mérito, ressalvada a
possibilidade de emissão de ato normativo, pela autoridade competente,
ratificando o uso do regulamento para contratações sob a égide da nova
legislação.”
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Para o caso concreto, é necessário observar, prima facie, a existência de
regulamentos: se regulamentos de várias ordens foram previstos pelo legislador, é
cabal a obviedade que não pode o aplicador da lei criar algo diferente, literalmente
ignorando e passando por cima de diversos comandos e normas que estabeleceram
a eficácia contida da Nova Lei nos pontos em que se reporta a diferentes tipos de
regulamentos.
É evidente NÃO PODE, NÃO DEVE E NÃO CABE o aplicador da lei afirmar que
determinada medida pode ser “opcional” ou “prescindível” e, “por enquanto”,
podem ser adotadas “outras soluções”.
Na medida que o legislador entendeu, por bem e pela fluidez do sistema jurídico,
atribuir “discricionariedade” para situações pontuais, isso é feito de forma
expressa.
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Por isso todo este peso na hermenêutica jurídica. Quando o legislador, neste caso o
Congresso Nacional determinou, por exemplo, no artigo 94 da Lei nº 14.133/2021,
que “a divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é
condição INDISPENSÁVEL para a eficácia do contrato e de seus aditamentos”, é
racional implicar que o aplicador, o operador do direito que utilizar-se desta
norma, não possa inferir que falta do Portal Nacional possa ser suprida, mesmo que
por breve período de tempo, para experimentação do novo regime licitatório, por
publicações no Diário Oficial da União ou outras supostas “soluções”.
Refletir sobre isso demonstra-se de suma relevância, haja vista o caos de inúmeras
interpretações que surgiram para flexibilizar o tráfego dos processos diante da
aplicação da nova lei em vários pontos, pontos estes que o legislador impôs que
fossem editadas dezenas de regulamentos.
CONCLUSÃO
Em síntese, é possível inferir que quando o Congresso Nacional estabeleceu que
instrumentos como o Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), dentre
outros, bem como diversificados e alternativos métodos para gerenciar os
regulamentos serão necessários, é apropriado afirmar que não cabe ao aplicador
da norma se antecipar e afirmar que aqueles podem ser prescindíveis.
REFERÊNCIAS
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4. https://sebraepr.com.br/comunidade/artigo/aplicacao-da-nova-lei-de-
licitacoes-e-contrato-e-parecer-da-agu